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Experimento 7: Cinética Química 1- Introdução: A cinética química é o ramo que estuda a rapidez das reações químicas, em como os fatores que a influenciam. A velocidade, de uma reação química indica a variação da quantidade de reagentes e produtos com o passar do tempo.[1] A teoria que sustenta a cinética química é a lei da ação das massas, proposta em 1864 por Peter Waage e Cato Guldberg, a qual afirma que a velocidade de uma reação química depende das concentrações dos reagentes elevados aos respectivos coeficientes estequiométricos.[1] Os fatores que podem influenciar na velocidade da reação são: concentração (quanto maior a concentração, maior será a velocidade da reação),energia de ativação(quanto maior a energia de ativação mais lenta será a reação),temperatura(quanto mais elevada a temperatura mais rápida acontecera a reação),pressão( no caso de reagentes gasosos, quanto maior a pressão mais rápida será a reação),superfície de contato(para o caso de reagentes em diferentes fases, quanto maior a superfície de contato do reagente sólido, mais rápida será a reação) e catálise (é uma reação na qual existe a presença de uma substância capaz de acelerar a reação - um catalisador -, mas que não toma parte na reação propriamente dita, permanecendo inalterada sua massa e suas propriedades após a reação ).[1] 2- Objetivos: Observar os efeito da temperatura, concentração e dos catalisadores na velocidade das reações. 3- Materiais e reagentes: 3.1- Materiais: Tubos de ensaio grandes (8); Pipeta graduada 10 mL (2); Pipeta volumétrica 10 mL (1); Pipeta volumétrica 3 mL (1); Pipeta graduada 2 mL (2); Pipeta graduada 5 mL (1); Béquer 50 mL (2); Béquer 25 mL (2); Béquer 250 mL (1); Estante para tubos de ensaio; Cronômetro; Pinça de madeira. 3.2- Reagentes: KIO3 0,02 mol.L-1; NaHSO3 0,01 mol.L-1 (amido e meio ácido); MnSO4 0,05 mol.L-1; H2C2O4 (ácido oxálico) 0,05 mol.L-1; H2SO4 0,5 e 0,05 mol.L-1; KMnO4 0,01 mol.L-1. 4- Procedimento: Em 5 tubos de ensaio foram acrescentados, respectivamente, KIO3, H2O e NaHSO3 conforme a tabela 1, e foi anotado o tempo de observação para que as reações ocorressem. Esse primeiro experimento tem o objetivo de analisar o efeito da concentração na velocidade de uma reação. Tabela 1: Protocolo para verificação do efeito da concentração na velocidade de uma reação Tubo KIO3 (mL) H2O (mL) NaHSO3 (mL) 01 10 0 10 02 08 02 10 02 06 04 10 04 04 06 10 05 02 08 10 Fonte: Apostila práticas de laboratório. No segundo procedimento, foram usados 3 tubos de ensaio, numerados de 6 a 8, e em cada tudo foi acrescentado 3 mL de H2SO4 0,05 mol. L-1 e 2 mL de H2C2O4 0,05 mol.L-1. . Depois foi adicionado, segundo a tabela 2, em cada tubo de ensaio, volumes de permanganato de potássio e sulfato de magnésio. Tabela 2: Verificação do efeito da temperatura e do catalisador na velocidade da reação Tubo H2SO4 (mL) H2C2O4 (mL) KMnO4(mL) MnSO4(mL) 01 3 2 2 - 02 3 2 2 - 03 3 2 2 2 Fonte: Apostila práticas de laboratório. 5- Resultados e discussão: No procedimento 1 foram preparados 5 erlenmeyers, com as seguintes proporções de KIO3, H2O, NaHSO3,conforme a tabela a seguir: Tabela 3: Quantidade de volume usado e o tempo de reação: Tubo KIO3 (mL) H2O(mL) NaHSO3 (mL) Tempo de obs.(min) 01 10 0 10 0,60 02 8 2 10 0,73 03 6 4 10 1 04 4 6 10 2 05 2 8 10 3 Analisando os dados da tabela acima, percebe-se que conforme o volume de água aumentou e o volume de iodeto de potássio diminuiu, o tempo de ocorrência de reação aumentou. Como o volume de iodeto de potássio foi diminuindo, a massa também diminui, pois a concentração permaneceu constante (0,02 mol.L-1). Isso é verificado usando a fórmula da concentração (C= m/v) e aplicando os valores da tabela 1. A seguir ( tabela 4) foram postos os valores da massa de iodeto de potássio em relação ao volume usado. Tabela 4: Valores de massa de acordo com o volume de KIO3 Tubo Volume de KIO3 (mL) Massa de KIO3 (mol) 01 10 0,0002 02 08 0,00016 03 06 0,00012 04 04 0,00008 05 02 0,00004 Por outro lado, a massa de água foi aumentando conforme o volume da água também aumentava. Com isso a reação foi ficando mais diluída e, como a massa de iodeto de potássio foi diminuindo, para se fazer a reação, segundo a teoria das colisões, ficou mais difícil, o que mostra a baixa velocidade na reação. Isso ocorre porque quanto mais diluída a solução mais difícil é o choque das moléculas de iodeto de potássio e de bissulfito de sódio, fazendo com que a reação demore mais para ocorrer. Abaixo, temos um gráfico que mostra a relação volume de KIO3 pelo tempo de reação: Gráfico Volume (mL) X Tempo de observação( minuto) De acordo com o gráfico, vimos que conforme o volume de iodeto de potássio diminuía, o tempo para a reação ocorrer aumentava. No procedimento 2 foram feitos 3 processos, usando o mesmo volume de ácido sulfúrico e de ácido oxálico. E a cada tubo foi adicionado um pequeno volume de permanganato de potássio. Os resultados do tempo de reação de cada tubo de ensaio constam na tabela abaixo: Tabela 4: Resultados das medições de tempo para a ocorrência da reação. Tubo Reagentes Tempo de ocorrência 01 H2SO4 (l)+ H2C2O4(l) +KMnO4(l) 16min 53s 02 H2SO4(l)+ H2C2O4(l) +KMnO4(l) posto em banho-maria 1min 54s 03 H2SO4(l) + H2C2O4(l) + KMnO4(l) + MnSO4(l) 28s No tubo 1, percebemos que o tempo para que a reação ocorresse foi de aproximadamente 17 minutos. Isso se dá pelo fato da reação de mudança de cor de violeta para incolor ser uma reação lenta, além de não contar com fatores externos como a temperatura, ou o uso de catalisadores. Além de existirem muitas ligações a serem rompidas, o que deixa a reação mais lenta. No tubo 2, a reação foi realizada com o mesmo volume de reagentes usados no tubo 1. Percebe-se que houve uma diminuição no tempo de ocorrência da reação, ou seja, para acontecer a mudança na coloração. Essa diminuição no tempo é por causa da interferência da temperatura ( fator externo), pois o tubo foi imediatamente posto em banho-maria. Quando há o aumento na temperatura, a energia cinética das moléculas aumenta, fazendo com que elas se movimentem com uma maior velocidade, havendo um maior número de choques. Com isso, os choques serão mais violentos e, consequentemente, a velocidade da reação aumentará. Por isso, no tubo 2 a velocidade da reação foi maior. No tubo 3, novamente com o mesmo volume de reagente usados nos outro tubos, foi acrescido 2mL de sulfato de magnésio, no qual esse é um catalisador. Percebe-se que o tempo de ocorrência da reação foi de apenas 28 segundos, mostrando significativa diminuição em comparação com o primeiro tubo( aproximadamente 17 minutos). Esse aumento na velocidade da reação se deve ao catalisador usado, que no caso foi o sulfato de magnésio. Os catalisadores aumentam a velocidade da reação sem sofrerem alterações químicas permanentes e sendo regenerados no final do processo. Eles oferecem um caminho com menorenergia de ativação, assim a reação acontece mais rapidamente. Outro benefício do uso de catalisadores é que eles não alteram a constante de equilíbrio, pois ambas reações, direta e inversa, são aceleradas no caminho catalisado. 6- Conclusão: Através das observações realizadas nos experimentos, percebe-se que fatores como temperatura, concentração e o uso de catalisadores interferem na velocidade das reações, diminuindo-as. A temperatura aumenta a energia cinética, fazendo com existam mais choque e, assim, acelere a velocidade. E os catalisadores propiciam um caminho alternativo mais rápido para as reações, no qual, a energia de ativação é menor, e assim faz com que a reação ocorra mais rapidamente. Outra observação é que conforme o número de mol diminui e a solução fica mais diluída, a velocidade para a ocorrência da reação diminui. Isso ocorre pelo fato de que a diluição dificulta os choques entre as moléculas de iodeto de potássio e de bissulfito de sódio, fazendo com que a reação demore mais para ocorrer. Analisando os resultados dos procedimentos, percebe-se que os dados são condizentes com a teoria da cinética química. Assim, o experimento foi realizado sem grandes erros, tendo um bom aproveitamento. 7- Referências bibliográficas: 1- Atkins, P.; Jones, L., Princípios de Química – Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente, 5ª ed., Bookman: Porto Alegre, 2012.