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CRIMES EM ESPECIE

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***CRIMES EM ESPÉCIE 
 
 FORO PRERROGATIVA DA FUNÇÃO OU PRIVILEGIADO 
 
SFT – 1º Escalão – as mais altas autoridades serão julgadas. 
Executivo: Presidente; o Vice = mesmo foro do Presidente; 
Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; 
Legislativo: Congresso Nacional = Senadores + Deputados Federais; 
 
O STF também julga = só julga Chefe = Procurador Geral da República; Cmts da Forças Armadas; TCU; Ministros de 
Estado; Advogado Geral da União (cargo tem status de Ministro); Presidente do Banco Central (cargo tem status de 
Ministro); Chefe de Missão Diplomática art. 102, inci I Alínea “b” e “c”, da CF; 
 
2º Escalão: 
STJ – Julgada as autoridades pertencentes ao 2º escalão: 
Executivo: Governador; Vice-Governador = TJ/RS (art. 95, X e XI, da Const. Estadual); 
Judiciário: Desembargadores: 
Legislativo: Deputado Estadual = TJ/RS; 
Os membros e integrantes do MPU que atuar perante Tribunal (qual Tribunal)?? Perante o STJ. O Chefe do MPU é 
julgado pelo STF = Art. 105, I, “a”, da CF. 
 
3º escalão: 
TJ e TRF 
Executivo: Prefeito: TJ = Vice-Prefeito: Justiça de 1º Grau; 
Judiciário: Juiz Estadual = TJ/RS; Se for da Justiça Militar? TJ, salvo Súmula 555 STF; Juiz Federal = TRF; Vereador = 
Não tem prerrogativa; 
***Ver art. 95, inciso X e XI, da Cost. Estadual = Secretário de Estado, Procurador Geral do Estado; Deputado Estadual 
e Vice-Governador. 
Súmula 702 – Prefeito e Deputado Estadual: 
SÚMULA 702 STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos e Deputados Estaduais restringe-
se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá 
ao respectivo tribunal de segundo grau. 
Exemplo: 
a) Prefeito/Dep Estadual que comete crime contra Banco do Brasil = TJ; 
b) Prefeito/Dep Estadual que comete crime contra CEF = TRF; 
c) Prefeito/Dep Estadual que comete crime boca urna = TRE; 
d) Prefeito/Dep Estadual que comete crime contra Banco do Brasil = TJ; 
e) Prefeito/D/p Estadual que comete crime contra militar da União = JMU; 
f) e) Prefeito/Dep Estadual que comete crime art. 121 doloso = TJ; 
 
***SÚMULA 721 STF (2003): A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido “exclusivamente” pela constituição estadual. Ex: Secretário de Estado e 
Procurador de Estado; Não se aplica aos “Deputados Estaduais”, o que é motivo de discussão entre 
operadores do direito. 
 
***SÚMULA 704 STF: não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal 
a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados. 
 = não pode uma regra processual se sobrepor a uma garantia constitucional; 
Exemplo Desembargador + chinelão que cometer crime doloso em co-autoria = Desembargador = STJ = 
cisão processual = chinelão no Tribunal de Júri; 
 
- Regra do MP 
Procurador Geral de Justiça (Chefe) atenção com PGJ, mesmo sendo o chefe, é TJ/RS; Procurador de 
Justiça; em 1º grau = MP = todos no TJ/RS. 
 
 
- COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR (“rationne loci”) 
 
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a) Está no art. 70, do CPP (se dá pelo lugar da consumação= resultado = Teoria do Resultado) = 
competência relativa; sua inobservância = incompetência relativa = causa de nulidade relativa = tem que ser alegada 
no primeiro momento em que a defesa vem falar nos autos, sob pena de prorrogar a competência. 
Sujeito será julgado e processado e julgado onde se deu a consumação (fato, não importa onde foi preso; no 
local da prisão somente o flagrante) 
 
**Praticado a infração ou último ato de execução = será onde se deu a conduta e/ou atividade = Teoria da 
Atividade. Se utiliza nos seguintes casos: 
I – ca.so de tentativa; 
II – ECA art. 143, Lei 8069/90; 
III – JEC, art. 63; 
***Atenção - IV – Homicídio – Será julgado onde ocorreu o fato, para facilitar a colheita da prova, prevenção, 
evitar que os grandes centros fiquem lotados de casos de homicídio. 
Iniciada a execução em um país e o resultado em outro... onde será processado e julgado??? 
Art. 70, §§1º e 2º 
Ex: Sujeito envia carta bomba para um argentino e lá explode e causa lesão... será processado e julgado no 
local do último ato de execução (Brasil). 
Se for em contrário, estando na Argentina e envia para o brasileiro, será processado no local da consumação 
(Brasil). 
***Assim se dá a Teoria da Ubiqüidade – art. 6º, CP. 
 
b) Domicílio ou residência do Réu: 
 
Art. 72, do CPP = subsidiária 
Ex: Sujeito comete furto dentro de ônibus que vinha de Uruguaiana e quando é preso, não soube informar em 
qual cidade se deu o ato, mas mora em Canoas = não se sabe onde se deu a consumação = será processado 
em Canoas. 
 
c) Prevenção = ato decisório 
 
Art. 83; art. 70 § 3º; 71 e art. 75 
 
- Quando há 02 ou mais juízes competentes para julgare 01 proferir o ato decisório, será competente para 
julgar; 
Ex: Agente que tem a posse de 10 kg de maconha e vai de Poá a Uruguaiana, lá é preso = crime permanente = 
juiz de lá determina a prisão ou juiz do trajeto, o primeiro juiz que proferir o ato decisório, se tornará prevento; 
Quando o crime é em local incerto, crimes habituais, ou no limite de 02 ou mais jurisdições, a mesma condição 
anteior; ou quando o juiz arbitrar o fixar fiança, será prevento; 
 
Exemplos de Ato decisório: 
I – decretação de prisão preventiva = ato decisório; 
II – prisão temporária; 
III – quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico = normalmente ocorrem do decorrer do IP = também previne; 
 
***Obs: Despacho: remeta-se os autos ao MP = não torna o juiz prevento. 
Atos de urgência irá prevenir o juízo (juiz de plantão)??? = prisão em flagrante juiz de plantão; 
Não previne o juízo. 
 
***Atenção para prova - Art. 73 – no caso exclusivo de ação privada = o querelante tem o direito de escolha 
do foro alternativo ou foro por eleição. 
 
- Art. 78 – Regras de conexão ou continência: pessoas ou fatos envolvidos no crime, sejam julgado em um 
único processo; 
I – júri + justiça comum = competência do Júri = Ex: homicídio doloso ou ocultação de cadáver; 
II – crime contra o patrimônio na praia e é preso pelo vigilante; delinqüente faz ameaça de morte = furto é JEC + 
Tribunal de Júri = prevalece o 2º; 
III – Júri + Justiça comum = Júri; 
 
A idéia é a do local em que seu deu a maior gravidade. 
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***Mesma categoria = Ex 02 sujeito cometem 01 furto em Poá e ou outro roubo em NH – serão julgados onde 
houver a pena mais grave = Serão processados e julgados em NH; 
Ex: 01 furto em Poá e 02 furtos em NH = onde houve o maior número de infrações será efetuado o processo 
e julgamento = NH; 
Nos demais casos pela prevenção = Ex 01 roubo em Poá + 01 roubo em NH = Prevenção = Juiz de NH 
decretou prevenção; 
- No curso de jurisdição de várias categorias = mais graduada = Súmula 704 STJ; 
- Súmula 22 STJ – Competência expressa e estadual = competência residual = prevalece a Justiça Federal; 
- Concurso de competência Justiça Especial e Comum = Prevalece a Especial = Ex: Justiça Eleitoral; e houver a 
JME que é especial = há separação; 
 
- Art. 79 CPP – Causas obrigatórias de processo 
 
I - Crime militar + comum = separação; 
II – Ato infracional + crime; 
III – doença mental superveniente = art. 152 CPP – Ex: 02 réus foram acusados e estão sendo julgados, e no 
decorrer um alega e prova através da defesa estar com doença mental, haverá cisão processual; 
IV – recusa de jurados – art. 469 CPP – 
 
- Causa de competência da execução da Pena: 
Súmula 192 STJ 
SÚMULA 192 STJ: Compete ao juizo das execuções penais do estado a execução das penas impostas a 
sentenciados pela justiça federal, militarou eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos a 
administração estadual. Exemplo = se recolhido em presídio federal = juiz federal; se recolhido em presídio estadual 
= juiz estadual; 
Quem decide se vai para o presídio estadual e/ou central??? Quem decide é o juiz da condenação Ex: preso de 
alta periculosidade. 
 
***Súmula 611 do STF :Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções 
a aplicação de lei mais benigna. 
 
- HABEAS CORPUS – ***não é recurso e sim ação autônoma de impugnação 
 
Garantir a liberdade de locomoção: Art. 5º, inciso LXVIII = ameaça ou cerceamento por ato abusivo ou ilegal. 
***Não cabe HC se não houver pena privativa de liberdade; 
a) Espécies: 
I – Liberatório ou repressivo: quando o agente já está preso; se for concedido = Alvará de Soltura; 
II – Preventivo: garantir que não haja prisão = Salvo Conduto; 
III - se já há ordem de Prisão na rua = salvo conduto e contramandado de prisão; 
 
Sujeito: paciente = quem sofre o cerceamento da liberdade de locomoção (pessoa física); não cabe HC para 
Pessoa Jurídica = não pode ser paciente; 
Impetrante = qualquer pessoa física ou jurídica (PJ só entra a favor de PF Ex: seu gerente); art. 654 CPP = não 
é ação privativa de advogado; 
***qualquer pessoa pode entrar, inclusive criança, desde que alguém assine por ela. 
- Autoridade coatora: quem com seu ato priva ou cercea alguém de liberdade de locomoção... 
Quem pode ser a autoridade coatora: autoridade pública, Delegado, Juiz, superior hierárquico; 
-Particular pode ser coator? Sim, Diretor do Hospital que não libera sujeito sem pagar a consulta = HC e cárcere 
privado; 
- Impetrante: 654, § 1º CPP – determina que juiz ou tribunal conceda HC de Ofício; mas não no processo que 
está sob sua custódia ou processo que é encarregado (somente como pessoa física), de seu próprio ato; 
delegado na mesma situação = somente podem como pessoa física impetrar a favor de outra pessoa; 
 
- Autoridade impetrada (onde irá entrar com HC) 
Se a autoridade coautora tiver prerrogativa de função, será impetrado no fórum correspondente; ou na justiça 
comum e/ou federal se for o caso; 
 
 
 
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Autoridade coatora Autoridade impetrada 
Delegado de Policia Civil e/ou Federal Perante o juiz de direito do local onde estiver lotado; se 
for delegado federal = Justiça Federal 
 
 
 
Capitão da Bm 
JME – art. 125, §4º, CF 
**ver art. 142, §2º - CF não pode ser impetrado HC para 
punição disciplinar = pode ser impetrado sim, quando 
houver (i)legalidade e/ou abuso de poder, MAS não 
para discutir o mérito Ex: PM é punido pelo superior em 
ato que tenha previsão de detenção e é aplicada 
prisão... Há uma ilegalidade. O mérito discricionário não 
poderá ser discutido. 
Juiz de Direito Estadual TJRS 
Juiz de Direito Federal TRF 4ª Região 
Juiz de Direito Militar TJME 
TJ; TRF; TJME STJ – art. 125, § 3º, CF - 
MP Estadual TJRS 
MP Federal TRFederal 
 
 
Militar Federal 
Há duas possibilidades: 
** (para concurso) – STM: diz que não – juiz auditor ou 
auditorias militares da união não julgam HC, mesmo 
contra ato do superior hierárquico. 
*** para o STF – Justiça Federal, art. 109, VII – CF = 
resposta concursos outros = STF entende que é 
funcionário público federal, no exercício da função. 
Para trancar IP ou processo Para afastar futura condenação ilegal 
Retenção de passaporte Sim 
 
SÚMULA Nº 693 
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" CONTRA DECISÃO CONDENATÓRIA A PENA DE MULTA, OU RELATIVO A 
PROCESSO EM CURSO POR INFRAÇÃO PENAL A QUE A PENA PECUNIÁRIA SEJA A ÚNICA COMINADA. 
(não há possibilidade de haver previsão de cerceamento da liberdade de locomoção, pois pena de multa será 
convertida em dívida de valor a ser executada pela Fazenda) 
 
SÚMULA Nº 694 
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" CONTRA A IMPOSIÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO DE MILITAR OU DE 
PERDA DE PATENTE OU DE FUNÇÃO PÚBLICA. (Não há previsão de cerceamento de liberdade) 
 
****Atenção SÚMULA Nº 691 
NÃO COMPETE AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONHECER DE "HABEAS CORPUS" IMPETRADO 
CONTRA DECISÃO DO RELATOR QUE, EM "HABEAS CORPUS" REQUERIDO A TRIBUNAL SUPERIOR, 
INDEFERE A LIMINAR. (Ex: impetra no STJ com interposição de liminar, se o Relator julga improcedente, é 
válido; mas se ele proferir: “não concedo a ordem”, decisão manifestadamente ilegal é igual a “teratológica”, 
NESTE CASO CABE HC); 
 
SÚMULA Nº 606 
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" ORIGINÁRIO PARA O TRIBUNAL PLENO DE DECISÃO DE TURMA, OU DO 
PLENÁRIO, PROFERIDA EM "HABEAS CORPUS" OU NO RESPECTIVO RECURSO. (Não cabe HC de 
decisão colegiada, mais de um Ministro); Se for de Relator e manifestadamente ilegal = monocrática = se 
aplica Súmula 691; 
 
Exemplos: 
Instaurado um processo por tráfico de drogas de agente que está portando 20 Kg de açúcar, art. 33, Lei 
11.343/06 = pena de 05 a 15 anos = cabe HC = haverá cerceamento da liberdade; 
Agente foi preso com 01 pacote de açúcar = art 28, Lei 11.343/06 = Não há pena privativa de liberdade = Não 
cabe HC; Cabe Mandado de Segurança; 
 
Atenção – campeão de prova***Qual o critério adotado para definir se é ou não crime militar??? 
O critério é OBJETIVO, aquilo que o CPM define como sendo Crime Militar; 
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- Este 03 casos são importantes conhece-los para fins de concurso: 
 
Exemplo: crime propriamente militar; só militar pratica= art. 187 deserção (mais de 08 dias de 
ausência injustificada), insubordinação, etc.; 
 
Ex: 02: crime impropriamente militar que pode ser praticado por militar e civil = Ex: furto; 
 
Ex 03: crime de insubmissão – praticado por civil, ainda não é militar e sim civil: art. 183, CPM – 
Aos 18 anos deve se apresentar ao serviço militar obrigatório e deve se apresentar no quartel “X” no dia 
10/10/2010 – É civil e ainda não é militar; a partir desta data, será realizado o ato homologando sua 
condição como militar; = É crime impropriamente militar, só pode ser praticado como civil; no 
momento da prisão, será realizado o ato como militar e suas consequências; 
 
****Civil pode cometer crime propriamente militar??? 
Doutrina entende que não... 
 
***STF e STM entende que sim Ex: violência contra superior – art. 157 CPM, c/c art. 53, § 1º; 
 = Ex insubordinação; peculato (funcionário público); o civil se souber da condição de funcionário público, 
responde por co-autoria; 
Nos crimes conexos praticados por militar e civil (Ex furto), há a separação - = JME e Justiça Comum, 
respectivamente; 
 
Crime Militar: art. 9º CPM 
 
- Súmula 78, STJ- compete a JME julgar militar estadual, mesmo que o crime militar tenha sido cometido 
em outra unidade da federação; 
 
- Observações: 
- Militar contra militar é sempre crime militar??? 
O fato tem uma relação com a atividade; 
a) Militar Federal e Estadual: 
- STJ: militar estadual é diferente = art 22 – crime comum; 
STF = dividido; 
STM = crime militar = está violando a disciplina e a hierarquia; 
 
***Para eventual prova em concurso o ideal é responder que é crime comum = Militar do exército 
comete desacato contra PM em barreira policial; 
 
Exemplo: militar furta talão de cheque de outro militar.... 
- depende de quem vai suportar o prejuízo – se for militar e militar = JME; se for a instituição/órgão 
Federal ou Estadual = Justiça Comum (Banco do Brasil ou CEF); 
 
- Crimes em Vila Militar: se for em via pública, sujeito a Adm Militar = crime militar; se foi no interior da 
residência, predomina na jurisprudência que é local privado e não sujeito a Adm. Militar = Justiça 
Comum; 
Exemplo: Marido agride esposa na via pública militar (ambos militares), JME; no interior da casa = Maria 
da Penha = Justiça Comum; 
 
- Crime de comércio ilegal de armas (bélico): arts 17 e 18,Lei 10.803/2003 (armamento tem que estar 
tombado como patrimônio das forças armadas); 
- Crime contra a Segurança nacional: Lei 10.170/83 = Justiça Federal; 
- Receptação: art. 254 CPM; 
- Falsificação de Carteira da Arrais e Mestre Amador: STM entende que é crime militar por ser este o 
órgão expedidor; STF entende que não, pois é um documento de natureza civil; 
 
 
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