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RHABDOVIRUS Brenner Boconcelo O virus da raiva é o patógeno mais significativo da família Rhabdovirus. O virus da raiva é pertencente ao gênero lyssavirus. Zoonótico. Possuem um genoma de RNA monocatenário de sentido negativo. Possuem uma envoltura que reveste um nucleocápside helicoidal. Sua proteína G que promove adesão vírica provoca a formação de anticorpos neutralizantes. A infecção do virus da raiva pode ser consequência de uma mordida de um animal raivoso, tecidos transplantados, inoculação e inalação do vírus no ar. O virus tem uma replicação lenta de semanas a meses no local da inoculação, ates de migrar ao sistema nervoso. O virus da raiva progressa por transporte axoplásmico via retrógada até os gânglios raquídeos dorsais e medula espinhal, e quando o virus acede a medula espinhal, o cérebro se contamina com rapidez, as áreas afetadas são o hipocampo, o tronco encefálico, as células ganglionares dos núcleos da protuberância e as células de Purkinje no cerebelo. Em seguida o virus se dissemina desde o sistema nervoso através dos neurônios aferentes para lugares extremamente inervados como glândulas salivares, pele do rosto e pescoço, córnea, glândula suprarrenal, parênquima renal, mucosa nasal e células acinares no pâncreas. Depois que o virus invade o cérebro e a medula espinhal, se produz uma encefalite e degeneração neuronal. Após o início dos sintomas, a doença é mortal. Se pode observar através de cortes histológicos inclusões de Negri. A duração do período de incubação está determinada pela concentração do virus no inóculo, pela proximidade da ferida do cérebro, pela gravidade da ferida, pela idade do hospedeiro e o estado do seu sistema imunitário. ATENÇÃO - Os anticorpos neutralizantes não aparecem até que a doença esteja bem estabelecida, a infecção se mantem oculta do sistema imune. A raiva é endêmica em diversas partes do mundo, especialmente em animais na Austrália. Mesmo que nem todos os casos são notificados, a raiva causa cerca de 70.000 mil mortes anuais, especialmente na Índia onde 96% dos casos a doença é transmitida por cachorros de rua. O paciente apresenta sintomas como febre, confusão mental, sudorese, salivação excessiva, hidrofobia, parestesia no local da inoculação, convulsão generalizada, coma e insuficiência respiratória. O paciente entra em coma na fase neurológica, onde esta fase apresenta na maioria das vezes óbito. Através da prova PCR – RT pode-se fazer o diagnóstico da raiva. O tratamento deve ser feito na fase inicial ainda no período de incubação do virus da raiva através de imunização de vacinas e RIBAVIRINA. O virus se multiplica nas células musculares, no sitio da mordida nesta fase quase não há a presença de nenhum sintoma, nem da produção de anticorpos, onde a cabo de semanas ou meses, o virus infecta os nervos periféricos e ascende via retrograda até o sistema nervoso até alcançar o cérebro. A doença tem uma fase de incubação, fase prodrômica, e fase tardia. Os espasmos faríngeos, a salivação excessiva e a hidrofobia são sintomas clássicos do virus da raiva, no qual são apresentados já na fase neurológica.
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