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Aval cambial

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Aval
Avalista- Dá o aval- garante o título, a letra de câmbio.
Avalizado- benefício do aval
O aval é dado na letra de câmbio
*O anexo do título significa extensão do título- princípio da cartularidade*
Obrigação autônoma do avalista e independente da do avalizado.
Não se pode cogitar a fiança (benefício de ordem) no direito cambiário. 
Aval Fiança
A fiança do benefício de ordem não se aplica ao aval embora ambos sejam institutos de garantia.
Como se concede o aval?
Com assinatura de quem concede. Se o avalista não indicar o nome do avalizado, entende-se que foi o sacador.
Assinatura deve ser aposta no anverso do título. Se feito no verso deve ser intitulado aval.
O aval pode ser em preto ou em branco
Pode ser dado de forma parcial
A norma geral prevalece sobre a especial, deste modo o código civil não se aplica ao aval, que possui lei própria.
O aval é a garantia de pagamento da letra de câmbio, dada por um terceiro ou mesmo por um de seus signatários. Percerou e Bouteron explicam o aval como uma garantia pessoal do pagamento da letra de câmbio que acresce, como o aceite, mais um devedor ao título. Aquele que presta o aval se chama avalista ou dador do aval, e o beneficiário, a cuja obrigação se reforça, se denomina avalizado. O avalista se torna obrigado solidariamente com aquele a favor de quem dá o aval.
Natureza Jurídica
Esta é uma garantia acessória de uma obrigação principal, sendo-lhe característica fundamental essa acessoriedade; o aval, porém, como toda a obrigação cambiária, é absolutamente autônomo de qualquer outra. 
O avalista que está sendo executado em virtude da obrigação avalizada, não pode opor-se ao pagamento, fundado em matéria atinente à origem do título, que lhe é estranha. O aval é obrigação formal, autônoma, independente e decorre da simples aposição, no título, da assinatura do avalista “nenhum obrigado pode opor ao exequente as exceções pessoais de outro devedor”.
A forma do Aval
A simples assinatura do próprio punho do avalista ou de seu mandatário especial é suficiente para a validade do aval. A Lei Uniforme, todavia, exige que essa assinatura seja aposta na face anterior da letra, a não ser que se trate de assinatura do sacado ou do sacador, cujo aval pode ser dado em qualquer parte do título. A simples assinatura, aposta no anverso da letra de câmbio, será considerada como aval, notadamente quando esta assinatura não é nem a do sacado nem a do sacador. O aval deve ser dado no próprio título. O aval pode não indicar a quem é dado, e nessa hipótese a lei presume que o foi a favor do sacador.
O Código Civil, nos arts. 897 e segs., regula o aval, proibindo aval parcial. O aval pode ser dado no verso ou anverso do título, sendo que neste último caso, para sua validade, basta a simples assinatura do avalista. Admite o cancelamento do aval, considerando-o não escrito. O avalista equipara-se àquele que indicar. Não havendo indicação, presume-se que foi dado ao emitente ou devedor final, “pelos títulos de dívida de qualquer natureza, firmados por um só dos cônjuges, ainda que casados pelo regime de comunhão universal, somente responderão os bens particulares do signatário e os comuns até o limite de sua meação”. 
Nenhum dos cônjuges, salvo o caso de regime de casamento de separação absoluta, pode conceder aval sem autorização do outro, que poderá demandar a invalidação do aval.
Aval antecipado
Dispõe que o pagamento de uma letra de câmbio independente do aceite e do endosso pode ser garantido por aval. É válido o aval em favor do sacado, antes do aceite. A recusa total ou parcial do aceite nenhuma influência exercerá sobre a responsabilidade do avalista, que independentemente do aceite assumiu a obrigação de garantir o pagamento do título.
O dador do aval responsável da mesma maneira que a pessoa por ele avalizada, subsiste o aval, pagando o avalista pelo sacado que não aceitou a letra. No caso de endosso é diferente, porque se o aval for dado antecipadamente e o endosso não se realizar, nenhuma obrigação se originou para o avalista do endossante.
Nulidade da obrigação avalizada
Se a assinatura da obrigação avalizada for eivada de nulidade, e assim declarada, persiste o aval concedido ou é ele também nulo? subsiste o aval, que não é atingido pela ineficácia da assinatura que ele garante. A obrigação garantida seja nula por qualquer outra razão que não um vício de forma. O aval dado a uma assinatura falsa, ou a obrigação assumida por um menor incapaz, não é atingida pela nulidade decorrente da falsificação ou da incapacidade do menor.
Aval limitado
A Lei Uniforme expressamente admite a limitação do aval. O avalista, por essa limitação, se obriga apenas pela soma que declarar, inferior evidentemente ao valor da letra.
Avais simultâneos 
A questão dos avais em branco, superpostos, se devem ser considerados simultâneos, garantes da obrigação principal, ou se uns garantem outros sucessivamente. “Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos”. Solidariedade entre os avalistas simultâneos. A obrigação de cada um deles, segundo o princípio cambiário, independe da obrigação pelo outro assumida. Respondem só e pessoalmente pela integralidade da dívida; não pode, o que pagou, pleitear, posteriormente, a divisão pro rata do que foi pago. Para evitar tais contratempos, quando vários avalistas desejarem avalizar um ao outro, devem indicar a quem dão o aval, pois é admissível o aval dado a aval anterior.

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