Buscar

D.PENAL Caso Concreto 4 OK

Prévia do material em texto

Plano de Aula: Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
DIREITO PENAL I
Título
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
4 
Tema
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
         Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais. 
         Demonstrar a aplicabilidade das Normas jurídico-penais no tempo e no espaço e suas limitações constitucionais. 
         Reconhecer as situações fáticas ensejadoras dos conflitos de leis penais no tempo: Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora e Novatio Legis in Pejus.   
         Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no tempo com base nos princípios da irretroatividade da lei penal e retroatividade da lei penal mais benéfica. 
         Compreender a necessidade de criação de normas penais excepcionais e temporárias e sua aplicabilidade. 
         Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no espaço com base nos princípios da territorialidade e extraterritorialidade. 
Compreender a relevância do estudo prévio dos temas da aula por meio da resolução dos casos concretos propostos.
Estrutura do Conteúdo
1. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade ? Atividade e Extratividade da Lei Penal. 
2.Conflito de leis Penais no Tempo:
    2.1.  Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in Pejus. 
3.Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo: 
     3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa 
     3.2.Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna. 
4.Leis Excepcionais e Leis Temporárias. 
   4.1. Conceito.
   4.2. Distinção
5. Tempo do Crime:
       5.1.Teorias: atividade, resultado e mista.
       5.2.Teoria adotada pelo Código Penal.
       5.2.Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal.
          - Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo.
 6. A Lei Penal no Espaço. 
        6.1.Validade da Lei Penal
        6.2. Lugar do Crime. 
               - Teorias: atividade, resultado, intenção, efeito mais próximo, ubiquidade e longa mão. 
        6.3.Conceito de Território Nacional e sua Extensão. 
        6.4.Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço: 
  -Territorialidade.
 -Extraterritorialidade: Incondicionada e  Condicionada.
 - Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva e representação.
        6.5.Pena Cumprida no Estrangeiro. 
 Indicação Bibliográfica
- Leia os artigos 2° a 12, do Código Penal.
- Leia o verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal.
- Leia o art. 5°, incisos XXXIX e XL, da Constituição da República de 1988.
Aplicação Prática Teórica
1) Marcos, policial militar, no período entre março de 2010 e abril de 2012 integrou um grupo de extermínio que executava moradores de rua na Zona Sul da cidade. Sendo descoberto, foi indiciado pelos homicídios. Uma vez condenado, o juiz aumentou sua pena com base no § 6º do art. 121 do CP em razão dos crimes terem sido praticados em atividade de grupo de extermínio. Considerando que a lei que acrescentou o referido parágrafo entrou em vigor no dia 29 de setembro de 2012, a decisão está correta. Justifique sua resposta segundo os estudos sobre lei penal no tempo.
 RESPOSTA
A decisão esta incorreta, pois, partindo do Principio da Ultratividade o juiz deveria julgar o caso com base na lei que vigorava no momento do crime para beneficiar o réu. 
Mesmo contrariando os princípios éticos e fundamentais da instituição na qual fazia parte no período de março de 2010 a abril de 2012 sendo este a policia militar e concomitantemente praticava assassinatos por ser integrante de grupo de extermínio, tendo em vista que o caso em voga discorre o indiciamento pelos homicídios e a condenação por este delito não informa se a decisão do magistrado em agravar a pena com base no § 6º do art. 121 do CP mesmo que não se desse o transitado em julgado foi equivoca a decisão “Error in judicando”, pois segundo o principio da retroatividade uma nova norma será aplicado somente em benefício do réu. Com isso não caberá o agravante a está sentença penal.
2) Um Italiano que mata um francês a bordo de um navio de guerra brasileiro que se encontra ancorado num porto Português responderá, via de regra e pelo princípio da ubiquidade, pela lei de que país?
X a) Brasil
b) França
c) Itália
d) Portugal
3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante sequestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/ Vunesp 2006)
X a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei.
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade.
c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência.
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda.

Continue navegando