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DIREITO COLETIVO RESUMO (2)

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DIREITO COLETIVO:
TUTELA COLETIVA:
- A relação jurídica litigiosa é coletiva
- Sujeito ativo/passivo = grupos (identidade), ex: classe de trabalhadores metalúrgicos.
- Objeto litigioso = situação jurídica coletiva de titularidade de uma coletividade.
- Interesses/direitos pertencentes à coletividade
- Origem:
Inglaterra:
- 1ª expressão: época federal
- 2ª expressão: “Court of chancery” Corte emitia “ bill of prace” (carta de paz)
 Complete justice = regulamentava a situação de todo mundo
- Mutação: Litisconsórcio e obrigação solidária
EUA
- “Class action” – instituto de modernidade, aparato para tutelas em grupos
- 1938: Federal rules of civil procedure
- Rule 23: TRUE, HYBRID, SPURIS divisão das class action
- Ideia: Representação adequada = tenho um grupo e pego um individuo do grupo para torna-lo representante.
Regras e pressuposto para class action:
- 1ª: A parte representativa tem que integrar a classe, o representante tem que sair de dentro do grupo (tem que ser o cabeça, líder) = diferente do BR, que o rep não precisa integrar a classe
- 2ª: Identidade/tipicidade de pretensões ou defesa entre o representante e a classe (tipicaly) 
- 3ª: Existência de questões comuns de fato ou de direito = todos os integrantes do grupo receberam a incidência dessa cadeia lesiva, ainda que os resultados sejam diferentes. 
- 4ª: Representatividade adequada
Microssistema de processo coletivo:
- CDC
- LACP
- LAP
- LMS
- LIMP
- LMC...
SITUAÇÕES JURÍDICAS COLETIVASDIREITOS - Direitos subjetivos
- CDCINTERESSES – ambiente público
No Brasil, são sinônimos
- CATEGORIAS, ART. 81, CDC:
Difusos:
- Transindividuais
- Natureza individual.
- Titulares são pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato
- Aspecto subjetivo = grupo de pessoas que a única coisa que as unem é um fato, não tem vinculo jurídico
- Ex: Propaganda enganosa, direito ao meio ambiente sadio, direito à saúde púlica
Coletivos: (stricto senso)
- Ex: Metalurgicos a terem um ambiente de trabalho sadio.
- Grupo ou classe de pessoas que são ligadas a uma relação jurídica 
- Grupos determinados 
- Relação jurídica: base pré-existente
- O grupo/classe sempre existiram, independente de problema
Individuais Homogêneos:
- Consigo identificar seu titular
- Origem comum: causa lesão que da origem a pretensão 
- Coletividade restrita
- Ex: acidente de avião, passageiros. 
- TECNICA DE COLETIVIZAÇÃO:
Propaganda enganosa:
- Ação do MP para retirar a propaganda, por ser falsa, com fundamento no direito difuso, aspecto subjetivo.
- Ação do MP indenizatória, para indenizar os consumidores que adquiriram o produto em erro direito individual/homogêneo.
COMPETÊNCIA
Competência territorial (funcional)
- Regra geral: Art. 2º, LAC (7347/85); art. 209, ECA; art. 80 do Estatuto do Idoso e art. 93, CDC: juízo local do evento danoso
- ABSOLUTA: Não é prorrogável igual no cível, se o processo não for ajuizado no local do dano = Incompetência!
- Justiça Federal/Justiça estadual tem que analisar qual a justiça competente (art. 109, CF)
- Pluralidade de localidades (foros concorrentes): Os dois serão competentes, se for inicialmente proposta em cambé, e depois londrina, cambé é competente. Prevençaõ!
Art. 93, CDC. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local:
        I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
        II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
Art. 109 CF. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Competência para danos ou ilícitos nacionais:
- Art 93, II, CDC
- Envolvem todo território brasileiro, dano nacional
- O órgão competente será: CAPITAIS DO ESTADO OU DF (competência concorrente)
- É necessário avaliar as situações concretas para poder determinar a competência
STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA AgRg no CC118023 DF 2011/0153025-9 (STJ)
Data de publicação: 03/04/2012
Ementa: AMBIENTAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO NEGATIVODE COMPETÊNCIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA MOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICOFEDERAL CONTRA A UNIÃO E AUTARQUIAS FEDERAIS, OBJETIVANDO IMPEDIRDEGRADAÇÃO AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL.EVENTUAIS DANOS AMBIENTAIS QUE ATINGEM MAIS DE UM ESTADO-MEMBRO.ART. 109 , § 2º , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . LOCAL DO DANO.1. Conflito de competência suscitado em ação civil pública, pelojuízo federal da 4ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, noqual se discute a competência para o processamentoe julgamentodessa ação, que visa obstar degradação ambiental na Bacia do RioParaíba do Sul, que banha mais de um Estado da Federação.2. O Superior Tribunal de Justiça tem o pacífico entendimento de queo art. 93 , II , da Lei n. 8.078 /1990 - Código de Defesa do Consumidornão atrai a competência exclusiva da justiça federal da SeçãoJudiciária do Distrito Federal, quando o dano for de âmbito regionalou nacional. Conforme a jurisprudência do STJ, nos casos de danos deâmbito regional ou nacional, cumpre ao autor optar pela SeçãoJudiciária que deverá ingressar com ação. Precedentes : CC 26842/DF ,Rel. Ministro Waldemar Zveiter, Rel. p/ Acórdão Ministro Cesar AsforRocha, Segunda Seção, DJ 05/08/2002; CC 112.235/DF, Rel. MinistraMaria Isabel Gallotti, Segunda Seção, DJe 16/02/2011.3. Isso considerado e verificando-se que o Ministério PúblicoFederal optou por ajuizar a ação civil pública na SubseçãoJudiciária de Campos dos Goytacazes/RJ, situada em localidade quetambém é passível de sofrer as consequências dos danos ambientaisque se querem evitados, é nela que deverá tramitar a ação. A issodeve-se somar o entendimento de que "a ratio essendi da competênciapara a ação civil pública ambiental, calca-se no princípio daefetividade, por isso que, o juízo federal do local do danohabilita-se, funcionalmente, na percepção da degradação ao meioambiente posto em condições ideais para a obtenção dos elementos deconvicção...
 
Competência para danos ou ilícitos regionais: 
- Envolvem 2 ou mais estados
- Art. 93, II, CDC
- As Capitais dos Estados e DF são concorrentes
- Principio da prevenção (diferente do critério de dano local)
Competência para ilícitos estaduais: 
- Único estado 
- A competência é da capital do estado (principio da competência adequada)
Competência para conflitos confederativos
- ESTADO X ESTADO
- ESTADO X UNIÃO
- art. 102, I, f, CF
- STF é competente
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Poluição visual decorrente de propaganda eleitoral:
- É competência da justiça comum (entendimento do STJ), pois o objetivo da ação coletiva é tutelar/proteger o meio ambiente (dto difuso )
CONEXÃO E LITISPENDÊNCIA
CONEXÃO: art. 55, CPC
Ações individuais:
- Causa de pedir e pedidos iguais (semelhança)
- Vínculo entre demandas
- Efeito: reunião dos processos, para evitar decisões conflitante/contraditórias
- Para ter reunião tem que afetar a esfera jurídica de ambos os autores, decisão que existe a possibilidade de conflito e no cumprimento dela. 
- ex: Reintegração de posse e ação de usucapião (autor A e réu B x autor B e réu A) 
- Quando tem a reunião, qual o juízo competente para julgar as demandas? Prevenção, art. 59 CPC
Conexão em ações coletivas:
- art. 2, par. Único, LACP + art. 55, par. 3º, CPC
- Conexão e reunião são semelhantes a das ações individuais
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único  A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
Art. 55, CPC Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
LITISPENDENCIA: unidade dos elementos da ação 
Ações individuais:
- Lide igual a outra pendente
- Partes, pedido e causa de pedir idênticas
- Uma demanda que deu origem a 2 processos
- A demanda mais nova será extinta, prevalece a mais velha.
Ações coletivas:
- 1º exemplo: L1 E L2 questionam a mesma situação coletiva com mesmo pedido e causa de pedir
CONCORRETES (suj leg. Possuem legitimidade autonom) E DISJUNTIVAS (são autônomos, não dependem do outro)
- 2º exemplo: L1 (ofensor w) E L2 (ofensor w) Os dois entraram com ação por causa da poluição do lago igapó e pediram a reparação e a revitalização
- Tem litispendência? Sim, demandas coletivas ajuizadas por partes diferentes (não se analisam os legitimados) 
- Efeito: 1ª Corrente = anular uma, extingui a mais nova (recente) - PREVALECE
 2ª Corrente = unir as 2 ações
- 3º exemplo: Particular (ofensor w) e L2 (ofensor w) conexão
Procedimentos diversos;
1º ex: Ação Civil Pública (L1) x Ação Popular (L2) Mesmo objeto (mesma causa de pedir e pedidos) = TEM LITISPENDÊNCIA (se visa a mesma proteção e mesmo resultado jurídico para a coletividade tem litispendência) 
- Efeito: extingue o mais recente
2º ex: Ação individual x Ação coletiva
- Art. 104, CDC
- Não tem litispendência, pois a lei não confere esse fenômeno, mesmo sendo mesmo objeto
- Se o individual quiser aderir a ação coletiva, ele tem 30 dias (da ciência da ação coletiva) e a consequente suspensão do processo individual: se a coletiva for procedente, extingue a individual, se a coletiva for improcedente, posso voltar para ação individual que estava suspensa e discutir novamente o assunto (art. 103, par 2º)
- Se ele perde os 30 dias, a individual prevalece.
LEGITIMAÇÃO NAS AÇÕES COLETIVAS
Nas ações individuais:
- Legitimação ordinária: a pessoa postula em juiz próprio, direito próprio
- Legitimação extraordinária: O ente que atua em nome próprio postulando a tutela de dto alheio (representação não é extraordinária, só ocorre quando a legislação autoriza um terceiro)
Nas ações coletivas:
- Legitimação extraordinária: Toda ação vai ser proposta por um extraordinário em prol da coletividade.
- No Brasil a regra é que as ações coletivas são extraordinárias
- Exceção: grupos indígenas estatuto do índio permite que o índio entre com ação em prol da coletividade (ordinária)
- No brasil: 
- Rol de legitimados (Lei) – art. 82, CDC e art 5º da LACP
a) particular – cidadão
b) pessoas jurídicas de direito privado
c) órgãos do poder público
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:           
        I - o Ministério Público,
        II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
        III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,      especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
        IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
        § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
- Substituição processual:
- Interesse do substituto X interesse do grupo (equivalência de interesses)
- Controle ( 2 critérios)
1º - ADEQUEAÇÃO LEGAL: autorização expressa e legal para pessoa ser legitimada coletiva
2º - PERTINENCIA TEMATICA: STF – tem que ter certa afinidade com o legitimado e o caso defendido. 
- Consequências da falta de legitimação: ocorrerá substituição do legitimado. 
CLASSIFICAÇÃO DE TUTELAS:
PREVENTIVA: 
-É a tutela INIBITÓRIA, que é a proibir a ocorrênciade algum ilícito ( que é qualquer ato contrário ao direito).
- Inibe a pratica de um ilícito através de uma ação coletiva
- Não precisa, necessariamente, causar algum dano. Uma ameaça de dano já vale. 
- O problema é provar a possível ocorrência do dano. 
- Ex: Possível ameaça que uma usina nuclear pode causar. 
REPRESSIVA
- Após a ocorrência do ilícito. 
- Já tem o ilícito, mas não há dano.
- 2 tipos:
REMOÇÃO DO ILÍCITO: 
- 1º exemplo: Instalação de usina nuclear, mas sem funcionamento ( ainda não há poluição)
- 2º exemplo: próteses de silicone francesa, era nocivo à saúde, mandaram remover do mercado ANTES DO DANO OCORRER
RESSARCITÓRIA: o dano já ocorreu ( compensa ele pagando)
- Forma específica: Praticar o ato necessário para voltar ao status quo ante (quando o credor achar mais razoável)
- Equivalente monetário: Quando o credor achar mais razoável e não for possível resolver na forma especifica. 
* o credor quem escolhe a melhor forma
OBS: não confundir a classificação de tutelas com a classificação de sentença:
Condenatória
Declaratória
Constitutiva
Executiva latu sensu (executividade)
Mandamental
COISA JULGADA
Nas ações individuais:
Conceito: Segurança jurídica, efeito preclusivo, decisão de mérito indiscutível
Limites subjetivos: quem afeta a coisa julgada?
Interpartes – a decisão afeta só autor e réu
Ultrapartes – atravessa as partes, pois atinge as partes e terceiros determinados pela lei (ex: substituição processual)
Erga Omnes – Máximo alcance da coisa julgada, aplica indistintamente a todos (ex: ADI, ADPF, repercussão geral)
Limites objetivos: o que faz a coisa julgada?
- A individualização da norma jurídica (retrata uma norma individual e concreta)
- Além da questão de mérito, questões processuais incidentes também fazem coisa julgada (art. 503, par 1 e 2º)
Nas ações coletivas:
- Art. 103, CDC
- Conforme o tipo de situação jurídica coletiva e o tipo de procedência
Difusos - erga omnes
- Não consegue identificar quem tem direito
- exceto quando for julgado improcedente por falta de provas (nesse caso não faz coisa julgada), pois permite que qualquer pessoa renove essa ação, rediscuta se trouxer provas novas. 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
        I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
Coletivos – efeito ultra parte ( partes e terceiro determinado)
- Consigo determinar quem será atingido pela coisa julgada ( os grupos)
- Porém, se for julgado improcedente faz coisa julgada, EXCETO quando for julgada improcedente por insuficiência de provas (igual a anterior)
Individuais homogêneos – Erga omnes
- Faz coisa julgada apenas do caso de PROCÊNCIA do pedido, se for improcedência, não faz!
Art 103, par 3º, CDC transporte in utilibis da coisa julgada coletiva para o processo individual
- PROCEDÊNCIA: BENEFICIA
- IMPROCEDÊNCIA – NÃO PREJUDICA
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
        I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
        II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
        III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
        § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
        § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.
        § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
        § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.

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