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Mobilização do paciente e prevenção de quedas

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1 INTRODUÇÃO
A enfermagem envolve-se no processo do cuidar prestando uma assistência de ininterrupta e especializada baseado no julgamento e conhecimento clínico, implementado pelo enfermeiro objetivando estabelecer intervenções que possam abranger as necessidades bio-psico- sociais dos pacientes (SILVA; NASCIMENTO, 2012).
Uma das causas das lesões por pressão é a imobilidade do paciente no leito sem a possibilidade de movimentar-se por si próprio, dependendo de mobilização passiva. Além da imobilidade dos pacientes no leito, outros fatores também contribuem para o surgimento das lesões por pressão (POTTER e PERRY, 2013).
A mobilização do paciente é deveras importante na recuperação do paciente, tendo em vista as diversas complicações que são observadas em pacientes imóveis. Quanda há uma imobilidade do paciente, independente de onde ele esteja locado, há uma grande melhora nas funções respiratória, reduz os efeitos da atrofiação muscular e melhora as condições cardíacas (STILLER, 2007).
 Diante desses fatos, expor as tecnicas e discutir a molização do paciente é fundamental para entender o processo de cuidado direto do paciente, tendo em vista que a equipe de enfermagem está com o mesmo todo o momento.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Expor e discutir a literatura relacionada a mobilização do paciente e prevenção contra quedas.
2.2 Específico:
Conceituar a finalidade a mobilização do paciente e prevenção de quedas;
Demonstrar a técnica de mobilização do paciente;
Elucidar a discussão sobre segurança do paciente.
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa foi feita com base nos artigos encontrados através da procura de literaturas cientificas em bases de dados, como LILACS e Scielo. Também foram utilizados livros com a teoria de procedimentos para a mobilização do paciente, mas levando em consideração que cada unidade de saúde tem um protocolo.
A priori, foi utilizado como critério de inclusão para os artigos e literaturas a utilização de literaturas relacionadas a mobilidade, imobilidade e segurança do paciente, dos quais precisavam de uma ação terapêutica diária. E em relação aos critérios de exclusaõ foram descartados artigos e literaturas que fugiam do foco do trabalho. Com descritores foram utilizadas as palavras “mobilização”, “imobilização” e “segurança do paciente” como filtro, assim filtrando de forma específica a pesquisa.
4 MOBILIZAÇÃO DO PACIENTE
4.1 Saude do Paciente
Os incidentes que ocorrem no ambiente de saúde que causam danos ao usuário como, erros na administração de medicamentos, quedas, falhas em procedimentos cirúrgicos, entre outros que podem ser evitáveis são considerados problemas de saúde pública, pois afetam a segurança do paciente ( Soldatelli et al., 2016).
A segurança ao paciente pode ser entendida como a diminuição de riscos ou danos desnecessário ao usuário, relacionada aos cuidados de saúde e capacitação das instituições de saúde em relação aos eventos adversos no processo de trabalho (Caldana et al.,2015 ).
 Na perspectiva de promover, implementar e apoiar a segurança do usuário em instituições de saúde em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano de 2004 criou a World Alliance for Patient
Safety (Aliança Mundial para a Segurança do Paciente) . No Brasil, foi instituído pela Portaria GM/MS nº 529/2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com a finalidade de atenuar e prevenir eventos adversos nos serviços de saúde públicos ou privados ( Soldatelli et al., 2016). 
A enfermagem por ser uma profissão que está mais próximo ao cliente, acaba tendo maior probabilidade de cometer erros devido as intervenções invasivas feitas durante a assistência, por isso é necessário o dimensionamento da equipe de acordo com a necessidade e gravidade para uma melhor qualidade no cuidado em saúde (Matos et al., 2016).
4.2 Mobilização do paciente
Os avanços da tecnologia e ciência mostram uma tendência no uso da mobilidade do usuário como auxiliar do processo terapêutico. “O levante precoce após uma cirurgia ou doença prolongada é essencial para restabelecer o conjunto de alterações orgânicas induzidas pela inatividade” (ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2013). Dessa forma torna-se essencial a soma de conhecimentos científicos, de enfermagem e práticas do cuidado, para que o manejo clínico da enfermagem relacionada à mobilidade seja eficaz e não prejudicial tanto para o cliente quanto para o profissional (POTTER e PERRY, 2013). 
Vários estudos mostram que há uma grande incidência de lesões músculo-esqueléticas entre os enfermeiros devido ao esforço durante o trabalho, tanto na movimentação, transferência ou posicionamento do cliente. Visto isso, busca-se a implementação de práticas seguras de trabalho para minimizar esses efeitos, principalmente a utilização da postura correta, manuseio do peso e, sempre que possível, utilizar materiais e equipamentos auxiliares. (ALEXANDRE, 2000; ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2013).
Segundo a Ordem dos Enfermeiros (2013) a mecânica corporal “caracteriza-se pelos esforços coordenados dos sistemas músculo-esquelético e nervoso para manter o equilíbrio, a postura e o alinhamento do corpo nas diversas atividades”, assim no manejo da mobilidade do usuário, é fundamental o uso correto da mecânica corporal, e para isso é necessário: postura, alinhamento e equilíbrio. Esses três elementos juntos e de forma correta contribuem na redução da tensão sobre as estruturas músculo-esqueleticas, manutenção do tônus muscular adequado, conforto, conservação de energia e auxiliam no sustento do peso do corpo (POTTER e PERRY, 2013).
Portanto, há 5 passos para movimentação e transporte do cliente (POTTER e PERRY, 2013; ALEXANDRE, 2000; ORDEM DOS ENFERMEIROS, 2013) :
Avaliação das condições e preparo do cliente: Primeiramente deve ser feita uma avaliação das condições físicas do cliente, sua capacidade de colaborar, observar a presença de equipamentos instalados, orientar o paciente quanto ao procedimento e o motivo da movimentação. Importante também sempre planejar minuciosamente como será feito o procedimento. 
Preparo do ambiente e dos equipamentos: Verificar se o espaço físico é adequado para não restringir os movimentos, remover os obstáculos, obter condições seguras com relação ao piso, elevar ou abaixar a altura da cama, travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional. Caso necessário utilizar equipamentos para auxiliar como: barras de apoio em banheiros, elevar a altura do vaso sanitário, utilizar cadeira de rodas própria para banho ou higiene.
Preparo da equipe: deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão, trabalhar com segurança e com calma, manter as costas eretas, usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente, flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna, abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima, utilizar movimentos sincrônicos, trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropriados, realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, duas pessoas.
Mobilidade: estimular o cliente a movimentar-se da forma mais independente possível dependendo da situação de cada usuario, ter à disposição camas e colchões apropriados, sempre que possível, utilizar elementos auxiliares, tais como: barra tipo trapézio no leito, plástico antiderrapante para os pés, plástico facilitador de movimentos, entre outros. 
Nas técnicas de mobilização, o profissional deve manter um bom alinhamento corporal, fletir o tronco até 10º e fletir ligeiramente os joelhos, utilizando os músculos dos membros inferiores em substituição dos dorsolombares em movimentos de esforço.
4.1 Movimentação de clientes no leito:
Mover a pessoa no leito deve ser feito, preferencialmente, por dois profissionais em movimentos sincronizados e usando, quando possível, auxiliares como, por exemplo, o resguardo. Este deve ser enrolado junto ao corpo para garantir firmeza na preensão e melhor controlar o movimento.
Com o auxílio do resguardopode mover-se a pessoa em qualquer direção (altura ou largura do leito). Não utilizando auxiliares, quando se requer mover a pessoa dependente no sentido da largura do leito (para a direita ou para a esquerda) os profissionais devem colocar-se ambos do lado para o qual vai ser mobilizada a pessoa. Quando o movimento for executado no sentido ascendente ou descendente devem colocar-se um de cada lado do leito.
Em qualquer das situações, e quando não se usa resguardo, deve fazer-se deslizar o corpo da pessoa sobre o leito, colocando os antebraços sob o corpo nos seguintes locais: 
• Cintura escapular - a mão do profissional deve apoiar o ombro do lado oposto; 
• Região dorsal - entre a cintura escapular e a região lombar;
• Cintura pélvica – ao nível da segunda vértebra sagrada; 
• Cavado poplíteo.
Todos os movimentos devem ser executados em bloco pelo que se exige que os profissionais combinem entre si quem dá a ordem para o início da execução. A sincronização de movimentos é essencial, não só para o sucesso da técnica, mas também para a minimização do esforço e do risco de lesão para os profissionais e para a pessoa.
Quando a técnica for executada apenas por um profissional, este deve utilizar os mesmos princípios já descritos, verificando se a força a exercer é compatível com a que pode despender. Após a avaliação ergonômica da técnica, deve proceder deslocando em primeiro lugar a parte superior do corpo (cintura escapular e região dorsal) e, em seguida, a parte inferior (cintura pélvica e membros inferiores).
4.1.1 Trazer o cliente para um dos lados da cama 
Lembrar que a movimentação no leito deve ser realizada, preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os seguintes passos: As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de frente para o paciente, permanecer com uma das pernas em frente da outra, com os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao nível da cama, em seguida a primeira pessoa coloca um dos braços sob a cabeça e, o outro, na região lombar, a segunda pessoa coloca um dos braços também sob a região lombar e, o outro, na região posterior da coxa, trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado da cama Se for necessário mover o paciente sem ajuda, deve-se fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo como um contrapeso e plásticos facilitadores de movimentos.
4.1.2 Colocar o cliente em decúbito lateral 
Quando o paciente não é obeso, podem-se seguir as seguintes fases: Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa 
• Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser virado, flexionando o joelho. Observar o posicionamento do outro braço 
• Fazer o paciente virar a cabeça em sua direção 
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho como alavancas 
Outra forma de realizar esse procedimento é usando-se plásticos deslizantes e resistentes, da seguinte forma:
 • Virar o paciente e colocar o plástico sob seu corpo. Voltar o paciente e puxar o plástico
• Ficar no lado oposto ao que o paciente será virado 
• Puxar o plástico, movendo o paciente em sua direção e para a beira da cama. Manter as costas eretas e utilizar o peso do seu corpo 
• Elevar o plástico, fazendo o paciente virar cuidadosamente. Manter, no lado oposto da cama, uma grade de proteção 
Movimentar o cliente, em posição supina, para a cabeceira da cama 
Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se sozinho, com a ajuda de um trapézio. O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso, tendo como apoio um plástico antiderrapante sob seus pés ou uma pessoa segurando - os. Pode-se também colocar um plástico deslizante sob as costas e a cabeça do paciente.
Outra maneira de movimentação independente é colocar um plástico deslizante sob o corpo do paciente e pedir que ele realize o mesmo impulso com os pés.
Quando o paciente não pode colaborar, uma alternativa é seguir os seguintes passos:
• Deixar a cama em posição horizontal 
• Colocar um travesseiro na cabeceira da cama 
• Colocar um lençol ou plástico deslizante sob o corpo do paciente 
• Permanecer duas pessoas, uma de cada lado do leito, e olhando em direção dos pés da cama 
• Segurar firmemente no lençol ou plástico e, num movimento ritmado, movimentar o paciente 
Se a altura da cama for regulável, pode-se proceder da seguinte maneira: 
• Abaixar a altura da cama de tal forma que os trabalhadores de enfermagem possam colocar um joelho na cama e manter a outra perna firmemente no chão 
• Segurar o plástico e, de uma forma coordenada, sentar sobre seus calcanhares, movendo ao mesmo tempo o cliente 
Movimentar o cliente em posição sentada para a cabeceira da cama 
O paciente deve ser encorajado a movimentar-se sozinho, com a ajuda de um plástico facilitador de movimentos. Neste caso, o paciente fica sentado sobre o plástico, podendo deslizar com o auxílio de blocos de mão antiderrapantes.
Ele pode, também, receber a ajuda de uma pessoa, que segura seus pés, estando suas pernas flexionadas. Neste caso, o cliente apóia uma mão de cada lado do corpo e ele próprio dá um impulso, ao endireitar as pernas.
Quando o paciente não pode colaborar, duas pessoas devem realizar o procedimento. Deve-se também usar um plástico deslizante e procede-se da seguinte maneira: 
• As duas pessoas devem ficar uma de cada lado do leito, olhando na mesma direção 
• Abaixar a altura da cama, de uma forma tal que os trabalhadores de enfermagem possam colocar um joelho na cama, mantendo a outra perna firmemente no chão 
• Segurar a mão do paciente com uma das mãos e agarrar no local apropriado do plástico com a outra 
• Usando movimento coordenado, sentar sobre os calcanhares, movendo, ao mesmo, tempo o cliente. Repetir o procedimento caso necessário
4.1.5 Sentar o paciente no leito 
O cliente deve ser encorajado a sentar-se sozinho, ficando de lado e levantando-se com a ajuda dos braços. Podem-se, também, utilizar materiais simples, como uma corda com nós ou uma escada de cordas que, fixadas nos pés da cama, permitem que o cliente sente sem ajuda.
Quando o cliente é auxiliado por outra pessoa, pode-se fazer da seguinte forma:
• A pessoa fica de frente para o paciente, colocando um dos seus joelhos ao nível do quadril do paciente e sentando-se sobre seu próprio tornozelo 
• Segurar no cotovelo do paciente, que também apóia no cotovelo da pessoa. O paciente deve se sentar apoiando-se na pessoa. 
Se o paciente não consegue auxiliar, uma outra alternativa é realizar o procedimento com duas pessoas, da seguinte maneira: 
• Permanecer uma pessoa de cada lado da cama, olhando em direção da cabeceira
• Ficar ajoelhada, mantendo o joelho ao nível do quadril do cliente 
• Segurar nos cotovelos e trazer o paciente para frente, enquanto senta em seus calcanhares. Pode-se usar, como um auxílio nessa manobra, uma toalha resistente, que é colocada nas costas do paciente 
Sentar o paciente na beira da cama 
No caso do cliente estar deitado, seguir os seguintes passos: 
• Colocar o paciente em decúbito lateral, sobre um plástico deslizante, e de frente para o lado em que vai se sentar 
• Elevar a cabeceira da cama 
• Uma pessoa apóia a região dorsal e o ombro do paciente e a outra segura os membros inferiores 
• De uma forma coordenada, elevar e girar o paciente até ele ficar sentado 
Outra alternativa é levantar o paciente, apoiando no cotovelo, como descrito anteriormente, estando o cliente sobre um plástico deslizante. Depois, mover os seus membros inferiores para fora do leito.
5. Transferência da pessoa dependente
Quando a pessoa apresenta um grau de dependência baixo ou moderado, o enfermeiro assiste-a durante a transferência. A instrução da pessoa relativamente à técnica a utilizar é fundamental para o sucesso da mesma e para a minimização do risco de lesão.
5.1 Transferência da cama para a cadeira:
- Providenciar o material necessário (ex. cadeira de rodas ou cadeirão, cintos de segurança, tábuas ou outros dispositivos, elevadores mecânicos);
- Preparar a cadeira de rodas (travaras rodas, elevar ou retirar o apoio de braço mais próximo do leito e afastar os pedais) ou cadeirão e colocar a cadeira de rodas ou cadeirão paralelo à cama; 
- Partindo do decúbito dorsal, a pessoa deve fletir e/ou ser ajudada a fletir os joelhos;
- Colocar uma mão ao nível da região escapulo-umeral e outra nos joelhos e rodar a pessoa;
- Assistir na elevação do tronco com uma mão e simultaneamente fazer pressão nos membros inferiores na direção do chão, ajudando-a a sentar-se com um movimento coordenado;
- Com a pessoa sentada na beira do leito, avaliar sinais e sintomas de hipotensão ortostática ;
- Descer a base do leito de forma a que os pés fiquem assentes no chão e assegurar-se de que a pessoa está calçada ou usa meias antiderrapantes;
- Solicitar à pessoa para inclinar o tronco a fim de transferir o peso para a frente e assumir a posição ortostática;
- Assistir a pessoa durante a transferência, colocando as mãos na região dorsolombar. Se possível, pedir-lhe para se apoiar no braço oposto da cadeira;
- Colocar os pés nos pedais de apoio da cadeira, que devem estar ajustados de forma a que a pessoa mantenha flexão da anca e joelho a 90º ;
- Se necessário, colocar superfície de trabalho para apoio dos membros superiores.
Para efetuar transferência da cadeira para a cama realiza-se o procedimento pela ordem inversa do descrito para a transferência da cama para a cadeira.
A pessoa que apresenta grau de dependência elevado e/ou não pode colaborar, deverá ser transferida com a ajuda de meios mecânicos, exceto se houver algum obstáculo que o impeça. Nesse caso, se o peso e altura o permitirem, a transferência poderá ser feita por dois enfermeiros ou um enfermeiro e um assistente.
Para transferir a pessoa da cama para a cadeira, e tratando-se de um esforço acrescido, os profissionais devem respeitar todos os princípios da mecânica corporal anteriormente enunciados. Observado da seguinte forma:
- Os dois profissionais devem colocar-se do mesmo lado da cama;
- Um enfermeiro deve colocar os antebraços e mãos sob a escapulo-umeral e a região lombar e o outro entre a região lombar e a região poplítea; 
- Através de um movimento coordenado entre os dois profissionais, deslocam a pessoa para a extremidade do leito;
- Colocando-se paralelamente à cama, o enfermeiro responsável pela transferência da parte superior do corpo passa os antebraços sob as axilas da pessoa de modo a segurar-lhe os antebraços junto ao tronco. Para maior estabilidade e diminuir a carga sobre o ombro da pessoa, o enfermeiro deve segurar o antebraço esquerdo com a mão direita e o antebraço direito com a mão esquerda;
- O outro elemento, responsável pela transferência da parte inferior do corpo da pessoa, coloca-se de frente para a cama com os antebraços sob os membros inferiores;
- A transferência é feita em bloco, colocando a pessoa na cadeira/cadeirão.
Da cadeira para a cama realiza-se o procedimento pela ordem inversa. 
5.2 Transferências entre a cama e a maca
Como já foi referido anteriormente, o uso de auxiliares mecânicos é sempre a melhor solução para transferir a pessoa de uma superfície para outra. Os transferes devem ser utilizados nas transferências entre a cama e a maca para minimizar o esforço.
Os elevadores podem ser usados para transferências entre todas as superfícies: cama, cadeira de rodas, cadeirão, banheira, cadeira de banho ou outras. Podem ser usados ainda para transporte entre espaços como, por exemplo, o quarto e o WC. Alguns elevadores permitem a colocação da pessoa na posição ereta e também podem ser utilizados para treinos de marcha.
A carga máxima suportada deve ser sempre verificada no caso de transferências de pessoas com peso elevado. Também o tamanho das lonas deve ser ajustado ao tamanho e peso da pessoa para garantir a segurança e o conforto.
5.3 Transferência da cama para a cadeira
- A transferência da cama para a cadeira com elevador pode ser realizada por um profissional se a pessoa apresentar grau de dependência baixo ou moderado, e por dois se o grau de dependência for elevado. O procedimento deve seguir os seguintes passos:
- Instruir a pessoa sobre a técnica a executar e solicitar a sua colaboração;
- Providenciar o material necessário e preparar a cadeira/cadeirão para receber a pessoa;
- Rodar ou assistir a pessoa a rodar para o lado;
Colocar a lona desde a região cervical até à região sagrada, rodar a pessoa para o lado oposto e esticar a lona;
- Deslocar-se para o lado oposto e passar a lona por baixo dos membros inferiores;
- Colocar o elevador em ângulo de 90º com a cama, com triângulo de suspensão por cima da pessoa;
- Fazer descer triângulo de suspensão até cerca de um palmo do doente e aplicar as presilhas superiores nos respetivos ganchos;
- Aplicar as presilhas dos membros inferiores nos ganchos inferiores (ou de acordo com as instruções do equipamento);
- Elevar triângulo, verificando se a pessoa está bem apoiada, destravar elevador e deslocá-lo até que a pessoa esteja centrada sobre a cadeira onde vai permanecer sentada;
- Fazer descer o triângulo, apoiando a pessoa;
- Retirar a lona e posicionar na cadeira.
Para efetuar a transferência da cadeira/cadeirão para a cama utiliza-se o mesmo procedimento pela ordem inversa:
- Colocar a lona na cadeira e ajustá-la ao corpo da pessoa ;
- Aplicar as presilhas nos ganchos, elevar e transportar até ao leito ;
- Rodar a pessoa no leito para retirar a lona.
Sempre que possível, a pessoa deve participar ativamente nos procedimentos, podendo inclusivamente segurar o comando e controlar o elevador.
5.4. Corrigir posicionamento na cadeira
O correto posicionamento na cadeira/cadeirão é fundamental para manter o conforto da pessoa e, principalmente, para a prevenção de quedas. Para corrigir o posicionamento na cadeira/cadeirão, se a pessoa tem grau de dependência baixo ou moderado, o procedimento pode ser realizado da seguinte forma:
- Instruir a pessoa sobre a técnica a executar;
- Aproximar os pés da pessoa do cadeirão; 
- Solicitar à pessoa que incline o tronco para a frente;
- Elevar a pessoa e voltar a sentá-la (verificar se a região poplítea está próxima do cadeirão); 
- Verificar se os joelhos e coxofemoral têm um ângulo de 90º de flexão e se a região dorsal está apoiada na cadeira/cadeirão;
- Utilizar cintos de transferências ou outros dispositivos de apoio facilita o procedimento e aumenta o nível de segurança. 
Se a pessoa apresenta grau de dependência elevado ou não pode colaborar, para a correção do posicionamento em cadeira de rodas deve utilizar-se o elevador. Se a compleição física da pessoa o permitir, poderá ser efetuada manualmente da seguinte forma:
- O enfermeiro coloca-se por trás da cadeira, passando os antebraços sob as axilas da pessoa de modo a segurar-lhe os antebraços. Para maior estabilidade e segurança, o enfermeiro deve segurar o antebraço esquerdo com a mão direita e o antebraço direito com a mão esquerda, de modo a evitar o impacto do peso do corpo e da força exercida sobre o ombro;
- Fletir os joelhos e alinhar a coluna vertebral;
- Efetuar extensão dos membros inferiores segurando firmemente o tronco da pessoa. Colocar a força nos quadríceps;
- Reposicionar a pessoa na cadeira, verificando o apoio lombar e o ângulo da anca e joelhos.
Para corrigir o posicionamento na cadeira ou cadeirão da pessoa com grau de dependência elevado deve utilizar-se o elevador. Sempre que não houver elevador e/ ou a compleição física da pessoa o permitir, poderá ser efetuado por dois profissionais, utilizando o resguardo.
- Os profissionais devem colocar-se um à esquerda e outro à direita da cadeira/cadeirão, de frente um para o outro;
- Enrolar o resguardo e segurar firmemente com uma mão ao nível dos ombros da pessoa e outra ao nível do cavado poplíteo;
- Elevar, com o resguardo, os membros inferiores;
- Mantendo os membros inferiores elevados, puxar o resguardo junto aos ombros no sentido ascendente; 
- Reposicionar a pessoa na cadeira, verificando o apoio lombar e o ânguloda anca e joelhos.
4.3 Prevenção contra quedas
De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), queda pode ser definida, como deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. (Pereira SRM, Buksman S, Perracini M, Py L, Barreto KML, Leite VMM, 2002).
A estabilidade do corpo depende de informações adequadas sobre componentes sensoriais, cognitivos, integrativos centrais e músculoesqueléticos, de forma altamente integrada. O efeito acumulativo de alterações relacionadas à idade, doenças e meio ambiente inadequado parecem predispor à queda. (Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH, 2008).
A prevenção de quedas é de suma importância, para evitar morbidades, mortalidade e lesões consequentes da queda. Existem protocolos nas unidades hospitalares, sobre prevenção de queda e são mais utilizados em pessoas com idade mais avançada ou que apresentem fatores de risco.
Os fatores de risco, apresentados pela SBGG, são classificados em três categorias, sendo eles intrínsecos, extrínsecos e comportamental. Os intrínsecos variam de história prévia de queda, idade, medicamentos, condições clínicas, distúrbios de marchas e equilíbrio, sedentarismo, estado psicológico, deficiência nutricional, deficiências visuais e deficiência ortopédicas. (Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH, 2008).
Nos fatores extrínsecos, o ambiente está totalmente ligado à possibilidade de queda de um usuário. A iluminação inadequada, superfícies escorregadias, tapetes soltos ou com dobras, degraus altos ou estreitos, obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios), ausência de corrimãos em corredores e banheiros, prateleiras excessivamente baixas ou elevadas, roupas e sapatos inadequados, via pública mal conservada com buracos ou irregularidades. (Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH, 2008).
O fator comportamental evidencia o grau de exposição ao risco de queda. Durante uma anamnese em uma consulta de enfermagem, o enfermeiro deve incluir perguntas relacionadas a problemas com quedas. História prévia com quedas, as circunstancias das mesmas, capacidade funcional, fatores ambientais que possam propiciar a queda, medicações que o usuário esteja fazendo uso entre outros. Dentro do exame físico, o exame neurológico, pode apresentar problemas na marcha e seria evidenciado como um fator de risco intrínseco. (Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH, 2008).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, N. M. C; ROGANTE, M. M. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos posturais e ergonômicos. Rev.Esc.Enf.USP, v. 34, n. 2, p. 165-73, jun. 2000.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsivier, 2013.
DOS ENFERMEIROS, Ordem. Guia Orientador de boas práticas: Cuidados à pessoa com alterações da mobilidade–Posicionamentos, transferências e treino de deambulação. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros, 2013.
MOTA C.M; SILVA V.G, A segurança da mobilização precoce em pacientes críticos: uma revisão de literatura. Interfaces Cientificas – Saúde e Ambiente, Aracaju, V 01 - N.01, p. 83-91, Outubro, 2012.
SILVA R.F.A; NASCIMENTO M.A.L, Mobilização terapêutica como cuidado de enfermagem: evidência surgida da prática. Rev Esc Enferm USP; 46(2):413-9, 2012.
PAIM R.S.P; BELLAVER D.C; BELMONTE J; AZEREDO J.C. Erros de medicação e segurança do paciente: uma revisão integrativa da literatura, Rev. Gest.Saúde (Brasília) Vol.07, n. 03, p. 1256-70, Set., 2016.
MATOS J.C; RODRIGUES M.C.S; BORGES M.S; HENRIQUES M.V.M; LIMA R.R.S. Cultura de segurança do paciente no cuidado em saúde: Analise reflexiva. Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(6):2223-9, jun., 2016
CALDANA G; GUIRARDELLO E.B; URBANETTO J.S; PETERLINI M.A.S; GABRIEL C.S. Rede brasileira de enfermagem e segurança do paciente: desafios e perspectivas. Texto Contexto Enferm, Florianópolis,; 24(3): 906-11, Jul-Set, 2015.
PEREIRA S.R.M; BUKSMAN S; PERRACINI M; PY L; BARRETO K.M.L; LEITE V.M.M. Quedas em idosos. In: JATENE FB, CUTAIT R, ELUF N. J; NOBRE M.R; BERNARDO W.M, orgs. Projeto diretrizes. Vol. 1. São Paulo: Associação Médica Brasileira e Brasília, Conselho Federal de Medicina; p.405-14, 2002.
BUKSMAN S; VILELA A.L.S; PEREIRA S.R.M; LINO V.S; SANTOS V.H; Quedas em idosos: prevenção; orgs. Projeto diretrizes. Vol. 2. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina; 2008.

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