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Ana Carolina Barbosa - Propter Rem

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DIREITO CIVIL IV (DIREITO DIREITO CIVIL IV (DIREITO 
DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS)DAS COISAS)
Ana Carolina Barbosa Pereira Matos
Direito das CoisasDireito das Coisas
�Titularidade e obrigações propter rem:
• Como a própria terminologia revela, a obrigação propter
rem, não constitui direito real, mas trata-se de obrigação.
• Esta obrigação existe em função do direito real e seu• Esta obrigação existe em função do direito real e seu
titular (sujeito passivo da relação obrigacional) é o
próprio titular do direito real.
• A pessoa do devedor será determinada apenas pela
titularidade do direito real.
Direito das CoisasDireito das Coisas
• Conhecidas também como obrigações mistas ou
ambulatórias, inserem-se entre os direitos reais e direitos
obrigacionais, assimilando características de ambos.
• Assim, excepcionalmente, a mera titularidade de um
direito real importará a assunção de obrigaçõesdireito real importará a assunção de obrigações
desvinculadas de qualquer manifestação de vontade do
sujeito, impondo-se sua assunção a todos os que
sucedam ao titular na posição transmitida.
• A obrigação nasce com o direito real e com ele se
extingue.
Direito das CoisasDireito das Coisas
• Exemplos de obrigações propter rem: todos os direitos de
vizinhança, referenciados no Código Civil (arts. 1.277 à 1.313),
o dever do proprietário de um imóvel rural de conservação do
meio ambiente a convenção do condomínio (art. 1.228, §1º,
do CC), etc.
• Tais prestações decorrem da assunção do direito real de
propriedade, acompanhando o imóvel em todas as suas
mutações subjetivas.
• Obrigações propter rem ≠ Ônus reais
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• As obrigações propter rem afetam o titular da coisa ao tempo
em que se constitui a obrigação. Nos ônus reais o adquirente
posterior se responsabilizará por débitos contraídos pelo
titular anterior.titular anterior.
• Os ônus reais são ambulatórios – movimentam-se de um
titular a outro, não constituem dívidas do proprietário, mas
sim encargos da própria coisa (Ex.: Art. 1.345, do Código
Civil).
Direito das CoisasDireito das Coisas
• Enquanto nas obrigações propter rem o proprietário devedor
responde com todo o seu patrimônio, nos ônus reais só será
atingido no limite do valor do bem, pois a garantia real implica
na sua responsabilidade por uma dívida de terceiros.
• É lícito convencionar que obrigações propter rem sejam solvidas
pelo possuidor da coisa. Ex.: repasse dos encargospelo possuidor da coisa. Ex.: repasse dos encargos
condominiais ao locatário.
• No entanto, isto não importa transferência de obrigação real
ou alteração de sujeição passiva. Sendo ineficaz o referido
acordo perante terceiros.
Direito das CoisasDireito das Coisas
• O STJ possui o entendimento que as obrigações proptem
rem constituem ônus reais. “O entendimento desta Corte
é tranqüilo no sentido de que os encargos de condomínioé tranqüilo no sentido de que os encargos de condomínio
constituem ônus real, devendo o adquirente do imóvel
responder por eventual débito existente. Trata-se de
obrigação propter rem” .
Direito das CoisasDireito das Coisas
1)O Código Civil brasileiro não considera direito real:
a) a superfície.
b) o condomíniob) o condomínio
c) a habitação
d) o uso
e) a anticrese
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2) Marque a alternativa INCORRETA:
A) Por fazerem parte do direito privado, ramo em que incide
a autonomia da vontade, os direitos reais podem ser
livremente criados através de contrato, desde que
devidamente registrado no Cartório.devidamente registrado no Cartório.
B) A evicção está diretamente relacionada à característica da
seqüela.
C) O dever do proprietário de um imóvel rural de
conservação do meio ambiente pode ser considerado uma
obrigação propter rem.
D) Os direitos reais não precisam estar necessariamente
previstos no Código Civil.
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GABARITO
01) B
02) A02) A

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