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Dirieto Penal III

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CRIMES CONTRA A PESSOA
HOMÍCIDIO: morte injusta de alguém praticada por outrem
Caput (homicídio doloso simples): em regra não é crime hediondo, só passa a ser hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio ainda que praticado por um pessoa
Vingança por si só não qualifica homicídio 
§1º - Privilegiado- Causa de diminuição de pena nas hipóteses em que o homicídio é praticado: por motivo de relevante valor moral, relevante valor social ou sob domínio de violente emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima, a pena pode (deve reduzir a pena presente os requisitos) ser reduzida de 1/3 à 2/3
	- Homicídio emocional, espécie de privilegiadora: matar logo em seguida a violenta emoção e injusta provocação da vítima
Domínio de violente emoção 
Reagir imediatamente a injusta provocação (exigi imediatismo) [enquanto o agente estiver sob o domínio de violeta emoção será considerado o imediatismo]
Injusta provocação da vítima
§2º - Qualificado (hediondo) 	12 a 30 anos
Torpeza: mata por motivo vil, quase sempre por ganância, mediante paga ou promessa de recompensa ou outro motivo torpe
Motivo Fútil: Pequeneza do motivo, da causa comparada com a consequência (não inclui a ausência de motivos)
Meio Cruel ou insidioso que possa resultar perigo comum
Mediante traição, emboscada, dissimulação ou qualquer outro recurso que torne impossível a defesa da vítima
Conexão com outro crime: assegurar a execução que vai acontecer (teleológica) ou impunidade de um crime que já aconteceu (consequencial) NÃO ABRANGE CONTRAVENÇÃO PENAL
FEMINICÍDIO: matar mulher devido ao seu sexo, seja praticado ou não dentro do ambiente familiar, matar por preconceito, discriminação, na primeira fase se não houver previsão legal, o Feminicídio vai ser julgado em tribunal comum, se alei orgânica dispuser ao contrário poderá ser processado na vara de violência doméstica
Homicídio funcional: mata em razão de sua função: só responde se matar esses agentes em exercício de sua função ou em razão dela e no caso de parentes deve ser pelo simples fato de serem parentes 
§3º- Culposo Fruto de negligência, imprudência ou imperícia - o grau da culpa pode influenciar na pena, admite suspensão condicional do processo
Acidente de trânsito pelo CTB – O HOMÍCIDA DEVE ESTAR EM CONTROLE DA DIREÇÃO DO VEÍCULO AUTOMOTOR, MESMO QUE O MOTOR ESTEJA DESLIGADO
§4º- Causas de aumento para o homicídio culposo e doloso
Causas que o juiz deve considerar na terceira fase de aplicação de pena
Doloso: Praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos, considera-se a idade no momento da conduta (momento da ação ou omissão), pouco importando a idade no momento do resultado
§5º- Perdão judicial para o homicídio culposo
§6º- Aumento de pena para homicídio praticado por milícia ou grupo de extermínio – aumentada de 1/3 até a metade.
Somente o homicídio simples praticado por grupo de extermínio é considerado hediondo
§7º- Aumento Exclusivos do Feminicídio – aumenta de 1/3 até a metade se for praticado durante a gestação ou 3 meses após o parto
Praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos, considera-se a idade no momento da conduta (momento da ação ou omissão) e deficiente
Na presença de ascendente ou descendente 
Homicídio Preter doloso: Sinônimo de lesão corporal seguida de morte (129, §3º, crime doloso qualificado pelo resultado)
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (122) 
2 a 6anos se o crime se consuma Ou reclusão de 1 a 3 anos se dá Tentativa gerar LESÃO DE NATUREZA GRAVE
§ único: a pena duplica se for praticado por motivo egoístico ou se a vítima é menor ou se por qualquer causa tenha diminuída a capacidade de resistência
SUICIDIO NÃO É CRIME: O AGENTE DE FORMA VOLUNtÁRIA DECIDE ELMINAR A PRÓPRIA VIDA, O ART. 122 PUNE QUEM PARTICIPA DO SUÍCIO DE ALGUÉM
INDUZ QUEM FAZ NASCER A IDEIA
INSTIGA QUEM REFORÇA A IDEIA
AUXILIA QUEM PRESTA ASSISTÊNCIA MATERIAL
PARTICIPA COM ATOS SECUNDÁRIOS.
O crime não admite tentativa, caso excepcional de crime material plurissubistente.
O crime de consuma quando efetivamente se pratica os atos com o fim de eliminar a própria vida, se desses atos decorrerem morte ou LESÃO CORPORAL GRAVE, caso não aconteça nenhum desses caso será um fato ATÍPICO. 
Infanticídio (123) – homicídio privilegiado pelo estado puerperal da autora, possui elementos especializastes 
Autora: Mãe influenciada pelo Estado puerperal
Vítima: Filho, durante ou logo após o parto
Admite erro de tipo quanto a pessoa, leva em consideração a vítima pretendida e não pela atingida, responde como se tivesse matado o próprio filho. Não existe infanticídio culposo.
Se uma mãe durante o estado puerperal negligência e acaba matando o próprio filho responderá por homicídio culposo, pois o infanticídio não admite a forma culposa
Aborto (124) - interrupção da vida intrauterina, destruindo o produto da concepção
Pune a gestante que pratica nela mesma a manobra abortiva, ou que consenti que outro o provoque
Admite suspensão condicional do processo, Consuma-se com a morte do feto NÃO IMPORTANDO SE A MORTE OCORRE DENTRO OU FORA DO VENTRE MATERNO, DESDE QUE EM DECORRÊNCIA DAS MANOBRAS ABORTIVAS.
1 - Gestante pratica manobras abortivas e o feto expelido já sem vida. (Consumado)
2- Gestante pratica manobras abortivas mas nasce com vida, logo depois morre em decorrência das manobras abortivas (Consumado)
3- Gestante pratica as manobras abortivas, o feto nasce com vida e não morre, a gestante renova a ação ou omissão (execução), diante dessa nova ação mata a vida extrauterina, comete assim HOMICÍDIO OU INFANTICÍDIO se presente o estado puerperal, nesse caso a tentativa seria absorvida pelo homicídio.
(125) – Pune terceiro que interrompe a gravidez sem o consentimento desta (punição mais severa)
Vítima: Gestante e o Feto (dupla subjetividade passiva, obrigatoriamente tem mais de uma vítima)
(126) – Pune terceiro que interrompe a gravidez com o consentimento da gestante
Ocorre a exceção pluralista a teoria monista, duas pessoas concorrem ao mesmo crime, mas são tipificas em crimes diferente
A gestante que consente – aplica o 124
O terceiro que pratica ato com o consentimento da gestante – aplica 126
Durante o processo de interrupção da gravidez a gestante que antes havia consentido, muda de ideia e mesmo assim terceiro realiza o aborto, terceiro responde nas penas do art. 125 (porque já não tem mais a permissão da gestante) gestante continuará respondendo nas penas do art. 124, porque o arrependimento deve ser eficaz, o ineficaz não impede o delito.
Aborto Majorado (127) – Exclusivas dos terceiros provocadores, não aplica a causa de aumento para gestante, para incidir essa causa de aumento deverá ter causado a morte ou lesão grave da gestante devido a pratica, NÃO EXIGE QUE O ABORTO TENHA SIDO DE FATO PRATICADO, MAS SIM QUE EM DECORRÊNCIA DELE TENHA CAUSADO LESÃO CORPORAL OU A MORTE DA GESTANTE.
Aborto Permitido (128) – PRATICADO POR MÉDICO, quando o médico constata que a gravidez gera risco para a vida da gestante, e não há a outra forma para que se salve a vida da mesma (necessário ou terapêutico)
Gravidez resultante do estupro e possui o consentimento da gestante ou do representante legal também será permitido a interrupção da gravidez (sentimento ou humanitário)
De acordo com a legislação está permitido o aborto necessário ou terapêutico realizado pelo médico, ou o aborto sentimental ou humanitário, causa especial de exclusão de tipicidade. De acordo com o STF, tendo prova de que não haverá vida extrauterina viável, será possível o aborto de feto anencefálico, já no caso da microcefalia dependerá do caso concreto, se ela gerar risco para a gestante (128, I) ou não tiver vida extrauterina viável (128, II) será permitido o aborto, se não houver essas duas hipóteses NÃO EXISTE CABIMENTO PARA ABORTO DE FETO COM ESTA ANOMALIA.
Lesão Corporal (129) – Bem jurídico tutelado: Tutela a incolumidade pessoal, tutela a vítima na sua saúde física, mental e fisiológica 
Lesão Corporal de natureza leve:seu conceito se dá por exclusão, ação pública condicionada a representação da vítima. Se for lesão leve porém praticada no ambiente da vítima, contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge, ou com quem o agente conviva ou tenha convivido, deixará de ser lesão leve e passará a ser tipificada no parágrafo §9º (ação penal pública incondicionada se a vítima for mulher, se for homem continua dependendo de representação da vítima)
§1º - Pena de 1 a 5 anos (médio potencial ofensivo, admite suspensão condicional do processo) Ação penal pública incondicionada
Da lesão a vítima ficará incapaz para as ocupações habituais por mais de 30 dias (atividade corporal rotineira)
Resulta perigo de vida (não é perigo presumido, deve ser comprovado em perícia, necessariamente preterdolosa (age com dolo na lesão e culpa no perigo de vida)
Debilidade permanente de membro, sentindo ou função (enfraquecimento)
Perda de dedo: depende de perícia, e se a perda desse dedo gerou a debilidade
Aceleração de Parto (o agente agride a gestante e devido a agressão ela tem um parto prematura, não assume o risco de aborto)
Em qualquer uma dessas hipóteses ocorrendo no ambiente familiar independente se homem ou mulher, será aplicado a causa de aumento do §10, assim o crime não poderá mais admitir suspensão condicional do processo, a pena mínima deixará de ser de 1 ano
§2º - Gravíssima (rotulado pela doutrina)
Lesão causar na vítima incapacidade permanente para o trabalho 
Enfermidade incurável (transmissão intencional do vírus HIV)
Perda ou inutilização de membro, sentido ou função (deve perder ou inutilizar os dois órgãos, salvo se deixar alguém com deformidade permanente [dano estético, irreparável]) 
Aborto (preterdolosa, causa lesão dolosa e aborto culposo)
§3º Seguida de morte 4 a 12 anos (preterdolosa) (Dolo na lesão corporal, culpa no resultado morte) 
Elementos integrantes:
Conduta dolosa, visando determinado resultado – lesão
Resultado mais gravoso que o desejado a título de culpa – morte
Nexo causal entre a conduta e o resultado
EMPURRÃO NÃO É LESÃO, E SIM VIAS DE FATO 
Ex: X briga com Y e o empurra, Y cai pra trás bate a cabeça e morre, não será considerado lesão corporal seguida de morte porque o fato empurrar não é lesão e sim vias de fato, X será tipificado em homicídio culposo (as vias de fatos são absorvidas pelo homicídio)
§ 6º - Lesão corporal culposa (menor potencial ofensivo, competência do juizado especial) Não importa se ela é leve, grave ou gravíssima, o tipo penal só muda em caso de dolo, em caso culposo não importa o grau da lesão
Ação Penal pública condicionada a representação da vítima
Lesão culposa prática em ambiente familiar contra a mulher (ação penal pública incondicionada entendimento do STF)
Perigo de contágio venéreo (130) – Sujeito Ativo: Alguém contaminado com doença venérea
Vítima: qualquer pessoa que não seja portadora da moléstia
Possível crime entre marido e mulher, a conduta punida é colocar em risco a vida, mediante relação sexual ou atos libidinosos de contagio venéreo, só existe esse risco se o agente colocar a vítima em risco mediante atos de libidinagem
A partir do momento em que adotamos a teoria do domínio do fato não existe crime de mão própria, pois o autor não é somente o que pratica o núcleo do crime, mas sim o que domina o fato, podendo não ser o que pratica o fato (pode ser praticado por alguém que está sob domínio de outro) [Entendimento do Rogério Sanches]
Perigo de contágio de moléstia grave (131) – Transmitir moléstia grave da qual o agente está contaminado. Exige que o agente esteja contaminado pela moléstia, não adiantando só transmitir a moléstia.
Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente (132) – Crime de menor potencial ofensivo, detenção de 3 meses a 1 ano se o fato não constitui crime mais grave, subsidiariedade expressa.
O agente não tem dolo de dano e sim de perigo.
Abandono de Incapaz (133) – Crime Bi próprio
Sujeito ativo é o garantidor do incapaz
O Sujeito Passivo incapaz que tinha que ter a assistência do garantidor e não teve 
EXISTE RELAÇÃO ENTRES OS SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, diferente do art. 135 que não existe essa relação, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Se o incapaz for RECÉM-NASCIDO, acrescido com o fato de ocultar desonra própria será tipificado no art. 134
- Idoso – estatuto do idoso		Observar a especialidade 
- Deficiente – Lei 13.146/2015 
Exposição ou abandono de recém-nascido (134): abandono de recém-nascido para ocultar desonra própria, (forma privilegiada pela finalidade especial ocultar desonra própria)
O Sujeito Ativo pode ser tanto o pai quanto a mãe, sujeito passivo é o recém-nascido (até a queda do cordão umbilical)
Omissão de Socorro (135)
NÃO EXISTE VÍNCULO ENTRE SUJEITO ATIVO (comum) E PASSIVO (próprio), podendo ser qualquer pessoa.
AUSENTE TAMBÉM RESPONDE PELO CRIME, QUANDO CHAMADO AO LOCAL PARA EXERCER O DEVER DE ASSISTÊNCIA E DE FORMA CONCIENTE ELE SE NEGA (Caso da médica no Rio de Janeiro)
Maus tratos (136) – Pune expor a visa de ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância 
Não abrange Marido e Mulher, responderam por outro crime. Não se confunde com o crime de tortura, pois a vítima será submetida a intenso sofrimento.
Rixa (137) – Tumulto generalizado entre 3 ou mais pessoas, umas contra as outras sem grupos definidos, não confundir com brigas de torcida ao qual será aplicada a pena do estatuto do torcedor.
CRIME CONTRA A HONRA
A honra tutelada pode ser a subjetiva (o que os outros pensam de mim), ou a honra objetiva (o que eu penso sobre mim)
CALÚNIA (138) – Agente imputa determinado a alguém fato previsto como crime, sabidamente falso (honra objetiva), não existe imunidade profissional ao advogado no exercício de sua função, pessoa jurídica não pode ser vítima de calúnia.
A auto calúnia não é crime contra a honra, morto não pode ser vítima de qualquer crime, por não ser titular de direitos, mas a vítima é a família interessada na preservação de seu nome, 
Difamação (139) – Imputar determinado a alguém fato não criminoso, porém desonroso, não importando se verdadeiro ou falso (honra objetiva), difamação pode se caracterizar quando se imputa a alguém contravenção penal. Advogado possui imunidade profissional, pessoa jurídica pode ser vítima de difamação
Injúria (140) – Atribuir qualidade negativa
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Furto simples: médio potencial) ofensivo 1 a 4 anos + multa
 (Não admite transação penal, é objeto de inquérito policial, por ter pena mínima superior a 1 ano admite suspensão condicional do processo 
Furto = NÃO TEM VIOLÊNCIA NEM GRAVE AMEAÇA
O furto consiste em subtrair um coisa móvel alheia, para si ou para outrem
Subtrair: Retirar sem o consentimento da vítima
Animais podem ser objeto de furto (abigeato), pessoas não
Coisa: qualquer coisa palpável, passível apreciação (energia elétrica ou qualquer coisa com valor econômico é considerado coisa)
Via de regra é um crime instantâneo, se consuma em um momento determinado
O furto de energia elétrica (gato) é um crime permanente, durante todo o período que ele passa se consumando está em uma situação de flagrância (na situação de flagrância é possível a prisão em flagrante)
DEVE SER MÓVEL E ALHEIA (Não é possível furtar coisa própria)
NÃO É PUNIDO NA MODALIDADE CULPOSA
QUANDO PRATICADO DURANTE O REPOUSO NOTURNO (momento em que as pessoas daquela localidade encontram-se repousando) – AUMENTO DE PENA (Majorado)
Furto Privilegiado (mínimo): A coisa furtada deve ser de pequeno valor (não ultrapassa um salário mínimo, objetivo), e que o criminoso seja primário (subjetivo), dessa forma haverá uma redução da pena, EXISTE RELEVÂNTE LESÃO AO BEM JURÍDICO TUTELADO;
A depender do juiz: 
Permitir a substituição da reclusão pela detenção
Não diminuir a pena, mas aplicar somente a multa
Reduzir a pena
Furto Qualificado: Rompimento de obstáculo, fraude, destreza, escalada, abuso de confiança, emprego de chave falsa, concurso de pessoas, furto de veículo automotor que venhaa ser transportado para outro Estado ou País (maneiras que demonstram uma dificuldade que teve de ser superada)
Perfeitamente possível furto qualificado + privilegiado (súmula 511, STJ) desde que a qualificadora seja objetiva (a única qualificadora subjetiva é a pelo abuso de confiança)
Súmula 511 - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. 
Furto insignificante: furto de coisa sem relevância, não causa lesão ao patrimônio tutelado.
Cláusula de equiparação: Equipara a coisa móvel a energia elétrica e outras formas de energia (Energia genética desde que tenha valor econômico é equiparado a coisa móvel). Sinal de TV acabo e WI-FI não é equiparado a coisa móvel, pois não é energia
Furto de coisa comum: (menor potencial ofensivo), apura-se por meio termo circunstanciado, competência do juizado especial. Condicionada a representação da vítima, é necessário que a coisa atingida seja a coisa comum no condomínio. Furto De Coisa Comum (art. 156) – Subtrair coisa da qual sou proprietário, mas em condomínio, co-sociedade ou co-herança
DIFERENÇA ENTRE O FURTO MEDIANTE FRAUDE E O ESTELIONATO 
O furto que pode ter como qualificadora a fraude, o estelionato é induzir a erro mediante fraude levando a vítima a levar a coisa (a vítima dá o bem de bom grado
- Ligação direta não é considerada como chave falsa, quebrar um vidro de um carro para realizar o furto também não é considerado como qualificadora, porque o obstáculo não pode ser a própria coisa e sim separar o criminoso do objeto.
- Obstáculo: a vítima tem dois prejuízos, o da coisa roubada e o da coisa ultrapassada, se a coisa ultrapassada for a própria coisa roubada então não haverá dois prejuízos
- Furto de uso: necessário devolver no mesmo lugar e nas mesmas condições (não é crime)
- Quando se consuma o furto: 
2 correntes
Teoria Ablacio (é preciso que eu retire a coisa e fique com a coisa pelo menos alguns minutos, tendo a posse pacífica, desvigiada)
Teoria Amocio (basta que eu mova a coisa, retira a coisa da esfera de disponibilidade da vítima, mas não da esfera de vigilância, basta que a coisa não fique disponível para a vítima) – Teoria considerada
Furto De Coisa Comum (art. 156) – Subtrair coisa da qual sou proprietário, mas em condomínio, co-sociedade ou co-herança
Ex de tentativa de furto + lesão corporal: Quando ia se apoderar da coisa aparece o proprietário e emprego a violência.
ROUBO E EXTORSÃO
ROUBO: Subtrair mediante violência ou grave ameaça ou qualquer outra forma que impeça a resistência da vítima a coisa móvel alheia. Colaboração desnecessária.
Pessoa jurídica pode ser vítima de roubo: (emprega-se a violência ou grave ameaça contra uma pessoa física, vítima do roubo, mas dela subtrai-se coisa que pertencem a pessoa jurídica da qual ela é empregada)
Se consuma com a mera subtração, não é preciso a pose pacífica.
NÃO SE APLICA O ARREPENDIMENTO POSTERIOR AOS CRIMES COMETIDOS COM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA, dessa forma não se aplica ao crime de roubo
§ 1º - Roubo Impróprio: (Furto que deu errado, por aproximação) Primeiro eu subtraio sem violência ou grave ameaça, e depois que está devidamente subtraia, para assegurar a detenção da coisa ou a impunidade do crime, será exercido a violência, não admite tentativa. Só haverá roubo impróprio se de fato conseguir subtrair e logo após houver a agressão
	Roubo Próprio (caput)
	Roubo Impróprio (§1º)
	O agente primeiro emprega a violência, grave ameaça ou qualquer outro meio para depois realizar a subtração (três meios de execução: violência, grave ameaça ou qualquer outro meio)
	O agente primeiro se apodera da coisa, para depois empregar a violência ou a grave ameaça para garantir a detenção da coisa ou a sua impunidade (prévio apoderamento da coisa)
§2º - Traz as causas de aumento de pena que serão considerados pelo magistrado na terceira fase do cálculo penal (Roubo Majorado)
O fato de o roubo ter sido praticado com arma de brinquedo não retira a tipificação de roubo, não torna a conduta um furto, não aumenta-se a pena quando o emprego é de arma de brinquedo, porque esta não tem potencial lesivo
Arma sem munição continua gerando o aumento de pena
§ 3º (final) Roubo qualificado pela MORTE – LATROCÍNIO; resultado morte, pode ser doloso ou culposo, não importa se a morte era querida, aceita ou previsível, se ocorre o resultado morte o crime é Latrocínio, imprescindível que a violência causadora da morte tenha ocorrido durante ou em razão do assalto, se ela somente tem nexo com o assalto mas a morte não ocorreu durante o roubo, não há que se falar em latrocínio 
PARA EXISTIR O LATROCÍNIO A VIOLÊNCIA EMPREGADA NA MORTE DEVE TER SIDO DURANTE E EM RAZÃO DO ROUBO.
O crime de latrocínio aceita a tentativa e é equiparada ao hediondo
Não existe latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o proveito do crime, quando isto acontece o Agente será condenado pelo roubo + homicídio qualificado pela torpeza e conexão sequencial.
Subtração tentada e morte consumada – configura crime de latrocínio (súmula 610, STF)
 O Latrocínio será consumado ou tentado de acordo com o que acontece na VIDA DA VÍTIMA!
Ex: se a vítima morre o latrocínio será consumado mesmo que a subtração tenha sido tentada, se a vítima não morre o latrocínio é tentado mesmo que a subtração tenha sido consumado.
Consumação do crime de latrocínio e dispensa da subtração patrimonial
"Quanto à configuração típica, observo, inicialmente, que, superado o questionamento probatório, não há divergência no que se refere ao cerne dos fatos: em um assalto contra dois motoristas de caminhão, um foi alvejado e faleceu e o outro sofreu ferimentos, mas sobreviveu. O Recorrente, diante da tentativa de fuga dos motoristas, efetuou disparos de arma de fogo em sua direção, vindo a atingi-los. Não foi esclarecido na denúncia ou na sentença e acórdão, se o Recorrente logrou obter a subtração patrimonial. Entretanto, a questão perde relevância diante da morte de uma das vítimas, incidindo na espécie a Súmula 610 desta Suprema Corte: 'Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima'." (RHC 107210, Voto da Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, julgamento em 10.9.2013, DJe de 23.10.2013)
EXTORSÃO: Constranger alguém a fazer, deixar de fazer ou permitir que se faça alguma coisa, com o objetivo de obter indevida vantagem econômica. Imprescindível a colaboração da vítima.
O crime de extorsão é um crime formal de consumação antecipada, não precisa da obtenção da vantagem ele se consuma independentemente da obtenção da vantagem. Constranger com o fim de obter a vantagem, se consuma com o constrangimento.
Basta a exigência da indevida vantagem mediante constrangimento para que se consume o crime, a vantagem econômica é mero exaurimento
Sequestro relâmpago: considerado crime de extorsão, de forma qualificada, pois no sequestro relâmpago o autor depende da colaboração da vítima
Mediante sequestro (159): Sujeito ativo: qualquer pessoa, não exige qualidade especial do agente; o agente passivo: também pode ser qualquer pessoa; pessoa jurídica pode ser vítima de extorsão mediante sequestro (sequestra-se alguém e o pagamento do resgate se dá por meio de pessoa jurídica; patrimônio não se integra ao de pessoa física); consuma-se com a privação da liberdade da vítima visando o agente a obtenção de devida vantagem econômica, não importa o tempo da privação da liberdade no tipo, mas sim na pena, crime permanente ( admite flagrante a qualquer tempo da permanência, prescrição só começa ocorrer depois de cessada a permanência, qualquer lei nova durante a permanência, será aplicada ao caso mesmo que mais gravosa (súmula 711, STF)
Qualificadoras: §1º - Sequestro durar mais de 24 horas (tempo de privação) Tempo de privação não interfere no tipo, mas sim na pena
Menor de18 ou maior de 60 (deve ingressar no dolo do agente) [se ele foi sequestrado com menos de 18 e solto mais de 18, não exclui a qualificadora]
Bando ou quadrilha (associação criminosa) 
§2º - Lesão corporal Grave
§3º - Morte – Para aplicarmos a qualificadora da morte, o resultado morte deve ocorrer em face do sequestrado, não existe a qualificadora se a morte for de terceiro mesmo que diretamente ligado ao sequestro
Sequestro: Privação da liberdade sem confinamento
Cárcere Privado: Privação da liberdade com confinamento
Sequestro de semovente: EXTORSÃO (158); Sequestro é somente de PESSOAS
Tanto o roubo quanto a extorsão apresentam a forma qualificada se resultar em lesão GRAVE OU MORTE
Aumento de Pena pelo emprego de armas: tanto o roubo quando a extorsão terão suas penas aumentadas até a metade se forem cometidos com o emprego de arma (qualquer arma; 
Extorsão Indireta (160): Agente exige documento que possa servir no futuro contra a vítima, e esse documento é exatamente a garantia de que a eventual dívida será quitada.
	Extorsão (158)
	Constrangimento Ilegal (146)
	Meio de execução para atingir outro fim, fim patrimonial obtenção de vantagem econômica indevida.
	O constrangimento é o fim almejado pelo agente, ele constrange com a finalidade que a pessoa faça, ou que tolere que se faça ou que deixe de fazer alguma coisa 
	Extorsão (158)
	Roubo (157)
	Faz com que seja lhe entregue o desejado, precisa da colaboração da vitima
	Subtração
	Colaboração da Vítima é indispensável
	Colaboração dispensável
	Vantagem Mediata (futura)
	Vantagem visada é imediata
	Aumento de pena: Emprego de pessoas e crime cometido por 2 ou mais pessoas (não abrange eventuais participes, só EXECUTORES)
	Aumento de pena: emprego de arma, concurso de pessoas (abrange na majorante os participes), vítima em transporte de valores, restrição da liberdade da vítima
Não estão previstos no mesmo tipo penal, o que inviabiliza a continuidade delitiva.
A Extorsão será hediondo quando presente o resultado morte, fruto da violência empregada no crime
158, §2º - Crime Hediondo
158, §3º - Não é crime hediondo , inclui a restrição da liberdade

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