Buscar

EFEITO DA AÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EFEITO DA AÇÃO ELETROMAGNÉTICA DO APARELHO DE ONDAS CURTAS 
SOBRE FILHOTES DE RATAS 
 
 
 
TENFEN, Leonardo Felipe 
MEDEIROS, Igor Dias 
 
RESUMO 
 
Na atualidade a aplicação médica de radiações eletromagnéticas é amplamente 
utilizada, existindo uma infinidade de aparelhos que produzem radiações ionizantes e não-
ionizantes usadas tanto para diagnóstico como recursos terapêuticos principalmente no campo 
da fisioterapia, destacando-se neste meio o aparelho de ondas curtas que produz radiações não 
ionizantes na faixa de 27,12 MHz. Não é possível dedicar-se a trabalhos relacionados com 
radiação e manejar equipamentos onde esta é produzida sem expor-se a seus efeitos. Fez-se 
utilização de três casais de ratos Wistar, com idade de 4 meses, pesando em média 320g, os 
quais foram escolhidos meramente ao acaso, devendo apenas as fêmeas estarem no cio. Sendo 
acasalados após sua escolha, a partir daí os animais foram separados em 3 grupos sendo um 
grupo controle (G3) e dois grupos com exposições diárias (05 min.) a radiação do 
equipamento de ondas curtas (27,12 MHz) onde um grupo foi exposto desde o acasalamento 
(G1, 20 exposições) e o outro após o início da gestação (G2, 10 exposições). Ao final da 
gestação os filhotes (G1 n 10, G2 n 10 e G3 n 9) foram pesados ao 15º dia e também realizado 
o teste da rampa inclinada. Ao 21º dia os animais foram sacrificados por secção cervical e 
sendo coletados o sangue e fígado para hemograma (hemácias, hematócrito e leucócitos) e 
estudo histológico. Para análise do peso, teste da rampa e hemograma, foram utilizados o 
Teste de Wilcoxon para análise de variáveis independentes, onde o nível de confiança foi de 
95%, sendo utilizada para análise das lâminas comparação direta ao microscópio óptico. Após 
coleta e análise dos dados, pode-se observar diferença significativa entre os grupos G1, G2 e 
G3 referente ao peso. O teste da rampa inclinada mostra uma diferença estatística significante 
entre o grupo controle e o grupo que sofreu 20 exposições à radiação, sugerindo um atraso 
neuromotor nos animais deste grupo. O hemograma não apresentou diferença entre os grupos 
analisados. A análise histológica revelou presença de células binucleares nos grupos teste (G1 
e G2). Desta forma observou-se que a radiação provoca alterações e interfere de alguma 
maneira no desenvolvimento de animais que quando intra-utero foram expostos à radiação. 
 
Palavras chave: radiação não ionizante, mal formações, ondas curtas, teratogênese. 
 
 
ABSTRACT 
 
In the present time the medical application of electromagnetic radiations widely is used, 
existing a infinity of devices that in such a way produce used ionizing and not-ionizing 
radiations for diagnosis as therapeutically resources mainly in the field of the physical 
therapy, being distinguished in this way the device of short waves that produces not ionizing 
radiations in the 27,12 band of MHz. It is not possible to dedicate works related with radiation 
and to operate to it equipment where this is produced without exposing its effects. Use of 
three couples of Wistar rats became, with age of 4 months, weighing in average 320g, which 
had been chosen mere to perhaps, having only the females to be in the rutting. Being couple 
its choice after, from the animals a group had been separate in 3 groups being reference group 
(G3) and two groups with daily expositions (05 min.) the radiation of the equipment of short 
waves (27,12 MHz) where a group was displayed since the couple (G1, 20 expositions) and 
the other after the beginning of the gestation (G2, 10 expositions). To the end of the gestation 
the younglings (G1 n 10, G2 n 10 and G3 n 9) had been weighed to 15º day and also carried 
through the test of the inclined slope. To 21º the animals had been day sacrificed by cervical 
and being collected the blood and liver for blood analyzes (red blood cells and leukocytes) 
and histology studies. For analysis of the weight, test of the slope and blood analyzes, had 
been used the Test of Wilcoxon for analysis of independent variable, where the reliable level 
was of 95%, being used for analysis of the blades direct comparison to the optic microscope. 
After it collects and analysis of the data, can be observed significant difference between the 
groups G1, G2 and referring G3 to the weight. The test of the inclined slope statistics shows a 
significant difference between the reference group and the group that suffered 20 expositions 
to the radiation, suggesting a neuromotor delay in the animals of this group. The blood 
analyzes did not present difference between the analyzed groups. The histology analysis 
disclosed presence of binuclear cells in the groups has tested (G1 and G2). Of this form it was 
observed that the radiation provokes alterations and intervenes in some way with the 
development of animals that when inside-womb had been displayed to the radiation. 
 
Key words: not ionizing radiation, badly formations, short waves, teratogenesis. 
 
INTRODUÇÃO 
Na atualidade a aplicação médica de radiações eletromagnéticas é amplamente 
utilizada, existindo uma infinidade de aparelhos que produzem radiações ionizantes e não-
ionizantes usadas tanto para diagnóstico como recursos terapêuticos principalmente no campo 
da fisioterapia (CABRERA et al, 1990). 
As radiações não-ionizantes são aquelas que não modificam a estrutura atômica 
dos seres vivos, e compreendem as freqüências de ultravioleta, luz visível, infravermelho, 
microondas, radiofreqüências (baixas e muito baixas) e campos eletromagnéticos (EFEITOS, 
2003). As radiações quando possuem energia suficiente para promover a 
remoção/arracamento de elétrons são ditas ionizantes, como conseqüências desta remoção 
podem ocorrer mutações genéticas e modificações na célula viva (OKUNO; CALDAS; 
CHOW, 1986). 
Destaca-se neste meio, o aparelho de ondas curtas o qual produz radiações não-
ionizantes na faixa de 27,12MHz, diferenciando-se assim das ondas de comunicação. Nas 
últimas quatro décadas o desenvolvimento e o uso de equipamentos que produzem radiação 
tem crescido muito, sendo este desenvolvimento acompanhado por uma também crescente 
preocupação a respeito dos diferentes efeitos que estas podem causar ao ser humano 
(TEIXEIRA et al, 2001). 
O aparelho de ondas curtas é muito utilizado hoje, pois este tem capacidade de 
produzir ações analgésicas, antiinflamatórias, antiespamolítico e hiperemiante. Por se tratar de 
um recurso de uso importante, faz-se necessário entender que existem inúmeras maneiras de 
aplicação terapêutica deste aparelho, porém deve-se empregá-lo de forma ímpar, ou seja, 
adequar sua utilização para cada finalidade específica e regulá-lo para o uso de cada paciente, 
respeitando suas características individuais (TEIXEIRA et al, 2001). 
Segundo Kottke (1994) e Goats (1990), o tratamento empregando a diatermia de 
ondas curtas pode ser usada para tratar lesões de grandes áreas, tanto profundas quanto 
superficiais. Este método é muito utilizado, pois produz uma elevação da temperatura 
profunda e superficial mais rápida que qualquer outro método. Podendo ser este aparelho 
utilizado no tratamento de lesões dos tecidos moles, artropatias degenerativas e inflamatórias, 
feridas de cicatrização lenta, sinusite, contraturas musculares, doenças dolorosas da coluna 
entre outras. 
Segundo Cabrera et al, (1990), o tempo de duração de uma sessão de exposição ao 
aparelho de ondas curtas para cada paciente, pode variar de 10 até mais de 20 min. E o tempo 
de exposição diária a que está exposto o profissional pode ultrapassar às 4 horas, conforme o 
número de atendimentos que empregam este aparelho. 
 A presente pesquisa tem por objetivo analisar o efeito produzido pelas radiações 
eletromagnéticas do aparelho de ondas curtas em filhotes de ratos; verificara presença de 
alterações desenvolvidas durante o período gestacional dos ratos; identificar estas alterações, 
em níveis macro e microscópicos; comparar os níveis de desenvolvimento neurológico dos 
ratos do grupo controle com os do grupo teste. 
 
METODOLOGIA 
 
Fez-se utilização de três casais de ratos Wistar, com idade de 4 meses, pesando 
em média 320g, os quais foram escolhidos meramente ao acaso, devendo apenas as fêmeas 
estarem no cio. Sendo acasalados após sua escolha, a partir daí vindo a sofrer exposições 
diárias as radiações do aparelho de ondas curtas. 
Os mesmos foram mantidos conforme procedimentos utilizados pelo Biotério da 
UNISUL. 
Para a coleta de dados se utilizará a observação direta com anotações de dados 
obtidos, seringas, agulhas, bisturi, formol a 10%, tubos para coleta de sangue com EDTA, 
cronometro (de marca CITIZEN modelo pró-master GN -4-S), balança de precisão da marca 
OHAUS TS2KS e máquina fotográfica MAVICA/SONY, microscópio óptico. 
Após a escolha dos animais e seu acasalamento, procedeu-se então as exposições, 
as quais utilizavam o modo pulsado, e, eram realizadas de segunda a sexta feira, com duração 
de 5 minutos para as ratas do grupo teste (G1 e G2). As ratas eram então acondicionadas em 
caixas plásticas próprias para o transporte dos animais, que eram colocadas sobre um balcão 
de mármore do Laboratório de Eletroterapia do Curso de Fisioterapia da UNISUL, sendo 
então acopladas as placas do aparelho de ondas curtas (marca KLD e modelo Diatermax 
350P-LM9006), que eram fixadas nas laterais da caixa com elásticos. 
G1 sofreu exposições desde dia seguinte ao acasalamento, totalizando 20 
exposições; G2 sofreu exposições após duas semanas do acasalamento, totalizando 10 
exposições. O grupo controle (G3), foi mantido nas dependências do biotério, sendo colocado 
longe dos grupos teste. 
Após o nascimento foram realizados pesagem, exames neurológicos e 
laboratoriais dos animais, que são descritos a seguir: 
- verificação de peso no décimo quinto dia de vida (13/04/04), onde foi utilizada 
balança de precisão, descrita anteriormente. 
- realizado teste da rampa inclinada também no décimo quinto dia de vida, que 
consiste em colocar o animal numa rampa de 45º de inclinação, com sua cara voltada para 
baixo, posteriormente foi disparado o cronômetro e verificado o tempo que o animal levou 
para virar-se e subir a rampa, sendo este tempo anotado em folha branca A4, conforme 
descrito por Goulart et al, 2001. 
- no vigésimo primeiro dia (19/04/04) de vida foi realizada mais uma pesagem, 
utilizando a mesma balança. 
- no quadragésimo terceiro dia (11/05/04) de vida foi realizada a retirada de 
sangue e parte do fígado para análises laboratoriais de hemograma e confecção de lâminas 
histopatológicas respectivamente. Procedeu-se da seguinte maneira, foi realizada a distenção 
cervical dos animais, depois de efetuada uma esternotomia, para que se pudesse observar o 
coração para realização de punção cardíaca direta. Estendeu-se o corte até o abdômen do 
animal e realizou-se a retirada de parte do fígado. O sangue foi colocado nos tubos de ensaio 
com EDTA e os pedaços do fígado em potes estéreis com formol a 10%. O hemograma foi 
analisado no Laboratório de Análises Clínicas da UNISUL conforme método Celldyn Abbott, 
Maxm Coulter1, e as lâminas confeccionadas utilizando método de HE conforme descrito por 
Michalany, 1980. 
Foi utilizado o teste de Wilcoxon (peso, tempo, hemograma) para análise de 
variáveis independentes conforme descrito por Triola (1999), e para as lâminas comparação. 
 
1 Manual Resumido de Operações – CELLDYN ABBOTT, MAXM COULTER 1400-1600, Ultralab, Curitiba. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Após a pesagem foi observado que os grupos apresentaram-se diferentes 
estatisticamente quanto ao peso (G1≠G2, G2≠G3, G1≠G3). Isto nos mostra com um nível de 
confiança de 95% que a radiação tem interferência direta sobre o peso dos ratos, acarretando 
uma diminuição deste nos grupos que sofreram irradiação por 20 vezes. Entretanto os animais 
que sofreram 10 exposições apresentaram peso maior que o grupo controle. Esta discrepância 
entre os dados poderia estar relacionada a o período em que os animais foram expostos à 
radiação, visto que o grupo G1 sofreu exposições durante todo período do acasalamento e 
gestação enquanto ou grupo G2 não. Os dados estão descritos no gráfico 02. 
 
Stipp, Abud e Duran (1996), e Okuno, Caldas e Chow (1986), também 
encontraram em animais expostos a radiação durante o período de gestação uma redução no 
peso ao nascimento. Do mesmo modo Tofani et al (1986) e EFEITOS DA (2004), afirmam 
que a radiação pode ainda interferir no desenvolvimento destes animais. 
0
10
20
30
40
50
Peso (g)
1 2 3
Grupos
Gráfico 02: análise do peso dos grupos, onde os dados são apresentados 
como média e desvio padrão. N = 10 (G1 e G2) e 9 (G3). G1 (animais 
expostos a 20 sessões de irradiação), G2 (animais expostos a 10 sessões de 
irradiação) e G3 (controle). 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
Já no teste da rampa inclinada, nossos estudos encontraram apenas diferença 
estatística entre o grupo 1 e o controle (G1≠G3, G1=G2, G2=G3), conforme descrito no 
gráfico 03. Contudo o alto desvio padrão encontrado impossibilita conclusões mais 
consistentes. 
 
De acordo com Okuno, Caldas e Chow (1986), os efeitos somáticos da radiação 
durante o período fetal, podem ao nascimento gerar um déficit neurológico, pois as células 
irradiadas perdem a capacidade de duplicação, e assim, se ocorre uma perda maior que a 
reposição, o tecido sofre uma destruição irreparável. Isto também é referenciado por Strettan 
(1967) e Flor2 (2004), que também relatam ter havido uma redução no quoeficiente de 
inteligência e presença de retardamento mental que é diretamente proporcional à quantidade 
de exposição à radiação. 
No hemograma onde foram avaliados e comparados hemácias, hematócrito e 
leucócitos; não houve diferença com significância estatística (G1=G2, G2=G3, G1=G2), 
conforme descrito no gráfico 04, 05 e 06. 
 
2 RITA DE CÁSSIA FLOR. Efeitos biológicos das radiações. 2004. Material didático não publicado. 
0
5
10
15
Tempo (s)
1 2 3
Grupos
Gráfico 03: analise do Teste da rampa inclinada dos grupos, onde os dados 
são apresentados como média e desvio padrão. N = 10 (G1 e G2) e 9 (G3). 
G1 (animais expostos a 20 sessões de irradiação), G2 (animais expostos a 10 
sessões de irradiação) e G3 (controle). 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
 
 De acordo com Okuno, Caldas e Chow (1986), um dos tecidos mais afetados 
pelas exposições a radiação são os órgãos produtores de sangue, pois estes apresentam uma 
alta taxa de divisão celular, em função da necessidade constante de reposição de células 
sanguíneas. Já Flor (2004) relata que por este motivo às crianças são mais sensíveis à 
exposição à radiação que os adultos. Segundo De Paula e Medeiros (2001), EFEITOS DA 
(2004) e Strettan (1967), a exposição à radiação durante o período gestacional pode causar ao 
nascimento alterações no número de células sanguíneas. Michaelson (1982), relata que são os 
0
5
10
15
Hemácias 
(M/uL)
1 2 3
Grupos
Gráfico 04: análise das hemácias dos grupos, onde os dados são apresentados 
como média e desvio padrão. N = 5 (G1 e G2) e 4 (G3). G1 (animais 
expostos a 20 sessões de irradiação), G2 (animais expostos a 10 sessões de 
irradiação) e G3 (controle). 
 
0
20
40
60
80
Hematócrito 
(%)
1 2 3
Grupos
Gráfico 05: análise do hematócrito dos grupos, onde os dados são 
apresentadoscomo média e desvio padrão. N = 5 (G1 e G2) e 4 
(G3). G1 (animais expostos a 20 sessões de irradiação), G2 
(animais expostos a 10 sessões de irradiação) e G3 (controle). 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
leucócitos as células sanguíneas mais afetadas pela radiação. Porém estas alterações não se 
mostraram com uma significância estatística neste trabalho. 
 
A análise das lâminas revelou haver apenas células binucleares nos grupos 
controle (G1 e G2) não sendo encontradas no grupo controle (G3), as quais foram vistas ao 
microscópico óptico com aumento de 400X e, fotografadas com a máquina digital 
MAVICA\SONY. Estas alterações também encontradas por Tofani et al (1986) e EFEITOS 
DA (2004), que em seu trabalho relatam como sendo mau formações vicerais e anomalias 
celulares. Trazem ainda que os efeitos da radiação nas células podem ser muito variados, pois 
podem em determinadas células causar alterações, mutações e até morte, enquanto em outras 
ter efeitos menos significativos. 
Michaelson (1982), relata que estudos realizados com células in-vitro mostraram 
que existe uma relação direta entre a radiação e alterações celulares, porém não soube precisar 
se devido à radiação ou as altas temperaturas. Flor (2004)2, nos diz que muitas células que 
sofreram exposição à radiação podem sofrer alterações no DNA e se tornarem tumores num 
momento mais avançado da vida, ou ainda, transmitir para seus descendentes tais 
 
2 RITA DE CÁSSIA FLOR. Efeitos biológicos das radiações. 2004. Material didático não publicado. 
0
5000
10000
15000
Leucócitos 
por mL
1 2 3
Grupos
Gráfico 06: análise dos leucócitos dos grupos, onde os dados são 
apresentados como média e desvio padrão. N = 5 (G1 e G2) e 4 
(G3). G1 (animais expostos a 20 sessões de irradiação), G2 
(animais expostos a 10 sessões de irradiação) e G3 (controle). 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
informações. Estas alterações podem muitas vezes não ser condizente com a vida, causar 
defeitos irreparáveis ou aumentar a chance de doenças crônicas na vida adulta. 
As figuras 01, 02 e 03 mostram os resultados encontrados nesta pesquisa, nos 
tecidos hepáticos dos filhotes das ratas irradiadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 01. Lâmina histológica do fígado do grupo 
controle, onde podemos ver a veia porta. 
Fixada pelo método HE, vista ao microscópio 
óptico com aumento de 400X. 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
 
 
Fig 02. . Lâmina histológica do fígado dos 
grupos teste onde podemos ver no local 
indicado pela seta células binucleares. Fixada 
pelo método HE, vista ao microscópio óptico 
com aumento de 400X. 
Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os testes apesar de alguns não apresentarem uma diferença estatística, 
mostraram uma diferença considerável nos resultados obtidos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A radiação é hoje um fator de grande interesse da saúde pública e ocupacional, 
pois possui vasta utilização na sociedade mundial. Sendo que existem inúmeras pessoas em 
contado direto e indireto seja por fatores ocupacionais, de diagnóstico ou tratamento. 
Independente do motivo pelo qual é exposto a radiação, o ser humano sofre lesões 
proporcionadas por esta. 
O presente trabalho procurou de uma maneira científica, mostrar quais seriam os 
efeitos impelidos pela exposição à radiação durante o período gestacional dos ratos. 
Ficou constatado após a análise dos resultados, que a exposição à radiação 
propicia uma série de alterações, principalmente aos embriões e fetos em qualquer idade 
 
Fig 03. Lâmina histológica do fígado dos 
grupos teste onde podemos ver no local 
indicado pela seta células binucleares. Fixada 
pelo método HE, vista ao microscópio óptico 
com aumento de 400X. 
gestacional. Pois este sofre com os efeitos da radiação, em virtude de estar em pleno 
desenvolvimento e seus tecidos serem mais sensíveis às radiações. 
Muitos profissionais e entidades desconhecem os riscos que a radiação oferece a 
gestantes e a população em geral que tem um contato direto com esta. Reunimos uma série de 
informações que deveriam ser seguidas por todos os serviços que se utilizam da radiação, 
conforme quadro 02. Pois desta forma seriam diminuir os riscos principalmente dos 
profissionais envolvidos diretamente com sua aplicação a terceiros. 
 
1 - Manter um sistema efetivo de rotação de todo o pessoal que 
tem contato direto com fontes emissoras de radiação, 
principalmente os profissionais da fisioterapia; 
2 – Sinalizar com símbolos, sinais luminosos e acústicos os 
locais de uso da radiação; 
3 – Utilizar portas e paredes revestidas com chumbo ou outro 
material que impessa a passagem da radiação; 
4 – Oferecer ao fisioterapeuta um local de aplicação de ondas 
curtas, onde este possa permanecer a uma distância maior de 2 m 
do aparelho e cabos; 
5 – Impedir a utilização dos aparelhos de ondas curtas por 
gestantes como medida profilática; 
6 – Evitar tocar objetos metálicos e elétricos quanto estiver 
fazendo utilização do aparelho de ondas curtas. 
Quadro 02: informações sobre utilização de aparelhos de ondas 
curtas 
 Fonte: pesquisa realizada pelo autor, 2004. 
 
Pelos presentes resultados, fica exposta a necessidade da continuação da pesquisa 
num outro momento. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BUSCHONG, S. C. Manual de radiologia para tecnólogos. 5 ed. Texas: Mosby, 1993. 
 
CABRERA, Rugiere Sudrez et al. Valoracion Del riesgo ocupacional por exposicion a 
campos elctromagneticos em trabajadores que aplican el tratamiento com diatermia. Revista 
Cubana Higiene Epidemiológica, jan./mar. 1990, p. 81-87. 
 
______ Fuentes emisoras de radiaciones o campos electromagneticos no ionizantes de uso 
medico. Ciudad de la Habana: Cuba. Revista Cubana Higiene Epidemiológica, v. 38, n. 3 
sep./dic., 2000. 
 
CLAUS, Walter D. Concepto Del nível permisibile de exposicion a la radiacion. Boletin de 
la Oficina Sanitária Panamericana. v. XLIII, n. 5, nov. 1957, p. 405 – 414. 
 
DE PAULA, Leila C.; MEDEIROS, Regina B. Exposição a radiação no período pré-natal. 
Folha Médica, v. 120, n. 4, out./dez. 2001, p. 213-219. 
 
EFEITOS DA radiação em seres vivos. Disponível em 
<http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/Bio.html> 17 maio 2004. 
 
EFEITOS físico-químicos da radiação. Disponível em 
<http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/efe.html>. Acesso em: 17 set. 2003. 
 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
 
GOATS, G. C. Microwave diatermy. Journal Sports Med, v. 24, n. 4, 1990, p. 212-218. 
 
GOULART, E. C. et al. Effects of lead and/or zinc exposure during the second stage of rapid 
postnatal brain growth on delta-aminolevulinate dehydratase and negative geotaxis of 
suckling rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 36, n. 6, 2001, p. 
785-790. 
 
KALTEN, B.; MALMQUIST, G.; MORITZ, U. Delivety outcome among physiotherapisty 
in Sweden: is non-ionizing radiation a fetal hazard? Environmental Health, Sweden, v. 37, 
n. 2, mar./apr. 1982, p. 81-85. 
 
KOTTKE, Frederic J.; LEHMANN, Justus F. Tratado de medicina física e reabilitação de 
Krusen. 4. ed. São Paulo: Manole, 1994. 
 
LIMA, A. Oliveira et al. Métodos de laboratório aplicados a clínica: técnica e 
interpretação. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. 
 
MICHAELSON, S.M. Health implications of exposue to radiofrequency microwave 
energies. Rochester: New York. British Journal of Industrial Medicine, 1982, p. 105-119. 
 
MICHALANY, Jorge. Técnica histológica em anatomia patológica: com instruçõespara o 
cirurgião, enfermeiro e citotécnico. São Paulo: EPU, 1980. 
 
OKUNO, Emico; CALDAS, Iberê L.; CHOW, Cecil. Física para ciências biológicas e 
biomédicas. São Paulo: HARBRA, 1986. 
 
PAVAN, Crodowaldo; DA CUNHA, Antonio Brito. A energia atômica e o futuro do 
homem. São Paulo: Companhia Editorial Nacional e Editora da USP, 1968. 
 
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. 26 ed. Petrópolis: Vozes, 
19999. 
 
SCAFF, L. A. M. Dose fetal em radioterapia. Jornal de Radiologia Brasileira, 1984, p. 64-
65. 
 
STIFF, Antonio Carlos Marconi; ABUD, Sissiane Aparecida Tovo; DURAN, José Enrique 
Rodas. Efeitos da radiação eletromagnética na glândula submandibular de fetos de rato. 
Revista FOB, v. 4, n. 3/4 , jul./dez. 1996. p. 27-31. 
 
STRETTAN, J. S. Radiaciones ionizantes. Madrid: Alhambra, 1967. 
 
TEIXEIRA, S. R. et al. Campos eletromagnéticos produzidos por aparelhos de ondas curtas 
usados em fisioterapia: uma avaliação em Presidente Prudente – SP. Revista Brasileira de 
Fisioterapia, v. 5, n. 1, 2001, p. 35-40. 
 
TOFANI, Santi et al. Effects of continuou slow-level exposure to radiofrequency radiation on 
intrauterine developed in rats. Regione Piemonte: Italy. Health Physics Society Pergamon 
Journal Ltd, v. 51 n. 4, oct. 1986, p. 489-499. 
 
TRIOLA, Mario F. Introdução a estatística. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 
 
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. Grupo de Metodologia Científica. 
Caderno de metodologia: diretrizes para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos. 
2. ed. rev. Tubarão, 2003. 
 
WELSCH, Ulrich. Sobotta: Atlas colorido de citologia, histologia e anatomia microscópica. 
5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Electromagnetic fields (300 Hz to 300 GHz). 
Switzerland: Geneva. Environmental Health Criteria, v. 137, 1993.

Continue navegando