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População e Amostra
População é o conjunto de todos os elementos que se desejam estudar. Não sendo obrigatoriamente um conjunto de pessoas, pois tem um sentido mais amplo e pode ser também um conjunto de objetos, elementos ou medidas de interesse.
Censo é um levantamento efetuado sobre toda uma população.
Fazer um levantamento de pesquisas e estudos sobre uma população (censo) é caro e demorado, por isso é preferível trabalhar apenas com uma parte da população (amostra).
Ou seja, amostra é uma parte ou uma porção de uma população de interesse, por meio da qual se estabelecem ou se estimam suas características. 
Amostras podem ser utilidades para levantamento de dados sobre óbitos, doenças, desempregos, etc.
O processo de escolha de uma amostra da população é denominado de amostragem.
Tipos de amostragem:
Amostragem Probabilística 
Aleatória, casual.
Os resultados podem ser generalizados estatisticamente para a população.
Associa-se uma probabilidade ao resultado.
Também precisa ser representativa e suficiente.
Todos da população tem chance de pertencer à amostra.
Possibilidade de listar elementos da população.
Amostra selecionada por sorteio não viciado.
Tipos de amostragem probabilística
Amostragem aleatória simples
População homogênea em relação a variável de interesse.
Existe listagem.
Números aleatórios ou pseudo-aleatórios.
Amostragem sistemática 
Semelhante à aleatória simples, mas a listagem é ordenada. Ou seja, existe uma lista com “coisas” em ordem.
Divide-se o tamanho da população (N) pelo tamanho da amostra (n), obtendo um intervalo de retirada (k).
Sorteia-se o ponto de partida.
A cada k elementos retira-se um para a amostra.
Exemplo:
Suponhamos uma amostra de 5.000 indivíduos e desejamos obter uma amostra com 100 deles. Em primeiro lugar, dividimos o marco amostral em 100 fragmentos de 50 indivíduos. Selecionamos um número aleatório entre 1 e 50 para extrair o primeiro indivíduo de forma aleatória: por exemplo o número 24. A partir deste indivíduo, está definida como será extraída a amostra, com intervalos de 50 unidades, conforme a equação: 24, 74, 124, 174, …, 4.974
Amostragem Estratificada
População heterogênea em relação a variável sob estudo. 
Homogeneidade em cada estrato.
Escolha dentro dos estratos: simples ou sistemática.
Consiste em dividir toda a população em diferentes subgrupos ou estratos diferentes, de maneira que um indivíduo pode fazer parte apenas de um único estrato ou camada. Após as camadas serem definidas, para criar uma amostra, selecionam-se indivíduos utilizando qualquer técnica de amostragem em cada um dos estratos de forma separada.
Amostragem por Conglomerados
População considerada homogênea.
Divisão de grupos semelhantes: os conglomerados.
Sorteiam-se os conglomerados: analisam-se todos os sorteados; sorteiam os elementos dos conglomerados previamente sorteados.
A amostra por conglomerados é uma técnica que explora existência de grupos na população. Esses grupos representam adequadamente a população total em relação a característica que queremos medir. Em outras palavras, estes grupos contêm variabilidade da população inteira. Se isso acontecer, você pode selecionar apenas alguns desses conglomerados para realizar o estudo.
Poucos recursos, menor precisão.
Amostragem Não Probabilística
Não há acesso a toda a população.
Se as características da população acessível forem semelhantes às da população alvo: resultados equivalentes a uma amostragem probabilística.
É comum selecionar elementos para a amostra com base em premissas em relação à população de interesse, conhecido como critério de seleção. 
Por exemplo, selecionar uma amostra buscando por indivíduos na rua, onde metade precisam ser homens e a outra metade, mulheres (coincidindo com a distribuição assumida na população), isso representa um critério de amostra não probabilística.
Tipos de Amostragem Não Probabilística
Amostragem por Conveniência:
O menos rigoroso de todos os tipos de amostragem.
Seleção dos elementos dos quais se tem acesso.
Ex: entrevistar os diretores das unidades de saúde x e y, pois foram os que autorizaram a entrevista.
Amostragem Intencional: 
Seleciona-se um subgrupo da população, que, com base nas informações disponíveis, possa ser considerado representativo de toda a população. 
Requer conhecimento da população e do subgrupo selecionado.
Ex: Entrevista com os representantes de turma do curso de enfermagem; Aplicação de questionários com os líderes da comunidade.
Amostragem por Cotas:
Apresenta maior rigor dentre as amostragens não probabilísticas.
Etapas: Classificar a população; Determinar a proporção da população para cada classe; Fixar cotas com observância à proporção das classes consideradas. 
É utilizada quando não existe um cadastro da população que possibilite o sorteio necessário à amostragem aleatória, mas existe informação suficiente sobre o perfil populacional.
Fontes de erro em levantamentos por amostragem
População acessível diferente da população-alvo.
Falta de resposta: dados perdidos, dados censurados, substituição.
Erros de mensuração: problemas com o instrumento de pesquisa; inserção de mecanismos de controle.
Causalidade
A interpretação da relação causal requer o estudo do relacionamento das causas (os fatores que podem vir a causar algo) aos efeitos que produzem (doenças, óbitos etc)
O estabelecimento da causalidade entre fatores etiológicos e doença é um processo epidemiológico demorado, que não se restringe tão somente à análise da significância estatística dos resultados obtidos, mas também necessita da contextualização temporal, espacial, populacional e clínica, à luz do conhecimento já acumulado.
Associação: relação estatística entre dois ou mais eventos.
Causalidade: a presença de um evento implica na presença de outro.
Fatores de risco: a presença do fator predispõe o aparecimento do evento. A remoção desse fator reduz, mas não elimina, a frequência desse evento.
Classificação dos fatores
Humanos (características, comportamentos ou predisposições individuais)
Ambientais (poluição, clima etc)
Fatores distais, proximais e intermediários
Refere-se à distância entre o aparecimento dos fatores e as manifestações dos eventos, em uma cadeia de eventos. 
Ex: Fatores genéticos - Câncer (D) 
Infecção ginecológica - Infertilidade(I) Contaminação 
H1N1 - Gripe suína (P)
Fatores desencadeadores, agravantes e predisponentes
Tipo de contribuição relativa de um dado fator de risco no desenvolvimento do agravo à saúde. 
Ex: idade avançada (P); poluição ambiental (D); estresse físico-emocional (A).
Causa necessária e suficiente
Quando precede um efeito e quando inevitavelmente inicia ou produz o efeito. 
Ex: agente biológico; agente cancerígeno
Obs: se atentar os critérios de causalidade, que tem relação com a frequência da doença ser em indivíduos expostos do que em indivíduos não-expostos, a intensidade da exposição interfere na gravidade da doença, analogia com situações passadas, relação dose-resposta que é a intensidade ou duração da exposição e a ocorrência ou gravidade da doença.
Classificação dos Estudos Epidemiológicos 
Exposição - algo que pode influenciar a saúde das pessoas 
Efeito - doença ou problema apresentado pelas pessoas
Coorte - O investigador parte do fator de exposição (causa) para descrever a incidência e analisar associações entre causas e doenças
Caso-controle - O investigador parte de indivíduos com e sem doença e busca no passado a presença/ausência do fator de exposição (causa); Analisa os possíveis fatores associados à doença em questão (mais utilizado para doenças raras)
Estudos transversais ou de prevalência - Usados em saúde pública para avaliar e planejar programas de controle de doenças
Propósitos do Estudo Descritivo 
Descrever a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos. 
Pode ser de incidência ou prevalência
Identificar grupos de riscosNão há formação de grupo controle
População só doentes, só sadios ou mistos 
Banco de dados: + abrangente + preciso
Propósitos do Estudo Analítico 
Testar hipóteses 
Presença de grupo-controle 
Comparar resultados 
Investigar a relação exposição-doença, em função do ponto de partida da observação ser a causa ou efeito
Estudo Transversal
Estudo epidemiológico que fornece um diagnóstico instantâneo da situação de saúde de uma população, com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo
Diagnóstocos comunitários da saúde local
Mais empregado no campo da saúde coletiva
Avalia os doentes que foram expostos ou não expostos e os não doentes que foram expostos e não expostos
Usos: Identificação de novas doenças; Identificação de populações sob risco; Identificação de possíveis agentes causais de doenças; Identificação de fatores ou comportamentos que aumentam ou diminuem o risco de uma doença
O Estudo permite: Descrever características da amostra; Determinar a presença de marcadores biológicos; Calcular a Taxa de Prevalência; Examinar associações entre variáveis, usando Razão de Prevalência
Objetivos: Simplicidade, baixo custo; Rapidez na coleta de dados; Processo amostral fácil, com representatividade; Objetividade na coleta de dados; Não há seguimento; Detecção de características da população (e em subgrupos); Identificação de casos
São estudos exploratórios que permitam ao pesquisador planejar novos estudos com metodologias apropriadas para investigar as hipóteses que expliquem inter-relações de fenômenos pouco conhecidos
Permitem testar a existência de associações de freqüência, ou estatísticas entre pelo menos dois eventos classificados como doença (agravo) e exposição (suposta causa), na amostra dos indivíduos
Tabela Epidemiológica - Apresenta os problemas de saúde das pessoas na forma de Exposição e Efeito