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M A R I A N A L O B A T O Imunoterapia e Imunoprofilaxia IMUNIZAÇÃO NATURAL PASSIVA ARTIFICIAL (PROFILÁTICA) ATIVA Imunidade após infecção Transferência transplacentária de IgG Imunoglobulinas no leite (Amamentação) Imunoglobulinas e Anti-soro (antitoxinas) Vacinação Tipos de imunização 1- Imunização passiva • Efeito imediato • Proteção temporária – Ex.: Toxinas e Infecções • Indicações: – Pessoas Imunodeficientes – Proteção contra venenos – Exposição ou possível exposição a agentes infecciosos capazes de causar óbito rápido Imunização Passiva Artificial Imunoglobulina Humana Combinada Imunoglobulina Humana hiperimune Soro Heterólogo Hiperimune ou Antitoxina Imunoglobulina Humana Combinada Conhecida como imunoglobulina, a imunoglobulina humana combinada é produzida através da combinação de anticorpos IgG de milhares de doadores adultos. Como é um derivado de muitos doadores diferentes, a imunoglobulina contém anticorpos contra diferentes antígenos. A IgG corresponde a cerca de 80% dos anticorpos séricos. Tem meia-vida prolongada: entre 20 a 30 dias. Difunde-se bem em todos os tecidos. Tem boa atividade anti-bacteriana, anti-viral, anti-toxina e anti-protozoários. É a única que cruza a placenta Indicações: Terapia de reposição em: Síndromes de imunodeficiências primárias e crianças com AIDS congênita e infecções de repetição. Imunoglobulina Humana Combinada • Imunomodulação: Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), Síndrome de Guillain-Barré, Doença de Kawasaki, Transplante de medula óssea alogênico Imunoglobulina Humana Hiperimune A imunoglobulina humana hiperimune é um produto que contém altos títulos de um anticorpo específico. Esse produto é obtido mediante doação de plasma humano contendo altos níveis do anticorpo de interesse. Imunoglobulina contra: varicela, hepatite A, hepatite B, tétano e raiva. Soro Heterólogo hiperimune ou Antitoxina Produzido através da injeção de um antígeno específico na corrente sanguínea de animais, geralmente cavalos. O sistema imunológico do animal produz os anticorpos contra aquele antígeno, que formarão a base ativa do soro. Doenças: Botulismo, Difteria, Tétano, Raiva Veneno de Cobra, Aranha e Escorpião. A doença do soro pode ser uma complicação da administração deste produto, em virtude de uma reação à proteína do cavalo. 2- Imunização Ativa Provocar imunidade protetora e memória imunológica Se bem sucedida, exposição subsequente provoca reposta imune aumentada capaz de eliminar o patógeno ou prevenir a doença. Infecção natural ou artificial por meio de vacinas. Tipos de imunização Vacina História... Variolização: Ao perceberem que os sobreviventes de um ataque de varíola não voltavam a sofrer da doença, muitos povos tentaram provocar a moléstia numa forma mais branda. Povos da África e Ásia já inoculavam com pó de crostas ou pus em arranhões na pele antes do século 18. Como esse processo poderia produzir imunização? Edward Jenner, observou que ordenhadores de vaca contaminados com cowpox, uma doença do gado semelhante à varíola, mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados com o vírus. Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou um menino de 8 anos com o pus retirado de uma pústula de uma ordenhadora que sofria de cowpox. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava o menino com pus varioloso ( ). O menino não adoeceu. Era a descoberta da vacina. História... Imunização ativa • Vacinação varíola 1798 Louis Pasteur Edward Jenner Século XV 1979 Erradicação da varíola Procedimentos clínicos que visam proteger o indivíduo de síndromes de natureza infecciosa ou toxi-infecciosa, através de imunização ativa, artificialmente induzida1881 Erradicação global da varíola Sem reservatório animal, viabilizando a erradicação. América do Norte e Central em 1951 Europa em 1953 Muitos países da Ásia 1960 OMS – Ação global pela África 1979. 4000 anos após o primeiro registro da doença. 183 anos após o experimento de Jenner $300 bilhões: custo da vacinação maciça X $1 bilhão/ano (custo da doença na economia global) Luta contra a Pólio Em 1949, Jonas Salk desenvolveu uma vacina a partir de vírus inativados (mortos). Foi o primeiro imunizante no mundo a ser produzido em cultura de tecidos (células de rim de macaco) e reunir mais de uma subespécie de vírus (poliovírus I, II e III). No mesmo ano, Albert Sabin desenvolveu a vacina atenuada contra a pólio, a primeira a ser aplicada por via oral. Por mimetizar o mecanismo de infecção do vírus selvagem, com a excreção do microorganismo atenuado no ambiente, a vacina Sabin facilita a obtenção de altos níveis de imunidade coletiva O último caso da doença registrado no Brasil foi em 1990. Em 1994, o Brasil recebeu da Opas o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, juntamente com os demais países do continente americano. O resultado foi possível devido à estratégia de vacinação adotada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que teve início em 1980. 80% da população mundial vive em regiões certificadas como livre da pólio. Luta contra a Pólio Vacinas funcionando... (Cases in the U.S.; The Scientist, July 19, 2004) • Estimula respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor. • É uma forma de imunização protetora, na qual um antígeno de um microrganismo é aplicado a fim de induzir uma resposta imune primária, e gerar uma memória imunológica O que faz a vacina? Características de uma vacina ideal Efetiva (gerar uma imunidade efetiva - anticorpos e células T) Segura (não causar doença) Indução da R.I. de longa duração Acessível (baixo custo) Manipulação e armazenamento (estabilidade) Bom nível de proteção sem a necessidade de uma dose de reforço Fácil de administrar. Estável biologicamente. Poucos ou nenhum efeito colateral Revisão: Mecanismo de ação... Para não esquecer mais!! Revisão: Mecanismo de ação... Para não esquecer mais!! Tipos de Vacinas 1- Organismos Vivos Atenuados Vantagens Dose única Proteção duradoura Resposta Humoral/Celular Imunidade de rebanho Desvantagens Risco de reversão da patogenicidade Pouca definição da composição Risco em imunodeficientes Organismos Vivos Atenuados Atenuação 2- Vacina com Organismos Mortos/Inativados Vantagens Não existe risco de reversão da patogenicidade Sem risco de transmissão Desvantagens Múltiplos reforços Composição pouco conhecida O patógeno deve ser cultivado in vitro Principalmente resposta humoral Adjuvantes Vacina com Organismos Mortos/Inativados Comparação Sabin x Salk 3- Vacinas de subunidades dos agentes infecciosos Vantagens Composição conhecida Produção em larga escala Sem risco de patogenicidade Desvantagens Resposta humoral Múltiplas doses Adjuvantes Vacinas de subunidades dos agentes infecciosos 31 Modificação de Toxina para ToxoideModificação de Toxina para Toxoide toxin moiety antigenic determinants Modificação Química Toxina Toxoide Vacina de toxóide Tétano e Difteria Vacinas de subunidades dos agentes infecciosos Vacina Hepatite B Primeira vacina produzida a partir de uma subunidade recombinante; Indução de IgG neutralizante; Impede a infecção dos hepatócitos; Protege 80 a 90% dos vacinados. Vacinas de subunidades dos agentes infecciosos Associações Combinadas Contêm no mesmo frasco várias vacinas diferentes. Ex. DPT e tríplice viral Podem também ser misturadas no momento da aplicação vacina tetravalente Conjugadas São aquelas em que um produto imunologicamente menos potente, p.ex., um polissacarídeo, é juntado a um outro produto imunologicamente mais potente, p.ex., uma proteína. O primeiro produto adquire características de maior potência imunológica A D J U V A N T E S A d j u v a r e . Q u a l q u e r s u b s t â n c i a q u e q u a n d o a d i c i o n a d a a u m a f o r m u l a ç ã o v a c i n a l , a u m e n t a s u a i m u n o g e n i c i d a d e . T I P O S D E A D J U V A N T E S • I m u n o e s t i m u l a t ó r i o s • P a r t i c u l a d o s ( s a i s m i n e r a i s , p a r t í c u l a s l i p í d i c a s , m i c r o p a r t í c u l a s ) Outros componentes das Vacinas Intramuscular Subcutânea Intradérmica Oral Vias de Administração S E M P R E Via Intramuscular Via Intramuscular Via Subcutânea Via Intradérmica Celulas Dendriticas da pele Não confundir... Só para Imunoglobulinas Via Oral Novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas A vacina idealA vacina ideal A realidade… A realidade… Única dose 100% efetiva 100% segura Proteção de longo prazo Baixo custo Múltiplas doses Efetividade variável Segurança variável Proteção de prazo variável Novas tecnologias para o desenvolvimento de vacinas Vacinas ainda não disponíveis... PNI PROGRAMA NACIONAL De IMUNIZAÇÃO Calendário PNI Mudanças para 2017... O Programa Nacional de Imunizações (PNI) anunciou o cronograma de implementação da vacinação de HPV para meninos na rede pública. O esquema será de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas, exceto para os que convivem com HIV, que deverão receber três doses: a segunda dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. Além dos meninos, as adolescentes de 14 anos que não tomaram nenhuma ou apenas uma das doses previstas no esquema adotado pelo PNI poderão se vacinar gratuitamente. A vacina Meningite C também passará a ser oferecida pelo SUS aos adolescentes. Atualmente, a aplicação é restrita a menores de 5 anos. http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ saude/vigilancia_em_saude/vacinacao/index.php?p =7309 http://www.brlvacinas.com.br/uploads/Bulas/STA MARIL.pdf http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/309- calenoqdevosaber Referências
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