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Construção da História - dos poucos aos múltiplos

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Universidade Anhanguera – Uniderp
Rogério Paulo Damasceno
``A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA: DOS POUCOS AOS MULTIPLOS PERSONAGENS ´´
Santo André, Outubro de 2017
ROGÉRIO PAULO DAMASCENO
RA: 3093294387
História – Licenciatura EAD 4ª Série – Polo Santo André SP.
A Construção da História: Dos Poucos aos Múltiplos Personagens.
 
Esse trabalho acadêmico, tem por objetivo fomentar a discussão a respeito dos heróis na história de um país bem como se reconhecer como sujeito que faz parte da construção histórica de um tempo, uma sociedade um país, sendo um personagem anônimo ou não nos contextos históricos, sendo ainda perpétuos ou não.
Tutor: Prof. Ailton Salgado
 
Santo André, Outubro de 2017
Resumo
É unanime aos autores, que a memória foi tida por muito tempo como alicerce para compreensão do senário político e social que vivenciamos hoje, contudo, é claro que a memória vai além desta concepção, ela está ligada ao nosso cotidiano. A memória é o meio de guardar a história e passa-la às gerações futuras. Daí a necessidade de conhecer o elo sequencial dos fatos. Infelizmente os livros e materiais didáticos tendem a enaltecer os grandes heróis, as datas, e fatos, dessa forma ao professor cabe entender a sua clientela, e planejar meios de inserir seus alunos no contexto historiográfico, levando suas vivencias, experiencias sociais, suas realidades e o modo como interferem diretamente como sujeitos na história. Há a necessidade de esclarecer o comportamento social de um povo em um momento da história da humanidade, a fim de se possa entender os problemas atuais.
A desconstrução dos mitos da história é necessária para que todas as pessoas se reconheçam também como sujeitos históricos. O projeto positivista da nação no século XIX, tem como ponto determinante a figura do herói brasileiro.
Sob a influência do positivismo, que centraliza se nos grandes fatos políticos e seus personagens, a História exclui das suas análises outros sujeitos, bem como as realidades sociais e econômicas. A instituição política, novas ideologias e grupos sociais, acabam por ´´necessitar`` de um indivíduo maior, como encabeçador dessa nova visão, nascendo assim real ou mítica a figura de um novo herói temporal, ou perpétuo.
Especialistas e ideólogos, historiadores, geógrafos e educadores, construíram a memória nacional, organizando as comemorações, as festas, definindo os heróis e as pessoas que deveriam ser lembradas.
Os atores sociais que desenvolveram com grande empenho a construção da memória nacional inventaram tradições até então inexistentes. Hinos, bandeiras, símbolos, imagens fornecem uma identidade e união aos sujeitos de uma sociedade, de um país.
Todas as coletividades tendem a ter símbolos próprios dotados de um significado específico, com a função de perpetuar determinados valores. 
A educação é a apropriação da cultura, através da história se torna a construtora de sujeito histórico, pois deve enfatizar a aprendizagem na constituição do interesse do indivíduo, através da educação, nos tornamos humanos e históricos, como autores no modo de refletir sobre a realidade, sobre o mundo e sobre nós mesmos.
Palavra Chave – História – Educação -Memórias, Heróis Nacionais.
Sumário
Capa
Folha de rosto
Resumo 
Sumário
Introdução
Desenvolvimento
11- Conclusão
15- Bibliografia 
	
Introdução.
O presente artigo, desenvolvido em forma de desafio profissional, traz à tona a temática sobre ``A Construção da História: Dos Poucos aos Múltiplos Personagens´´ onde se discute a importância de agentes anônimos de extrema relevância para existência dos muitos heróis que figuram em nossa história nacional, tendo em vista que suas ações em geral trata de transformações de culturas e convenções sociais e políticas, torna-se quase que impossível sem a intervenção de personagens anônimos dessa sociedade.
Sendo esses agentes desconhecidos no âmbito da historiografia, procuramos entender como se deu as manifestações que levaram a formação e sustentação desses ``heróis´´ conhecidos e reconhecidos na história Brasileira.
Talvez o mais importante nesse artigo seja a compreensão e entendimento de que, uma vez em que um cidadão se lança com uma proposta de mudança social, política ou cultural de um país ou sociedade, passa a fazer parte de sua empreitada o convencimento de seus pares a aceitar e/ou concordar com o objetivo dessa empreitada, nascem assim os ``figurantes ativos´´ que darão a sustentabilidade necessária para que tal proposta possa ser levada à êxito.
Desenvolvimento.
É comum aos historiadores, que a memória, é primordial para compreensão de fatos e fenômenos políticos e sociais vividos hoje, e é peça de nosso cotidiano. A transmissão da história e a perpetuação de fatos históricos, às próximas gerações, se dão pela memorias desses fatos. O material didático, infelizmente, tende a enaltecer os grandes heróis, frisando datas e fatos, nesse momento se faz necessário a intervenção do professor na percepção de identificar seus alunos como tendo uma vivencia própria, em um cotidiano e sociedade própria, destacando se assim os questionamentos e percepções próprias de suas identidades. O entendimento de como se porta os sujeitos de uma sociedade, torna mais fácil entender o comportamento futuro daquela sociedade, e os meios mais efetivos de tratar e resolver os problemas apresentados na atualidade.
Os grandes heróis, são produtos de ações de outros importantes homens que passam a história de modo a ser verdadeiro e ``inquestionáveis``, como uma verdade absoluta. A memória e a historiografia irão tornar esses fatos assuntos de importância ao saber histórico escolar. Para que todas as pessoas de uma sociedade possam se reconhecer como sujeitos da história, é necessário que se faça uma desconstrução dos mitos e heróis, possibilitando a humanização desses, e trazendo-os para mais perto de suas realidades e de seus cotidianos, fazendo-os entender que tais ações poderiam em contextos afim ser perfeitamente fruto de suas vivencias e relações sociais e culturais. O projeto positivista coloca os heróis como fator de suma importância na construção da nação do século XIX, ao fazer isso, a história exclui outros sujeitos e suas realidades históricas sociais e financeiras.
Após a revolução industrial, os fatos históricos e necessidade de outros heróis tornaram se mais rápidos, devido a uma nova realidade e ao aparecimento de novas convenções. Uma nova comunidade trabalhadora traz novas instituições políticas, grupos e ideologias escrevendo novos episódios históricos.
Esse novo cenário passa a ser formado não só por uma comunidade política especializada, mas também por sujeitos até então figurantes, entrando nessa nova construção de unidade patriótica trabalhadores, artistas, sindicalistas, operários, grupos religiosos, e passam a exaltar de modo a demostrar patriotismo e ideologias de massa a observação de hinos, bandeiras, símbolos, demarcando o universo que se pretende formar ou reformar, com a participação da sociedade como um todo num esforço comum. Na contramão de uma nova visão e empoderamento popular, algumas estratégias são lançadas pela comunidade política ``oficial´´ na tentativa de fazer com que desperte na população um sentimento de pertencer a tradição, evitando com isso uma insurreição, adotando assim nomes de heróis em nomes de rua, cidades, praças, feriados nacionais etc., distanciando assim os novos e prováveis sujeitos históricos da construção de novos valores que venham a pôr em risco o poder 
Exercido pelas instituições oficiais. O livro didático deve se afastar da tradição de estereotipar a figura dos heróis nacionais positivistas, que somente privilegiam alguns grandes heróis, alguns fatos e datas que não se identificam com a história sociocultural e relações humanas, ficando restritas somente a uma verdade absoluta construída historicamente.É necessário a rediscussão do uso do material didático de 
História, objetivando discutir a dimensão da memória historiográfica como formador de uma nova identidade, cultural, social e nacionalista.
A educação é a apropriação da cultura, e através da história constrói-se o sujeito histórico, torna se necessário a uma aprendizagem no interesse do indivíduo. A história atual passa a ser construída por ações coletivas de uma sociedade no seu cotidiano, o dia a dia de um povo, mostra de maneira continua suas necessidades sociais, políticas, a evolução de um enquadramento humano em detrimento de novas convenções e éticas sociais, nesses aspectos o advento da informática acima de tudo a internet, coloca o material didático como apoio de uma gama de meios de aprendizagem, em alguns momentos servem de mediadores e objetos de triagem de uma historiografia paralela. Esse acolhimento de homens comuns como sujeitos de construção da história, traz uma nova forma de construção historiográfica. O que no passado vinha como história pronta aos cidadãos comuns, restando apenas a memorização de atos de terceiros, passa a ser resultado de sua própria intervenção, como agente participativo em sua comunidade ressaltando assim a vontade e ideologia de uma coletividade, deixa de ser uma história imposta por uma classe dominante para ser resultado de uma reflexão e discussão pública nacional ou por uma comunidade ativa exercendo seus direitos de opinião participativa.
Passa a ser necessário utilizar em salas de aula formas de aprender a aprender, refletir a respeito de ações passadas que hoje incidem na sociedade atual, bem como descobrir ações que possa reformular situações que já não são mais adequadas para os dias atuais, tais ações, diferentes da história passada começa a ter uma dinâmica de normatização da sequência histórica, que evidentemente será quebrado quando alguma ação ou fato vier a contradizer a vontade coletiva em seu resultado.
A situação de herói, surge de um momento histórico, e esse momento é sempre necessário para que se vincule uma ideologia a uma liderança, dando um rosto a uma ideia, a diferença que deve ser levada em conta é que não mais será um sujeito imposto, e sim uma escolha de um grupo representado por um sujeito.
Cabe ao professor compreender que os alunos são agentes que atuam como aprendizes de um conceito de história que vem se modificando com a possibilidade de globalização de conhecimentos e sua interação com a própria história seja ela individual, comunitária e social ou nacional, pois a reflexão sobre os mais diversos temas e pontos não mais seguem uma história imposta com objetivo de arrebanhar defensores dessa ou daquela ideologia que se distancia de sua realidade, e sim de conclusões tomadas por uma coletividade que veem de encontro as necessidade ou visões que passam a ser identificadas pelo cidadão como pontos que realmente façam diferença em suas vidas em setores sociais, culturais, financeiros, trabalhistas e políticos.
Em todos os tempos, o ensino de História foi permeado por escolhas políticas. No Brasil, após a proclamação da República, em 1889, a construção da identidade do país tornou-se prioridade. As elites tinham de garantir a existência de um estado-nação, escolhendo para ser ensinado aos alunos conteúdos que exaltavam grandes "heróis" nacionais e feitos políticos gloriosos. Desde então, poucas mudanças aconteceram em termos do quê e como ensinar nessa área, e todas foram influenciadas, sobretudo, pelas visões de quem estava no poder. Para desenvolver a postura crítica da turma e dar aulas consistentes, é fundamental que o professor entenda esse processo. História é uma disciplina passível de múltiplas abordagens - que até há pouco tempo não estavam em sala de aula, mas que hoje devem ser vistas com destaque. Por isso, tornou-se premente o trabalho com diversas fontes e o relacionamento do passado com o presente para que se entenda que contra fatos há, sim, argumentos. Tudo depende do olhar que se lança sobre eles.
Quando os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 e fundaram a primeira escola, só usavam os textos históricos como suporte para ensinar a ler e escrever e seus conteúdos sequer eram discutidos. Foi apenas em 1837 que o Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, instituiu a História como disciplina obrigatória e autônoma. O foco era a formação da civilização ocidental e o estudo sobre o Brasil era apenas um de seus apêndices. Vale lembrar que a história bíblica também era um conteúdo a ser abordado - só sendo retirada do currículo em 1870, com a diminuição do poder da Igreja sobre o Estado.
A maioria dos professores do Colégio Pedro II era formada por membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado em 1838 e adepto de uma visão político-romantizada do processo de construção do Brasil. Além de pautar o ensino pela questão da identidade nacional de maneira ufanista, eles acreditavam que o ensino de História tinha o papel de formar moral e civicamente - um dos objetivos da disciplina na época e que está ultrapassado teoricamente.
A metodologia utilizada era a tradicional, que tinha como princípio levar os alunos a saber datas e fatos na ponta da língua. Também houve a influência do historiador 
Prussiano Leopold Von Rnke (1795 – 1886), que via a história como uma sucessão de fatos que não aceitavam interpretação. Segundo ele, pesquisadores e educadores deveriam se manter neutros e se ater a passar os conhecimentos sem discuti-los, usando para isso a exposição cronológica. Na hora de avaliar, provas orais e escritas eram inspiradas nos livros de catequese, com perguntas objetivas e respostas diretas.
Essa postura em sala de aula só seria questionada no início do século 20, quando operários anarquistas de São Paulo e Porto Alegre, que lutavam por melhores condições de trabalho, criaram escolas inspiradas na pedagogia do espanhol Francisco Ferrer Y Guardia (1849 -1909). Nelas valorizavam-se a racionalidade e o cientificismo e não havia espaço para a exarcebação do patriotismo. A História era explicada por meio das lutas sociais e não pela construção do Estado. Novas fontes de aprendizagem, como visitas a museus e exposições, foram incorporadas com o objetivo de fazer o aluno pensar e não apenas decorar o conteúdo. Além disso, eram abordados temas como revolução Francesa antes do estudo sobre antiguidade, quebrando assim o paradigma da linearidade. As ideias revolucionárias, no entanto, foram pontuais e de pouca duração. As dez escolas com esse perfil foram fechadas com a pressão do governo de Arthur Bernardes (1845 – 1955), que sufocou os movimentos trabalhistas. 
O cenário ficou ainda mais complicado quando, em 1930, Getúlio Vargas, ferrenho nacionalista, subiu ao poder, ficando nele quase initerruptamente até 1954. Nesse meio tempo, surgiram os primeiros cursos superiores de história, que nasceriam compactuando com a visão tradicionalista. Os estudos de Jean Piaget (1896 – 1980) e Lev Vygotsky (1896 – 1934), contudo, começaram a ser divulgados, trazendo teorias que influenciaram a educação no geral, ao considerar as hipóteses prévias das crianças sobre os temas abordados na escola. Sendo assim, as aulas puramente explosivas não funcionariam mais e a ideia de que aprender é decorar começou a mostrar sinais de fragilidade. 
A ditadura militar, nos anos 1960, faria com que as propostas mais avançadas demorassem para germinar. Em 1971, as autoridades substituíram história e geografia 
Por estudos sociais nas séries iniciais. Havia o medo de que o potencial político e crítico que o conhecimento mais profundo daquelas áreas poderia trazer pudesse gerar reações revolucionárias. Segundo Circe Maria Fernandes Bittencourt, professora de pós - graduação da faculdade de educação da Universidade de São Paulo, a fusão empobreceu os conteúdos de ambas as disciplinas, pois a ênfase agora estava no civismo.
As mudanças mais significativas, entretanto, começaram a se desenhar com a influência da Psicologia cognitiva, da Antropologiae da Sociologia. Essas duas últimas trouxeram, respectivamente, novos conteúdos e outras visões de fatos históricos - o que influenciaria a metodologia moderna de ensinar História. Além de ampliar o espectro de temas escolares - introduzindo, por exemplo, manifestações culturais locais -- e de procurar diferentes versões, a metodologia moderna também se caracteriza pela ênfase na relação entre passado e presente, pelo rompimento com a linearidade e pela consulta a fontes de diversas naturezas. A partir dos anos 1980, cada vez mais professores foram tomando contato com essa nova forma de trabalhar. 
Conclusão
Em 1960, propostas mais avançadas de pedagogia e métodos de ensino de história, demoraram para serem implantadas, em 1971, as autoridades substituíram as disciplinas História e Geografia por Estudos Sociais nas séries iniciais. O senário político naquele momento, temia que um conhecimento mais aprofundado dessas disciplinas despertasse um ser mais crítico e dessa forma gerassem também reações revolucionárias.
Mudanças mais significativas, começaram a aparecer, com estudos na área de antropologia e sociologia, e dessa forma uma visão diferenciada dos fatos históricos, mudando a metodologia do ensino de história, não se atendo mais a uma única fonte histórica, manifestações culturais, questionamentos entre passado e presente histórico.
Com início dos anos 80, observa-se novas formas de trabalhar, hoje o ensino de história é embasado na apresentação de diferentes abordagens de um mesmo fato, deixando claro ao aluno que a apresentação do fato vai depender do modo, e a intenção da fonte.
Estabelecer a correspondência entre passado e presente, tornou-se meta para a disciplina. Nos anos 90, com a publicação dos parâmetros curriculares nacionais
(PCNs).
O fato de poder-se aproximar mais a disciplina a realidade do aluno, o que não era possível por empregar-se a disciplina cronologicamente, passava a ideia de que é uma evolução e não a verdade de uma época.
Hoje o professor pode explorar diferentes formas de lidar com a temporalidade, e assim, estimular uma maior reflexão, fazendo com isso com que o aluno ao invés de decorar informações sem sentido, são estimulados a analisar o que aprendem e a memorizar conscientemente, motivos, fatos e consequências.
Ontem e hoje
Desde a publicação dos PCNs, temas como ética e pluralidade cultural passaram a permear o ensino da disciplina, indicando mais uma mudança: se nos tempos idos o objetivo era fomentar a ideia de identidade nacional, ancorada na deturpação e romantização de acontecimentos, hoje o intuito é explorar as diferentes identidades que existem dentro de uma nação, tornando os alunos sabedores da diversidade cultural de sua época. Um desafio e tanto para os professores.
Mitos pedagógicos
As metodologias da disciplina levaram à construção de alguns mitos. São eles: 
História é decoreba 
A concepção de Educação que está por trás disso é a de que a aprendizagem se dá pela repetição da fala do professor ou do conteúdo do material didático. Grande equívoco. 
Não é preciso memorizar 
Em reação contrária à ideia anterior, alguns educadores defenderam que não era preciso decorar nada. Porém saber datas e nomes ajuda a relacionar os fatos. Memorizar significativamente é diferente de decoreba. 
Uma lição de moral
A história nasce como disciplina escolar no Brasil em um contexto de criação da identidade nacional
Daí a ideia de que ela serviria para incutir princípios e valores nacionalista.
Um fato depois do outro.
Não se sustenta a ideia de que para entender um período é preciso estudar o que veio antes dele. O aluno aprende com base em questões do presente, relacionamento ao passado o que lhe é mais próximo.
Existe apenas uma verdade.
De inspiração positiva, esse mito parte da ideia de que aos documentos oficiais e os fatos políticos são fiéis guardadores da realidade. A foi sendo derrubada ao longo do século 20, quando os historiadores, recorrendo a outras fontes documentais, descobriram diferentes interpretações sobre o período dos fatos.
Linha do tempo do ensino de história no Brasil.
1549 – Os jesuítas chegaram ao Brasil e fundam as primeiras escolas elementares brasileiras. Os textos históricos bíblicos eram usados apenas com o intuito de ensinar a ler e escrever.
1837 – O Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, inclui a disciplina como obrigatória. 
Nesse ano também é fundado o instituto histórico e Geográfico Brasileiro, que defende uma visão nacionalista.
1870 – Com a diminuição da influência política da igreja sobre as questões de Estado, os temas que tem como base as ideias bíblicas são abolidas do currículo.
1920 – Escolas abertas por operários anarquistas tentam implantar a ótica das lutas sociais para entender a história. Mas elas são reprimidas e fechadas durante o governo de Arthur Bernardes, alguns anos depois.
1934 – É criado o primeiro curso superior de história, na USP. A academia de nasce com uma visão tradicionalista, reforçando a sucessão de fatos como a linha mestra.
1957 – O delegado Carvalho publica a obra introdução metodológica aos estudos Sociais, que serve de base para o processo de esvaziamento da história como disciplina autônoma.
1971 – A história e a geografia deixam de existir separadamente. No lugar delas é 
Criada a disciplina de Estudo Sociais (empobrecendo os conteúdos escolares) e, ao mesmo tempo, a licenciatura na área.
1976 – O ministério da educação determina que, para dar aulas de Estudos Sociais, os professores precisam ser formados na área, fechando se assim as portas para os graduados em história.
1986 – A secretaria da educação do município de São Paulo propõe o ensino por eixos temáticos. A proposta não é efetivada, mas vira referência na elaboração dos PCNs, depois.
1997 – Abolição de Estudos Sociais dos currículos escolares. História e Geografia voltam a aparecer separadamente. Especialistas começam a pensar novamente sobre as atuais especificidades de cada uma das disciplinas.
1998- Com a publicação dos PCNs. São definidos os objetos da área. Entre eles está 
o de formar indivíduos de modo que eles se sintam parte da construção do processo histórico.
2003 - O Conselho Nacional da Educação determina que a história e a cultura afro-brasileira sejam abordadas em todas as escolas, o que mostra uma iniciativa oficial para desvincular o ensino da visão europeia.
Metodologias mais comuns no ensino de História
As maneiras de ensinar História que já estiveram ou ainda estão presentes na sala de aula são: 
Tradicional
Inspirado no método francês do século XIX, tem como foco memorizar os fatos em ordem cronológica, tendo como referência a construção dos estados-nação e importância dos valores morais e cívicos. Estratégias de ensino – aulas expositivas, apoio de livros didáticos e estímulos à decorar datas, fatos e nomes.
Anarquista
Surgiu depois da revolução francesa e da comina Paris, na Europa, e da proclamação da república, no Brasil. Foi introduzida em algumas escolas brasileiras nos anos 1920. Tendo como foco conhecer o movimento histórico pelas lutas sociais, desconstruindo a visão política romantizada. Estratégia – visitas a museus para reflexão crítica e pesquisas.
Moderna
Baseada nas teorias cognitivas de Jean Piaget e Lev Vygotsky e na ideia de que de deve buscar abordagens diversas, sociais, econômicas, políticas e culturais. Foco em ensinar os alunos a ter uma visão crítica e a percepção de que não existe uma 
História verdadeira. Estratégia de ensino – Proposição de eixos temáticos, consultas a diversas fontes e perspectivas para estabelecer a relação entre o passado e o presente.
Bibliografia 
Guimaraes ed Selva – Didática e Prática de ensino de História – Experiências, reflexões e aprendizados / Selva Guimarães – 13º ed. rev. – Campinas, SP – Papiros 2012.
http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2011/pdf/5/110.pdfbd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/.../construcao_memoria_2010.pdf?
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/11959/10551
https://novaescola.org.br/conteudo/1791/o-que-ensinar-em-historia

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