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FICHAMENTO DE CITAÇÃO CAMBI, Franco. História da pedagogia. Capitulo IV O século XVII e a revolução pedagógica burguesa (pág. 277 á 293). São Paulo Fundação Editora da UNEP (FEU), 1999.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
CENTRO DE HUMANIDADES
CURSO: LINCECIATURA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: DIDATICA DO ENSINO DE HISTÓRIA
PROFESSORA: ANTÔNIO FRANCISCO GUERRA PERREIRA
GLEDSON DE PAULA LEÃO
FICHAMENTO DE CITAÇÃO
CAMBI, Franco. História da pedagogia. Capitulo IV: O século XVII e a revolução pedagógica burguesa (pág. 277 á 293). São Paulo: Fundação Editora da UNEP (FEU), 1999.
“Para compreender o século e todas as suas potencialidades e contradições é útil e oportuno partir de Comenius e do seu modelo de educação universal que veio mediar reciprocamente ciência, história e utopia sobre um pensamento fortemente original e, ao mesmo tempo, rico de passado e carregado de futuro.” (pág. 280)
“Ao lado de Comenius colocam-se depois outros modelos educativos, menos originais e de alcance mais modesto, mas que desenvolvem aspectos intelectuais, sociais e religiosos da formação do homem moderno (de Rort-Royal aos oratorianos, a Fénelon, a La Salle, a Francke)” (pág. 280)
“Por detrás do maior pedagogo do século XVII - Jan Amos Comenius - colocam-se, porém, alguns autores que, mesmo operando no clima reformador daquele tempo e compartilhando a ideia de uma sistematização orgânica da pedagogia, se interessam sobretudo por problemas didáticos e por uma reorganização do saber em chave pansófica.” (pág. 281/282)
“Wolfgang Ratke (1571-1635) elabora um ideal pansófico que se apoia sobre três pilares (a graça, a natureza e as línguas) e exprime uma coerente formação humana e cristã.” (pág. 282)
“Com Johann Heinrich Alsted (1588-1638), o ideal pansófico e o mesmo problema do método ligam-se a uma forte inspiração religiosa.” (pág. 282)
“Johann Valentin Andreae (1586-1654), educado em Tubingen, é estreitamente ligado à ordem dos rosacruzes, uma sociedade de místicos reformadores de origem medieval.” (pág. 283)
“É só a partir do fim do século que se assiste, depois de mais de um século de esquecimento, a uma retomada de interesse pela figura e pela a obra de Comenius. O fervor de iniciativas e de estudos pela celebração do terceiro centenário de seu nascimento abre novas perspectivas de leitura e põe em destaque aspectos do seu pensamento antes desprezados ou completamente ignorados. Hoje, de Comenius tende-se a valorizar o forte engajamento religioso e civil orientado para uma radical reforma da sociedade e substanciado por um conceito plurilateral de formação. As dimensões religiosas e "pansófica" são reconhecidas como aspectos fundamentais e prioritários do seu pensamento também no tocante às reflexões educativas e didáticas tradicionalmente consideradas elementos centrais da sua pedagogia.” (pág. 283)
“Todos esses motivos fazem de Comenius um grande inovador e antecipador de problemas e soluções que são próprios da Modernidade, mas isso não pode levar a separá-lo da cultura de seu tempo.” (pág. 283/284)
“Os primeiros trabalhos de Comenius são textos de caráter essencialmente divulgativo, cujo objetivo é fornecer ao povo morávio "os instrumentos para reconhecer-se na sua própria história". Nascem, assim, uma enciclopédia universal (Theatrum universitatis rerum) e um vocabulário da língua morávia, definidos por um estudioso moderno como "um ambicioso testamento da cultura tcheca”.” (pág. 285)
“A relação com as outras comunidades reformadas e com ambientes culturais mais abertos, o encontro com grandes personalidades da cultura europeia da época o induzem a modificar os projetos originais de reforma religiosa e didática em direção da construção de uma ciência universal capaz de produzir aquela pacificação geral entre os homens que constitui a aspiração última da sua vida.” (pág. 286)
“A concepção pedagógica de Comenius baseia-se num profundo ideal religioso que concebe o homem e a natureza como manifestações de um preciso desígnio divino. Para Comenius, Deus está no centro do mundo e da própria vida do homem. Com esta base se esclarece a forte carga religiosa que atravessa seus projetos de reforma da sociedade e da escola, assim como seu ideal irênico de pacificação entre os homens e a própria referência à liberdade das Igrejas em vista da constituição de um cristianismo universal.” (pág. 286)
“Sobre as bases desta concepção do homem, Comenius edifica o seu projeto educativo; isso faz dele o primeiro verdadeiro sistematizador do discurso pedagógico, aquele que relaciona organicamente os aspectos técnicos da formação com uma abrangente reflexão sobre o homem.” (pág. 287)
“Na esteira de uma ideia já afirmada pela pedagogia humanística e pela Reforma, Comenius sublinha o papel formativo do ambiente escolar para o sadio espírito de competição que consegue estimular nos alunos.” (pág. 287)
“Sobre a base das finalidades educativas a atingir e dos métodos didáticos a utilizar, além da ideia e do aproveitamento dos alunos, Comenius avança uma proposta de organização escolar que prevê quatro graus sucessivos, para cada um dos quais delineia os objetivos, os conteúdos e os métodos, com uma meticulosidade e uma minúcia por vezes excessivas, que desembocam na repetividade e no pedantismo.” (pág. 290)
a) a escola maternal para a infância, a mais importante, a que prepara "o terreno da inteligência" e à qual está ligada "toda a esperança da reforma universal das coisas”; (pág. 290)
b) a escola nacional ou vernácula para a meninice, cuja finalidade é "fazer adquirir prontidão e esbeltez para o corpo, para os sentidos, para a inteligência". (pág. 290)
c) a escola de latim ou ginásio para a adolescência, cujo objetivo é "colocar em forma a floresta de noções recolhidas pelos sentidos para um uso mais claro do raciocínio". (pág. 290)
d) a escola de latim ou ginásio para a adolescência, cujo objetivo é "colocar em forma a floresta de noções recolhidas pelos sentidos para um uso mais claro do raciocínio". (pág. 290)
“A reforma universal só é possível se for realizada a reconciliação do mundo cristão e superada a unilateralidade das intervenções reformadoras operadas até então, que privilegiaram uma parte das coisas humanas em vez do todo, expresso unitariamente na educação, na política e na religião, assim como nas correspondentes formas institucionais da escola, do Estado e da Igreja.” (pág. 291)
“Para além das intuições pedagógicas e didáticas, igualmente interessantes e que explicam o grande sucesso do autor, os dois escritos são permeados de uma intencionalidade pedagógica que se carrega cada vez mais de elementos religiosos e irênicos. São estes elementos que, em última análise, fazem de Comenius um sonhador visionário e um utopista, na prática um não-revolucionário.” (pág. 292/293)
“O cartesianismo e o jansenismo, as duas grandes linhas que dominam (1 cena cultural francesa no século XVII, dão lugar a outras experiências pedagógicas que da França se irradiam para toda a Europa, embora com êxitos diversos: a dos oratorianos e a das "Pequenas Escolas" de PortRoyal. O objetivo de ambas é opor-se à pedagogia jesuítica e ao seu modelo formal de educação e afirmar um programa de instrução mais aderente à experiência histórico-cultural da época e à psicologia da criança.” (pág. 293)

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