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ESTUDOS DISCIPLINARES III TG


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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP
NOME: Marlene Barbosa Fernandes de Lima RA: 1639066
PROFESSOR: Francisco Benedito Kuchinski 
DISCIPLINA: Estudos disciplinares III
TRABALHO EM GRUPO- TG
NATAL/RN
2017
Reprogramação celular: novas alternativas para terapia com células-tronco 
Em primeiro lugar devemos levar em conta que todas as células do corpo têm o mesmo conteúdo genético. Todas são iguais, até as células que parecem mais diferentes dentro do organismo. Como por exemplo: uma célula do tecido ósseo, um neurônio, um espermatozoide todas elas têm a mesma informação genética. O que faz a diferença entre elas são os genes que cada tipo de célula vai expressar. Esses genes que cada célula vai expressando é o processo de diferenciação celular. Esse processo de diferenciação vai acontecendo de modo gradual à medida que o organismo vai se desenvolvendo. (Por exemplo: todo organismo humano começa com o zigoto que é formado a partir da junção do espermatozoide com o ovócito. Aí o zigoto vai se multiplicando chegando a um estágio de mórula que é um amontoado de células. Nessa mórula todas as células são iguais, e essas células da mórula podem gerar qualquer célula de qualquer tecido do organismo, inclusive pode gerar também tecidos embrionários da placenta, do córion, do alantoide. Elas seriam as células troncos ideais para qualquer trabalho que envolvam reconstrução de tecido. Só que o grande problema é justamente que elas são obtidas a partir de embriões. Aí entra a questão da bioética, eu vou fazer um embrião só para extrair as células dele, ou seja, já é matar, quando existe um embrião. Enfim, aí entra a questão da bioética. O que sempre gerou um entrave com relação a utilização dessas células troncos chamadas de topo potentes que são encontradas nessa mórula. Conforme o organismo vai se desenvolvendo, é o processo de diferenciação continua, o próximo passo é a blástula, gástrula onde começa a ser gerado os folhetos embrionários, que são: ectoderma, endoderme e mesoderme. Quando chega nesse ponto de formação da gástrula nós vamos ter mais células diferenciadas, perdendo assim a capacidade de gerar qualquer tecido. Conforme o organismo avança no estágio de diferenciação, cada célula já diferenciada vai perdendo a capacidade de gerar tecidos. Como por exemplo: uma célula desse folheto ectoderma, ela já tem o destino celular mais traçado, ela só pode gerar do tecido epitelial ou do tecido nervoso (SNC), não podendo gerar tecido conjuntivo. Chamada célula pluripotente, ou seja, possui menor capacidade de geração de tecidos, conforme o corpo vai se desenvolvendo cada vez mais, as células vão se diferenciando cada vez mais perdendo possibilidade de gerar outros tecidos. Nos adultos ainda restam algumas células tronco, só são as células multipotentes, porque elas possuem uma amplitude de possibilidade menor de geração de células. As células hematopoiéticas que são as células que originam as células sanguíneas, elas só podem gerar células sanguíneas. Para mim representa um passo gigantesco nesse estudo de diferenciação celular, porque até então, não se sabia como fazia essa reversão dessa diferenciação. Nesse caso se conseguirmos fazer a reprogramação celular, vamos conseguir gerar células de tecidos que a gente quiser, sem precisar matar embriões para isso. Então essa é a grande jogada dessa técnica da reprogramação celular, assim podemos pegar uma célula diferenciada ou provavelmente uma célula onipotente sendo essa célula hematopoética a célula presente até nos adultos e fazer com que ela seja capaz de originar uma célula que ela não teria capacidade natural de gerar, justamente através dessa reprogramação e basicamente porque a diferenciação é justamente isso, você vai pegar o seu DNA cem por cento e essa diferenciação consiste em você ser capaz de ativar apenas uma parte pequena desse DNA. A reprogramação amplia novamente essa possibilidade. Tipo assim: a célula sanguínea hematopoética ela possui cem por cento do material genético só expressa assim uma pequena porcentagem, e essa reprogramação amplia essa porcentagem, a informação para gerar essa nova célula já está no DNA, só que por mecanismos de bloqueio de expressão gênica que a ciência ainda estuda, a célula não conseguia mais expressar esse gene contido no genoma, então dar a célula novamente a capacidade de expressar esse gene.
Este estudo foi uma prova de conceito, um primeiro passo. O que a gente faz em laboratório, eles mostraram que é possível no organismo. Se um dia conseguirmos reprogramar as nossas células, pode ser que consigamos fazer medicina regenerativa sem injetar célula nenhuma, a ponto de conseguir regenerar um órgão ou um membro. Do ponto de vista terapêutico, a terapia embrionária é suficiente, mas a criação de células totipotentes é interessante para a ciência básica. “A pesquisa ainda foi feita de uma forma confusa e essas células acabaram originando vários tumores no animal. Os próximos passos devem ser aprender a localizar e controlar esse processo, para que as células se transformem no tecido desejado. ”