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Resumo Terceiro Setor Meio Ambiente e Sustentabilidade

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Web Aula - Serviço Social - Terceiro Setor Meio Ambiente e Sustentabilidade- UNOPAR
Web Aula - Terceiro Setor Meio Ambiente e Sustentabilidade
Wa1 - Ser Social - Terceiro Setor Meio Ambiente e Sustentabilidade
	Visão geral
	
	Apresentação da disciplina:
	
	Bem-vindo à disciplina de Serviço Social e o Terceiro Setor. 
Vamos estudar a instauração do chamado "terceiro setor": panorama histórico. A relação do terceiro setor com a iniciativa pública e privada. As possibilidades e limites de gestão do terceiro setor, pelo serviço social.
	 
	Objetivo da Disciplina
	
	Proporcionar ao discente um conhecimento atualizado sobre a emergência e configuração do Terceiro Setor;
Capacitar para o exercício da gestão institucional do Terceiro Setor.
	 
 
	Conteúdo Programático:
	
	UNIDADE 1: EMERGENCIA E CONFIGURAÇÃO DO TERCEIRO SETOR
Organizações não governamentais
O Terceiro Setor
A crítica a privatização
Caracterização geral do Terceiro Setor
UNIDADE 2: CONSTITUIÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR
Como instituir uma organização do Terceiro Setor
Associação e Fundação
Titulação das instituições do Terceiro Setor
Estatuto
UNIDADE 3: O DESAFIO DA GESTÃO NO TERCEIRO SETOR
Gerenciar o Terceiro Setor
Principais funções gerenciais do Terceiro Setor
UNIDADE 4: GESTÃO DE PESSOAS
Resgate histórico do voluntariado no mundo
Evolução histórica do voluntariado no Brasil
Conceituando: o voluntário e o voluntariado
Empregabilidade do Terceiro Setor
UNIDADE 5: O SERVIÇO SOCIAL E O TERCEIRO SETOR
O assistente social e o trabalho interdisciplinar
Contribuições do Assistente social na equipe interdisciplinar
Principais ações a serem desenvolvidas pelo Assistente Social
	
	Metodologia:
	
	Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos  por meio das Tele-Aulasde forma expositiva e interativa (chat ¿ tira dúvidas em tempo real), Aula Atividadepor Chat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (auto estudo) além do Material do Impresso por disciplina.
	 
	Avaliação Prevista:
	
	O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a tele-aula, participação no fórum, produção de texto/trabalho no portfólio,  realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação presencial  embasada em todo o material didático,  tele-aula e web aula da disciplina.
 Por que Terceiro Setor?
Denominamos Terceiro Setor aquele que não pertence ao Estado, denominado primeiro setor, nem ao mercado, denominado segundo setor, e sim à organização da sociedade civil com a finalidade pública, sem a intenção de lucro, ou seja, sem fins econômicos.  A sociedade civil é anterior ao próprio Estado, pois foi ela quem o instituiu. Ao mesmo tempo a sociedade civil também é o Estado, pois é ela quem o legitima. Mas neste caso, a sociedade civil aqui referenciada é exatamente a que está fora do Estado e se organizam para atender interesses públicos com a participação de voluntários em suas atividades.
É um setor que coexiste com os outros dois, sendo o primeiro o responsável por administrar os bens públicos, com uma finalidade pública também, no âmbito municipal, estadual ou federal, e o segundo setor, que é o mercado, com finalidades de lucro. Existe uma semelhança entre o Estado e o Terceiro Setor, ou seja, ambos tem uma finalidade de atender a coletividade.
	Combinações resultantes da conjunção entre o público e o privado
	 
	AGENTES                               FINS                              SETOR
	Públicos          Para           públicos            =             Estado
	Privados         Para           privados           =           Mercado
	Privados       Para            públicos           =            Terceiro Setor
	 
Fonte: Fernandes (1994)
Este quadro exemplifica bem a configuração das combinações existentes entre o público e o privado, deixando claro que o primeiro setor (Estado) e o Terceiro Setor (sociedade civil organizada) têm em comum as suas finalidades, ou seja, ambos desenvolvem suas atividades em função de atender o público, a coletividade.
O que os diferencia são os agentes ou seja,  no Estado os agentes são públicos e os recursos humanos  e materiais  para os devidos fins tem origem em bens públicos e no terceiro setor estes advêm de recursos privados e de parcerias com o Estado.  Por outro lado o mercado, então intitulado de segundo setor, usa agentes privados, particulares, para fins igualmente particulares e não para a coletividade. É a famosa produção coletiva e a apropriação privada e desigual do bem produzido.
Quando surge o Terceiro Setor no Brasil?
As instituições da sociedade civil já existiam no mundo desde épocas bem remotas. No geral, temos como exemplo, as Santas Casas de Misericórdia que, segundo historiadores, foram fundadas entre 1543 e 1900 no Brasil, sendo estas um prolongamento das já existentes em Lisboa, como evidencia a antiga carta que você pode ver em seguida: 
Tais instituições iniciaram suas atividades com o objetivo de atender aos necessitados, com um cunho exclusivamente caritativo e os seus provedores, principalmente após 1618, deveriam atender a algumas exigências, dentre elas, serem pessoas de reconhecimento social, maiores de 42 anos e serem do sexo masculino, dentre outras, que no momento não se faz necessário salientar.
No Brasil, as instituições da sociedade civil com finalidades filantrópicas estão presentes mesmo antes mesmo da proclamação da República. A maioria delas vinculadas às igrejas, principalmente a igreja católica que, com o apoio do Estado, prestava atendimento à população mais carente nas diferentes áreas. Esta situação mudou um pouco a partir do século XX, quando outras igrejas também começaram, em parceria com o Estado, prestar serviços de cunho social sem objetivar o ganho econômico.
O fato é que o surgimento do Terceiro Setor não é invenção dos últimos dias e como afirma Fernandes (2002), há quem o considere até como um primeiro setor, visto que sua existência antecede a organização social hoje em vigor. O que temos de novo conforme Costa (2006), é a sua configuração, ou seja, é um setor que tem buscado a superação de uma intervenção meramente caritativa e amadora para uma intervenção mais técnica, com um olhar profissional.
Como se configurou? Como emergiu? O que embasou este avanço no Terceiro Setor nos últimos anos?
Em todo o mundo este setor tem crescido de forma significativa e promovido certo impacto na realidade social. Logo, não se pode negar que este faça a diferença, ainda que a motivação por vezes não venha de uma plena compreensão do sistema capitalista desigual no qual vivemos, mas de uma preocupação com as seqüelas dele advindas e que não são nada difíceis de perceber.
No Brasil, as instituições da sociedade civil com finalidades filantrópicas estão presentes mesmo antes mesmo da proclamação da República. A maioria delas vinculadas às igrejas, principalmente a igreja católica que, com o apoio do Estado, prestava atendimento à população mais carente nas diferentes áreas. Esta situação mudou um pouco a partir do século XX, quando outras igrejas também começaram, em parceria com o Estado, prestar serviços de cunho social sem objetivar o ganho econômico.
O Terceiro Setor 
O configuração do Terceiro Setor no Brasil, que não quer dizer surgimento, mas estruturação e maior visibilidade, data dos anos 90, após as acentuadas desigualdades e hierarquização de um regime ditatorial das  décadas anteriores. Começam a surgir os movimentos sociais de oposição ao regime totalitário em busca do fortalecimento da democracia e do favorecimento dos excluídos. Estes grupos ganham a denominação de ONGs (OrganizaçãoNão Governamental). As ONGs ganham força na defesa dos direitos sociais, humanos, políticos, sempre com uma dimensão política adversária ao Estado. Assista ao vídeo:
Movimentos sociais 
Os que vieram permeando os regimes desde 1989, permaneceram com a conotação de filantropia e caridade, normalmente regidas por primeiras damas e/ou damas de caridade:
[...] muitas organizações sem fins lucrativos, vocacionadas para atividades de assistência social e desenvolvimento comunitário, originaram-se de agregações religiosas ou mesmo sem essa característica, mas certamente não nasceram de esforço coletivo de oposição ao Estado ou ao regime político [...]. (FISHER & FALCONER, 1998, p.14).
Por outro lado, o interesse em um afastamento do Estado, com a privatização e sucateamento das políticas públicas, denominada Política neoliberal e o acirramento da questão social também vieram compor o contexto em que este setor  se configurou.
Após a década de 90, com os avanços em torno da concepção de direito, a partir da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu a seguridade social como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, houve um fortalecimento legal do terceiro Setor. Isto não significa que o Estado ficou isento de sua responsabilidade em atender as necessidades, mas passou a dividi-la legalmente com a sociedade. Ainda neste período, as ditas ONGs, em sua essência contestatória, perderam muito do seu sentido político. Elas se institucionalizaram e muitos de seus líderes se engajaram em partidos políticos.
As instituições do Terceiro Setor seguem em busca de vencerem os desafios impostos pela constante reestruturação do capital e reorganização do mundo produtivo, além de seus próprios desafios de sobrevivência em um mundo de recursos cada vez mais escassos.
Quais as principais características do terceiro setor?
Baseados em Costa (2006) descrevemos algumas características que nos ajudam a identificar uma organização do Terceiro Setor, no contexto brasileiro:
Presta atendimento a uma diversidade e variedade de questões que afetam a sociedade nos diferentes segmentos, tendo um mínimo de organização, institucionalização.
Possuem caráter privado, mas desenvolvem um trabalho público;
Não tem finalidade econômica, podendo ainda assim obter lucro em suas atividades desde que usado para sua manutenção;
Autogovernadas, aptas a controlarem as suas próprias atividades;
Não são estatais, podendo realizar parcerias;
Atuação de voluntários.
Neste desenho é possível verificar alguns exemplos de instituições que fazem parte deste setor e outras que se encontram em uma relação muito próxima dele, porém, não atendem aos critérios acima apresentados, ficando em um espaço intermediário entre os demais setores já conceituados.
Todas as ONGs são do Terceiro Setor?
É muito comum a confusão entre ONG e Terceiro Setor, porém, NEM TODA ONG É TERCEIRO SETOR, existem aquelas Organizações não governamentais que estão entre o Terceiro Setor e o Estado, ou entre o Terceiro Setor e o mercado, por exemplo. Vamos exemplificá-los:
Entre o Terceiro Setor e o Estado:
Sindicatos - Que são organizações que tem como objetivo defender as causas de trabalhadores de um certo segmento, mas não apresentam os critérios trabalhados anteriormente para serem configurados como Terceiro Setor, principalmente a questão do voluntariado, que é um dos principais pontos a serem considerados;
Outras entidades privadas sem fins lucrativos, estabelecidas pelo poder público, ex: APMI
(Associação de proteção a maternidade e infância), normalmente coordenadas pelas primeiras damas dos municípios.
Entre o Terceiro Setor e o mercado:
Fundações de empresa ou Projetos sociais operados diretamente por empresas, podendo até ter um cunho social, mas que não apresentam todos os critérios levantados por Salamon & Anheier. Muitas vezes trazem um forte cunho de marketing social, ou seja divulga sua marca através de um dado projeto social.
Cooperativas: associações que dividem os seus lucros entre os cooperados também não atendem aos critérios.
Tais instituições podem ser consideradas como ONG, porém não como Terceiro Setor. Resumindo: Todo Terceiro Setor é uma ONG, porém, nem toda ONG é do Terceiro Setor.
	Referencias bibliográficas 
Cadernos ABONG. ONGs identidades e desafios atuais, nº 27, São Paulo, Editora Autores Associados, 2000. CARVALHO, Nanci Valadares. Autogestão: O nascimento das ONGs. Tradução de Luiz R.S. Malta. 2ª Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1995.
COSTA, Selma Frossard. Gestão 2. Slides de aulas ministradas no quarto ano de Serviço Social. UEL. 2006
FISCHER, Rosa Maria; FALCONER, Andrés Pablo. Desafios da parceria governo e terceiro setor. In: USP Revista de Administração. São Paulo, v.33, n.1, p.12-19, jan./mar,1998. GERMANO, José Willington. Globalização, Reestruturação do Estado e Políticas
SALAMON, Lester; ANHEIER< Helmut. DEfining the nonprofit sector. A crossnational analysis. Manchester: Manchester University Press, 1997.
SALAMON, Lester. A emergência do Terceiro Setor - uma revolução associativa global. RA - Revista de administração - USP . Terceiro Setor: a expressão da sociedade civil. Volume 33 - Número 1 - janeiro/março, 1998, p. 5-8.
WEB-AULA 2
Título: Qualificação  do Terceiro Setor
Caro Aluno!   
Você esta iniciando mais um conteúdo importante para sua qualificação em relação ao tema da disciplina. Não se satisfaça somente com a leitura disponibilizada, acesse os hiperlinks, consulte a Unidade 2 do livro didático e descubra muito mais a respeito da qualificação do Terceiro Setor.
Como já é de nosso conhecimento, freqüentemente as pessoas se associam com intuito de se fortalecerem em busca de objetivos em comum. Em muitos casos, tais pessoas se associam com objetivos não econômicos, a fim de prestarem serviços em prol da comunidade. O Código civil brasileiro classifica estes ajuntamentos basicamente entre duas pessoas jurídicas: Fundações e Associações.
Qual a diferença entre associações e fundações? 
Fundação: Para que uma instituição receba esta denominação, no ato de seu registro no Cartório Civil de Registro, deve apresentar certo capital com o objetivo de ser direcionado para as ações para as quais a instituição se propõe desenvolver. Logo, as fundações estão associadas a um patrimônio, a um montante de bens que, de acordo com seu instituidor, através de um respaldo legal, será direcionado para um fim especifico. É legalmente instituído por uma escritura pública ou testamento, que deixará explicitado a finalidade especifica e, se assim o desejar, também a forma de administração deste patrimônio. Pode ser instituída após a morte do testador ou mesmo em vida, neste caso, sendo necessário se efetivar de forma pública. A finalidade para a qual foi instituída não pode ser alterada sem a permissão do instituidor, caso ainda esteja em vida, do contrário, de forma alguma poderá ser alterada.
Conheça algumas Fundações do Terceiro Setor
Fundação Ayrton Sena
Associações: Um agrupamento de pessoas com um interesse em comum, sem exigência de um patrimônio anterior para ser reconhecida e registrada legalmente como uma instituição. A forma de administração é deliberada pela Assembléia Geral dos Membros, respeitando é claro o Estatuto da mesma, podendo este também ser alterado por ela, se assim desejar.
Os diretores são eleitos em Assembléia Geral e a aceitação de novos membros, bem como outras deliberações de maior complexidade também cabe a esta fazê-lo, havendo
Primeiros passos para instituir uma Organização da Sociedade Civil
 O primeiro passo é reunir o grupo de interessados, registrando em livro Ata as discussões em torno da proposta que se pretende desenvolver. Elabora-se um Estatuto, que contemple a forma como funcionará a instituição, elege-se a diretoria em uma reunião de Assembléia Geral, que é a reunião ordinária dos membros que integram instituição. Em seguida registra-se no CartórioCivil, tanto a Ata da primeira reunião quanto a que elegeu a Diretoria e Conselho Fiscal, acompanhado do Estatuto e de um requerimento do presidente.
Como deve ser uma reunião para constituição de uma ONG? 
O artigo 18, da Lei nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993,  responsabiliza o Conselho Nacional de Assistência Social pelo exame e pela concessão do registro de instituições no respectivo conselho. Para isso, a Resolução CNAS nº 31, de 24 de fevereiro de 1999, estabelece a validade e os critérios para tal. Confira na integra esta Resolução no site do Ministério do Desenvolvimento social e combate a fome, na página do Conselho Nacional de Assistência Social:
	Aprofunde seus conhecimentos:
Instruções para registro de Entidade no Conselho Nacional de Assistência Social
Como elaborar um Estatuto?
Após a criação de uma associação, ela poderá também optar pela qualificação de  OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). A associação que escolher a caracterização de OSCIP poderá remunerar seus dirigentes, mas perderá o direito de isenção do imposto de renda, do COFINS, do CSSL e do PIS/PASEP, além do direito de receber doações dedutíveis do imposto de renda de empresas, se assim o fizer. Mas ainda assim existem, incentivos para as OSCIPs, como por exemplo: receber doações em espécie, dedutíveis de imposto de renda, bens móveis considerados irrecuperáveis, bens apreendidos da Receita Federal, contanto que estejam em dia com a renovação do Título.
Tais Instituições podem também pleitear as subvenções sociais relacionadas na Lei Nº 11.514, de agosto de 2007 e LDO de 2008
Segundo a Lei 9.790/99, estão impedidas de receber a qualificação de OSCIP as instituições que tem interesse comercial, instituições religiosas com objetivo de disseminar credos, sindicatos, escolas privadas, as fundações públicas ou qualquer outra instituição que tenha vinculação com sistema financeiro. Por outro lado, a exigências para a concessão, estão descritas no Art. 3º desta Lei, onde reza sobre as finalidades sociais necessárias para tal.
Certificado de Entidade de Assistência Social
Este é o certificado é almejado por todas as instituições por conta dos benefícios que dele advêm, principalmente a isenção da cota patronal, que pode significar 25% da folha de pagamento de uma instituição. Ele demonstra o reconhecimento da instituição como uma prestadora de serviço de natureza pública sem finalidade econômica. É o antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos. A emissão e a renovação deste Certificado é  feita pelo Conselho Nacional de  Assistência Social, após rigorosa averiguação e exigência de critérios contidos no Art. 3º do Decreto nº 2536/98
Confira na página 31 e 32 do livro didático da disciplina as exigências legais para a obtenção deste Título. Em seguida acesse o link disponibilizado para ver as atualidades referentes às medidas tomadas pelo Ministério para evitar concessões equivocadas deste certificado:
CEBAS Certificado de Entidade Beneficente
Novidades para a concessão do CEBAS
Confira no Site do Ministério do Desenvolvimento Social a relação das entidades que fazem parte do atual universo de 6.821 instituições com o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em dia no Brasil. Esta lista foi  atualizada em 13/08/2009 e as informações foram retiradas do Sistema de Informação do Conselho Nacional de Assistência Social na data de 2 de setembro de 2008.
São Instituições de atuação nas áreas de educação, assistência social e saúde que tiveram seus certificados aprovados e disponibilizados.
Filme (Lar do caminho)
Lembre-se: Títulos pode ser conferidos, suspensos ou retirados.
A instituição que deixar de atender as exigências definidas legalmente ou agir com fraude ou erro poderá ter cancelado o título que lhe foi conferido. A legitimidade para dar inicio ao processo de perda de qualificação é outorgado pelo Ministério publico.
Quais as formas de Parceria que podem existir entre Sociedade Civil e o  Estado?
O termo  de parceria é um instrumento firmado com o acordo entre uma OSCIP e o Estado. É respaldado pela Lei Nº 9.790/1999 , principalmente com intuito de executar os itens contidos no Art. 3º desta Lei:
I - promoção da assistência social;
        II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
        III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
        IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações  de que trata esta Lei;
        V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
        VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
        VII - promoção do voluntariado;
        VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
        IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
        X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
        XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
        XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
Esta é uma tentativa de superar o modelo burocrático dos convênios, por meio de um mecanismo mais simplificado, flexível e prático, com ampla possibilidade de controle social.
Qual é o Conteúdo do termo de parceria?
 O conteúdo do termo de parceria deve contemplar todos os direitos e obrigações das partes envolvidas, bem como as metas, o objeto, os resultados esperados, a previsão da receita e despesas e a prestação de contas ao final de cada exercício. Deve ser publicado em Imprensa Oficial, sob pena de não liberação de recursos previstos no termo. Art 10 da Lei Lei Nº 9.790/1999.
Os termos contidos no termo de parceria devem ser fiscalizados pelo Poder Público para certificação do cumprimento do mesmo. Esta é uma das funções do Conselho de Políticas Públicas respectivo. Havendo irregularidades, este deve notificar o Ministério Público e Tribunal de Contas para as devidas providencias. Do contrário responderá criminalmente sob pena de responsabilidade solidária, ou seja, responde com igual intensidade pelos atos ilegais da instituição.
O Decreto 3.100/1999,em seus artigos 23 a 31, regulamenta a possibilidade de o estado optar por firmar parcerias com a OSCIP que lhe parecer mais conveniente, a partir do interesse pela atividade ou projeto desenvolvido.
	Bibliografia 
  
BRASIL. LEI No 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999. Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o termo de parceria, e dá outras providencias. Disponível em http://www.planalto.gov.br/. Acesso em 27/08/09.
BRASIL.  DECRETO No 3.100, DE 30 DE JUNHO DE 1999. Regulamenta  a Lei 9.790/99. Disponível em http://www.planalto.gov.br/. Acesso em 27/08/09.
WEB-AULA 1
Processos de gestão no terceiro setor1
Em sua formação, o assistente social recebe a capacitação para desenvolver as principais funções gerenciais de instituições do Terceiro Setor. Isto não quer dizer que seja uma tarefa fácil, pelo contrário, pois exige muito profissionalismo e conhecimento técnico e científico para vencer os desafios que a realidade social impõe, principalmente em um setor que está em busca de solidificação e legitimidade no enfrentamento da questão social. Você está disposto a enfrentar este desafio? É bom que esteja porque o campo de atuação para o assistente social em instituições do Terceiro Setor está em expansão. Aproveiteeste conteúdo para complementar seus conhecimentos.  E lembre-se:
"OS TRISTES ACHAM QUE O VENTO GEME; OS ALEGRES ACHAM QUE ELE CANTA".( autor desconhecido)
	O perfil do gestor 
Costa (2006) nos pergunta sobre O que significa, na atualidade, gerenciar uma instituição da sociedade civil que presta atendimento de finalidade pública?
Para responder a esta pergunta faz-se necessário lembrar que toda organização é um conjunto de pessoas  e que o sucesso e o fracasso são duas possibilidades.
A forma como se gerencia, será determinante para a definição dos rumos que a mesma tomará. Qual seria então o perfil adequado para a gestão deste setor na atualidade?
Gestão participativa e postura dialogal
Certamente que louco ele não precisa ser, mas poderá ficar se não prestar atenção em alguns detalhes importantes durante o percurso. A gestão no terceiro setor deve ser participativa, envolvendo a equipe neste processo. Nada de improviso! É preciso dar ênfase na participação técnica, envolvendo todos os atores sociais ao "pensar" os rumos da instituição. Uma  estratégia utilizada atualmente é a formação de um Conselho dentro das instituições. Formado por técnicos e gestores das instituições, o conselho discute as ações a serem desenvolvidas e as estratégias a serem desenvolvidas, sempre é claro, sem perder de vista a visão, missão e princípios da mesma.
De acordo com o professor Luiz Carlos Cabrera, até mesmo nos setores empresariais a forma de gestão esta ficando mais horizontalizada e as pessoas estão sendo mais importantes do que os cargos:
O bom profissional é aquele que está constantemente desenvolvendo suas competências, que desenvolve um vínculo estável com a organização, que sabe trabalhar em equipe e não é centralizador, tem paixão por aquilo que faz, é flexível e tem "jogo de cintura", sabendo se relacionar tanto internamente com colegas e outros funcionários, como externamente, com clientes, fornecedores, colaboradores, mídia, governo, etc.
No Terceiro Setor, não deve ser muito diferente a forma de gerenciar, também não é muito difícil encontrar pessoas com este perfil, de "vestir a camisa da instituição". O desafio é fazer com que a gestão participativa não se perca no caminho, mas permita a compilação de forças para permitir que a instituição avance no alcance de seus objetivos.
O gestor de uma instituição do terceiro setor está sempre atento, sabe ouvir e absorver as idéias para construir junto. Tem uma postura dialogal e através desta, consegue identificar e perceber tanto os dilemas quanto as estratégias para enfrentá-los.
1 © Edna Aparecida C. Braun, UNOPAR, 2009.
Conhecimento e uso das Leis
Costa (2006) afirma que o gestor precisa também conhecer as Leis e fazer uso delas na instituição. Ele precisa conhecer, no mínimo, a Constituição Federal, a Lei Orgânica da Assistência Social, a Lei Orgânica da Saúde, Estatuto da Criança e do Adolescente, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e outras especificas. Ele não pode correr o risco de atuar na ilegalidade, pois a cada dia aumenta a exigência e a necessidade de um trabalho com mais qualidade para subsistir em meio.
Participação em Instâncias legais e informais
Continuando, Costa (2006) afirma também que a participação dos conselhos relacionados ao segmento é fundamental para a instituição de fazer conhecida, fazer parcerias, pleitear recursos e também para cobrar ações governamentais relacionadas ao segmento. Outras instâncias informais também podem fazer a diferença em função das possíveis articulações entre os sujeitos, visto que na atualidade não é possível viver isolado. As trocas que podem surgir enriquecem e trazem oportunidades de superação e de parcerias importantes. Exemplos de espaços de participação:
Conferências
Conselho Municipal da Assistência social
Conselho Municipal da Educação
Conselho Municipal da Saúde
Conselho Municipal da Criança e Adolescente
Conselho Tutelar
Articulação das Entidades, Redes, Fóruns, Conselhos
Concepção atualizada sobre a população usuária
Esta é outra característica apontada por Costa (2006). O gestor precisa conhecer os usuários de sua instituição, saber sua história, vê-lo como um cidadão de direitos e não como um objeto da ação institucional. (art. 6º da Constituição Federal/88). Todas as suas ações devem ter este pressuposto como referência, buscando a superação da situação de fragilidade social, capacitando o usuário do serviço para conquista de autonomia. Isto só é possível à medida que se conhece os usuários. 
Estar atento aos pilares que sustentam o Terceiro Setor
Mas, Costa (2006) nos ensina ainda sobre os pilares que, na atualidade sustentam as organizações do Terceiro Setor. São eles:
 
1. Voluntariado forte
O gestor precisa investir na conquista de um voluntariado forte, que é uma condição essencial para a instituição ser classificada como de Terceiro Setor. É imprescindível a existência de voluntários no quadro de recursos humanos, porém, na mesma medida, é necessário capacitá-los para desenvolverem um trabalho com qualidade social. Algumas funções não exigem muita qualificação, porém, o mínimo que um voluntário precisa ter é uma perspectiva integral do trabalho institucional e isso, na maioria das vezes, ele não traz de casa, é preciso de capacitação para tal. A boa vontade é apenas o start para o trabalho.
Termo de voluntariado 
Vídeo: Projeto de voluntariado 
Assista aos vídeos e complemente seus conhecimentos:
Boa vontade e um pouco de tempo já e suficiente para se começar um trabalho voluntário
O voluntariado é uma prática internacional, veja o vídeo: 
Voluntários: vozes dos voluntários
2. Trabalho Administrativo e técnico articulado e definido com clareza
Outro pilar que sustenta o Terceiro Setor apontada por Costa (2006) é a necessidade de o gestor ter clareza na definição das funções de cada um dentro da instituição. Do contrário, será difícil avançar em direção a superação dos obstáculos que freqüentemente sobrevêm e dificultam o cotidiano institucional. As pessoas envolvidas neste trabalho são sujeitos fundamentais para superação destes percalços. Em muitas instituições, por haver uma linha muito tênue entre os gestores e demais funcionários, em virtude da grande aproximação que  a gestão participativa promove, se o gestor tem dificuldade de lidar com esta situação pode deixar nebulosa a função que cada um deve desempenhar. O gestor precisa então exercer o seu papel de liderança com competência, utilizando as ferramentas necessárias para tal.
3. Planejamento Institucional
O plano gestor Institucional é a bússola do gestor. É imprescindível que se supere a cultura do apagar incêndio, ou seja, assim como diz o ditado popular: "quem vive apagando incêndio é o bombeiro, e quem vive apagando incêndio não controla a sua instituição ou o seu projeto".  É importante que se desenvolva a cultura do planejamento, com clareza quanto a Visão, missão e princípios institucionais:
	Relembrando
	 
	Visão
	Aquilo que se almeja alcançar
	Missão
	O que se fará para alcançar
	Princípios
	O que não se abre mão
 Com base nos pressupostos  acima, desenvolvem-se os:
Projetos setoriais - São os projetos específicos à área e segmento que a instituição trabalha com ações que darão vida a visão institucional. Podem ser voltados ao projeto pedagógico, projeto sócio-educativo, projeto terapêutico, quando relacionado a tratamento, profissionalização, ou seja, todas as ações institucionais devem ser pensadas, organizadas, direcionadas, com avaliação constante. É importante não perder o foco do propósito para o qual a instituição existe. É a busca pela visão organizada em estratégias e ações.
Gestão de pessoas 
 
De acordo com Merege (2003), as organizações do Terceiro Setor estão percebendo a necessidade de se profissionalizar, ao mesmo tempo, estão adquirindo a consciência de que é preciso cuidar, gerenciar bem  seus recursos humanos. A gestão de pessoas, segundo Teodósio (1999), éum aspecto relevante, sendo este mais importante até do que a captação de recursos. Só uma equipe bem cuidada pode "vestir a camisa" da instituição e entrar em consonância com a visão e se comprometer com a causa, maximizando os recursos institucionais.  As organizações são mais eficientes quando as pessoas compartilham das mesmas idéias.
O gestor precisa ter habilidade para utilizar os talentos e capacidades de cada recurso humano para garantir a qualidade no serviço desenvolvido. É preciso cuidar das relações interpessoais, que costumam causar sérios problemas na instituição, bem como das necessidades especificas de cada um. Muitas vezes, as necessidades particulares dos atores institucionais causam desgaste e ele não consegue desempenhar seu trabalho da maneira que gostaria. É preciso cuidar daquele que é cuidador. Este trabalho costuma ser realizado por profissionais da área de saúde mental através de oficinas especificas, envolvendo não só o ator institucional, mas também suas famílias.
Captação de recursos
Este se trata de mais um pilar do Terceiro Setor, de acordo com Costa (2006). O gestor deve se atentar para as estratégias de captação de recursos que darão sustentabilidade a instituição. Segundo alguns experientes no assunto, "Recursos não faltam, o que faltam são bons projetos"! O captador de recursos precisa ser estratégico na maneira de falar sobre o seu projeto, como algo que demonstre a superação que a instituição procura alcançar. É preciso superar a visão assistencialista, que vai, por exemplo, continuar a vida toda entregando cesta básica para determinado sujeito. Estes projetos devem ser simplificados a fim de que o investidor compreenda exatamente o que o gestor pretende fazer com o recurso que procura.
Nem sempre o recurso chega à instituição em forma de dinheiro, mas nas mais diferentes materializações. Nem por isso devem ser dispensados, mas sim, contabilizados como receita e, se necessário, vendidos através de bazares e outras estratégia a fim de transformá-los em dinheiro.
Captar recursos está diretamente relacionado ao sucesso de bem administrar a organização, inclusive do ponto de vista da boa gestão financeira. As pessoas querem contribuir, confiantes que sua doação será bem gerida. Para tanto, orçamentos, objetivos e justificativas do pedido deverão ser bem elaboradas e entregues ao potencial doador. Além disso, é importante lembrar aos doadores, que contribuições para instituições sem fins lucrativos de utilidade pública poderão gerar isenções fiscais (33% de abatimento para empresas não financeiras e 43% para empresas financeiras). Revista eletrônica integração - Disponível em: http://integracao.fgvsp.br/1/administ.html
Assista ao vídeo:  Gerenciamento do terceiro setor
Marketing institucional
O que significa marketing? De que estamos falando? Não é mágica!
 
Vários são os conceitos de marketing que encontramos. Segundo American Marketing association-AMA: " marketing é o desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor...com vistas a criar os intercâmbios que irão satisfazer as necessidades dos indivíduos e organizações."
É entender os desejos dos clientes para satisfazê-los.  Mas, e quando falamos em Marketing para o Terceiro Setor?  De que produtos estamos falando? Qual é o beneficio que aquela instituição pode trazer? Qual é sua relevância social?
O marketing para o terceiro setor é diferenciado do segundo setor porque este não busca lucro. A preocupação aqui é mostrar um trabalho de qualidade social a ponto de causar interesse em investidores. É preciso que este promova mudança social, mudança de comportamento, de atitude, gerando transformação social importante. Para isso a instituição precisa se profissionalizar para mostrar competência. É impossível aplicar as estratégias de marketing se a instituição não estiver sintonizada com sua missão, seus valores, objetivos e metas.
Acesse a entrevista: Marketing para o Terceiro Setor, com Sydney Manzione
Comunicação
Outro fator importante na captação de recursos é a comunicação. Através dela é que se divulga a instituição, difundindo sua imagem institucional e dando-lhe visibilidade diante da sociedade. A comunicação engloba algumas estratégias, tais como: sistematização e divulgação de dados, relações públicas, assessoria de imprensa, publicidade, etc. sempre com o desafio de tornar marcas fortes, que tenham longevidade, personalidade, referencia afetiva  para as pessoas.
 
4. Parcerias com demais setores  
As instituições do Terceiro Setor são atores importantes em um contexto em que o Estado, respaldado pela Constituição Federal, divide com a sociedade civil a responsabilidade de construir caminhos para o desenvolvimento social. Considerando a estratégia neoliberal, tais instituições vêm para realizar uma tarefa que deveria ser do Estado, porém, a medida em que estas a executam, diminuem a responsabilidade do Estado. De acordo com NOLETO (2003) as parcerias tanto podem ser uma estratégia do Estado para terceirizar os serviços, quanto uma possibilidade de ampliar a participação das mesmas na esfera pública, podendo assim influenciar nos processos de elaboração de políticas públicas.
Considerando que durante as nossas discussões já abordamos a questão do afastamento do Estado em relação às suas responsabilidades, vamos nos ater na questão das parcerias. O que não se pode negar é a necessidade de o Terceiro Setor atuar sob a perspectiva do direito  e qualidade nos serviços de atendimento aos usuários.
Atualmente o Estado dispõe de três formas de fazer parceria com o Terceiro Setor, que podem gerar também a transferência de verbas para compor parte dos recursos necessários para o desenvolvimento dos trabalhos propostos: Convenio, parceria e contrato de gestão.
Convênio 
Dentre a legislação que consubstancia a possibilidade de convênios entre Estado e instituições sem fins lucrativos estão: artigo 116 da Lei nº8.666/93, os decretos nº5.504/05 e 6.170/07. O convenio é um instrumento utilizado para execução descentralizada de serviços e pode ser celebrado com as instituições, independente da titulação.
Parceria
As parcerias estão respaldadas pelo artigo 3º da Lei 9.790/99 e Decreto 3.100/99. Podem ser celebradas pelas OSCIPs( Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), desde que sejam de interesse das partes.
Contrato de gestão
O contrato de gestão pode ser firmado entre Estado e instituições de ensino, pesquisa cientifica, desenvolvimento tecnológico, preservação do meio ambiente, saúde. Cultura, etc.
É regulado pela Lei nº. 9.637/98. Para firmar um contrato de gestão, a organização deve ter sido previamente qualificada como OS (Organização Social) pelo ministério correspondente.
	Bibliografia 
COSTA, Selma Frossard. Gestão 2. Slides de aulas ministradas no quarto ano de Serviço Social. UEL. 2006
MEREGE, L.C. Sustentabilidade Institucional. (citado em: 16 jun 2004).
TEODÓSIO, A.S.S.; REZENDE, G.A. Desvendando o terceiro setor: trabalho e gestão em organizações não-governamentais, em Relações de trabalho contemporâneas, NETO, A.C.M.; NABUCO, M.R. orgs, Belo Horizonte: Instituto de Relações do Trabalho, PUC MG, 1999.
NOLETO, M. J. Parcerias e alianças estratégicas: uma abordagem prática. Disponível em /gestao_teste/ge_teste/ge_tmes_junho2003.cfm>. 2003. Acesso em: 03/07/2009. 
WEB-AULA 2
Atuação do Serviço Social no contexto do Terceiro Setor
Caro aluno, 
Já trabalhamos alguns aspectos importantes sobre o Terceiro setor e agora é o momento de nos enxergarmos dentro desta realidade que está a pleno vapor em busca de profissionalização.
 
Que profissão é esta?
O Serviço Social é uma profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93 e estabelece algumas competências para o graduado:
Dentre as diferentes atribuições e competências do assistente social, estão as explicitadas no artigo 4º desta lei, que deixa bem claro sobre a sua competência em relação a elaboração de projetos,bem como da implementação, execução e avaliação de planos, programas e projetos, gestão de políticas sociais junto aos diferentes setores. Acesse o link da Lei 8.662/93 e confira as demais competências.
Para se pensar o Serviço Social na atualidade é preciso estar atento às constantes mudanças que ocorrem na sociedade. Esta é uma competência que o profissional precisa estar habilitado a fim de desenvolver um trabalho diferenciado, competente, baseado na leitura da realidade social.
O que querem fazer? - O desejável:
Quem disse que seria fácil?
  O que realmente fazem? - O possível!
Com a palavra, a assistente social:
SSISTENTE SOCIAL TVCEARA JORNALTVC 140508
Desafios para a construção da identidade  profissional no Terceiro Setor
Um dos desafios que o assistente social enfrenta hoje em seu cotidiano é superar a atuação meramente executiva, sendo propositivo a partir de uma leitura significativa da realidade em que está inserido. Precisa ter competência para superar o mero cumprimento de atividades pré-estabelecidas, apresentando seus projetos, indo além das rotinas institucionais. É este profissional que o Terceiro Setor está a procura. Certamente as propostas de inovação não estão dentro de uma caixinha mágica, mas são desenvolvidas a partir da realidade que está posta esperando alguém para desvelá-la e propor alternativas de superação.  A realidade é dinâmica e não estática. A busca pela superação de realidades mostra que o profissional não é fatalista.
 
 Video Institucional Ong Mudança Já
O serviço social, mesmo estando em uma instituição sem fins lucrativos não pode ser apenas a tecnificação da filantropia, mas atender as prerrogativas que conduziram a profissão a sua consolidação, sendo estas balizadas pela democracia, defesa dos direitos humanos, ampliação e consolidação da cidadania.
Mais desafios para o Serviço Social
Definir a dimensão política da prática, ou seja, investir na conquista de direitos sociais a partir das demandas que emergem no cotidiano da profissão. Além disso, independente de estar em um espaço da sociedade civil, não perder a oportunidade de incentivar a participação dos usuários do serviço nos espaços de controle social e de conquista de direitos sociais. Uma prática reforçadora de direitos sociais, impulsionadora de uma nova cidadania, criadora de novos direitos, pautada na relação Estado x sociedade a partir de uma sociedade civil organizada e representativa. Veja um exemplo de participação da ONG SOS Mata Atlântica em manifestação a favor do Código Florestal em 03/08/09:
	Uma carta assinada por redes representantes de mais de 2 mil ONGs e movimentos sociais, protocolada na última sexta-feira na Casa Civil da Presidência da República e em vários ministérios, sugere contribuições para aprimorar a legislação florestal brasileira e avalia propostas que vem sendo apresentadas pelo governo federal. O documento indica que a modificação do Código Florestal- principal instrumento normativo para proteger a vegetação nativa brasileira - pode afetar não somente o patrimônio natural do País, mas também populações, clima e nossa imagem internacional, e sugere aperfeiçoamento de regras, mantendo, porém, a essência da lei. 
Fonte: sosmatatlantica.org.br
Leia na íntegra a reportagem acessando o link: SOS Mata Atlântica
Uma entrevista com Paulo Freire a respeito dos movimentos sociais
Mais desafios para a profissão
Interdisciplinaridade - Estar na equipe construindo nexos disciplinares, aceitando análises interdisciplinares e mostrando também seu ponto de vista em relação às problemáticas em questão. Este é mais um desafio para o assistente social. A própria ação no social pede uma prática que não se limita a um saber unilateral, mas conjuga os diferentes saberes das várias especializações das ciências humanas. De acordo com Rodrigues (1998, p. 156):
a interdisciplinaridade, favorecendo o alargamento e a flexibilização no âmbito do conhecimento, pode significar uma instigante disposição para os horizontes do saber. (...) Penso a interdisciplinaridade, inicialmente, como postura profissional que permite se pôr a transitar o "espaço da diferença" com sentido de busca, de desenvolvimento da pluralidade de ângulos que um determinado objeto investigado é capaz de proporcionar, que uma determinada realidade é capaz de gerar, que diferentes formas de abordar o real podem trazer".
O Serviço Social não pode atuar isoladamente, isto prejudicaria em muito sua atuação profissional. É a possibilidade de o profissional ter uma visão mais abrangente em relação ao seu objeto de intervenção. A prática de discussões interdisciplinares permite ao profissional não se apegar tanto a ''verdades absolutas''. Isto não quer dizer que precise se dissolver tanto na equipe a ponto de perder a visão explicitada no Projeto Ético Político da profissão, que é o nosso próximo desafio.
Relacionar o Projeto Ético Político com as Ações Cotidianas;
É importante se lembrar que a sociedade não está por si carregada de intencionalidades, porém, as pessoas que dela fazem parte têm sim uma intencionalidade em tudo o que faz. Se há uma intencionalidade, de acordo com Netto é preciso escolher os meios para alcança-la:
A ação humana, seja individual, seja coletiva, tendo em sua base necessidades e interesses, implica sempre um projeto que, em poucas palavras, é uma antecipação ideal da finalidade que se pretende alcançar, com a invocação dos valores que a legitimam e a escolha dos meios para lográ-la.
(disponível em http://locuss.org/joomlalocuss/index.)
De acordo com Netto, o Projeto Ético Político do Serviço Social se configurou entre o inicio da década 80 a década de 90 e preconiza a autonomia, liberdade de escolha dentro de alternativas concretas; um novo projeto societário sem as mais diferentes formas de exploração e exclusão; posicionamento a favor da equidade e justiça social, universalização de bens e serviços, ampliação e consolidação da cidadania.  E para concluir este tópico, outro fato importante, é o constante aprimoramento que o profissional precisa buscar para vencer tais desafios. De acordo com Serva (1997), o assistente social precisa ter muito cuidado para não se perder nos dilemas da gestão instrumental, que são importantes, mas não os únicos.
Cálculo: uma projeção das conseqüências dos atos humanos;
Fins: metas, tanto de natureza técnica, econômica ou política;
Aproveitamento dos recursos: aspectos relacionados com a eficiência, eficácia;
Rentabilidade: resultados esperados.
A gestão que o assistente social deve desenvolver deve estar pautada sob os aspectos qualitativos da intervenção tais como a realização pessoal e superação do individuo, a valorização da subjetividade dos usuários, das intervenções que promovam o individuo a busca de autonomia, capacitando-o para fazer escolhas e expressar livremente suas opiniões e sugestões. Logo, o que se espera do assistente social é que ele consiga conciliar o conhecimento técnico - cientifico que tem a função de tomar decisões racionais, com a necessidade de emancipação humana. Só assim o assistente social estará conciliando seu agir com o projeto ético político da profissão.
Conjugar o objeto institucional com o profissional - frente às demandas da população. Nem sempre o objeto institucional é o mesmo que o do assistente social, ou seja, nem sempre a instituição tem os mesmos pressupostos que o profissional na prestação do serviço aos usuários, porém, o profissional precisa identificar embutido na demanda institucional, o objeto de sua intervenção. O assistente social na instituição não pode se conformar em atender as tarefas que respondem somente ao objeto institucional.
É preciso conhecer na teoria os determinantes da questão social, identificá-los na realidade social e propor ações de enfrentamento e superação de realidades. Isto é possível através da dimensão investigativa, ou seja, da pesquisa e análise da realidade social, que subsidiará a formulação, execução e implementaçãode serviços. Logo, ampliar a visão para além do objeto institucional é tão importante quanto essencial para a superação do ativismo.
Ter conhecimentos de algumas áreas especificas 
Além de precisar conhecer os principais aspectos relacionados ao Terceiro Setor, sua emergência e configuração, bem como a legislação que o regulamenta, deve conhecer os aspecto básicos sobre a instituição onde vai atuar: sua história, sua  visão, missão e principios e público alvo. Estar atento a política relacionada ao segmento atendido pela instituição e outros conhecimentos gerais que lhes serão de muita importancia no atendimento voltado para a totalidade, como por exemplo:.
1) A familia e a relação de gênero na sociedade contemporanea - Como estas familias estão se organizando hoje, como são constituidas, a diversificação e aceitaçãode diferentes agrupamentos famliares, a redefinição da divisão sexual do trabalho, a relação entre os sujeitos na sociedade, etc.
2) Criança e adolescente em situação de risco pessoal e social - com, no mínimo, conhecimento em relação ao Estatuto da Criança e Adolescente.
 3) Os idosos e o sistema de proteção social - conhecer as referências legais que embasam a proteção social do idoso, os níveis de proteção e a rede onde se materializa esta proteção.
  4) Demais áreas das relações sociais como educação, saúde, assistencia social, relaçoes de trabalho, geração de renda, etc
Quais funções  a instituição espera que o profissional desenvolva no seu cotidiano?
Dentre as funções que a instituição espera que o assistente social desempenhe estão:
a) Informar, orientar os usuários em relação aos direitos sociais;
b) Capacitar, gerenciar recursos humanos;
c) Elaborar e executar planos, programas e projetos,
d) Assessorar a organização de grupos e movimentos sociais;
e) Elaborar e organizar documentação técnica;
f) Elaborar laudos e pareceres técnicos;
g) Monitorar convênios;
h) Realizar pesquisas;
i) Realizar triagem socioeconômica;
Além desta lista pontual, o assistente social tem todas as competências para ser o próprio gestor da instituição, trabalhando com um enfoque de superação e garantia de direitos a população usuária.
Os desafios postos para o assistente social na gestão do Terceiro Setor só poderão ser transpostos se o profissional buscar constantemente o aprimoramento técnico e não perder a capacidade de indignar-se diante das seqüelas da questão social, que é o verdadeiro objeto da intervenção profissional. Este aprimoramento está relacionado com as novas tecnologias de gestão social, com as constantes mudanças no cenário sociopolítico e econômico e as próprias limitações pessoais, que são diferentes de pessoa para pessoa.
	Referencias:
RODRIGUES, Maria Lúcia . O Serviço Social e a perspectiva interdisciplinar.  in Martinelli, M. L. e outros(org).  O Uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber. São Paulo: Cortez/ Educ, 1998, p. 158.
SERVA, Maurício. A racionalidade substantiva demonstrada na prática. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 37, n. 2, p. 18-30, abr./jun 1997..
Quais as formas de Parceria que podem existir entre Sociedade Civil e o  Estado?
O termo  de parceria é um instrumento firmado com o acordo entre uma OSCIP e o Estado. É respaldado pela Lei Nº 9.790/1999 , principalmente com intuito de executar os itens contidos no Art. 3º desta Lei:
I - promoção da assistência social;
        II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
        III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
        IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações  de que trata esta Lei;
        V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
        VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
        VII - promoção do voluntariado;
        VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
        IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
        X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
        XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
        XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
Esta é uma tentativa de superar o modelo burocrático dos convênios, por meio de um mecanismo mais simplificado, flexível e prático, com ampla possibilidade de controle social.
Qual é o Conteúdo do termo de parceria?
O conteúdo do termo de parceria deve contemplar todos os direitos e obrigações das partes envolvidas, bem como as metas, o objeto, os resultados esperados, a previsão da receita e despesas e a prestação de contas ao final de cada exercício. Deve ser publicado em Imprensa Oficial, sob pena de não liberação de recursos previstos no termo. Art 10 da Lei Lei Nº 9.790/1999.
Os termos contidos no termo de parceria devem ser fiscalizados pelo Poder Público para certificação do cumprimento do mesmo. Esta é uma das funções do Conselho de Políticas Públicas respectivo. Havendo irregularidades, este deve notificar o Ministério Público e Tribunal de Contas para as devidas providencias. Do contrário responderá criminalmente sob pena de responsabilidade solidária, ou seja, responde com igual intensidade pelos atos ilegais da instituição.
O Decreto 3.100/1999,em seus artigos 23 a 31, regulamenta a possibilidade de o estado optar por firmar parcerias com a OSCIP que lhe parecer mais conveniente, a partir do interesse pela atividade ou projeto desenvolvido.
	Bibliografia 
BRASIL. LEI No 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999. Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o termo de parceria, e dá outras providencias. Disponível em http://www.planalto.gov.br/. Acesso em 27/08/09.
BRASIL.  DECRETO No 3.100, DE 30 DE JUNHO DE 1999. Regulamenta  a Lei 9.790/99. Disponível em http://www.planalto.gov.br/. Acesso em 27/08/09.
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