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Resumo Serviço Social na Educação

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Web Aula - Serviço Social - � HYPERLINK "https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline?matriculaId=0208790608&ofertaDisciplinaId=545033" �Serviço Social na Educação� - UNOPAR
Web Aula - Serviço Social na Educação
Visão geral
Apresentação da disciplina:
A disciplina de Serviço Social na Educação tem por finalidade proporcionar aos alunos a oportunidade de compreender a relação e a importância da atuação do assistente social na educação, como meio para promover a cidadania e fomentar debates em torno da política nacional de educação e a participação da comunidade externa na escola.
Objetivos:
•	Levar você, aluno, a debater o papel da escola pública como potencializadora da formação para cidadania popular por meio de uma consciência crítica.
•	Compreender e exercitar o significado da palavra cidadania no contexto social que permeia as relações sociais na sociedade brasileira atual.
•	Proporcionar fontes de estudo que possam levá-lo a identificar os aspectos sociais que estão presentes na relação entre o serviço social e a educação.
Conteúdo Programático:
Unidade 1 - A educação como meio para o exercício da cidadania
A escola pública.
Uma abordagem reflexiva sobre educação formal e não formal.
O conceito de cidadania.
O caráter educativo dos movimentos populares.
A produção das ciências sociais sobre a educação popular.
Movimento social: a luta por direitos.
Unidade 2 - A atuação do assistente social na área educacional
A política social.
O serviço social e a educação.
O assistente social na educação.
Assistentes sociais nas escolas: uma demanda necessária.
Metodologia:
Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por chat para aprofundamento e reflexão e webaulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em fóruns, atividades práticas e estudos independentes (autoestudo) além do material didático da disciplina.
Avaliação Prevista:
O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir a teleaulas, participação no fórum, produções textuais interdisciplinares (portfólio), realização das avaliações virtuais e avaliação presencial embasada no material didático, teleaulas, webaulas e material complementar.
Habilidades e competências
Espera-se que, no final da unidade, o aluno possa entender e destacar os pontos relevantes na discussão no que tange à inserção do assistente social na área educacional, bem como fazer uma análise da inclusão desse profissional numa equipe interdisciplinar atuando no ambiente escolar.
Unidade 1
WEBAULA 1
Professora Laura Marcia Rosa dos Santos
Convidamos você para aproveitar este momento de aprendizagem, que repercutirá na dinâmica de sua trajetória profissional, pois a somatória de conhecimentos enriquece e fortalece o profissional. Esta primeira unidade trará reflexões sobre diferentes temáticas, como: educação, cidadania, educação popular, políticas sociais e temas relevantes neste momento de aprendizagem. Vamos iniciar este conteúdo da disciplina em busca de novos conhecimentos.
Bom estudo!
A Escola Pública
 
Qual o papel da escola pública? Segundo Trindade e Cosme (s/a, p. 6):
Um dos maiores problemas da escola pública reside na tentativa de "desvalorizar as suas finalidades educativas face às suas finalidades sociais, enquanto resposta generosa que, sob a capa da sua afirmação como um espaço inclusivo, contribui para definir essa mesma escola como um contexto marcado mais por preocupações de natureza filantrópica do que por preocupações de caráter cultural.
Certamente, essa abordagem se aplica quando nos deparamos com as dificuldades que essa mesma escola sente em cumprir os propósitos da universalização do acesso à escola em função das exigências para que todos possam acessar a educação, independente do lugar aonde se esteja, ou seja, oriundo (pessoas desfavorecidas economicamente).
Partindo desse pressuposto, pode-se dizer que, na atualidade, a sociedade tem vivenciado o dilema de como conviver com a diversidade no ambiente escolar e fazer de forma menos "dolorida" a incorporação de todos que desejam estar no espaço escolar, aceitando a diversidade produzida pela história e pela divisão de classes sociais. Uma vez que entendemos que isso é viver em uma democracia, todos terão acesso a essa política social.
Sendo assim, você pode pensar que o ato de participar, de estar ligado a um movimento se torna um fator importante para se ter acesso à educação. A vida escolar está permeada pela participação dos movimentos sociais nas manifestações de luta pela cidadania ao longo dos séculos, pois homens, mulheres, jovens, crianças, entre outros que foram protagonistas desses levantes, escreveram seus nomes na história por não recuarem e irem em frente na luta na busca por seus direitos, mas às vezes foram impedidos de ousar a sonhar com um mundo diferente.
Saiba Mais
Para se aprofundar mais no assunto, leia o texto de Diogo H. Helal: "O papel da educação na sociedade e organizações modernas: criticando a meritocracia". Esse artigo destaca a relação entre o modelo burocrático e a modernidade.
Disponível em: < http://seer.ufrgs.br/read/article/view/39926 >. Acesso em: 23 maio 2016.
Uma abordagem reflexiva sobre educação formal e não formal
Considera-se que a “educação é um direito de todas as pessoas, resguardado pela Política Nacional de Educação, independente de gênero, etnia, religião ou classe social” (BRASIL, 1988). O acesso à escola extrapola o ato da matrícula e implica apropriação do saber e das oportunidades educacionais oferecidas à totalidade dos alunos com vista a atingir as finalidades da educação, a despeito da população escolar.
No entanto, na educação formal, para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é “necessário que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais” (BOURDIEU, 1998, p. 53), sendo que, a igualdade formal que pauta a prática pedagógica serve como máscara e justificação para a indiferença no que diz respeito às desigualdades reais diante do ensino e da cultura transmitida.
Deve-se considerar que a tradição pedagógica só se dirige por trás das ideias inquestionáveis de igualdade e de universalidade, no entanto, ela não somente exclui as interrogações sobre os meios mais eficazes de transmitir os conhecimentos e as habilidades que a escola exige, de todos e que as diferentes classes sociais só transmitem de forma desigual (BOURDIEU, 1998).
Para cumprir o previsto por lei, como direito de todo cidadão, necessita-se de uma nova escola que aprenda a refletir criticamente sua função social, bem como seu papel enquanto formadora de pessoas, ou seja, uma escola que não tenha medo de se arriscar, mas coragem de criar e questionar o que está estabelecido, em busca de rumos inovadores.
Segundo Gohn (2005, p. 108):
A nova escola deve reconhecer a existência de demandas individuais e coletivas, orientar-se para a liberdade do sujeito pessoal, para a comunicação intercultural e para a gestão democrática da sociedade e suas mudanças. Deve aumentar a capacidade dos indivíduos de serem sujeitos, de compreender o outro em sua cultura.
Figura 1.1 - Criança na escola
Fonte: Disponível em: < https://pixabay.com/pt/aprenda-menina-escola-mesa-1044076/ >. Acesso em: 24 abr. 2016.
Tanto a citação como a figura são explicativas, pois é neste campo que a preocupação com o saber, com o conhecimento transmitido pela escola, com o acesso aos bens culturais e com um currículo capaz de ajudar naconstrução de uma sociedade mais humana e menos excludente faz com que os educadores avaliem suas práticas individuais e coletivas.
Segundo Pereira (2006), se pretendemos oferecer aos alunos de hoje um conhecimento significativo, o papel do educador é desconstruir o conhecimento produzido pela cultura dominante e ajudar a construir um outro saber com a participação dos segmentos menos privilegiados de nossa sociedade, ou seja, é necessário que esses segmentos sejam protagonistas desse processo.
Paulo Freire (2004), lutava contra a educação bancária e, sobretudo, contra a construção de uma pedagogia da resistência aos processos de opressão no Brasil e na América Latina, que é, sem dúvida, uma preocupação ética.
Vídeo
Assista ao vídeo: " Educação e transformação" - Este vídeo foi produzido por Mara Belém e apresenta a entrevista realizada com Paulo Freire, que provoca uma reflexão sobre as exigências necessárias para a construção de uma educação melhor. 
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=60c1RapBN7U >. Acesso em: 26 abr. 2016.
A ética de Freire está justamente na construção de uma teoria-prática para a libertação dos oprimidos, dos excluídos. Ele acreditava na possibilidade de se construir a lógica de uma ética universal do ser humano, que condena a exploração da força de trabalho e as atitudes racistas, fundamentalistas e sexistas. “Nenhuma pedagogia realmente libertadora pode ficar distante dos oprimidos” (2004, p. 41).  Freire acreditava em uma práxis autêntica, uma práxis que criasse tensão em relação aos valores estabelecidos, dotados de reflexão e ação e que se empenhasse na transformação.
Diante destas demandas por uma educação inclusiva, destacamos as práxis de origem popular, ou seja, a Educação Popular que traz uma pluralidade de perspectivas, concepções teóricas e conceitos. Acerca dessa modalidade educativa, há concordância nas abordagens de diferentes autores (GOHN, 2001; MELO NETO, 1999; SALES, 1999; WANDERLEY, 1994). Eles afirmam que a educação popular pode se manifestar em vários espaços formais e não formais, numa multiplicidade de dimensões sociais nas quais são tecidas as relações cotidianas.
Ao compreender a educação popular como uma prática independente, que se concretiza como uma metodologia coletiva e que se potencializa às condições de captação, apreensão e leitura crítica da realidade, tem-se a perspectiva dos protagonistas dessa ação educativa na esfera social (econômica, política, cultural), com o objetivo de transformá-la.
Diante desse contexto, Sales (1999, p.115) ressalta que sua concepção de educação popular, pode ser definida da seguinte forma:
A Educação Popular é um modo de atuar e tem uma perspectiva: a apuração, a organização, o aprofundamento do sentir/pensar/agir dos excluídos do modo de produção capitalista, dos que estão vivendo ou viverão do trabalho, bem como dos seus parceiros e aliados em todas as práticas e instâncias da sociedade.
Sendo assim, ela não se restringe ao espaço escolar, vai além, pois os processos de aprendizagem são gerados em experiências cotidianas de luta organizada, nas quais o saber é cultura.
Os espaços das atividades de educação não formal distribuem-se em inúmeras dimensões, incluindo desde as ações das comunidades, dos movimentos e organizações sociais, políticas não governamentais até as do setor da educação e da cultura. Essas atividades se desenvolvem em duas vertentes principais: a construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania democrática como foco central.
Nesse sentido, movimentos sociais, entidades civis e partidos políticos praticam educação não formal quando estimulam os grupos sociais a refletirem sobre as suas próprias condições de vida, os processos históricos em que estão inseridos e o papel que desempenham na sociedade contemporânea.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Com base nos pontos até aqui apresentados, reflita sobre a seguinte indagação: as mais diversas formas de promover a educação contribuem para a inserção cultural de uma sociedade?
Cidadania
Na medida em que se observa a constituição de direitos referentes à questão social no Brasil, faz-se necessário explicar a maneira como esse processo é pensado e relacionado à forma de como se utilizar o conceito de cidadania. Como ponto de partida, retomaremos algumas reflexões e questões clássicas explicitadas pelo sociólogo Thomas H. Marshall a respeito da cidadania na sociedade inglesa, no período pós-guerra, pois ele estava preocupado com a relação “democracia e capitalismo”. Ressaltou então, em seu texto, o que vem a ser a hipótese sociológica latente do ensaio do economista Alfred Marshall:
Postula que há uma espécie de igualdade humana básica associada como conceito de participação integral na comunidade – ou, como eu diria, de cidadania – o qual não é inconsistente com as desigualdades que diferenciam os vários níveis econômicos na sociedade. Em outras palavras, a desigualdade do sistema de classes sociais pode ser aceitável desde que a igualdade de cidadania seja reconhecida (MARSHALL, 1967, p. 62).
Então, podemos dizer que a mais recente fase da evolução da cidadania seria caminhar rumo à igualdade social. Se este é o caso, para que as argumentações sigam uma lógica, realizar-se-á uma divisão do conceito de cidadania, distinguindo três dimensões: a civil, a política e a social, para cada uma será relacionada um período formativo. A cidadania civil teria se desenvolvido no século XVII, como resposta ao absolutismo, caracterizando-se pelos direitos necessários à liberdade individual, pela liberdade de ir e vir, de palavra, pensamento, entre outros. Na cidadania política, associada ao século XIX, desenvolvem-se os direitos referentes à participação no exercício do poder político, com extensão do direito ao voto em escala cada vez maior. Quanto à cidadania social, desenvolvida principalmente no século XX, inclui os direitos a um mínimo de bem-estar econômico-social, sendo o sistema educacional e os serviços sociais as instituições a ele relacionadas.
Vídeo
Assista ao vídeo: 
"O que é cidadania?" Ele desconstrói a visão simplista de que a cidadania é apenas exercer os direitos básicos como, por exemplo, votar. Ela é muito mais, é uma construção coletiva e constante, que só é possível com a participação de todos. 
Disponível em:  < https://www.youtube.com/watch?v=qKuinKFWzw8 >. Acesso em: 26 abr. 2016.
A Cidadania no Brasil
Os direitos do cidadão e do homem e a cidadania são históricos, resultam das relações e dos conflitos sociais em determinados momentos da história de um povo, ou seja, a formulação e o desenvolvimento dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais seguiram no Brasil e no resto do mundo um processo marcado por avanços e retrocessos.
Ao passo que certos direitos estavam sendo discutidos e garantidos em algum lugar do planeta, em outro continente ou país estavam sendo violados ou nem estavam em discussão. Os direitos que estavam garantidos por muito tempo passaram a ser negligenciados por conta de interesses ideológicos, políticos e/ou econômicos. Além do mais, dentro de uma mesma sociedade, os direitos do homem e do cidadão não são garantidos do mesmo modo a todas as pessoas.
No Brasil, a construção da cidadania e a afirmação dos direitos têm percorrido caminhos difíceis e bastante tortuosos. Apesar das influências que recebemos, construímos um processo diferenciado nas discussões e na implementação dos direitos civis, políticos e sociais. Diante desta constatação, dividiremos o processo histórico por período:
Quadro 1.1: Processo histórico e desafios
	A independência
	 Desafios contemporâneos a partir década de 80.
	A proclamação da independência em 1822 inaugura a era dos direitos políticos na sociedade brasileira.
Constituição de 1824 regulou os direitos políticos dos cidadãos e definiu quem teria direito de votar e ser votado.
Em 1888, a elite descobriu que a escravidãoimpedia a integração do país nos mercados internacionais e, finalmente, abole a escravidão, mas não revê o formato de divisão de bens (a terra) e não cria um sistema educacional público de qualidade.
Em 1930, verifica-se um avanço dos direitos sociais com a criação do Ministério do Trabalho e com uma ampla legislação trabalhista e previdenciária, culminando com a Consolidação das Leis Trabalhistas/CLT, em 1943.
As eleições presidenciais e legislativas e a constituição de 1946 garantiram uma certa estabilidade para os direitos civis e políticos até 1964.
A partir de 1964, por conta da ditadura militar, a maioria dos direitos civis e políticos foram restringidos pela violência.
	A década de 1980 inaugura no Brasil novos tempos para a questão da cidadania. Os movimentos e organizações do passado se articulam com o novo, com a igreja entre outros, criando uma nova identidade para os movimentos neste período, no qual novas bandeiras foram levantadas.
Os grupos fortalecidos pela conjuntura internacional, que também destacavam as questões dos direitos humanos como sendo básicos.
A garantia dos direitos civis e políticos não resolveu os problemas históricos da cidadania no país.
Atuação omissa e vacilante por parte do Estado que não promove políticas públicas adequadas e suficientes para corrigir desigualdades sociais e regionais.
Segundo Gohn (2003), as demandas da ação social contrastaram com o sistema vigente, mas, na realidade, estas demandas não são novas, posto que “a carência de bens e serviços para os setores populares, a discriminação social contra os negros, os índios, as mulheres, o desrespeito à natureza, ou ainda, o problema das crianças pobres nas ruas não são questões novas no cenário nacional” (p. 203). Neste período, o novo é a forma e o modo como equacionar e encaminhar as demandas e as possíveis soluções.
Outro ponto é a nova concepção da ideia de comunidade, por se tratar não apenas de um locus geográfico espacial, mas por ser uma categoria da realidade social, de intervenção. Redefinição dos valores seculares, como os dos direitos humanos, bem como a articulação entre os valores morais, econômicos e o desejo de mudanças políticas.
Link
Leia o artigo: RIBEIRO, LUIZ C. Q. Desafios da construção da cidadania na metrópole brasileira. O artigo aborda os desafios contemporâneos para a construção da cidadania no Brasil com base nas tendências à segregação e à segmentação residenciais das grandes cidades. 
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/se/v22n3/03.pdf >. Acesso em: 30 abr. 2016.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
No momento atual, você acredita que o exercício de viver a cidadania é efetivo na sociedade brasileira?
O caráter educativo dos movimentos populares
Inicialmente, os movimentos populares eram vistos apenas como grupos que reivindicam questões básicas relativas ao problema da habitação, uso do solo, serviços, entre outros. Na contramão dessa informação, esta outra vertente que apresenta um movimento sociocultural com potencial para uma cultura de ruptura com a alienação, com a cultura dominante, no sentido de construir sua própria história.
Conforme Gohn (2003, p. 163) é atribuído aos “movimentos populares urbanos um papel de destaque no processo de transformação social, como novos agentes que buscam construir uma identidade coletiva, fundada nos interesses dos subordinados”. No entanto, é importante ressaltar que essa forma renovada da educação, não ocorre por meio de um programa previamente estabelecido, mas sim, por meio de princípios que são formulados por agentes institucionais oriundos da articulação da igreja, de partidos políticos, universidades, sindicatos, entre outros, e sua aplicação e difusão se dá a partir do trabalho das lideranças da parcela da população organizada.
Os trabalhos científicos que tratam desta questão se baseiam em artigos, teses e resenhas que foram realizadas sobre a literatura da educação popular. Sendo assim, vale a pena você se aprofundar nessa discussão por meio de novas leituras.
A produção das ciências sociais sobre a educação popular
Na primeira fase da educação popular no Brasil, pensou-se, pela ciência social, acerca da identidade nacional e das fases do desenvolvimento brasileiro, destacando temas, como raça, cultura, idiomas, costumes, entre outros. 
A década de 60 sofre influência da sociologia francesa, promovendo uma safra de estudos brilhantes sobre a realidade brasileira. Outro aspecto importante desse período, para Gohn (2005, p. 46), é a fase da teoria da modernização que “ocorreu paralelamente aos programas de educação popular. Isto porque a educação era um dos pilares fundamentais daquela teoria, na transição da sociedade arcaica para a moderna”. No processo de apresentação, a educação era um instrumento técnico, que continha características políticas, então, na década de 70, ocorrem as críticas dos programas e métodos de educação popular, por parte de vários estudiosos.
Video
Assista ao vídeo "Educação Popular". 
O vídeo aborda a educação popular como uma prática pedagógica problematizadora que visa a promover uma educação libertadora.
Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=lsMYhhc4ckM >. Acesso em: 26 abr. 2016.
Por outro lado, “a conjuntura política daquele período se voltava para a busca de alternativas para o regime militar, e tudo que estimulasse o saber dos oprimidos, as energias da sociedade civil, a fala do povo era incorporada como alternativa política possível” (GOHN, 2005, p. ). A educação popular se tornou o centro das discussões. Para ser mais consistente, o grupo de assessoria deixa de levar material pronto e passa a produzir esse saber com o grupo a partir da realidade vivida, construindo assim saberes e estimulando a produção de conhecimento.
Para Gohn (2005), a partir deste momento tanto a prática social quanto a produção teórica se reestrutura. Haja vista que na área da educação, “os programas ‘alternativos’ da educação popular se transformam em trabalhos coletivos de equipes junto a populações pobres de áreas especificas: os Sem Terra da Zona Leste, os filhos da Terra da Zona Norte, os Favelados do Ipiranga etc” (p. 47). Nesse contexto, a educação assume um caráter político dos trabalhos e desassume seu caráter educacional para escolarização, entrecortado pela politização.
Pressupõe-se que os princípios do sistema Paulo Freire embasaram os programas tidos como progressista na área da educação popular. Cabe ressaltar, que se adotou como princípio básico da educação popular o desenvolvimento de uma ação pedagógica conscientizadora, que atuaria sobre o nível de cultura das camadas populares em termos explícitos de interesse dela.
Na medida em que essas fontes e formas de saber, vão se constituindo em instrumento das classes populares, os movimentos detêm determinado poder para atingirem seus objetivos, gerando mobilizações e inquietações que podem por em risco o poder constituído, ainda que seja um poder nos ditos populares. O saber popular politizado se torna uma ameaça para as classes dominantes, quando reivindica espaço nos aparelhos estatais, por estar invadindo o campo de construção da teia de dominação das redes de relações sociais e da vida social (GOHN, 2005, p. ).
Para delinear de fato o caráter educativo dos movimentos sociais, é preciso conhecer a realidade que permeia a vida em comunidade, por meio de experiências de cunho cultural e social. Pode-se citar como experiências que deram certo, ao longo da história, as ações coletivas do Movimento Negro, Movimento Indígena, da Ação da Cidadania, entre outros.
Movimento social: a luta por direitos
Quanto a políticas sociais, são aquelas ações desenvolvidas pelos governos e poderes políticos constituídos, uma forma de ação prática, que se traduz em leis, organizações e programas de intervenção, orientadas pelo Poder Público, abrangendo o poder executivo, legislativo e judiciário. A essa definição de políticas incorpora-se também a observação da maneira como certos direitosforam estabelecidos e a forças sociais que atuaram para isso. Dessa forma, observa-se a ação das organizações dos movimentos sociais, assim como as ações discursivas e estratégias práticas de intelectuais, militantes e políticos preocupados com as desigualdades sociais.
No contexto deste estudo, configura-se como movimento social a diversidade de grupos e organizações, em seus diferentes graus de envolvimento com a questão social, que tiveram como um de seus objetivos melhorar as condições de vida em sociedade. Abrangendo o conjunto de iniciativas de natureza política, educacional e cultural, incorporando, dessa forma, tanto as reivindicações culturais quantos as referentes às condições socioeconômicas da sociedade, entendendo ambas como estratégias políticas que buscam a garantia de direitos.
Sendo assim, a Constituição de 1988, garante ao cidadão brasileiro total e irrestrito direito no que tange aos direitos sociais, assegurados por meio da assistência social, saúde e previdência, ou seja, o tripé constitutivo da seguridade social que pressupõe a universalidade dos direitos, de forma uniforme e equivalente para as populações rurais e urbanas.
Nesse contexto, se faz necessário que entendamos a “seguridade social enquanto conjunto de políticas e ações de reprodução social dos indivíduos humanos que se introduz na agenda de compromissos da humanidade com o advento do capitalismo” (FALCÃO, 2006, p. 111). É nesse cenário da era capitalista que é introduzido um novo modo político de condução da vida societária.  
Por meio das investidas dos movimentos sociais, as questões da pobreza ganham visibilidade, não podendo mais ser tratada como fenômeno conjuntural, passando a fenômeno estrutural que decorre de um modo de produção que engendra a exclusão, as desigualdades sociais e a injustiça social (FALCÃO, 2006)
O Estado e as políticas sociais
No Brasil, persiste a modalidade assistencial de fazer política no campo social, nos espaços de relação entre Estado e os setores excluídos. O que, segundo Yazbek (2006), pode ser traduzido nas questões relacionadas às políticas estatais de corte social e ao enfrentamento da crescente pauperização das classes subalternas que têm se constituído em temáticas presentes nas análises e estudos das políticas sociais públicas no Brasil. Por outro lado, o caráter regulador da intervenção estatal no âmbito das relações sociais tem dado o formato das políticas sociais no país, que são traduzidas como políticas casuísticas, inoperantes, fragmentadas, superpostas, sem regras estáveis ou reconhecimento de direitos.
Agora, é importante ressaltar que a expansão capitalista no Brasil em sua forma monopolista se dá pela apreensão de suas ambiguidades, contradições e desigualdades que se evidenciam de um lado pelo tratamento impune e selvagem à força de trabalho e, pelo outro, na presença de um capitalismo moderno, marcado pelo avanço tecnológico na industrialização e pelas altas taxas de concentração e acumulação, uma vez que as intervenções do Estado permeiam o quadro das interlocuções e mediações que constituem o campo da política social pública se inscrevendo no bojo das relações sociais.
Assim, o contraste entre miséria e abundância nos mostra que a evolução econômica capitalista brasileira fortaleceu mais a desigualdade do que a diminuiu. Para Yazbek (2006, p. 40), embora as políticas governamentais no campo social expressem o “caráter contraditório das lutas sociais, acabam por reiterar o perfil da desigualdade no país e mantêm essa área de ação submersa e paliativa”.
Pode-se evidenciar que a questão social no Brasil começa a partir da Primeira República, com o processo da industrialização e da implantação do capitalismo no país, quando surge o operariado e a burguesia nacional, o acirramento das contradições entre capital e trabalho como explicação maior da desigualdade social.
Saiba Mais
Leia o conteúdo referente a desigualdade social presente no seguinte site: 
Disponível em : < http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm >. Acesso em: 3 jun. 2016. 
O texto foi elaborado por Orson Camargo. Desigualdade social: Brasil Escola. O texto aborda a pobreza que ocorre em sua maioria nos países não desenvolvidos, que tem como pano de fundo a desigualdade em todas as suas formas.
A preocupação com a participação cidadã tem sido uma constante através do tempo. Existe intersubjetividade a respeito dos ganhos para um sistema político, os quais são sempre elevados em sociedades que estimulam e possibilitam a ingerência dos cidadãos na determinação do seu destino. A utilização da participação cívica sempre foi considerada fundamental no processo de construção de uma nação. No entanto, essa participação se dará em decorrência.
Resumo
Pode-se observar que a questão da cidadania foi a grande conquista dos movimentos sociais, pois as pessoas estão se posicionando como protagonistas da história, na qual a cidadania tutelada dá lugar a cidadania moderna, fundada na noção de direito à diferença, mas não somente a vida, e sim a autodeterminação como questão de gênero, raça, idade, manifestação  sexual, entre outras. E reivindica-se a participação da sociedade nas questões civis e políticas, no mercado de bens e consumo, como também na manutenção dos valores culturais.
Conforme Gohn (2003, p.209), a “concepção de cidadania que resulta deste cenário busca corrigir diferenças instituídas, destacando o valor da igualdade”. A solidariedade volta ser a mola mobilizadora dos grupos sociais e a participação política se dá na esfera da igualdade entre os cidadãos.
Para discutir!
Um dos espaços de excelência de aprendizagem consiste na participação nas discussões proporcionados pela disciplina.
Sugerimos que você discuta e identifique na relação entre movimentos sociais e cidadania os aspectos sociais nas lutas democráticas empreendidas pelos cidadãos em defesa de seus espaços conquistados e a relação com a educação.
BOURDIEU, P. Escritos de educação. Seleção, organização, introdução e notas de Nogueira, M A e Catani, A. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
FALCÃO, M. C. A seguridade na travessia do estado assistencial brasileiro. In: SPOSATI, A O. Os direitos (dos desassistidos) sociais. São Paulo: Cortez, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
GOHN, M. G. M. História dos movimentos sociais e lutas sociais: a construção da cidadania dos brasileiros. São Paulo: Loyola, 2003.
____________. Movimentos sociais e educação. São Paulo: Cortez, 2005.
MARSHALL, T. H. Cidadania, classe social e status. São Paulo: Zahar, 1967.
SALES, I. C. Educação popular: uma perspectiva, um modo de atuar. In: SCOCUGLIA, A. C.; MELO NETO, J. F (orgs.). Educação popular – outros caminhos. João Pessoa: Editora Universitária, 1999. p. 111-134.
TRINDADE, Rui; COSME, Ariana.  O papel da escola pública. Disponível em: < https://escoladosargacal.files.wordpress.com/2008/09/o-papel-da-escola-publica-1.pdf >.  Acesso em: 20 abr. 2016.
YAZBEK, M. C. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 2006.
AVRITZER, L. Sociedade e participação no Brasil democrático. In: AVRITZER, L (org.). Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. p. 27-54.
JACOBI, P. R. Políticas sociais locais e os desafios da participação citadina. Ciência & Saúde Coletiva, n. 7, p. 443-454, 2002.
PEREIRA, N. S. A ética como práxis na educação da infância. Disponível em: < http://www.paulofreire.org/twiki/pub >. Acesso em: 8 abr. 2016.
Unidade 2 – A Atuação do Assistente Social na Área Educacional
WEBAULA 1
Introdução
Nesta unidade, trataremos sobre a atuação do assistente social na área educacional.
Teremos a oportunidade de conhecer nesta segunda webaula, alguns aspectos relevantes para a sua formação profissional, tais como a história do serviço social na educação brasileira, algumas demandas postas ao serviço social, dimensão educativa do trabalho do assistente social.
Vamos oportunizaratividades para reflexões específicas trabalhadas de acordo com o conteúdo proposto.
Bons estudos!
A Política Social
O ponto de partida para esta discussão é saber que as políticas sociais, segundo Azevedo (1997), representam a materialidade da intervenção do Estado no projeto dominante de sociedade que se pretende implantar ou reproduzir. Segundo a mesma autora, por assumir essa característica, a política educacional é considerada uma política social.
Shiroma, Moraes e Evangelista afirmam que:
[...] as políticas educacionais, mesmo sobre semblante muitas vezes humanitário e benfeitor, expressam sempre as contradições supra-referidas. Não por mera casualidade. Ao longo da história, a educação redefine seu perfil reprodutor/inovador da sociabilidade humana. Adapta-se aos modos de formação técnica e comportamental adequados à produção e à reprodução das formas particulares de organização do trabalho e da vida. O processo educativo forma aptidões e comportamentos que lhes são necessários, e a escola é um dos seus loci privilegiados (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2000, p.10).
Azevedo (1997) ainda destaca que as políticas públicas refletem não apenas as relações de poder e os conflitos que operam na sua definição, como também a própria representação que a sociedade apresenta de si no momento histórico em que essas emergem.
As políticas educacionais visam a reconstruir o projeto educacional do Estado e os possíveis diálogos/confrontos que elas estabelecem com a sociedade civil no desempenho das tarefas educacionais. Ao investigar as relações entre política e educação no Brasil, observa-se que a dinâmica histórica, a análise de conjuntura prioriza os dilemas que envolvem a centralização e a descentralização dessas políticas, as condições da escola pública e da escola privada, até, se possível, as condições para a emergência de uma educação politicamente orientada no contexto da democratização do acesso à educação.
Saiba Mais
A política de educação é composta por níveis e modalidades de ensino, cada um deles possui particularidades no tocante a: dinâmica dos espaços ocupacionais, legislações, prerrogativa dos entes governamentais, profissionais e públicos (CFESS, 2014, p. 8).
O Serviço Social e a Educação
A história do serviço social na educação brasileira é recente, com destaque para o final da década de 1970, que ficou conhecida como a nova política social voltada diretamente para se atuar nas escolas.
Ao longo dos anos seguintes, o reconhecimento da profissão de serviço social dentro das escolas se tornou referência, promovendo mudanças no trabalho de intervenção social, originando assim, cobranças para que o Estado assumisse mais responsabilidades, pois eles achavam essas questões paralelas à pobreza, se estruturando sob uma perspectiva assistencialista.
Hoje, surge como componente básico da política de seguridade social e tem como sua face oficial caracterizada como direito inalienável da população:
A assistência social, direito básico do cidadão e dever do estado, é política de seguridade social não contributiva, que prove os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas (art. 1º LOAS).
A assistência social nesta área permite constituir um espaço de luta, confronto e expansão de direitos das classes menos favorecidas.
A assistência social aparece, então, como demanda nas diversas áreas de proteção social e de garantia de direitos, pois em um projeto de sociedade onde a ‘erradicação’ da pobreza é prioridade, todas as políticas públicas devem comportar uma fatia assistencial como mecanismo estratégico de garantia da equidade e redistribuição de riqueza e serviços a todos os cidadãos (FERNANDES, 1997, p. 42).
A política de educação não pode restringir-se somente a projetos pedagógicos, gestão escolar, pois a realidade é bem diferente com inúmeros problemas como a fome, a miséria, a violência, as drogas, e todas elas também fazem parte do universo escolar.
Em sua organização não tem somente benefícios eventuais (é uma modalidade de provisão de proteção social básica, de caráter suplementar e temporário), e continuado (é benefício de prestação continuada, com prazo indeterminado, sujeito à revisão periódica), mas propõe projetos de enfrentamento da pobreza que passam por iniciativas de geração de renda, melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e sua organização social, e a participação da sociedade civil na elaboração de programas de assistência social por meio de conselhos na esfera Federal, Estadual e Municipal.
Vídeo
Curso de especialização Educação, pobreza e desigualdade social. O vídeo é produzido pelo AEDI e apresenta o modulo introdutório da especialização. A aula é ministrada pela professora Dra. Marilena L. da Silva, que aponta uma proposta nova de pesquisa abordando esses três pontos e os aspectos introdutórios dessa questão. Vídeo tem duração de 34:44.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=fH6ChfhiPT8 >. Acesso em: 2 maio 2016.
Quanto à inserção do Serviço Social na educação, a primeira experiência ocorreu em 1906, nos Estados Unidos, quando os centros sociais designaram visitadoras para estabelecer uma ligação com as escolas do bairro, a fim de averiguar porque as famílias não enviavam seus filhos às escolas, as razões da evasão escolar ou a falta de aproveitamento das crianças e a adaptação destas à situação da escola. Inúmeros pesquisadores educacionais do Brasil têm procurado demonstrar as razões pelas quais a repetência e o abandono escolar estão crescendo no sistema educacional do país.
Não raro, os resultados apontam para as questões sociais como respostas para todos os problemas. Tal constatação social vai desde a falta de alimento, de emprego, da ocorrência da violência sexual dentro de casa, da violência doméstica, do envolvimento com drogas e a desestruturação familiar, entre outras.
Hoje, as Escolas possuem em seus quadros os orientadores educacionais que, limitados pela própria formação acadêmica que os direciona às soluções de problemas de ensino-aprendizagem, estão impossibilitados de compreender e trabalhar com ações técnico-científicas voltadas para as questões que permeiam os problemas educacionais do Brasil, de certa forma em termos mais sociais e menos pedagógicos.
Para o Serviço Social isto não é uma experiência nova, há muitos anos temos na composição e na organização do trabalho da educação a figura do assistente social. Historicamente, fomos buscando e progredindo na organização do trabalho. Atualmente, essa área vem se fortalecendo, podemos perceber isso de forma muito clara no acesso que temos a artigos publicados. São poucos, encontrados nos anais de congressos, na própria publicação do Conselho Federal de Serviço Social nas matérias no jornal do conselho, nos trabalhos de conclusão de curso, que versam sobre essa área.
A Educação se configurou, inclusive, enquanto uma área temática no Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), que anteriormente não tinha a área de serviço social e Educação, a discussão de educação entrava via discussão sobre a temática Criança e Adolescente.
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Leia o texto: O artigo aborda  uma reflexão sobre a atuação do Serviço Social na política educacional brasileira. Disponível em: ��. Acesso em: 2 maio 2016.
É importante discutir essa relação entre Serviço Social e Educação para além do entendimento da educação restrita ao equipamento escolar, mas considerando-a na diversidade de espaços e de públicos e nas manifestações de expressões da questão social nesses espaços, pensando assim a educação para além da dimensão escola, em sua configuração global.
Nesse sentido, não é possível discutir a política educacional enquanto dinâmica societária que vivemos e que atravessa todo esse processo.
Os processos de exclusão social cada vez mais agudizados vão desnudar essa máscara de uma política educacional asséptica e independente, isolada dessadinâmica, desse contexto, desse rebatimento.
É importante discutir a partir de dois âmbitos de trabalho, o primeiro: o serviço social na educação se expressa no atendimento direto ao usuário da política educacional e a suas famílias, nas escolas, nos polos de atendimento, nos diferentes espaços institucionais de atendimento direto. O segundo âmbito se expressa na atuação nos órgãos de planejamento e de gerência da política educacional, seja no âmbito da Secretaria de Educação municipal ou estadual, nas coordenadorias, nos órgãos de elaboração de política de planejamento e de gerência, ou seja, nos níveis centrais, não só no atendimento direto, mas na própria elaboração e dinamização dessa política.
É preciso conceber a educação enquanto um espaço de construção de um conhecimento, de socialização de um saber historicamente construído e que possibilite descobrir e desvendar habilidades e potencialidades de cada um ou de um grupo que ali esteja. Nesse sentido, faz-se necessário pensar o espaço onde a política de educação é viabilizada ou gestada, como espaço da realidade social comprometido pela exclusão social, pela desigualdade, pela fome, pela miséria, pela violência, que atravessam e conformam esse processo educacional.
Figura 2.1 – Inclusão
Fonte: Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=enfrentamento+a+pobreza&biw=931&bih=463&tbm=isch&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwjjqaHs-vrMAhXEQpAKHRIZB8wQ_AUIBigB&dpr=1.1#tbm=isch&q=politica+educacional&imgrc=1iWpQkHLOFMH_M%3A >. Acesso em: 2 maio 2016.
O agravamento da questão social impõe que se reflita sobre tais fenômenos e se construam alternativas de ações para tais agravamentos. Há um conjunto de ações governamentais e não governamentais que tem como objetivo a manutenção de crianças e jovens na escola, seja pelo renda-mínima, o bolsa-escola, bolsa-família ou o próprio cadastramento único, que amarram essa questão da criança na escola, da obrigatoriedade escolar, mesmo que de modo fragmentado, setorizado, eles revelam a urgência de se pensar novas formas de gestão dessa questão.
Há uma demanda de manutenção da criança e do jovem, não só na escola, mas nos programas de atendimento que trabalham com demandas da política educacional, sofrendo todo o rebatimento que determina a exclusão, a expulsão da criança e do adolescente da escola, e um rolo compressor empurrando-os para fora desse processo que diz querer incluir.
Outra expressão é a própria situação socioeconômica da população, em que a grande maioria, majoritariamente das classes populares, é desprovida de todos os direitos[1], bens e acesso às políticas públicas. Estão situados nos bolsões de pobreza, de miséria, onde há ausência de toda a rede de serviços sociais básicos. Toda essa carência vai se manifestar no seu cotidiano, no espaço institucional, na escola, na organização, no outro tipo de instituição.
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Acesse o site: 
Disponível em: < http://www.direitonet.com.br > (Acesso em: 3 jun. 2016) e leia os artigos referentes a Constituição Federal de 1988 e a educação.
Vale ressaltar um outro aspecto que é o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação dos programas sociais presentes na educação. Se trabalharmos com isso, temos que ter um retorno, saber se o trabalho esta sendo efetivo, se tem resolutividade, qual o impacto para os usuários. Isso o serviço social tem como possibilitar. Outro elemento é contribuir na formulação de ações da política de educação que considerem a dinâmica das relações sociais e a realidade social na qual o usuário se insere. Então são esses elementos que possibilitam a ação do serviço social no âmbito da gerência, no âmbito do planejamento e da gestão junto à política educacional.
O assistente social vivencia ações educativas em vários espaços de trabalho: seja na área da saúde, da criança e do adolescente, com os idosos, com as famílias, lideranças comunitárias e organizacionais. Nesses contextos sociais e culturais, coexistem práticas educativas fundadas em certas tendências pedagógicas bem distintas e até mesmo antagônicas entre si, como, por exemplo, a concepção de educação denominada Liberal, com suas especificidades, em oposição à concepção de educação Progressista. Essas duas tendências, opostas pelos seus significados, servem para nomear e indicar certos traços característicos das diversas práticas educativas. Elas caracterizam tanto as práticas pedagógicas escolares, aquelas de natureza formal, que ocorrem nas salas de aula, quanto às práticas educativas ditas informais, extraescolares.
Ainda que os profissionais em geral e os assistentes sociais, muitas vezes, não se deem conta da influência das tendências pedagógicas em suas práticas, elas são permeadas por posturas educativas. Dessa forma, temos posturas profissionais que vão desde uma preocupação em preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, visando a disciplinar a mente e formar hábitos; como também profissionais preocupados, sobretudo, em desenvolver indivíduos competentes para o mercado de trabalho, transmitindo-lhes informações precisas e rápidas.
Como dissemos anteriormente, essas concepções e práticas educativas coexistem no espaço escolar, constituindo um emaranhado de ações, ideias e valores que se expressam através das práticas dos diversos sujeitos. No contexto do espaço escolar, marcado pelos conflitos naturais de uma instituição social, como a escola, que deve ser pensada a possível função dos assistentes sociais. Sendo, então, a escola uma instituição social, no interior das quais vários projetos e propostas entram em disputa e para organizar e dirigir o processo educativo, torna-se necessário “descobrir” quais seriam as funções específicas dos assistentes sociais no espaço escolar.
É importante que o assistente social conheça o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, através do qual é possível captar os fundamentos, os princípios e os objetivos do processo educativo, mais especificamente, do processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, há que se cuidar para que não haja justaposição de funções, pois as atividades didáticas-pedagógicas são atribuições específicas do corpo docente.
Uma das funções do Assistente Social seria a de contatar as famílias, a fim de articular escola/grupos de pais ou responsáveis. A partir de dinâmicas de grupos, o assistente social pode facilitar o fluxo de demandas, críticas, sugestões provenientes das famílias, coletar dados e informações para subsidiar as reflexões dos professores e da coordenação pedagógica. Esse trabalho deve ser concebido e executado de comum acordo entre o assistente social e a coordenação pedagógica para evitar conflitos desnecessários e possibilitar a implementação de ações que se complementem. Como o espaço escolar é uma espécie de microssociedade, contendo, em seu meio, as marcas dos conflitos de interesses, expressões de necessidades, além do corporativismo que (de)marca as relações sociais na escola, torna-se necessário ao assistente social compreender essas disputas e intervir no processo, não no sentido de buscar anular esse conflito, mas, muito mais, no sentido de contribuir para (des)velar as suas raízes e explicitá-las nas reuniões pedagógicas como parte inerente daquele grupo (CFESS, 2001).
Fique ligado!
O papel do Assistente Social no espaço escolar tenderá a ser melhor e mais assimilado a partir do momento em que ele se inserir no campo educacional e torná-lo competente e hábil para o desenvolvimento de seus trabalhos. Um exemplo refere-se à orientação e ao acompanhamento dos alunos fora da sala de aula, especialmente no momento em que os alunos expressam dúvidas sobre suas trajetórias escolares e encaminhamentos para o mercado de trabalho, bem como para a constituição das suas formas de organização, como o Grêmio Estudantil.
O assistente social tem um vasto aproveitamento de sua função na escola, podendo atuar também junto ao colegiado da escola, não como membro eletivo, com direito a voz e voto, mas como assessoria, no sentido de pensar epropor alternativas diante de problemas e demandas de decisões, típicas dessa instância organizacional. O contato direto com todas essas realidades (colegiado, grêmio, corpo docente) proporcionará ao assistente social os caminhos para a inserção mais natural no espaço escolar, para a percepção dos problemas e a elaboração de ações de intervenção de maneira mais qualificada e própria da formação deste profissional.
Ao assistente social, pela sua própria formação, cabe, por exemplo, estabelecer contatos com as famílias e o Conselho Tutelar Regional, promover cursos de capacitação de pais e professores acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de acompanhar e encaminhar problemas mais evidentes de casos sociais.
Saiba Mais
Hoje, a inserção do assistente social em escolas públicas das redes de ensino municipal e estadual é uma discussão importante, alguns estados e municípios também já conseguiram aprovar a institucionalização do Assistente Social nos quadros da Secretaria de Educação, tornando-se uma atitude inovadora a aprovação, em primeiro turno, pela Assembleia Legislativa de Mato grosso do Sul, do Projeto de Lei 3186, em 21 de fevereiro de 2006, de autoria da ex-deputada Celina Jallad.
Salientamos a preocupação de que a implantação do Serviço Social nas escolas públicas ocorreria de “forma gradativa e articulada às redes e aos profissionais dos diversos setores sociais”, como também a identificação dos estabelecimentos de ensino, as localidades ou regiões onde esta experiência deverá ser iniciada.
Questão para Reflexão
A atuação do assistente social na área educacional só poderá se concretizar se houver projetos de lei prevendo a inserção do profissional no quadro de funcionários das escolas?
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[1] Segundo o art.6 da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, [...].
O Assistente Social na Escola
A história da educação articula de modo não linear à relação entre as esferas privada e pública, grupal e comunitária, econômica e ideológica da vida em sociedade. Considerando, portanto, a educação como uma dimensão complexa e histórica da vida social, compreende-se a política educacional como uma dada expressão das lutas sociais, em particular, aquelas travadas em torno da disputa pela hegemonia no campo da cultura que não pode ser pensada de forma desconexa da sua dinâmica particular com o mundo da produção.
A política educacional é, assim, expressão da própria questão social na medida em que representa o resultado das lutas sociais travadas pelo reconhecimento da educação pública como direito social. E aqui deve ser ressaltada uma das principais características da realidade brasileira:
O fato de a educação não ter se constituído até o momento em um direito social efetivo e universalmente garantido, um patrimônio da sociedade civil, conforme ocorreu em vários países como etapa fundamental do processo de consolidação do próprio modo de produção capitalista, ou seja, como um valor social universal e como condição necessária ao desenvolvimento das forças produtivas. (ALMEIDA, 2000, p. 26).
Para uma efetiva compreensão da política educacional, é preciso referenciar o conjunto de áreas que são reguladas em termos das práticas e conhecimentos legais e educacionais socialmente reconhecidos hoje enquanto arcabouço institucional desta política. A escola pública e, mesmo, a particular, na esfera do ensino fundamental, se vê atravessada, por uma série de fenômenos que, mesmo não sendo novos ou estranhos ao universo da educação, hoje se manifestam de forma muito mais intensa e complexa: o Serviço Social, a Política Pública de Educação e seus processos de afirmação e reconhecimento enquanto categoria social, são exacerbadamente, mediados pelo consumo; a precoce utilização de drogas pelos alunos; a invasão da cultura e pela força do narcotráfico; a pulverização das estratégias de sobrevivência das famílias nos programas sociais; a perda de atrativo social da escola como possibilidade de ascensão social e econômica; a desprofissionalização da assistência no campo educacional com a expansão do voluntariado; a gravidez na adolescência tomando o formato de problema de saúde pública e a precarização das condições de trabalho são algumas das muitas expressões da questão social.
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Acesse o site: 
Disponível em: < http://www.cfess.org.br/arquivos/SS_na_Educacao(2001).pdf >. (Acesso em: 3 jun. 2016). 
Neste site, você conhecerá mais discussões sobre a presença do Serviço Social na educação.
A própria trajetória dos assistentes sociais, no que se refere ao acúmulo teórico e profissional no campo das políticas sociais e, em particular, da assistência, tem sido um dos principais fatores de reconhecimento de sua presença em diferentes áreas de atuação, mas cuja efetiva inserção, assim como os alcances da sua atuação ultrapassam o campo da vontade e da competência, visto que expressam movimentos e processos concretos de organização do serviço sociais no âmbito de estruturas institucionais historicamente construídas. Desta forma, esta possibilidade recai, novamente, no campo da organização e da intervenção política, pois expressará o resultado de um processo de ampliação das formas de enfrentamento das expressões da questão social no ensino fundamental.
O reconhecimento do significado social e institucional desta inserção junto aos sujeitos que atuam na área de educação representa, assim, elemento decisivo para sua efetivação, direcionando o debate para a esfera dos processos sociais dirigidos para a ampliação e conquista dos direitos sociais e educacionais.
Saiba Mais
A inserção dos assistentes sociais nos estabelecimentos educacionais, em particular nas escolas do ensino fundamental, tem representado, na atualidade, não apenas o desejo dessa categoria profissional e o resultado de sua atuação política e profissional na defesa dos direitos sociais e humanos, mas uma necessidade socioinstitucional cada vez mais reconhecida no âmbito do poder legislativo de diferentes estados e municípios.
A presença dos assistentes sociais, sobretudo, nas escolas, tem sido tomada como a presença de um profissional que possa contribuir com a ampliação do processo educacional em sentido amplo, ou seja, contribuindo para o acesso e a permanência das crianças e jovens na educação escolarizada, assim como para a extensão dessa convivência para outros membros da família, que por razões sociais diversas não concluíram ou experimentaram plenamente esta oportunidade.
O trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais não se confunde ao dos educadores. Em que pese à dimensão socioeducativa de suas ações, sua inserção tem se dado no sentido de fortalecer as redes de sociabilidade e de acesso aos serviços sociais e dos processos sócio institucionais voltados para o reconhecimento e ampliação dos direitos dos sujeitos sociais.
A presença dos assistentes sociais nas escolas expressa uma tendência de compreensão da própria educação em uma dimensão mais integral, envolvendo o processo socioinstitucional e as relações sociais, familiares e comunitárias que fundam uma educação cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas de novas formas de sociabilidade humana, nas quais o acesso aos direitos sociais é crucial.
A elaboração da visão de mundo própria das classes sociais no modo de produção capitalista é um dos aspectos centrais para a compreensão das principais tensões e disputas que caracterizam a educação como uma das principais dimensões da vida social.
As lutas sociais pelo acesso à educação passaram a constituir importantes fenômenos da política, tornando-se parte do processo de legitimação do próprio estado e do processo de conquistas sociais que levaram ao reconhecimento da educação como direito social e não apenas como uma expressão de processos circunscritos à dinâmica da vida privada.
Saiba MaisO livro - Educação e Serviço Social: elo para a construção da cidadania. O livro de Eliana Bolorino analisa as mútuas implicações entre a educação e o serviço social como um elo para a construção da cidadania.
Disponível em: ��. Acesso em: 4 maio 2016.
A luta pela educação constitui-se em uma das expressões da questão social exatamente por encerrar um processo de politização em torno do reconhecimento e do atendimento de certas necessidades que deixaram de pertencer exclusivamente à esfera da reprodução privada e ingressaram nas agendas da esfera pública.
Política educacional pode ser concebida também como expressão da própria questão social na medida em que representa o resultado das lutas sociais travadas pelo reconhecimento da educação pública como direito social. A educação pública sempre foi tomada como contendo um potencial de ameaça das massas ao projeto de dominação política das elites, sua vinculação às necessidades do mundo acabaram sendo determinante para os esforços de ampliação do acesso das massas à educação escolarizada, ao invés decompor os consensos sociais em torno de um ideário de cidadania mais abrangente, esteve muito mais condicionada aos contornos e dinâmica do mercado de trabalho. (ALMEIDA, 2000, p. 29).
A política educacional não é compreendida apenas como um aparato institucional legal e administrativo que se inscreve no âmbito do Estado, mas enquanto um espaço que também enseja contradições e disputas, e que se altera histórica e politicamente mediante a ação dos sujeitos sociais.
Ao tratar da política educacional, é preciso referenciar o conjunto de áreas que são reguladas em termos das práticas e conhecimentos legais e educacionais socialmente reconhecidos hoje enquanto arcabouço institucional desta política.
Para os assistentes sociais é vital que duas questões sejam assinaladas:
A primeira delas é a arte de que pensar a atuação dos assistentes sociais na política educacional envolve a compreensão da dinâmica e complexidade deste campo de atuação do Estado e da sociedade civil, não se trata, portanto, de ponderar ou especular sobre essa atuação apenas no interior dos estabelecimentos educacionais mais tradicionais como a escola. (ALMEIDA[2], 2016).
Pensar essa inserção dos assistentes sociais exige identificar que a política educacional engloba diferentes níveis e modalidades de educação e ensino: a educação básica que é composta pela educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos; a educação profissional; a educação superior e a educação especial.
A organização e a execução desses diferentes níveis de educação e ensino cabem ao Estado em seus três níveis de atuação; a união, os estados e os municípios, sendo que cada um deles tem responsabilidades e incumbências diferenciadas, e é fundamental que não se perca a dimensão de totalidade na compreensão do significado que a política educacional tem a partir desse desenho institucional na relação entre o mundo da cultura e do trabalho, ou seja, no âmbito da dinâmica que particulariza as esferas da produção e da reprodução social.
A segunda questão a ser assinalada diz respeito ao reconhecimento de que a política educacional é uma das expressões das disputas protagonizadas pelos sujeitos sociais no campo da cultura ela também não encerra todas as particularidades da educação enquanto dimensão da vida social.
Os assistentes sociais devem, ao mesmo tempo, tomar a política educacional como um modo historicamente determinado de oferta e regulação dos serviços educacionais, que organiza diferentes formas de trabalho coletivo e modalidades de cooperação entre os profissionais que atuam nesta área, como considerar a educação como um fenômeno social, cujas práticas e seus sujeitos envolvem processos que embora se relacionem com a política educacional a ela não necessariamente se circunscrevem.
Vídeo
Assista ao vídeo: “Política educacional e o direito de aprender: o que nós gestores temos com isso?”. O vídeo destaca que a educação está voltada aos direitos humanos e, por isso, resgata temáticas importantes sobre o combate à crise de valores públicos e privados que vivemos atualmente. O vídeo é uma palestra de Mário Sergio Cortella, com duração de 1:04:29. 
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=pL6K_jHe6tc >. Acesso em: 3 maio 2016.
Sua inserção deve expressar uma das estratégias de enfrentamento desta realidade na medida em que represente uma lógica mais ampla de organização do trabalho coletivo na esfera da política educacional, seja no interior das suas unidades educacionais, das suas unidades gerenciais ou em articulação com outras políticas setoriais, a presunção de que tais problemas seriam excluídos da atuação de um determinado profissional, quando na verdade seu efetivo enfrentamento requer, na atualidade, não só a atuação dos assistentes sociais, mas de um conjunto mais amplo de profissionais especializados. É que o professor não vem conseguindo dar conta, sozinho, desses problemas e que o processo de enfrentamento dessa complexa realidade não é de competência exclusiva de nenhum profissional. O professor não consegue acumular outras funções que a escola vem assumindo como decorrência de seu lugar estratégico no campo das políticas sociais. Há de se destacar, neste sentido, a tendência marcante na ultima década de articulação das políticas de enfrentamento da pobreza e garantia de renda mínima com a política educacional, aumentando o fluxo de informações e as responsabilidades institucionais da escola.
Essa função estratégica da escola como porta de acesso de largos segmentos sociais às políticas sociais e seus programas não têm resultado em um processo tranquilo no âmbito do ensino fundamental. A sobrecarga de funções dos professores, em decorrência da incorporação dos procedimentos administrativos desses programas, a visão até certo ponto ideológico de que a assistência social se converte incondicionalmente em assistencialismo e que determina um conformismo das estratégias de sobrevivência das famílias aos programas sociais, acaba gerando certa preocupação com o que possa significar a presença dos assistentes sociais nas escolas.
Saiba Mais
A afirmação da dimensão educativa do trabalho do assistente social deve ser considerada não apenas em termos da valorização da sua inserção nas unidades educacionais, mas do seu envolvimento com os processos sociais, em curso voltado para a construção de uma nova hegemonia no campo da educação e da cultura, dos quais os educadores trazem significativos acúmulos e tradição, seja no campo do pensamento intelectual, seja nas ações profissionais e políticas.
A afirmação da dimensão educativa do trabalho do assistente social deve ser considerada não apenas em termos da valorização da sua inserção nas unidades educacionais, mas do seu envolvimento com os processos sociais, em curso voltado para a construção de uma nova hegemonia no campo da educação e da cultura, dos quais os educadores trazem significativos acúmulos e tradição, seja no campo do pensamento intelectual, seja nas ações profissionais e políticas.
Para uma categoria como a dos assistentes sociais, esta adesão não representa algo novo, visto que sua aproximação as mais diferentes áreas de atuação do Estado, por meio das políticas sociais, têm contato com certo grau de participação e mobilização política nos processos coletivos e na esfera pública.
A presença dos assistentes sociais nas escolas é justificada pela formação específica deste profissional, identificada como necessária, e sem que possa ser desenvolvida pelo professor, na condução das atividades de assistência social escolar. Os problemas presentes no universo escolar e que justificam a atuação dos assistentes sociais de certa forma gravitam em torno daquelas expressões da questão social que já foram referidas.
A política educacional aparece no cenário das preocupações profissionais hoje de uma forma diferenciada da que tínhamos há alguns anos. Não se trata mais deuma aproximação saudosista quanto a um campo de atuação profissional que minguou com o tempo, mas de um interesse ancorado na leitura do papel estratégico que esta política desempenha do ponto de vista econômico, cultural e social. As mudanças ocorridas ao longo das últimas três décadas do século XX no modo de produção capitalista foram decisivas para um conjunto diversificado de requisições ao campo educacional.
A questão da dimensão educativa de nossa atuação acaba por se articular com o interesse em torno da ampliação de nosso mercado de trabalho como uma das principais preocupações que os trabalhadores da área de educação, em especial os do ensino fundamental, têm em relação a nossa presença nas escolas.
As dúvidas sobre o papel a ser desempenhado por esse profissional expõem desconhecimentos de ambas às partes. Por um lado, se alardeia sobre a possibilidade de sobreposição de funções e habilidades com relação às ações educativas que se dirijam para uma formação pautada na construção da cidadania. Por outro, se causa profundo mal-estar ao vincular à presença do assistente social à consolidação de práticas assistencialistas no universo escolar.
Além dos fenômenos relacionados às mudanças no mundo do trabalho e da cultura, que produzem importantes impactos na política educacional, outros fenômenos sociais têm incidido diretamente sobre o campo educacional, configurando as bases institucionais e socioocupacionais que têm justificado o aumento da presença dos assistentes nesta área de intervenção do Estado.
Tanto as unidades educacionais passam a necessitar direta ou indiretamente de novos aportes sociais e profissionais para o desenvolvimento das suas funções institucionais tradicionais e os profissionais da rede de proteção social passam a formular projetos e ações exclusivamente dirigidas para as escolas.
A análise dessas práticas tem revelado que essas fronteiras previamente estabelecidas acabam sofrendo outras determinações, impostas pela lógica da organização do trabalho coletivo, provocando modalidades de atuação que se explicam muito mais pela relação que estabelecem com a dinâmica da política social do que com as especialidades profissionais, possibilitando apoiar e orientar os alunos e suas famílias em busca de melhores alternativas para o sucesso no processo de aprendizagem e de integração escolar e social.
Questão para Reflexão
Será que ainda cabe pensar e destacar que nos dias atuais ainda há dificuldade por parte da sociedade e de outras categorias profissionais em entender a prática profissional do assistente social?
Assistentes Sociais nas Escolas: uma Demanda Necessária
A dimensão educativa, que também define a prática dos assistentes sociais, respalda-se em aspectos teórico-metodológicos que propiciem reflexões críticas acerca da realidade socioeconômica, cultural e política, tendo como base um projeto societário de cidadania.
Com as mudanças societárias, as novas demandas colocadas à Educação, a ampliação da temática da educação no contexto social e das profissões, as possibilidades de desenvolvimento de programas educacionais, percebe-se ser o campo educacional uma área de interesse de muitas profissões, entre elas está a do Serviço Social.
Os novos significados que o campo educacional passou a ter para os assistentes sociais, contudo, podem ser examinados a partir de dois eixos: a posição estratégica que a educação passou a ocupar no contexto de adaptação do Brasil à dinâmica da globalização, e o movimento interno da categoria, de redefinição da amplitude do campo educacional para a compreensão dos seus espaços e estratégias de atuação profissionais. (ALMEIDA, 2000a, p. 20).
Discussões sobre mercado de trabalho, cidadania, família, sexualidade, violência, cultura são temas que já fazem parte da agenda dos profissionais de serviço social, mas que, diante dos novos paradigmas educacionais, estas se redefinem, no instante que precisam ser trabalhadas de forma integrada e contextualizada considerando-se os atores sociais inseridos na realidade escolar.
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Aprofunde a discussão através do texto: Escola e serviço social: juntos no enfretamento da exclusão social de Andre Santos. O texto destaca a escola como um dos principais equipamentos sociais, o qual tem sido desafiado cotidianamente a articular o conhecimento trabalhado no contexto escolar com a realidade social do aluno. Disponível em: ��. Acesso em: 30 abr. 2016.
O Profissional de Serviço Social, atuando na área da educação, contribuirá com todos os que fazem à comunidade escolar. Seu trabalho será dentro da política educacional, com questões inerentes não apenas ao educando e suas famílias, mas também na formação permanente dos educadores, na elaboração e operacionalização do Projeto Político-Pedagógico das escolas.
O Serviço Social poderá contribuir para o conhecimento da realidade social onde a escola se insere tendo em vista a adequação do projeto educacional a essa realidade e participar de ações desencadeadas a partir da escola, ampliando os limites de sua ação à família e à comunidade. (ARIAS; SILVA, 1998, p. 68).
Trabalhando no sentido educativo de revolucionar consciências, de proporcionar discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais, o Profissional de Serviço Social entra nesse processo de construção do homem, de sua história, atuando no cenário público, mas tecendo articulações na vida privada. E a escola é um espaço veiculador de informações, que trabalha com diferentes consciências, com diferentes culturas e eixos educativos, com a “(...) Linguagem que é ‘relação social’(...)” (MARTINELLI, 1998, p.141). Linguagem que é a ferramenta-chave, o recurso básico que impulsiona que aproxima o assistente social com seu público de atendimento.
Assim como na Educação, o Serviço Social baseia-se no conhecimento, na construção de linguagens, sendo um campo de integração entre múltiplos saberes e experiências. Quando se problematiza essa questão, tem-se como base a ideia de que a Educação, no contexto do processo de ensino-aprendizagem, não pode limitar-se a um único profissional, a um único saber, mas deve procurar uma prática interdisciplinar que ganha suporte ao ser construído coletivamente com os diversos símbolos e signos, saberes e experiências dos vários profissionais (Assistentes Sociais, Psicólogos, Pedagogos) que procuram um sentido comum e amplo, socialmente, no nível educacional.
Apesar da educação escolar ainda não ser um campo “natural” de contratação de assistentes sociais, são as próprias alterações processadas no mundo educacional, no processo de ensino que demandam a inserção desse profissional em articulação com os demais profissionais. Sendo assim,
(...) o Serviço Social não pode deixar de pensar esta realidade, sob pena de perder não somente um possível campo de trabalho [...], mas a possibilidade de contribuir para o enfrentamento de um grave problema social. (ALMEIDA, 2000b, p. 72).
Uma vez que o Profissional de Serviço Social ao se inserir no campo da educação, pode proporcionar momentos de conhecimento e reflexão sobre os acontecimentos que ocorrem dentro e fora da escola, articulando as relações e os saberes profissionais. Além disso, o assistente social pode contribuir em um conhecimento mais profundo da escola sobre a realidade dos seus alunos, sobre o cotidiano familiar e social que estes vivem proporcionando, assim, que o professor possa pensar e preparar suas aulas considerando o mundo real dos seus alunos.
Vídeo
Assista ao vídeo: 
“A importância do serviço social na educação”. Ele foi produzido por Thaty Rabêlo e apresenta aspectos do cotidiano que o profissional assistente social terá que lidar nos diversos níveis de ensino. O vídeo tem duração de 4:40. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=A7B0ZDjsKGU >. Acesso em: 3 maio 2016.
A instrumentalização para efetivar os objetivos do assistente social em relação à conquista de cidadania e à instauração da discussão de um projeto democrático para a sociedadeque permitirá aos segmentos excluídos, público alvo da assistência, a conquista de sua autonomia e dignidade, atuando contra as causas geradoras da exploração e da miséria.
Sendo assim, a atuação do Serviço Social baseia-se na proposta de construção conjunta com a comunidade, que ao mesmo tempo em que discute e participa de decisões nos projetos de qualidade de ensino, acesso à educação, melhoria da escola, poder refletir questões mais amplas no que se refere à formação da cidadania, conquista de direitos, mudança de conceitos frente a experiências democráticas e as formas de organização social que podem se estabelecer enquanto possibilidade de conquista de autonomia.
Para discutir!
Penso que ao final desta unidade ficam vários questionamentos, mas o importante é debater de que forma você, enquanto profissional da área social poderá contribuir com propostas que possam provocar mudanças na forma de entender a relação escola, família e poder público?
Resumo
A educação é um dos principais meios de dignificar o ser humano, hoje nos deparamos com um contexto global de acumulação de capital e de divisão de classes sociais que afetam diretamente a população, pois a maioria da comunidade escolar é de baixa renda e não são providas de serviços básicos, como água, luz, saúde e escola.
As dificuldades encontradas pelo profissional da educação são muitas, e é por isso que o corpo docente tem que estar preparado para lidar com a diversidade. Pode-se dizer que a escola foi pensada para uma criança ideal, nutrida, que não trabalha e que pode estudar em casa, com calma. No entanto, a realidade é extremamente relevante, à inadequação da escola em face da realidade dos alunos contrasta com a cultura da maioria dos alunos que provém da classe popular, já dizia Bourdieu (1998, p. 41), “que filhos de pais que têm rendas boas serão e terão mais êxitos culturais, percebendo-se ainda variações significativas no êxito das crianças quando são de nível desigual”.
Neste âmbito que a identidade do serviço social pode ser buscada, em suas formas específicas de intervenção da realidade atuando para a efetivação de um trabalho em conjunto, situando-se na abordagem das relações sociais.
O trabalho fundamental do Assistente Social na escola gira em torno do engajamento na luta pela interação grupal, articulando formas de relações com os outros agentes da comunidade escolar na produção de novas alternativas de intervenção.
Figura 2.2 – Conhecimento
Fonte: Disponível em < https://pixabay.com/pt/ci%C3%AAncia-tecnologia-educa%C3%A7%C3%A3o-1182713/ >. Acesso em: 3 maio 2016.
ALMEIDA, N. L. T. Educação pública e serviço social. In: Revista Serviço Social e Sociedade, n. 63. Ano 21. São Paulo: Ed. Cortez, 2000.
ALMEIDA, N. L. T. O serviço social na educação. Revista Inscrita, n. 6. Brasília: CRESS, jul. 2000 a.
ALMEIDA, N. L. T. Serviço Social e política educacional. Um breve balanço dos avanços e desafios desta relação. Apostila Palestra proferida no I encontro de Assistentes Sociais na área de educação, Belo Horizonte. 28 mar. 2003.
ARIAS, E. C.; SILVA, H. A. S. Serviço social escolar: uma experiência junto ao ensino público. Cadernos de Serviço Social, n. 12. Campinas/SP: Ed. PUC, 1998.
AZEVEDO, Janete M. Lins de. A educação como política pública. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
BRASIL. Lei 8.742/93 – de 7 de dezembro de 1993. LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm >. Acesso em: 13 jun. 2016.
CRESS/RJ. Revista Em Foco n. 3, abr. 2006.
CFESS. Serviço social na educação. Grupo de estudos sobre o Serviço Social na Educação. Brasília: DF, 2001.
______. Subsídios para a atuação de assistentes sociais na política de Educação. Série: Trabalho e projeto profissional nas políticas sociais. Brasília: CFESS, 2014.
SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia M. de; EVANGELISTA, Olinda. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
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SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia M. de; EVANGELISTA, Olinda. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
 
Av1 - Ser Social - Serviço Social na Educação
1) Diante das "demandas por uma educação inclusiva, destacamos as práxis de origem popular, ou seja, a Educação Popular que traz uma pluralidade de perspectivas, concepções teóricas e conceitos." Sobre a Educação Popular, analise as afirmativas abaixo:
I - a educação popular pode se manifestar em vários espaços formais e não formais.
II - a educação popular pode se manifestar numa multiplicidade de dimensões sociais nas quais são tecidas as relações cotidianas.
III - vai além do espaço escolar, pois os processos de aprendizagem são gerados em experiências cotidianas de luta organizada, nas quais o saber é cultura.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I e III
b) somente III
c) somente II
d) somente I e II
e) I, II e III
2) "[...] desenvolvida principalmente no século XX, inclui os direitos a um mínimo de bem-estar econômico-social, sendo o sistema educacional e os serviços sociais as instituições a ele relacionadas."
A afirmativa faz menção ao conceito de:
a) práxis
b) cidadania civil
c) cidadania política
d) cidadania social
e) comunidade
3) Analise a aceitação abaixo:
"[...] é um modo de atuar e tem uma perspectiva: a apuração, a organização, o aprofundamento do sentir/pensar/agir dos excluídos do modo de produção capitalista, dos que estão vivendo ou viverão do trabalho, bem como dos seus parceiros e aliados em todas as práticas e instâncias da sociedade." (Sales, 1999, p.115).
A referida citação faz menção ao conceito de:
a) educação formal
b) educação popular
c) educação profissional
d) educação de jovens e adultos
e) educação conservadora
4) "[...] associada ao século XIX, desenvolvem-se os direitos referentes à participação no exercício do poder político, com extensão do direito ao voto em escala cada vez maior."
A afirmativa diz respeito à:
a) cidadania política
b) moralidade
c) cidadania social
d) cidadania civil
e) cidadania empírica
5) Os espaços das atividades de educação não formal distribuem-se em inúmeras dimensões. Analise os espaços elencados abaixo e assinale V, para verdadeiro e F, para falso:
(  ) as ações das comunidades e dos movimentos 
(  ) as ações das organizações sociais, políticas não governamentais até as do setor da educação e da cultura. 
(  ) as ações de partidos políticos
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, F, F
b) F, F, F

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