Buscar

Processo Civil II – 1 Bimestre

Prévia do material em texto

Processo Civil II – 1 Bimestre
Sentenças:
Auto satisfativa – a própria sentença leva ao transito em julgado.
Não auto satisfativas: não levam o encerramento do processo com o transito em julgado.
Declaratória: juiz declara direito para as partes; o litigio era sobre a indefinição do direito (o direito realmente existe?)
Constitutiva: a sentença cria ou modifica uma situação jurídica; as partes buscam o litigio. Tem natureza mandamental: são auto executivas, a própria sentença realiza o que a parte deveria ter feito, mas não fez. P.ex.: venda de coisa imóvel, existe a troca, mas a parte não passa o imóvel para escrituração. A sentença entra como escritura, não é necessário apos o litigio fazer uma escrituração. 
Condenatória: depende do devedor pagar ou do inicio a atos da atividade executória (ultima fase do processo da ação condenatória) – demanda nova atividade jurisdicional.
Art. 269 – quando a natureza da sentença for condenatória a sentença passa a ser titulo executivo judicial (art. 475-n); caso a sentença nao tenha natureza condenatória passa a ser coisa julgada.
I – sentença condenatória (processo jurisdicional contencioso civil)
II – sentença penal condenatória: quando se tem uma sentença penal condenatória ela tem duplo efeito, penal e civil, se houver dano usa-se a mesma sentença sem abrir um novo processo civil.
III – Transação – auto composição, não preciso estar dentro do processo, seja dentro ou fora do processo, para que haja eficácia a autocomposição deve ser homologada judicialmente = titulo executivo da autocomposição.
V – Acordo – tem o mesmo efeito jurídico, nascem da vontade dos envolvidos.
	O legislador confunde conciliação (técnica facilitadora de autocomposição) com transação.
	IV – Sentença arbitral: meio de heterocomposição que se distingui da autocomposição, pois tem a presença de um terceiro diferente das partes que decide; a decisão é jurisdicional. Dá-se pelo meio estatal (dá o titulo do inciso I) x privado (técnica da arbitragem – apenas direitos patrimoniais disponíveis).
	Sentença estrangeira homologada pelo STJ: não é qualquer sentença que pode ser homologada, só podem ser aceitas as que estão na LINDB e no artigo 88. Apenas sentenças civis podem ser homologadas no Brasil. As sentenças penais só serão aceitas no Brasil se houver extradição do condenado (natureza de sentença estatal).
	A autocomposição subdivide-se em:
Renuncia
Submissão
Transação
	Renúncia (inc. V – Art. 269)
	Transação (inc. III; Art. 269)
	Submissão (inciso II, art. 269)
	Unilateral
	Bilateral 
	Unilateral
	Dispor da pretensão resistida; significa que é fruto de que a pretensão é infundada.
	Solução alcançada pelas duas partes
	Aceitam a pretensão (submissão ou reconhecimento). Extingue o conflito judicial ou extrajudicial.
Reconhecimento x Confissão
A confissão é diferente do reconhecimento da precedência do pedido.
Na confissão o confitente apenas reconhece a existência dos fatos contrários ao seu interesse e o juiz profere com base no artigo 269.
O reconhecimento da procedência do pedido, por sua vez, antecipa a solução do litigio, pois o juiz julga conforme o estado do processo.
Renúncia x Desistência
A desistência é um ato de disposição de direito processual. Com a desistência, há mera extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267, VIII). 
A renúncia é um ato de disposição de direito material. Com a renuncia há extinção do processo com resolução do mérito, nesse caso não há a possibilidade de se repropor a demanda (coisa julgada material).
Negociação – art. 475N, III. 
A negociação não envolve um terceiro, diferente da mediação ou conciliação que envolve um terceiro isento, que não devera ser imparcial. A negociação é exercitado pelas próprias partes que tem o conflito. A negociação é uma técnica usada individualmente pelas partes, tem como característica que as duas partes saiam satisfeitas. Ganhou espaço no inicio da década de 70; é o meio mais eficaz na resolução de conflitos entre Estados. Caracteriza respeito reciproco e maior ganha ganha. 
Conciliação x Mediação
Mediação: o litigio não é o problema principal. Não há dialogo entre as partes que mantem relação há longo prazo. Toda a relação precisa ser mediada e restaurada.
Conciliação: quando as partes envolvidas não mantem relação há longo prazo, é apenas um conflito fortuito. Elas precisam de uma boa solução que esteja no meio termo para as partes. Uma vez resolvida é o fim do litigio. Ex.: Batida de carro.
Na sociedade brasileira a mais conhecida é a conciliação, que em tese deve ser usada antes do litigio se transforma em um processo. Entretanto, a conciliação pode ser usada durante o processo.
O art. 125 IV – o juiz pode designar uma sessão para ver se é possível uma resolução autocompositiva;
Art. 331 – antes do saneamento (não é uma audiência obrigatória)
Art. 447 – audiência de conciliação, instrução e julgamento.
Art. 277 – procedimento sumário; se inicia com a designação da audiência para uma tentativa de autocomposição
Lei 9099/95 – Lei dos Juizados Especiais; se inicia com a tentativa de autocomposição auxiliada pela técnica de conciliação. A mediação é mais usada no direito de família e em contratos.
A mediação é novidade no Setor Público, mas isso não significa que ela não vem sendo usada em larga escala em outros setores, como em escolas.
A mediação pré-processual é obrigatória. A submissão das partes para solução autocompositiva antes do processo, traz resultados positivos pela rapidez. Em Buenos Aires já existe a mediação previa, entretanto, o setor têm sido muito burocrático, quando não há mediação, as partes devem começar um novo processo, desde o começo.
Em Portugal quem presta serviço de mediação é a Ordem dos Advogados local. Mas a burocratização faz com que a mediação se alongue.
Cláusula Escalonada/Mediarbe: é a clausula incluída em contrato que prevê a mediação ou conciliação como forma de solução de controvérsias previas a arbitragem.
Arbitragem
	É uma solução heterecompositiva, contenciosa e jurisdicional (art. 475-N)
	A arbitragem é a solução heterocompositiva mais antiga. É uma solução dada por um arbitro decidido entre as partes tem o mesmo efeito de uma sentença estatal.	
	A arbitragem pode ser usada apenas em certas áreas, diferente da Justiça Estatal que é muito mais ampla (abrange direitos disponíveis e indisponíveis). A arbitragem ajuda a cuidar de litígios de natureza comercial, de grandes investimentos, além de ser uma forma mais célere comparada a justiça estatal. 
	Essa modalidade surge no nascimento do comércio marítimo, impulsionada pela Primeira Guerra Mundial. A arbitragem ajudava a evitar que os países se sujeitem a jurisdição do outro país e gera segurança jurídica. Até hoje, a Inglaterra proíbe que conflitos que envolvem o comercio marítimo se desenrolem no Poder Judiciario.
	A arbitragem surge no Brasil em 1824 como meio obrigatório de resolver litígios marítimos. O mesmo preceito se encontra no Código Comercial do Império. Entretanto, o Brasil sofre um regresso no Código Civil de 1916 e no CPC, quando decai a obrigatoriedade. Surge então, em 1996, a Lei de Arbitragem (9307/96), sem nenhuma bandeira política e partidária. 
	Fonte comum da arbitragem: Código Civil e leis especiais que tem caráter processual. Tem raiz na Convenção de NY para o reconhecimento de laudos arbitrais estrangeiros (surge essa necessidade em consequência da Segunda Guerra Mundial; tem escopo de popularizar e padronizar o seu andamento). Embora o Brasil seja signatário da Convenção, demorou muito tempo para ratifica-la. 
	A Convenção do Panamá reforça a necessidade de mudanças na legislação arbitral. No Brasil, toda decisão arbitral tinha que passar por homologação judicial, dessa forma, alongando um processo que deveria ser rápido. Outra mudança significativa é que a lei antes não era vinculativa, fazendo com que o contraente pudesse se esquivar da clausula arbitral a qualquer momento. Hoje a cláusula arbitral só não é vinculativaem Contratos de Adesão. Hoje, as duvidas que existiam sobre a constitucionalidade de arbitragem caíram por terra, e o Brasil é considerado muito seguro para a arbitragem.
Lei de Arbitragem no Brasil
São 44 artigos que falam sobre sua instauração, regulação, eficácia e execução (inclusive de sentenças estrangeiras).
Art.34: o legislador estabelece como fonte primeiro os tratados e convenções que o Brasil seja signatário.
Art.35: não foi atualizado após a EC/45 onde determina que a competência é do STJ e não do STF.
A arbitragem se inicia com o negocio jurídico. 
Subjetiva: pessoas que possam contratar (Pessoa Física e Jurídica de direito público e privado).
Objetiva: o que pode ser objeto de direitos patrimoniais disponíveis
Arbitrabilidade (art. 1 Lei de Arbitragem) 
Existem direitos que são indisponíveis (p.ex. direito autoral de determinada obra) – vende-se a obra mas não vende-se o direito autoral sobre a obra. É um direito primário disponível, mas secundário ao vende-lo, pois tem natureza patrimonial.
Todo direito que permite acordo é disponível
Interesse público primário e secundário (PPPs) deve conter cláusula compromissória. P.ex. os acidentes que aconteceram na linha amarela do Metro de São Paulo, foram solucionados através de arbitragem.
O negocio jurídico estabelece a convenção de arbitragem no seu artigo 3 e a Cláusula Arbitral nos artigos 4 e 9.
A Lei de Arbitragem estabelece no artigo 2 podem escolher a legislação que quiserem desde que respeite os bons costumes e a ordem pública.
Tribunal Arbitral: colegiado de árbitros.
 Julgamento de Direito x Julgamento com equidadeDe acordo com a lei.
Pode desconsiderar a lei; pode atingir direito filosófico de justiça, mesmo sem amparo da lei. Se não houver autorização será julgamento de direito. Deve seguir o principio do freio (ordem pública e contrapeso (julga de forma que quiser, seguindo a ordem pública)
Arbitragem Institucional: originária de uma instituição arbitral
Ad Hoc: para tal finalidade; as regras adotadas são criadas e estabelecidas pela própria parte ou pelos árbitros
Art. 5
	
A cláusula compromissória se encerra por si mesmo (art. 8); tem caráter preventivo.
O compromisso arbitral (se trata do presente) é firmado quando já existe um conflito, então elas firmam um acordo em que o conflito será resolvido por arbitragem (art.9). Nada impede, ainda, que as partes que já estejam em um litigio judicial e decidam ir para Arbitragem durante o andamento do processo, através de compromisso arbitral.
Hipótese de Propositura do Art. 7
A cláusula estabelece de maneira preventiva os conflitos que decorrem do contrato
Os efeitos da cláusula e do compromisso são exatamente os mesmos. Se uma das partes não cumprirem, aplica-se o art. 301 IX do CPC; agora, se ambas as partes cumprirem aplica-se o art. 267 VII.
Mesmo quando houver vício na Convenção de Arbitragem, a resolução do litigio dar-se-á por arbitragem. O paragrafo único do art. 8 determina que somente o arbitro pode julgar o vicio e o desvencilhamento da convenção se dá pelo mesmo, portanto o arbitro tem força vinculativa.
A convenção de arbitragem tem como elemento essencial a identificação do arbitro ou a sua forma de escolha. Os elementos essenciais estão dispostos no artigo 10. A ausência de qualquer um desses elementos não leva a nulidade, desde que possa ser complementada.
Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;
II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros;
III - a matéria que será objeto da arbitragem; e – quando temos a cláusula e não temos a matéria, a matéria pode abordar toda a vigência do contrato. Quando se tratar de compromisso arbitral, o próprio litigio já estabelece seus limites.
IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral – essa cláusula define os limites de sentenças proferidas foras do países e sua necessidade de homologação pelo STJ.
	São cláusulas vazias, portanto, aquela em que as partes não delimitam o arbitro ou qual será sua forma de instituição.
Cláusulas Arbitrais
São vinculativas e autoexecutivas. Não dependem do consentimento da parte contrária para iniciar o processo arbitral.
O art. 6 estabelece como deverá ser resolvida as clausulas vazias:
A partir da formação do litigio;
A parte que deseja o complemento da cláusula deve notificar a cláusula contrária extrajudicialmente e deve provar que a outra parte foi intimada. 
Caso a outra parte não assine ou não apareça, aplica-se o parágrafo único, que está ligado com a obrigação de fazer. Isso significa que uma parte tem o direito sobre a outra de exigir o cumprimento, e caso haja desinteresse da parte contrária, a requerente pode exigir seu cumprimento judicialmente. Esse cumprimento judicial está ligado estritamente com o litigio paralelo ao problema contratual, que é a resistência de cumprir a obrigação de fazer com que a clausula arbitral seja colocada em prática.
O art. 7 regula este procedimento especial:
 Art. 7º Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso, designando o juiz audiência especial para tal fim.
§ 1º O autor indicará, com precisão, o objeto da arbitragem, instruindo o pedido com o documento que contiver a cláusula compromissória 
§ 2º Comparecendo as partes à audiência, o juiz tentará, previamente, a conciliação acerca do litígio. Não obtendo sucesso, tentará o juiz conduzir as partes à celebração, de comum acordo, do compromisso arbitral - 
§ 3º Não concordando as partes sobre os termos do compromisso, decidirá o juiz, após ouvir o réu, sobre seu conteúdo, na própria audiência ou no prazo de dez dias, respeitadas as disposições da cláusula compromissória e atendendo ao disposto nos arts. 10 e 21, § 2º, desta Lei
§ 4º Se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de árbitros, caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, podendo nomear árbitro único para a solução do litígio.
§ 5º A ausência do autor, sem justo motivo, à audiência designada para a lavratura do compromisso arbitral, importará a extinção do processo sem julgamento de mérito.
§ 6º Não comparecendo o réu à audiência, caberá ao juiz, ouvido o autor, estatuir a respeito do conteúdo do compromisso, nomeando árbitro único.
§ 7º A sentença que julgar procedente o pedido valerá como compromisso arbitral.
Procedimento:
Petição Inicial
Apresentação do contrato
O assunto o qual versa o litigio que precisa ser resolvido pela arbitragem;
A prova que indica que houve intimação da parte contrária;
Como a clausula deve ser redigida
Solicitar ao juiz que nomeie um arbitro e que comece a dar andamento
Se o réu comparecer, haverá as seguintes possibilidades:
Autocomposição para resolver o litigio principal (problema do contrato)
Se não houver sucesso na autocomposição as partes compõe um compromisso arbitral e o acordo será homologado pelo juiz.
Pode ser ainda que não haja aceitação da parte contrária de resolver a cláusula vazia. Nesse caso, a parte contraria entregará a contestação e o juiz publicará a sentença. Entretanto, só haverá contestação se:
Não houver contrato
Se não houver cláusula
A cláusula não precisa de complemento
Não há litigio
A validade da cláusula só pode ser atestada pelo arbitro, exceto quando tratamos de contratos de adesão.
Art. 520 VII: o recurso de apelação não tem efeito suspensivo
O juiz, nesse caso, não obriga as partes, apenas cumpre a vontade bilateral
	Cláusulas Compromissórias Vazias
	 Cláusulas Patológicas
	Não instituição sobre quem será o arbitro e a forma de instituição. É a negativa da cláusula cheia
	São cláusulas dúbias, incompletas ou imprecisas– cumpre o principio do máximo aproveitamento das partes.
E quando houver cláusula compromissória (especial) e uma cláusula de foro (geral – Juiz Estatal), causa nulidade? Não, pois ela não são incompatíveis entre si. A cláusula compromissória se sobressai sobre a cláusula geral.
Existem cláusulas compromissórios que exigem andamento jurisdicional; a formação é mais lenta que a jurisdicional. Primeiramente, uma das partes requere a instauração, seguido da notificação da parte contraria e do arbitro. Logo em seguida, realiza-se audiência com o árbitro, para que este aceite a nomeação e enfim começa o processo arbitral. Se uma das partes precisa de tutela de urgência (medida cautelar), as partes que estabeleceram cláusula arbitral podem ir ao judiciário para que o dano que está sofrendo não se torne irreparável.
Tutela de Urgência dentro do processo arbitral: o arbitro tem competência para agir se precisar de algum ato de congência (arrombar porta, p.ex.). O arbitro solicita ao judiciário o acompanhamento policial ou de oficial de justiça. A solicitação é feita por ofício, comprovando apenas que o arbitro pertence aquele caso; o oficio tramita como Carta Precatória. Quando a emergência ocorrer de final de semana em processo arbitral em andamento, pede-se a tutela ao Juiz e quando possível será repassado ao juízo arbitral.
O Árbitro.
	É a figura central da arbitragem. É ele que faz com que a arbitragem tenha sucesso ou não (arts.13 a 18).
	Os requisitos para ser arbitro se encontram no artigo 13. São eles:
Capacidade plena(da pessoa física), sem proibição legal para que a pessoa atue como arbitro (não pode ser funcionário público). Não há, entretanto, restrição quanto a formação do arbitro, a idade, nacionalidade ou qualquer tipo de exigência que este fale em língua nativa.
Deve deter a confiança das partes. A confiança pode ser tanto no próprio arbitro, como na empresa arbitral. O arbitro deverá ser imparcial, independente, manter a discrição e a equidistância. O CONIMA edita um Código de Ética para os árbitros, o qual é seguido espontaneamente; além disso, existem conceitos internacionais sobre essa conduta ética.
O art. 14 fala sobre o dever de revelação que o arbitro tem. O árbitro deve expor para as partes e advogados todas as suas convicções. Se a parte for contrária a qualquer revelação do arbitro, normalmente o arbitro não aceita o caso.
O árbitro não pode atuar na previsão dos artigos 134 e 135 do CPC (fatos que levam a suspeição ou impedimento do juiz), salvo se as partes expressamente desejarem aquele arbitro mesmo com impedimentos ou suspeição.
As partes também podem alegar suspeição ou impedimento, independente da manifestação do arbitro. Pode ser que a parte não tenha escolhido o arbitro diretamente (quando convenciona uma instituição), quando na convenção de um colegiado (cada parte convenciona um arbitro e esses escolhem um terceiro), quando o arbitro não era impedido no ato da escolha e depois se torna, ou ainda quando há desconhecimento do fato impeditivo ou suspeito no momento da nomeação. 
O arbitro ainda, pode não aceitar o caso em qualquer situação, sem ter que necessariamente justificar.
É importante que no momento da nomeação as partes já escolherem seus suplentes. O arbitro, no entanto, não pode renunciar após a aceitação do processo.
Hipóteses de Desligamento
Morte do Arbitro
Incapacidade dos atos para a vida civil: se isso ocorrer no meio do processo e houver impasse, as partes terão que ir ao judiciário, se não houver suplente. Só não há necessidade de instituir suplente se as partes entenderem que o arbitro é insubstituível. Nesse caso, aplica-se a extinção descrita no artigo 12.
O desempate para a escolha do arbitro presidente é feito pelo arbitro mais velho, que tem responsabilidade administrativa.
Poderes do Arbitro
O artigo 18 equipara os árbitros a juízes. Arbitro, portanto, é juiz de fato e de direito, sua decisão é irrecorrível e sua eficácia é equivalente ao do Juiz.
O artigo 17 determina que os árbitros tem os mesmo deveres que o juiz; equipara o arbitro no exercício de sua função como funcionário público (portanto, pode concorrer a crimes funcionais). Os árbitros também, respondem pessoalmente pelos prejuízos causados a parte (como p.ex. em casos de desvio de conduta)
O parágrafo único do artigo 8 estabelece que só o árbitro ou o tribunal arbitral tem competência de conhecer a clausula arbitral (principio da competence - competence). Ou seja, a clausula arbitral remete-se sempre ao arbitro, inclusive, sua licitude, seu vicio e sua arbitrabilidade objetiva e subjetiva. A competência é exclusiva do árbitro. Só depois da decisão arbitral que a parte tem o direito de ir ao Judiciário.
O arbitro está obrigado a entregar a sentença no prazo em que as partes determinarem. Se houver obscuridade sobre o prazo da entrega, o artigo 23 determina que seja entregue em no máximo 6 meses, prorrogáveis apenas se ambas as partes concordarem. Tendo expirado o prazo, desde que notificado o arbitro ou o presidente arbitral, o arbitro terá dez dias para prolatar a sentença. Caso exceda o prazo, a sentença poderá ser anulada judicialmente e o arbitro arcará com o prejuízo das partes.
Procedimento Arbitral
Artigos 19 a 23 – Procedimento Arbitral
Artigos 23 a 31 – Sentença
Artigos 34 a 40 – Sentença Internacional
O processo arbitral será regularizado muito mais pela vontade das partes do que pela vontade do legislador. Entretanto, o processo deverá respeitar os princípios basilares do §2° do art. 21, que são:
A defesa do principio do contraditório e da ampla defesa
Isonomia entre as partes
Imparcialidade do Árbitro
O livre convencimento condicionado aos elementos do processo.
Como já dito anteriormente, a forma de instauração do processo arbitral difere do processo estatal. Na arbitragem, a formação do processo depende do aceite do arbitro.
Compromisso arbitral (tem litígio presente) x Cláusula Arbitral (feita de forma prévia, não tem litigio certo) – o procedimento arbitral se inicia quando uma das partes requer que seja iniciado o processo arbitral. Diferente da justiça estatal, ele pede para que se inicie os procedimento (não se inicia, portanto, com a petição inicial). A parte requerente se dirige ao Presidente da arbitragem, com o contrato em mãos e os dados da parte contrária. A primeira providencia tomada será notificar a parte requerida para que se eleja o árbitro.
Se os árbitros, de imediato, já manifestam a intenção de aceitar a pretensão é marcado a sessão, a revelação e por fim, da-se o processo por instaurado. Caso o arbitro não aceite o caso, recomeça a instauração. Além da aceitação do arbitro, normalmente é firmado o adendo da Comissão de Arbitragem, que na prática é denominado Termo de Arbitragem (denominação processualista) ou Termo de Missão Arbitral (denominação internacionalista) – esse termo é muito importante, porque a Cláusula Compromissória, via de regra, não tem elementos do artigo 10 e 11; todas essas informações complementares são adicionadas no termo. Esse objeto litigioso pode ser formado por uma parte ou pelas duas (quando houver pedido contraposto). Fica delimitado e estabelecido quais serão as regras procedimentais, o tipo de julgamento, o idioma e local no qual a sentença será proferida. Determina ainda, as custas e sucumbências, a forma e valor da remuneração do ou dos árbitros e fixa o prazo no qual será apresentado a sentença arbitral. Neste Termo, determina-se, também, se haverá ou não constituição de advogado e os dados dos devidos advogados. Poderá constar ainda a presença de assistente técnico das partes, que é uma figura que não existe no processo estatal de forma definitiva; na arbitragem, desde o inicio, as partes podem estar acompanhadas do seu técnico e dispensar a necessidade de um perito. 
	O documento é assinado pelos árbitros e pelas partes e começa a fazer parte da relação tripartite entre as partes. Se torna, portanto, um contrato processual. 
	Caso a parte contrária não comparecera instauração, o processo se formará sem a parte e o termo será firmado com a parte que está presente. Na arbitragem, entretanto, não aplica-se os efeitos da revelia (não há aplicação da verdade material, ou seja, não há presunção de veracidade contra o réu. Mantem-se também todas as notificações do andamento processual). Se a parte contrária quiser voltar ao processo, voltará, sem que no entanto haja regressão dos atos já finalizados. Apenas se a citação não for válida, a sentença será anulada. 
	No Termo de Arbitragem deve constar se as partes vão alegar algum termo de matéria preliminar. Caso alguma das partes aleguem, o árbitro fixará um prazo e depois de solucionada a matéria sem prejuízo, inicia-se o prazo para apreciação da razão do mérito.
	É possível alegar apenas três matérias preliminares:
Arguir a exceção ou impedimento do arbitro (hipótese prevista nos artigos 134 e 135 do CPC) – a exceção poderá ser julgada de forma estatal por regulamento interno. 
Incompetência do árbitro – relativo a competência material, quando for: originária da convenção (já tiver a competência em outro órgão) ou quando a matéria não for passível de arbitragem.
Invalidade ou Ineficácia da cláusula arbitral: quando houver negócio jurídico invalido (sujeito, objeto ou forma) ou vícios específicos das condições. Se as matérias forem rejeitas a parte não perde o direito de levar ao Estado para anulação de sentença. 
	As causas acima leva extinção do processo arbitral e desobriga as partes da Convenção Arbitral e as deixa livre para, se quiserem, levarem ao Judiciário.
Regras Habituais:
As partes podem requerer os mesmos tipos de provas que são pedidas no Judiciário. O arbitro, ainda pode solicitar que seja produzidas provas para ajudar no seu convencimento.
Princípio do contraditório: tratamento isonômico, imparcial e o livre convencimento do arbitro
Prova testemunhal: a testemunha tem obrigação igual ao do judiciário para comparecer nas audiências, ou seja, elas devem sempre dizer a verdade. Além disso, o arbitro, pode ofícios para o Ministério Público, assim como o Juiz.
A testemunha deverá estar perto da sede arbitral. Caso for de difícil locomoção, os árbitros deverão realizar audiência onde a testemunha estiver. Não existe, na arbitragem, a expedição de Carta Precatória.
Condução Coercitiva: é feita juntamente com o Poder Judiciário (afinal, o arbitro não tem poder de polícia) feito por intermédio de um ofício (que é tratado como uma Carta precatória dentro do Judiciário). Hoje em dia, a condução entra em desuso devido ao avanço tecnológico. A condução foi trocada por videoconferências.
As testemunhas apresentam declaração dos fatos que elas conhecem (habito muito comum em países estrangeiros).
A inquisição das testemunhas é feita de forma direta, diferente do judiciário, onde o advogado pergunta ao juiz e esse repassa para a testemunha. A inquisição cruzada é permitida apenas para eliminar incoerências.
Os registros dos depoimentos tomados durante a convenção arbitral não são resumidos, são apenas estenotipados e gravados.
Na ausência da parte aplica-se o art. 22, §2° da Lei de Arbitragem, em que diz que o arbitro ou o tribunal arbitral levará em consideração o comportamento da parte faltosa.
Caso a convenção arbitral ocorra entre pessoas jurídicas, ao representante não basta ser preposto, deve conhecer os fatos do litígio, mesmo que não haja muito vinculo. A ausência de conhecimento sobre os fatos, a parte levará uma advertência do arbitro. 
Quando a qualquer requerimento entre as partes, uma parte é entregue ao arbitro e uma cópia a outra parte. 
A sentença tem força de título executivo, igualando-se a sentença estatal.
Pelo art. 23, os árbitros tem prazo determinado pelas partes para entregar a sentença. Na ausência de prazo preestabelecido, a lei convenciona o prazo máximo de seis meses.
Se houver alguma questão prejudicial a ser resolvida, essa deverá ser resolvida antes do processo arbitral. Caso, durante o andamento do processo, surja qualquer problema judicial, declinando-se sobre direito indisponível, suspende o processo arbitral até que a questão incidental seja resolvida. Após a sentença ou o acórdão juntado ao processo arbitral, reinicia-se o mesmo.
Não sendo o caso de extinção haverá a prolação de uma sentença arbitral, que poderá ser proferida por um arbitro ou Tribunal Arbitral.
Cada arbitro deverá votar de acordo com o seu convencional. Caso persista o empate, prevalece o voto do presidente. O voto vencido não precisa ser disponibilizado.
A sentença deverá ser escrita e completa. O arbitro pode determinar a litigância de má-fé, bem como verbas sucumbenciais. 
A sentença arbitral é extremamente formal
Os requisitos formais estão estabelecidos no art. 28 e são parecidos com os do art. 458 do CPC. Ambas as sentenças possuem requisitos formais:
Relatório, para identificar as partes, objeto e litígio, deve ser escrito de forma clara, de maneira que qualquer um que ler saberá do que se trata.
Fundamento da decisão: é o atendimento ao principio do livre convencimento motivado. É a grande garantia contra o árbitro das decisões. É necessário que seja informado se foi permitido o julgamento por equidade.
Dispositivo: tratam da norma e do caso concreto conforme entendimento. A grande diferença é que o arbitro informarão prazo para o cumprimento da obrigação.
Data e local de proferimento da sentença: o local do proferimento da sentença, determina sua nacionalidade. 
Depois de assinada pelo arbitro/tribunal, as partes deverão ser notificadas de seu inteiro teor, devendo ser providenciado um comprovantes de recebimento.
A parte, ainda, pode pedir nulidade da sentença arbitral nos casos previstos no art. 33. Caso deseje, simples esclarecimento de sentença arbitral, deverá pedir de acordo com o art.30 da Lei de Arbitragem e os arts. 463 I, 535 e 536 do CPC. O esclarecimento não conflitua com o art. 18, por não ter natureza recursal, mas apenas o esclarecimento sentencial que complementa a sentença. 
Podem pedir, ainda, a correção de erros materiais ou de cálculo de modo a não alterar a essência da sentença. Essa correção caberá apenas em sentenças obscuras, incompletas ou imprecisa. Após os embargos, o arbitro tem dez dias para complementar a sentença, caso o prazo exceda a parte deverá notificar o presidente arbitral, para que esse complemente a sentença no mesmo prazo, com o risco de anular a sentença.
A partir da sentença o arbitro perde a investidura e não há reinstalação do processo arbitral. 
Ação de Impugnação da Sentença Arbitral.
Ocorre quando há vício
Não impede o cumprimento da sentença no Poder Judiciário
A competência é da Justiça Comum, ou seja, aplica-se a impugnação no juízo que seria competente para a ação comum.
Tem prazo decadencial de noventa dias. O prazo é proporcional a agilidade do procedimento arbitral.
Dá origem ao processo de conhecimento da jurisdição contenciosa e é uma sentença desconstitutiva. 
A legitimidade é de uma das partes que participaram do processo arbitral. O arbitro não faz parte do polo passivo. 
A parte que promoveu a ação deve ter sofrido alguma consequência com a sentença arbitral. Sem lesão, não há no que se falar em impugnação. 
O pedido deve ser possível – art. 32 da Lei de Arbitragem e art. 485 do CPC.
As consequências da impugnação estão elencadas no artigo 33 §2°,II). Ou seja, em caso de anulação é feita a reinstauração do juízo arbitral para que seja produzida uma nova sentença. 
Art. 32. É nula a sentença arbitral se:
I - for nulo o compromisso; (culpa das partes) – quando for nulo o compromisso e a convenção por ausência de competencia e todas as hipotéses de invalidade, ineficácia ou incompetencia. 
II - emanou de quem não podia ser árbitro; (culpa das partes) – só pode pedira anulação aquele que arguiu a exceção. A natureza do impedimento pode ser por ordem pública ou privada (quando for suspeição).
III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei; (culpa do árbitro)
IV - for proferida forados limites da convenção de arbitragem; (culpa do árbitro)
V - não decidir todo o litígio submetido à arbitragem; (culpa do árbitro)
VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção passiva; (culpa das partes) – mesma causa para a sentença arbitral e estatal, afinal o arbitro é equiparado a funcionário público.
VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e(culpa do árbitro) – há um problema de conduta. A entrega atrasada obriga que haja notificação do presidente do Tribunal Arbitral. A unica parte que pode pedir anulação quando há atraso, é a parte que notificou o presidente.
VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei. (culpa das partes) – siginifica dizer que anula os atos que não respeitam os princípios art. 21, não anula sentença toda!
Quando a anulação acontece por culpa das partes, torna-se nulo desde a convenção de arbitragem até a sentença, e as partes ficam autorizadas a procurar o poder judiciário. Pode acontecer, ainda, de se acumular dois tipos de nulidades, quando p.ex., tratar-se do art. 485, I do CPC e do art. 32 IV da Lei de Arbitragem.
Relacionado aos vícios de negócio jurídico, pela ausência de nulidade do art. 1°, a anulabilidade dá-se quando a convenção arbitral não respeitar a forma prescrita em lei.
A eficácia está relacionada quando há relação direta com o arbitro, p.ex. quando há denuncia tácita.
O §3° do art. 33 é matéria do art. 32 (anulação de sentença arbitral) e deve ser executada na defesa da execução da sentença arbitral e se denomina, na verdade, da impugnação seguindo o art. 475 J, L e M do CPC)
Homologação de Sentença Estrangeira.
A ação de homologação de sentença estrangeira é a ação necessária para que seja produzida o inciso IV do art. 475-N do CPC.
 O art. 483 e 484 do CPC + art. 35 da Lei de Arbitragem estão desatualizados! O órgão competente para a homologação é o STJ, segundo a alínea i, inciso I do art. 105 da CF, que editou a resolução 009/05.
Após a homologação, se não houver cumprimento espontâneo, a competência é do Juiz Federal.
O estreitamento entre de relações estre países faz com que as sentenças estrangeiras precisem ser homologadas, Todavia, no Brasil apenas sentenças civis, lacto sensu são homologadas. Sentenças penais, restritiva de direitos não são homologadas.
Relação transacional = particulares de diferentes países. (art. 88 a 90 do CPC)
Relação internacional: contrato entre países (art. 88 a 90 do CPC)
Em causas sem conexão com o território brasileiro não há homologação de sentença estrangeira, como:
Nenhuma das partes são domiciliadas no Brasil
Não há contrato
O cumprimento não será feito no Brasil.
São causas, portanto, irrelevantes, sem resultados no Brasil
O art. 89 do CPC determina que em matérias relacionadas a disputa de bens móveis ou quando se tratar te inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. 
O art. 88 do CPC estabelece competência internacional competente, ou seja, aceita homologação quando o Brasil for domicílio de qualquer uma das partes/
Ainda, quando o ato ou fato ocorrer perto da constelação do território brasileiro, cabe a homologação. Ex.: acidente do avião da Air France. 
O Brasil não reconhece litispendência estrangeira, se o processo no exterior termina em primeiro lugar e esse viria a ser objeto de homologação não gera litispendência. Após ser homologado pelo STJ vira coisa julgada brasileira e só assim, o processo em andamento é extinguido. 
Se o Brasil for local do cumprimento da obrigação, é possível jurisdicionar a causa ou homologar a sentença estrangeira (a competência é do presidente do STJ)
A legitimidade é da [arte que participou do processo no exterior ou do terceiro juridicamente interessado, ou em algumas hipóteses o MP (por ser de sua competência, quando se tratar p.ex., de tratados internacionais que beneficiem o Brasil como alimentos para menores e alimentandos).
Polo passivo: são as outras partes que participarem do processo no exterior. Se houver muitas partes participantes, o STJ entende que fazem do parte do polo passivo as partes que sofreram consequências no Brasil.
O objeto de análise que interessa a ordem pública não será homologada, mesmo que haja vontade das partes.
Requisitos para Homologação:
Requisitos positivos:
sentença proferida no exterior e julgada por órgão competente;
Sentença exigível = transito em julgado
Deve ser trazida em seu inteiro teor (original ou cópia autenticada) – a sentença passará na consularização na origem, ou seja, o consulado brasileiro deverá autorizar.
Se for redigida em idioma estrangeiro a tradução será feita por um tradutor público registrado nas Juntas Comerciais.
O réu, deverá ser citado se o processo for estatal. Só será aceita citação regular se a citação se der por meio de carta rogatória. Se tratar-se de processo arbitral a citação dar-se pela forma prescrita no parágrafo único do art. 39.
Requisitos Negativos:
Se ofender a soberania, a ordem pública e os bons costumes
Se a causa de pedir for inepta no Brasil.
Se não houver citação. Caso o réu mantenha-se em silencio não leva aos efeitos da revelia, nomeia-se um curador de ausência.
A concordância do réu não significa a homologação.
O réu poderá contestar apenas questões de forma.
Sempre haverá manifestação do MP
Se o réu contestar deslocar-se-á a competência para a Corte Especial (órgão máximo do STJ) composto por 22 membros (inclusive o presidente) e será dado a um deles a responsabilidade de ser relator. A homologação é julgada pelos 22. O relator toma providencias processuais e leva a Corte. 
Quanto ao recurso: se a homologação fosse somente julgada pelo presidente, haveria no que se falar em recurso. Mas a homologação na Corte não abrange nenhum recurso. Só será matéria de recurso se excepcionalmente se houver alguma ligação com o Direito Constitucional, e nesse caso, interpela-se Recurso Extraordinário.
O autor pode (é no momento da sentença que se confirma ou não) requerer antecipação de tutela (art. 273 CPC)
Conteúdo da Homologação de Sentença Estrangeira
Sentença terminativa (nada impede que seja julgada depois de cumprir os requisitos): quando não passar pelos requisitos positivos haverá extinção sem julgamento do mérito. Saneado os requisitos a parte pode requerer o mérito no mesmo pedido (art. 40)
Só haverá mérito quando a sentença estrangeira não ofender a ordem pública e a soberania. Se houver mérito a sentença passa a ser coisa julgada material. Mas, se o STJ não homologar a sentença por entender que há ofensa aos bons costumes e a ordem pública, também torna-se coisa julgada. A sentença, portanto, deverá ter compatibilidade com a ordem pública nacional.
A sentença pode ser homologada parcialmente e ainda sim terá plena eficácia.
Quando se tratar de sentença condenatória e a mesma não foi cumprida, será ordenada uma carta de sentença expedida para o Juízo Federal de Primeiro Grau Competente (execução – art. 109 CF, IV e artigo 12 da resolução 009). Essa sentença tem toda eficácia para a sentença brasileira e passa a se tornar título executivo judicial nacional. 
Aplica-se a lei brasileira para sanar a decadência e a prescrição da homologação de sentença, ou seja, é o mesmo prazo que a lei civil para reivindicar. P.ex. A ação condena a seguradora para cobertura de uma apólice. O prazo para pleitear a ação é de um ano, e será o mesmo quando se tratar de sentença estrangeira.
Questões sobre o reconhecimento e a execução da sentença estrangeira (Arts. 34 ao 40).
O art. 34 deixa claro que as disposições que seguem de Lei de Arbitragem são subsidiárias e não mais primárias. As fontes primárias são tratados e convenções internacionais. São três tratados:
Tratado de Genebra de 1923 (entrou em vigor em 1940)
Tratado de New York de 1958 (entrou em vigor em 2002)
Tratado do Panamá de 1975 (entrou em vigor em 1996)
Servem de base namatéria de arbitragem. A Convenção só pode ser aplicada quando a sentença internacional também seja signatária de um desses tratados
Quando não houver disposição em Tratados Internacionais, aplicar-se-á o art. 34 da Lei de Arbitragem, que reproduziu a Convenção de New York e Panamá, que por sua vez, reproduziram a Convenção de Genebra.
A homologação da sentença será feita uma única vez no STJ (art. 35)
O art. 36 determina que a homologação de sentença estrangeira terá o mesmo tratamento da sentença estatal.
Para pedir a homologação é necessário que a sentença esteja acompanhada do inteiro teor da Convenção de Arbitragem (art. 37)
Os artigos 38 e 39, dividiram as matérias que podem levar a improcedência de ofício e as o réu comprovar certas circunstancias que levam a improcedência.
Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que:
I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes; - trata da capacidade e validade da Convenção de Arbitragem. É a capacidade de arbitrabilidade subjetiva; primeiro da lei em que foi firmada a Convenção. Alguns autores acreditam que a capacidade deve ser a da lei brasileira. Outra corrente acredita que basta a capacidade na lei estrangeira.
II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida; - abarca o inciso I; tem que ser válida pela lei da sentença, ou seja, forma, conteúdo e desenvolvimento.
III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa; - relacionada ao parágrafo único do art. 39 (forma do processo) e preserva o princípio do contraditório ou ampla defesa, ou seja, o ato deve dar a possibilidade igual de escolher o árbitro. A ausência de Carta Rogatória é ofensa a ordem pública.
IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem; - deve examinar por inteiro o objeto e deve fixar-se nele. Se a sentença desrespeitar ou for além dele desrespeita o objeto e não pode ser homologada.
V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula compromissória; - trata-se do defeito da arbitragem que se realiza de forma diversa da combinada pelas partes e invalida o processo, afinal, desrespeita o principio basilar da autonomia das partes)
VI - a sentença arbitral não se tenha , ainda, tornado obrigatória para as partes (a sentença não se tornou obrigatória no país de origem), tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral for prolatada. – ou ainda já foi exigível mas foi suspensa por ordem judicial ou foi eficaz e exigível mas foi anulada e desconstituída no país de origem/
A simples ação de anulação no país de origem não impede a homologação no Brasil, desde que ela já tenha sido homologada no Brasil. 
1

Continue navegando