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Universidade Federal da Bahia - Instituto de Matema´tica - DMAT MAT A07 - A´lgebra Linear I-A Turma: 08 Professora: Simone Moraes 2a PROVA RESOLVIDA 1.a Questa˜o. Verifique, em cada um dos casos abaixo, se o sub-conjunto W e´ um sub-espac¸o do espac¸o vetorial V . Justifique sua resposta! (a) W = { [ a11 a12 a21 a22 ] ∈M2(IR); a11 + 2a22 = 1 } e V = M2(IR). (b) W = { (x, y, z) ∈ IR3; y = 0 e z = 2x} e V = IR3. Soluc¸a˜o: (a) Como [ 0 0 0 0 ] /∈ W , pois 011 + 2× o22 = 0 6= 1, segue que W na˜o e´ subespac¸o de M2(IR). (b) Observemos que W 6= ∅, pois (0, 0, 0) ∈ W , ja´ que 2× 0 = 0 e a segunda coordenada e´ 0. (i) Sejam (x1, y1, z1) e (x2, y2, z2) em W , enta˜o y1 = 0 z1 = 2x1 y2 = 0 z2 = 2x2. Como (x1, y1, z1) + (x2, y2, z2) = (x1 + x2, y1 + y2, z1 + z2) = (x1 + x2, 0 + 0, 2x1 + 2x2) = ( x1 + x2, 0, 2(x1 + x2) ) , segue que (x1, y1, z1) + (x2, y2, z2) ∈ W . (ii) Sejam (x, y, z) em W e λ ∈ IR, enta˜o { y = 0 z = 2x. Como λ · (x, y, z) = (λ · x, λ · y, λ · z) = (λ · x, λ · 0, λ · (2x)) = (λ · x, 0, 2(λ · x)), segue que λ · (x, y, z) ∈ W . De (i) e (ii) conclu´ımos que W e´ subespac¸o de IR3. 2.a Questa˜o. Sejam o espac¸o vetorial P3(IR) e os seguintes subespac¸os: W1 = { p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ P3(IR); a1 = a2 } e 1 W2 = [ 1− t3, t]. Determine: (a) O subespac¸o W2 analiticamente. (b) Uma base para cada um dos subespac¸os de P3(IR): W1, W2, W1 ∩W2 e W1 +W2 (verifique se a soma e´ direta). (c) A dimensa˜o de cada um dos subespac¸os de P3(IR): W1, W2, W1 ∩W2 e W1 +W2. Soluc¸a˜o: (a) Observemos que p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ W2 ⇐⇒ p(t) = a(1− t3) + bt = a+ bt− at3 ⇐⇒ a0 = a a1 = b a2 = 0 a3 = −a =⇒ { a3 = −a0 a2 = 0. Logo, W2 = { p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ P3(IR); a2 = 0 e a3 = −a0 } . (b)-(c) Observemos que p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ W1 ⇐⇒ a2 = a1. Logo, p(t) = a0 + a1t+ a1t 2 + a3t 3 = p(t) = a0 + a1(t+ t 2) + a3t 3. Portanto, W1 = [ 1, t+ t2, t3 ] , como { 1, t+ t2, t3 } e´ um subconjunto L.I. de P3(IR), segue que BW1 = { 1, t+ t2, t3 } e´ base de W1, consequentemente dim W1 = 3. Como W2 = [ 1− t3, t] e {1− t3, t} e´ um subconjunto L.I. de P3(IR), segue que BW1 = {1− t3, t} e´ base de W2, consequentemente dim W2 = 2. Agora observemos que p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ W1 ∩W2 ⇐⇒ { p(t) = a0 + a1(t+ t 2) + a3t 3 p(t) = a(1− t3) + bt = a+ bt− at3 ⇐⇒ a0 = a a1 = b a1 = 0 a3 = −a =⇒ { a1 = 0 a3 = −a0 Como a2 = 0, segue que W1 ∩W2 = { p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 + a3t 3 ∈ P3(IR); a1 = a2 = 0 e a3 = −a0 } = [ 1− t3]. 2 Portanto, BW1∩W2 = { 1− t3} e´ base de W1 ∩W2, consequentemente dim W1 ∩W2 = 1. Ja´ que W1 ∩W2 6= {0P3(IR)} enta˜o a soma W1 +W2 na˜o e´ direta. Pelo teorema da soma e da intersecc¸a˜o de subespac¸os temos: dim W1 +W2 = dim (W1 ∩W2)− dim (W1 +W2) = 3 + 2− 1 = 4. Como W1 + W2 e´ subespac¸o de P3(IR) e dim P3(IR) = 4, segue que W1 + W2 = P3(IR), assim podemos tomar a base canoˆnica como base de W1 +W2: BW1+W2 = { 1, t, t2, t3 } . 3.a Questa˜o. Considere o espac¸o vetorial M2(IR), B a base canoˆnica de M2(IR) e o subconjunto: S = { [ −1 1 0 0 ] , [ 0 −2 2 0 ] , [ 0 0 −3 1 ] } . (a) Mostre que S e´ um subconjunto L.I. de M2(IR). (b) Determine uma base B′ de M2(IR) pelo completamento do subconjunto S. (c) Determine v ∈M2(IR) tal que [v]B′ = −5 2 3 −1 . (d) Determine MBB′ , a matriz mudanc¸a da base B para a base B′. Soluc¸a˜o: (a) Vamos escalonar a matriz cujas linhas sa˜o os vetores de S em relac¸a˜o a` base canoˆnica de M2(IR): −1 1 0 0 0 −2 2 0 0 0 −3 1 . Como a matriz −1 1 0 00 −2 1 0 0 0 −3 1 ja´ esta´ na forma escalonada e na˜o tem linhas nulas segue que S e´ um subconjunto L.I. de M2(IR). (b) Podemos tomar B′ = { [ −1 1 0 0 ] , [ 0 −2 2 0 ] , [ 0 0 −3 1 ] , [ 0 0 0 1 ] } , 3 pois a matriz cujas linhas sa˜o os vetores de B′ em relac¸a˜o a` base canoˆnica de M2(IR) e´ a seguinte: −1 1 0 0 0 −2 1 0 0 0 −3 1 0 0 0 1 que e´ uma matriz na forma escalonada sem linhas nulas e B′ e´ obtida pelo completamento do subconjunto S. (c) Se [v]B′ = −5 2 3 −1 , enta˜o v = (−5) · [ −1 1 0 0 ] + 2 · [ 0 −2 2 0 ] + 3 · [ 0 0 −3 1 ] + (−1) · [ 0 0 0 1 ] = [ 5 −9 −2 2 ] . (d) Escrevendo os vetores de B como combinac¸a˜o linear dos vetores da base B′ de M2(IR) obtemos: [ 1 0 0 0 ] = (−1) · [ −1 1 0 0 ] − 1 2 · [ 0 −2 2 0 ] − 1 3 · [ 0 0 −3 1 ] + 1 3 · [ 0 0 0 1 ] [ 0 1 0 0 ] = 0 · [ −1 1 0 0 ] − 1 2 · [ 0 −2 2 0 ] − 1 3 · [ 0 0 −3 1 ] + 1 3 · [ 0 0 0 1 ] [ 0 0 1 0 ] = 0 · [ −1 1 0 0 ] + 0 · [ 0 −2 2 0 ] − 1 3 · [ 0 0 −3 1 ] + 1 3 · [ 0 0 0 1 ] [ 0 1 0 0 ] = 0 · [ −1 1 0 0 ] + 0 · [ 0 −2 2 0 ] + 0 · [ 0 0 −3 1 ] + 1 · [ 0 0 0 1 ] . Logo, a matriz mudanc¸a da base B para a base B′ e´ a seguinte: MBB′ = −1 0 0 0 −1 2 −1 2 0 0 −1 3 −1 3 −1 3 0 1 3 1 3 1 3 1 . 4 4.a Questa˜o. Sejam V espac¸o vetorial de dimensa˜o 4 e B = {v1, v2, v3, v4} e´ uma base de V , mostre que o subconjunto B′ = {v1 − 3v2 + 2v3 − 7v4, −v2 + 9v4, 3v3 − 5v4, 6v4} tambe´m e´ base de V . Soluc¸a˜o: Escrevendo os vetores de B′ como combinac¸a˜o linear dos vetores da base B de V obtemos: v1 − 3v2 + 2v3 − 7v4 = (−1) · v1 + (−3) · v2 + 2 · v3 + (−7) · v4 −v2 + 9v4 = 0 · v1 + (−1) · v2 + 0 · v3 + 9 · v4 3v3 − 5v4 = 0 · v1 + 0 · v2 + 3 · v3 + (−5) · v4 6v4 = 0 · v1 + 0 · v2 + 0 · v3 + 6 · v4 . Portanto, a matriz das coordenadas dos vetores de B′ em relac¸a˜o a` base B e´ dada por: 1 −3 2 −7 0 −1 0 9 0 0 3 −5 0 0 0 6 que e´ uma matriz escalonada sem linhas nulas, portanto B′ e´ base de V . 5
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