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Diarreia Viral Bovina

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA – ANDROLOGIA VETERINÁRIA 
DOCENTE – FERNANDO PAIXÃO LISBOA 
ACADÊMICOS – OZIÉL FREITAS, ROBERTA ZORZI 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIARRÉIA VIRAL BOVINA (DVB) 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL 
 2017 
1 
 
Diarreia Viral Bovina 
 
Introdução 
 A Diarreia Viral Bovina é uma afecção causada por Pestivírus, de sinais 
clínicos variáveis, que pode ser transmitido tanto por contato quanto indireto, 
seu diagnóstico é realizado com a associação de sinais clínicos e patológicos. 
A doença tem ampla distribuição pelo mundo e é responsável por prejuízos 
tanto produtivos, reprodutivos e consequentemente econômicos. 
 Pode se manifestar tanto de forma subclínica, até agudas, à exemplo da 
Doença das Mucosas. Em fêmeas pode causar morte embrionária do feto, 
além de defeitos congênitos, abortos ou nascimento de animais 
persistentemente infectados, outro sinal também aparente é a repetição de 
estro. Na parte produtiva pode ser notado uma queda na produção leiteira, 
problemas de desenvolvimento e ganho de peso. 
 Na transmissão se destacam os persistentemente infectados, pois 
excretam o vírus durante toda sua vida. Ao longo de anos de pesquisa foi 
possível criar e aperfeiçoar técnicas para diagnosticar a doença, pode se 
destacar a de PCR, imunohistoquímica e ELISA ou em anticorpos presentes no 
leite.As formas mais comuns de transmissão são através de produtos 
biológicos, embriões e o sêmen, este último demonstra a importância de 
detectar reprodutores contaminados para o controle da doença. Em razão da 
falta de tratamento especifico, o controle e a profilaxia continuam sendo os 
mais indicados. 
 
Transmissão da doença 
 Os animais persistentemente infectados são os principais 
disseminadores da doença durante toda a vida, o nível de transmissão 
depende diretamente da cepa viral, tempo de contato entre os animais sadios, 
falta de resposta humoral e celular para garantir a imunidade do animal, esta 
transmissão pode se dar tanto da forma horizontal, quanto vertical. (CANÁRIO 
et al. 2009). 
2 
 
Transmissão Horizontal 
 Esta pode ser dividida em duas formas, direta e indireta. Na forma direta 
os animais persistentemente infectados contaminam outros animais, através de 
suas secreções, sendo considerado o modo mais comum de transmissão, pode 
ocorrer também através de animais portadores da infecção na fase aguda, 
porém não é descrita como uma menos eficiente de disseminação. A 
transmissão indireta pode ocorrer através de insetos hematófagos, vetores 
mecânicos (luvas de palpação, agulhas, espéculos nasais), pode ainda ocorrer 
através de ingestão ou inalação de vírus. (FINO, et al. 2012). 
 
Papel do macho reprodutor na transmissão horizontal. 
 Touros persistentemente infectados (PI) podem contaminar fêmeas 
através de inseminação ou coito, tornando-as portadoras de BVDV. Touros em 
fase aguda da doença também podem transmitir a doença, mas 
estatisticamente as chances são menores, e o tempo para disseminação no 
rebanho é mais extenso. Uma das formas mais comuns de ocorrer esse 
contágio se dá quando novos reprodutores não testados são inseridos no 
rebanho. (CANÁRIO, et al. 2009). 
 
Transmissão vertical 
 Ocorre de uma geração para outra através da via uterina, de modo geral 
os animais portadores assintomáticos são consequência da transmissão 
vertical. A transmissão pode ser também por via transplacentária. (FLORES, et 
al. 2005). 
Diagnóstico 
 A identificação da Diarreia Viral Bovina, é realizada através de histórico, 
sintomas e lesões. O diagnóstico laboratorial é mais utilizado na rotina quando 
os sinais e lesões não são evidentes. Isolamento viral é o método mais 
sensível e mais comum a ser usado no diagnóstico, geralmente sendo usadas 
3 
 
as secreções nasais para o teste ou fezes, porém podendo ser utilizado ainda 
sêmen, sangue e soro. (FINO, et al. 20012). 
 Avaliação sorológica é usada para detectar anticorpos, a 
seroneutralização é o teste de eleição em casos onde se busca determinar 
título de anticorpos BVDV e em que estado da infecção o animal se encontra, a 
Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA) é usado por ser rápido e 
relativamente eficiente para mensurar anticorpos. O Polimerose Chain Reaction 
(PCR) identifica porções de ácidos nucleicos virais no sangue e em tecidos, 
porém podem ser verificados falsos positivos, por contaminação ou por falta de 
especificidade. O RT-PCR (Reverse Tranciptase) é adaptado para o vírus da 
Diarréia Viral Bovina, sendo bastante utilizado em tanques leiteiros. (CANÁRIO, 
et al. 2009). 
 
Sinais Clínicos 
 Após a infecção o quadro clínico no qual o animal irá apresentar, 
dependerá de diversos fatores, como por exemplo, imunocompetênia frente ao 
BVDV, idade do animal, estágio da gestação e idade fetal no momento da 
infecção no caso das fêmeas, estado imune e até mesmo se o animal passou 
ou não por um fator de estresse durante a infecção. Ainda sim, de acordo com 
Canário (2009), a diversidade genética, a variação antigênica e as diferenças 
de virulência entre as cepas de BVDV pode causar variações na resposta 
clínica. 
 Cerca de 70 a 90% das infecções ocorrem sem o aparecimento de sinais 
clínicos, sendo os touros quase sempre assintomáticos. Alguns animais podem 
apresentar sinais subclínicos como, febre rápida e discreta, leucopenia e 
produção de anticorpos neutralizantes com recuperação do animal em poucos 
dias. Na fase aguda, os animais com baixa imunidade e não PI, 
preferencialmente com idade entre 6 a 24 meses, apresentam febre, anorexia, 
secreção óculo-nasal, erosões e ulcerações na mucosa oral e diarréia. Os 
sinais graves geralmente se apresentam nas fêmeas, a fase aguda severa 
possui alto indíce de mortes súbitas, bem como casos de pneumonia, febre alta 
e abortos. 
4 
 
 
Tratamento e Prevenção 
 Não há tratamento específico para animais acometido por BVDV. 
Animais no qual apresentam doença das mucosas, geralmente vão à óbito. 
Canário (2009), cita que o objetivo do tratamento em animais com suspeita de 
infecção são de apoio e prevenção para possíveis infecções bacterianas 
secundárias. Geralmente, são utilizados antimicrobianos de amplo espectro, 
fluidoterapia, suplementação eletrolítica e vitaminas. Ainda em bovinos que 
apresentam sinais de hemorragias devido à trombocitopenia é indicado realizar 
transfusões com sangue total fresco e evitar qualquer procedimento cirúrgico. 
 A profilaxia depende da implementação de programas de saúde com o 
intuito de evitar a infecção na exploração, identificação e eliminação de animais 
PI, além de ser de extrema importância a vacinação dos reprodutores e 
também das fêmeas gestantes algumas semanas antes do parto. Atualmente, 
no mercado existem vacinas com vírus modificado ou inativado. Devido à 
diversidade genética do BVDV, é recomendada a utilização de vacinas 
multivalentes, contendo pelo menos duas cepas antigenicamente diferentes 
(Canário, et al., 2009). 
 
Conclusão 
 Com este trabalho, concluímos que a Diarréia Viral Bovina (DVB ou 
BVDV) é uma doença considerada de grande importância econômica com alto 
índice de morbidade e mortalidade, e que possui distribuição mundial, devido à 
sua fácil e rápida disseminação. Para que possamos conseguir uma profilaxia 
efetiva, primeiro é necessário saber muito bem sobre as formas de transmissão 
da doença, estratégias de vigilância, bem como a função da vacinação. Além 
disso, devemos também ter atenção redobrada aos sinais clínicos, pois são 
eles que irão indicarmedidas adequadas a serem tomadas. 
 
Referências 
SILVA, M.V.M; NOGUEIRA, J.L; JUNIOR, V.P. Diarreia Viral Bovina: 
Patogenia e Diagnósticos-Revisão de Literatura. Revista Cientifica 
5 
 
Eletrônica de Medicina Veterinária. Faculdade de Medicina Veterinária e 
Zootecnia de Garça. Editora FAEF, janeiro de 2011. Disponível em: 
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/N8s2CiIXa1DWf0
q_2013-6-26-10-51-50.pdf 
CANÁRIO, R; SIMÕES, J; Diarreia Viral Bovina: Uma afecção 
multifacetada. Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária da 
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real Portugal. Vol: 1, 8 de 
outubro de 2009. Disponível em: 
http://www.veterinaria.com.pt/media/DIR_27001/VPC-I-2-e6.pdf 
FINO, T.C.M; MELO, C.B; Diarreia Viral Bovina (BVD) - Uma breve revisão. 
Revista Brasileira de Medicina Veterinária. Faculdade de Agronomia e Medicina 
Veterinária, Universidade de Brasília. 8 de julho de 2011. Disponível em: 
http://rbmv.com.br/pdf_artigos/27-08-2012_12-50RBMV%20012.pdf 
FLORES, E.F: WEIBLEN, R; A Infecção pelo vírus da Diarreia Viral Bovina 
(BVDV) no Brasil – histórico, situação atual e perspectivas. Pesquisa 
Veterinária Brasileira. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, 
Universidade de Santa Maria, 2 de junho de 2005. Disponível em: 
http://www.academia.edu/13836388/A_infecção_pelo_vírus_da_diarréia_viral_b
ovina_BVDV_no_Brasil_histórico_situação_atual_e_perspectivas

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