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MIX DE QUESTÕES ÁREA 1 IMUNO CLÍNICA

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MIX DE QUESTÕES IMUNOLOGIA CLÍNICA (PROVAS ANTIGAS)
O que é um mieloma múltiplo? Qual a diferença do mesmo de uma macroglobulinemia? Como podemos identifica-los, tanto mieloma como macroglobulinas usando exames laboratoriais? 
MIELOMA MÚLTIPLO: alterações neoplásicas nos plasmócitos, as quais levam à produção excessiva de imunoglobulinas. No mieloma múltiplo, as imunoglobulinas encontradas em excesso podem ser do tipo IgG, IgA e, mais raramente, IgE e IgD. 
MACROGLOBULINEMIA: trata-se de uma doença neoplásica que afeta os plasmócitos secretores de IgM (mieloma de IgM), levando a um grande aumento na concentração plasmática deste tipo de anticorpo.
Tanto o mieloma múltiplo quanto a macroglobulinemia podem ser identificados através da realização de um proteinograma. Essa técnica consiste, primeiramente, na dosagem de proteínas totais pelo método de biureto, seguido de eletroforese com posterior determinação de cada fração proteica por eluição ou densitometria. 
No mileoma múltiplo por IgG o proteinograma apresenta a fração gama aumentada. Já no mieloma múltiplo por IgA, a fração gama apresenta-se diminuída e há fusão das frações alfa 2 e beta. Na macroglobulinemia, o proteinograma apresenta deslocamento da fração gama, a qual também apresenta-se aumentada.
O que são antígenos de classe I e II do complexo principal de histocompatibilidade e quais as funções dos mesmos mecanismos imunológicos? 
Os antígenos de classe 1 são aqueles que são adicionados a moléculas de MHC classe I, formando uma molécula apresentadora de antígeno, a qual será apresentada e reconhecida por linfócitos TCD8. Esse reconhecimento leva à produção de IL-2, que estimula linfócitos TCD8 imaturos a sofrerem diferenciação para linfócitos T citotóxicos e linfócitos T de memória. Os linfócitos T citotóxicos secretam perforinas, as quais irão promover a lise celular ou o desencadeamento da apoptose das células infectadas.
Os antígenos de classe 2 são aqueles que são adicionados a moléculas de MHC classe II, formando uma molécula apresentadora de antígeno, a qual será apresentada e reconhecida por linfócitos TCD4. Esse reconhecimento leva à clonagem do Linfócito TCD4 em 3 tipos de linfócitos T helper: Th1, Th2 e Th3 (também conhecido como Th 17). O linfócito Th1 produz IL-2 e INF-gama que estimulam a ação de linfócitos T citotóxicos e a formação de linfócitos Th de memória. O linfócito Th2 produz de IL-4,5 e 6, que estimula os linfócitos B a se diferenciarem em plasmócitos e linfócitos B de memória. Os plasmócitos, por sua vez, produzem e liberam anticorpos específicos para o tipo de antígeno. Já os linfócitos Th17, liberam IL-6, que atua sobre os vasos sanguíneos estimulando a diapedese e, consequentemente, a resposta inflamatória.
Funções: Reconhecimento dos antígenos pelas células T; Rejeição ou aceite de transplantes; Susceptibilidade/resistência a doenças.
3. Quais são as diferenças metabólicas e de resultados entre as técnicas de imunodifusão radial (simples ou dupla), turbidimetria e nefelometria? 
IMUNODIFUSÃO RADIAL SIMPLES (IRS): consiste na difusão do antígeno presente em uma amostra através de uma placa contendo ágar e anticorpos (em diluição apropriada) específicos contra o antígeno que se quer pesquisar. A amostra do paciente é colocada em um dos orifícios da placa e, se há presença de antígeno na amostra, ocorre a interação Ag-Ac, formando imunocomplexos insolúveis que precipitam (24-48 horas de reação). Dessa forma, tem-se um halo de precipitação ao redor do orifício. Quanto maior o diâmetro do halo, maior a concentração de antígenos na amostra. Através de tabelas de valores de referência fornecidos pelo fabricante do kit, pode-se relacionar o diâmetro com a concentração de antígeno presente, o que faz desta uma técnica quantitativa.
IMUNODIFUSÃO RADIAL DUPLA (IRD): o teste é realizado em uma placa contendo ágar, a qual possui um orifício central, no qual se coloca a solução contendo anticorpos específicos contra o antígeno que se quer pesquisar, e outros orifícios em volta, nos quais se adiciona a amostra do paciente em diferentes diluições. Após o tempo de reação (24-48 horas), se há a presença do antígeno, tem-se a formação de uma linha de precipitação devido à interação Ag-Ac. Dessa forma, é determinado se o soro é reagente ou não e até qual diluição foi possível observar a precipitação (título da reação). Sendo assim, esta é uma técnica qualitativa e semi-quantitativa, uma vez que é possível determinar o título de anticorpos na amostra. 
TURBIDIMETRIA: Mede a turvação da solução a partir da medida da luz transmitida através de uma suspensão de partículas. Quanto maior a luz absorvida, menor a luz transmitida e maior a turbidez. A imunoprecipitação pode ser utilizada nesta técnica, uma vez que se pode medir a turbidez formada pelo precipitado do complexo Ag-Ac. Dessa forma, pode-se quantificar antígenos ou anticorpos no soro. 
NEFELOMETRIA: Mede a luz dispersada por partículas em uma solução. A quantidade da luz dispersa está diretamente relacionada à concentração do complexo Ag-Ac formado no ensaio. 
Em relação às imunoglobulinas. Marque V ou F nas afirmativas abaixo: 
(F) Os anticorpos IgM e IgG estão envolvidos com hipersensibilidade tipo IV. (Mediada por células T. A Hipersensibilidade tipo II é mediada por IgM e IgG)
(F) A dosagem do IgE sérica total ou específica pode ser realizada por método de imunodifusão. (Só se dosa IgG e IgM por imunodifusão). 
(V) A imunoglobulina A possui a capacidade de neutralizar vírus. 
(F) A imunidade mediada por nos proteger de intoxicações, uma vez que os anticorpos não neutralizam toxinas. (A igG é a única capaz de neutralizar toxinas).
Como são esquematizadas as reações de Imunofluorescência direta e indireta? Citar exemplos de cada variante da técnica identificadas no imunodiagnóstico.
A reação de imunofluorescência é utilizada para identificação de antígenos e classes específicas de anticorpos. Baseia-se na capacidade das moléculas de anticorpos se ligarem de forma covalente a fluorocromos, sem perder a sua reatividade específica com o antígeno.
IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA: baseia-se na localização de ANTÍGENO em células ou tecidos, utilizando um anticorpo específico (anti-antígeno) marcado com fluorocromo. Utiliza-se na pesquisa de proteínas em biópsias e na pesquisa de microrganismos, como vírus e bactérias.
IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA: localiza o ANTICORPO na amostra através do uso de um anticorpo anti-imunoglobulina marcado com fluorocromo. Um exemplo de uso é na detecção de anticorpos em doenças como Sífilis, Doença de Chagas, Toxoplasmose, Cisticercose e Hepatites Autoimunes.
Que fenômenos e fatores podem interferir nas reações imunológicas produzindo falsos positivos e falsos negativos? Descreva como ocorrem estas interferências e como poderíamos corrigir tais situações.
Alguns dos fatores que podem interferir nas reações imunológicas são: 
REAÇÕES CRUZADAS: ocorre quando dois ou mais antígenos apresentam determinantes antigênicos (epítopos) iguais ou semelhantes, de forma que o anticorpo irá reconhecer ambos os antígenos, ocasionando um resultado falso-positivo. Uma forma de corrigir o problema de reações cruzadas é diluindo a amostra, de maneira que apenas o determinante antigênico em maior expressão possa ser identificado.
EFEITO PRO-ZONA: ocorre devido ao excesso de anticorpos na amostra, o que faz com que não haja a formação do complexo antígeno-anticorpo (reação só ocorre quando há quantidades equivalentes). Essa situação está presente em soros fortemente reagentes, gerando resultados falso-negativos. Para evitar o efeito pró-zona, emprega-se o soro diluído na dosagem de imunoglobulinas.
POTENCIAL ZETA: medida da magnitude da repulsão ou da atração eletrostática entre partículas, sendo um parâmetro que afeta a estabilidade. A resolução do problema consiste em realizar o equilíbrio de cargas entre as partículas.
COMPETIÇÃO IgG X IgM: ocorre quando IgG está em excesso e é devido à maioravidez de IgG em relação ao IgM, ocasionando resultados falso negativos. A resolução desta interferência consiste em utilizar uma solução de proteína M, a qual bloqueia o anticorpo IgG.
EFEITO HOOK: ocorre devido ao excesso de antígenos em relação à concentração de anticorpos, o que faz com que também não ocorra a formação do complexo antígeno-anticorpo. Nesse caso, há perda da sensibilidade. 
FATOR REUMATÓIDE: o termo usado para descrever uma variedade de anticorpos (geralmente IgM) que, por algum fator de modificação, podem se ligar ao fragmento Fc de uma IgG. São, portanto, uma anti-imunoglobulina. A ligação entre esses dois anticorpos forma um imunocomplexo que se deposita nas articulações, causando a artrite reumatoide. A interferência nas reações ocorre quando se quer dosar IgG específica para alguma doença e se tem o fator reumatoide, o qual se ligará a IgG e reagirá no lugar do anticorpo secundário, ocasionando uma reação falso negativa.
ANTICORPOS HETEROFILOS: anticorpos que o sistema imune produz como resposta a uma infecção, mas não está relacionado com o microrganismo. É uma resposta voltada contra antígenos teciduais de outras células.
TEMPO e TEMPERATURA DE REAÇÃO
Paciente AB +. Provável receptor é O+. Pode haver a transfusão? Por quê?
Não, pois apesar de pacientes do tipo O não apresentarem antígenos eritrocitários, eles possuem anticorpos anti-A e anti-B no plasma. Logo, como pacientes AB possuem antígenos eritrocitários do tipo A e do tipo B, caso fosse realizada uma transfusão, os anticorpos do paciente O reagiriam com os antígenos eritrocitários do paciente AB, fato que poderia levar à morte do paciente O devido à aglutinação das hemácias. 
Quais as provas “in vitro” que utilizamos para que possa ser utilizado um transplante de órgão? O que é prova cruzada (cross match) num pré-transplante e qual a sua importância para o evento? Quais os agentes etiológicos que devem ser pesquisados num pré-transplante, tanto no doador quanto no receptor?
PROVAS IN VITRO: Tipagem sanguínea (ABO/Rh), tipagem do sistema HLA, prova cruzada e avaliação do doador e do receptor quanto à presença de agentes etiológico (doenças infecciosas).
PROVA CRUZADA: consiste em uma reação entre o soro do receptor os linfócitos totais (T+B) do doador (teste de microlinfotoxicidade). Na reação, adicionam-se proteínas do sistema complemente e corante. Desse modo, se o doador possuir anticorpos contra os antígenos do soro do receptor, a via clássica do complemento é ativada pela interação Antígeno-Anticorpo, iniciando a lise das células que possuem o antígeno. Com a lise das células, o corante confere coloração à reação, indicando que o teste foi positivo. Em caso de positividade do teste o transplante não pode acontecer.
AGENTES ETIOLÓGICOS: HIV, HTLV I/II, HCV, HBsAg, Hepatite A (IgM), Sífilis, Doença de Chagas, Toxoplasmose e Citomegalovírus (TINHA QUE CITAR TODOSSS!!!!) 
As reações de aglutinação apresentam variantes técnicas. Cite as mais usadas, hoje, na rotina de um laboratório clínico, as principais características de cada uma e exemplos do que podemos identificar usando essa metodologia.
Reação de aglutinação: a interação entre antígeno e anticorpo forma um imunocomplexo insolúvel que precipita, possibilitando a visualização da reação a olho nu ou por microscopia.
 
ATIVA/DIRETA: utilizada na pesquisa de antígenos e anticorpos na amostra. Nesta variante, o antígeno é aglutinado diretamente pelo anticorpo.
INDIRETA/PASSIVA: pesquisa exclusivamente anticorpos na amostra. Nesta variante, o antígeno não está isolado, mas acoplado a uma partícula inerte (geralmente látex), a qual reagirá com os anticorpos da amostra. Isso ocorre quando o antígeno possui baixo peso molecular e, por causa disto, não é possível a visualização da reação de aglutinação. Como a partícula inerte apresenta tamanho bem maior, é possível realizar a visualização a olho nu ou por microscopia.
PASSIVA REVERSA: pesquisa exclusivamente antígenos na amostra. Nesta técnica, os anticorpos é que estão aderidos a uma partícula inerte pelo seu fragmento Fc, sendo que o fragmento Fab fica disponível para detectar a presença do antígeno de interesse na amostra.
 
INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO: nesta variante, a reação de aglutinação significa que há ausência de antígenos ou de anticorpos na amostra. 
Para ANTIGENOS: são adicionados ao meio os anticorpos específicos, o antígeno de interesse acoplado à uma partícula inerte e a amostra do paciente. Se o resultado é positivo, os anticorpos neutralizantes se ligam ao antígeno da amostra, inibindo a aglutinação do anticorpo com a partícula inerte ligada ao antígeno. 
Para ANTICORPOS: são adicionados ao meio um antígeno hemaglutinante, hemácias e a amostra do paciente. Se a reação for positiva para a presença do anticorpo antihemaglutinina, a reação de aglutinação das hemácias é inibida.
Quais são os componentes e fatores que permitem que uma reação imunológica possa ser desenvolvida para que possa ser empregada no imunodiagnóstico?
COMPONENTES: Antígeno e Anticorpos em quantidades equivalentes.
FATORES: 
- Forças de ligação: Van der Waals, eletrostáticas, hidrofóbicas, pontes de hidrogênio.
- Afinidade: força de ligação resultante do total de forças não covalentes entre o único sítio do anticorpo e um único epítopo do antígeno.
- Avidez: medida da estabilidade entre o complexo antígeno-anticorpo formado.
- Relação antígeno x anticorpo: deve ser equivalente para que haja a formação do complexo.
Um teste laboratorial deveria apresentar máxima sensibilidade e máxima especificidade. Um teste de triagem para determinada doença deveria priorizar qual o requisito? Explique.
Como a triagem prioriza detectar indivíduos verdadeiramente positivos, não se pode correr o risco de que haja um alto número de falso negativos. Logo, deve-se priorizar a sensibilidade, pois, quanto maior a sensibilidade, menor o número de falso negativos.
O que é tolerância?
Mecanismo que garante a capacidade do sistema imune de reagir contra uma grande variedade de microrganismos, mas NÃO contra os antígenos próprios.

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