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Avaliação Psicológica na Terapia Analítico Comportamental Infantil

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Avaliação e Intervenção na clínica 
Analítico Comportamental Infantil 
Prof. Ms. Cristiane Costa 
Fonseca
Behaviorismo Radical
 
 Filosofia que embasa a ciência do 
comportamento .
Teoria desenvolvida por 
 Burrhus Frederic Skinner
Características do Pensamento 
Skinneriano
• o estabelecimento do objeto de estudo - o 
comportamento;
• a suposição do comportamento como 
determinado;
• a pretensão de fazer uma análise científica do 
comportamento, a partir da noção de ciência 
proposta pela ciência natural;
• o estudo realizado a partir do dado empírico;
• o afastamento de toda metafísica do saber 
científico;
• a proposta de previsão e controle.
Skinner
• O comportamento só pode ser compreendido a 
partir do intercâmbio do organismo com o ambiente. 
Uma relação entre eventos, que descreva uma 
função e não que expresse uma causa.
• Podem haver múltiplas variáveis interagindo-se.
• Desde cedo em sua obra, Skinner não apresenta 
noções que a ele são atribuídas e pelas quais ele é 
criticado:
– mecanicista
– redutor do homem a um ser autômato
– elaborador de uma psicologia estímulo-resposta
Por que Radical?
1º - Nega radicalmente a existência de algo que 
escapa ao mundo físico (mente, consciência, ...).
• Ao observar eventos internos não estou observando 
nem minha mente nem minha personalidade, e sim 
meu próprio corpo!
2º - Aceita radicalmente todos os fenômenos 
comportamentais.
Análise do Comportamento
• Área da Psicologia que se insere no contexto 
das disciplinas das ciências naturais
 
 Não recorrem a fatores 
q u e n ã o e x i s t e m n a s 
dimensões espacial e temporal 
( E x : M e t a f í s i c a s o u 
sobrenaturais)
 Organismos que se comportam são vistos como 
produtos naturais de processos biológicos evolutivos. 
Os três níveis de análise
• A análise do comportamento considera os organismos 
em três níveis: 
– (1) filogenético, 
– (2)ontogenético 
– (3) cultural. 
• Para analisar uma simples unidade do comportamento 
de um organismo é preciso, portanto, levar em conta:
– (1) a história evolutiva da espécie;
– (2) os aprendizados do organismo em sua vida;
– (3) as particularidades da cultura em que está inserido. 
O que é o Ambiente
• No Behaviorismo Radical, o ambiente 
deve ser entendido de forma ampla, 
incluindo então:
– Mundo externo ao organismo (e portanto, 
observável por outros indivíduos);
– Mundo privado (e portanto, observável apenas 
pelo próprio indivíduo).
Comportamento
• Processos naturais, próprios dos organismos vivos, 
como respirar, digerir etc...
• São dirigidos pelo ambiente – não por fatores 
adimensionais. 
• Comportamento 
– Relação entre organismo e ambiente 
– Reflexos à S-R
– Operantes à Sd-R-Sr
• Comportamento e ambiente são eventos naturais e 
independentes e a relação entre eles pode ser 
interpretada como uma relação funcional. 
Comportamento
• Comportamento Público
– Acessível a mais de um observador 
• Comportamento Privado 
– Acessível apenas a 1 observador à aquele que 
emite o comportamento 
– Ex: pensamentos 
• Ambos estão sujeitos as mesmas leis que 
regem os comportamentos 
• Comportamento não gera comportamento!
E os sentimentos?
 
 Pensamentos e sentimentos de uma 
pessoa devem ser explicados, não 
u t i l i z a d o s c o m o e x p l i c a ç õ e s d o 
comportamental observável. Para entendê-
los é necessário conhecer as condições 
em que estes pensamentos e sentimentos 
ocorrem, bem como, suas relações 
funcionais com essas condições. 
Relação Funcional
• O comportamento é entendido como uma relação 
interativa de transformação mútua entre o organismo 
e o ambiente que o cerca na qual os padrões de 
conduta são naturalmente selecionados em função 
de seu valor adaptativo.
Ex: Fazer bagunça enquanto meu pai assiste ao 
jornal
 
 Sd R SR 
 
 A avaliação funcional permitirá a formulação 
do caso e o planejamento de intervenções. Ela 
deve ocorrer ao longo do processo clínico, pois 
é através dela que se verificará os progressos e/
ou necessidades de ajuste nos procedimentos.
Modificação de Comportamento Infantil 

• Pouco trabalho direto com a crianças
• Ênfase no comportamento problema
• Raramente os eventos privados faziam 
parte do processo de análise da queixa. 
Terapia Analítico Comportamental Infantil
• Avanços no conhecimento e no entendimento 
da influência do comportamento verbal;
• Ênfase na importância dos eventos privados 
– sentimentos – na composição e alteração 
de problemas psicológicos.
• Reconhece a força da relação terapeuta – 
cliente como estratégia e instância de 
mudança comportamental
Terapia Analítico Comportamental Infantil
• Inserção da criança diretamente na terapia
• Passou a considerar cada vez mais as 
variáveis orgânicas;
• Desenvolvimento do autoconhecimento;
• Regras que a criança já formulou pode 
também ser objeto de análise e intervenção 
(Ex: quais são os sentimentos bons e ruins)
Armadilhas de raciocínio lógico
• Sentimentos são causas de comportamento
• Sentimentos ruins geram comportamentos 
ruins – Quando eles aparecem geram culpa
• Tenho atos maus e sou mau
• Sou mau e não mereço ser amado
 
 A Psicoterapia Analítico Comportamental 
Infantil tem, hoje, alguns procedimentos 
estandartizados, que se mostram úteis para a 
realização da análise. Desde a fase inicial de 
contato com a família, inicia-se o levantamento 
de dados e também promove-se possíveis 
intervenções provocadoras de mudanças. 
Desse modo, f ica descaracter izado a 
especificação de fases como as de avaliação 
ou psicodiagnóstico ou de tratamento e 
intervenção. 
Por que?
• É necessário agilizar o processo 
terapêutico;
• Nem sempre é necessário dispor de uma 
avaliação extensa ou completa para poder 
intervir;
• O próprio resultado da intervenção ajuda a 
validar as hipóteses diagnósticas
Exemplo
• Condução de um jogo da memória 
– Dados obtidos: habilidades, dificuldades da criança em 
perder uma partida e em seguir regras. 
– Intervenção: Proposições de regras, reforçamento diferencial, 
reforçamento arbitrário contingente às respostas esperadas, 
etc. 
ita.
• A partir dessas intervenções, o profissional observa 
seus efeitos e compara com as condições anteriores. 
• Conf igura-se , a par t i r des ta prá t ica , uma 
indissociabilidade entre avaliação e intervenção 
propriamente 
Divisão – Para fins didáticos
• Avaliação
• Intervenção: análise dos dados obtidos, 
discussão e implementação da 
intervenção 
• Follow up: retirada dos processos, 
avaliação e análise da generalização
 Avaliação Diagnóstica
Como avaliar?
• Diversos Métodos e fontes de informação.
– Entrevistas com os pais 
– Observação da criança no consultório, em casa, na 
escola...
– Coleta de dados nas sessões por meio de 
desenhos, redações, inventários, brincadeiras...
– Coleta de informações com outros profissionais que 
acompanham a criança (pediatra, fisioterapeuta, 
professores (inclusive o particular)...
Observações durante a entrevista com os pais

– Quem senta perto de quem?
– Quem toma a iniciativa de falar?
– Eles se completam em suas falas ou 
discordam entre si?
– Qual a postura de cada familiar? 
Entrevista com os Pais
Aspectos formais da entrevista
a) Operacionalizando os termos – são feitas perguntas 
para se obter descrições comportamentais de relatos 
obscuros. Exemplo:
 
 Mãe: Meu filho é muito nervoso. 
 
 Terapeuta: Como é esse nervoso? O que a 
senhora observa seu filho fazendo quando acha que 
ele está nervoso? Dê um exemplo de umasituação em 
que ele fica nervoso.
b) Tornando mais claros os termos ambíguos: “Dê um 
exemplo que descreva a situação e o comportamento”.
c) Eliminando perguntas que sugiram respostas de 
escolha: Exemplo: “Seu filho costuma desobedecer ou 
ele é obediente?
 
 Um outro modo de perguntar: “O que seu filho faz 
quando vocês lhe dizem que não pode fazer algo?”.
d) Eliminar perguntas que possam induzir as respostas: “A 
senhora se sente culpada quando acontece isso?”.
 
 Um outro modo de perguntar: “Como a senhora se 
sente nessa situação?”.
e) Durante a queixa livre, os pais são solicita- dos a 
informar sobre os motivos que os trouxeram à consulta. 
Costumam fazer um relato livre. Durante este relato, 
anotam-se pontos a serem esclarecidos depois.
f) Questionamento para esclarecer e completar pontos que 
foram mencionados no relato livre.
Entrevista Inicial com a criança
• Estabelecimento de vínculo.
– Desafio: criar um contexto agradável para a 
criança, que a faça querer retornar às 
sessões; estabelecer algumas regras e 
observar seus comportamentos tendo em vista 
a formulação das primeiras hipóteses 
funcionais
 
 É importante a criança ser informada pelos 
pais sobre os objetivos da terapia, pois isso 
pode favorecer um maior envolvimento com o 
processo terapêutico e a adesão ao trabalho.
O que dizer e como dizer?
- Forma clara e realista
Exemplo:
 
 
 “Você vai conhecer um psicólogo, que é 
uma pessoa que ajuda as pessoas a 
tentarem resolver seus problemas e serem 
mais felizes. Lá você vai conversar, brincar, 
desenhar para ele te conhecer melhor e te 
ajudar”.
Como abordar a criança?
• O que falar?
• Descrição do sigilo
• Informação de que a terapia é dele e não dos 
pais;
• Possibilidade de negociação de 
comportamentos entre os pais e a criança;
• Especificar com a criança o que ela quer que 
mude em seu comportamento
Habilidades Terapêuticas Importantes
• Empatia e afeto
– Humor;
– Padrões verbais semelhantes aos da criança 
(Banaco e Zamignani (1999)
– Promover engajamento em atividades de fantasia 
e compartilhar da fantasia da criança; 
– Ser modelo para a criança em dramatizações e 
jogos; 
– Descrever o que a criança está fazendo.
Continuação
• Compreensão
• Aceitação
• Diretividade
• Promoção de situações de encorajamento para a 
emissão de comportamentos de enfrentamento
• Prescrição de tarefas
• Imposição de limite: Formular regras e zelar pelo 
seu cumprimento;
• Questionamento reflexivo
• Criatividade
• Flexibilidade
Planejamento das Sessões
• Uma a duas sessões por semana;
– Considerar necessidade x disponibilidade.
• Duração: 50 minutos.
– Primeiros 35 minutos – atividades planejadas 
pelo terapeuta.
– 15 minutos – atividades ou brincadeiras 
escolhidas pela criança.
A Análise do Comportamento da criança
• A análise da interação que a criança 
estabelece diretamente com o terapeuta
• Análise da relação com personagens 
fictícios (fantasias e sonhos)
• Relatos diretos sobre o seu dia a dia.
• Observação direta do comportamento em 
diversos contextos
O Relato direto
• Incentivado logo no início das sessões por 
questões formuladas pelo terapeuta sobre 
a vida diária da criança em vários 
ambientes.
• É comum o surgimento de relatos 
espontâneos 
Exemplo
Queixa: Bullying
 
 Cliente deita no sofá e relata todos os 
problemas que já passou na escola, as 
brincadeiras que fizeram com ele. E situações 
sofrimento e as estratégias que utilizou para 
evitar as situações. 
• Foi possível identificar um grande déficit nas 
habilidades sociais 
• Ao ser questionado por suas estratégias de 
enfrentamento, relatou que é um padrão 
ensinado e reforçado pelos familiares. 
Relação estabelecida com o terapeuta
• Instrumento de avaliação e intervenção 
especial;
• Criança pode apresentar os chamados 
Comportamentos Clinicamente relevantes 
– CRB1
– CRB2
– CRB3
Exemplos
• Queixa: Dificuldade no relacionamento 
com amigos.
– Criança ridiculariza o terapeuta quando este 
perde, critica sua demora em jogar, fica 
emburrada quando perde ou encerra a sessão.
Terapeuta deve ficar atento aos comportamentos 
que aparecem na sessão e que estão 
relacionados a queixa.
A Fantasia
• Menos direta
• Demonstra comportamentos e determinantes 
que nem ela mesma discrimina ou sabe relatar 
diretamente.
• Desenvolver a habilidade na criança de relatar 
de forma neutra as histórias
• Favorecer para que esta história contenha 
relatos sobre os contextos dos personagens e 
faça análises dos comportamentos. 
(Questionamento reflexivo) 
Brincar
 
 Na Terapia Analítico-Comportamental 
Infantil (TACI), o brincar em sessão é 
referido tanto como um modo de avaliação 
de repertório, como de ensino de 
comportamentos. Neste estudo, o brincar 
fo i de f in ido como o con jun to de 
procedimentos que utilizam atividades 
lúdicas ( jogo ou br inquedo) como 
mediadoras da interação terapeuta-cliente.
Recursos Lúdicos
• Ajuda o terapeuta e a terapia a serem bem aceitos 
pela criança
• Favorece a evocação dos CRB’s
• Avalia o grau de desenvolvimento da criança;
• Identifica relações de contingência relacionadas a 
queixa
• Identificar as características das interações 
estabelecidas com pessoas significativas
• Identificar sentimentos, sensações, pensamentos 
da criança
• Identificar conceitos, auto-regras
Recursos Lúdicos
• Verificar o aparecimento de reações 
emocionais
• Analisar comportamentos públicos e 
privados em determinadas situações
• Avaliar a relação terapêutica
A Brincadeira como estratégia de Intervenção 

• Procedimentos
– Modelação
– Esvanecimento (fading)
– Modelagem;
– Bloqueio de Esquiva.
Algumas estratégias Lúdicas
• Formas, completar, interpretar, recontar 
histórias em quadrinhos...
• Brincar com bonecos, bichos e casinha de 
bonecas.
• Argila, massa de trigo...
• Dramatização
• Viagens da fantasia
• Atividades fora da clínica (parque, cinema...)
Algumas estratégias Lúdicas
• Desenhos com base em fantasias os vivências 
pessoais
• Trazer amigos para realizar atividades nas sessões;
• Mímica, imitações de bichos...
• Pintura
• Interpretação de músicas, poesias, textos, 
superstições, ditados populares, expressões...
• Analisar sonhos
• Construir painéis
• Realizar registros
• Assistir a filmes
Registros
• Recurso custoso
• Ajuda a criança a observa-se tanto em 
suas dificuldades quando em seus 
progressos;
• Ajuda os pais a identificarem as 
consequências apresentadas para os 
comportamentos dos filhos
• O Uso de consequência arbitrárias
Quando encerrar a Terapia?
Orientação de pais inserido no processo 
terapêutico
• Início do processo
• Frequência depende da necessidade do 
caso (em geral, mensal)
• Variáveis para decisão
- Idade da criança
- Disponibilidade dos pais
- Tipo de queixa
Orientação de pais inseridos no processo 
terapêutico
• Quem participa?
- Nos primeiros contatos: cuidadores diretos 
- No decorrer do processo:
 Avós, babás, irmãos, etc.
 Depende da aceitação da cça e 
cuidador
 Grau de proximidade
 Grau de importância para o processo
Orientação de pais alternativa à terapia 
infantil
• Frequência: em geral, semanal
• Criança muito pequena e não verbal
• Criança que não quer vir a terapia
• Ajustes nos comportamentos dos 
familiares
• Quando o “problema” é principalmente 
dos pais. 
Objetivos
• Coleta de dados
• Identificar problemas familiares que 
afetam a criança
• Alterar contingências
• Ensinar técnicas
• Gerar autoconhecimento
• Ensino de habilidades aos pais 
Porque da orientaçãode pais?
• Estão em contato com a criança mais tempo
• São ambientes no qual a criança responde 
(SD)
• Dispõe de consequência para o responder: 
reforçamento, punição, modelagem.
• Podem ajudar a criança a generalizar 
comportamento para outros ambientes.
• Oferecem modelo comportamental a ser 
imitado (aprendizagem vicariante)
Porque da orientação de pais?
• No nível motor: responsáveis pela 
estimulação
- Oportunidades para movimentar-se
- Atividade que auxiliam na preparação escolar 
com coordenação motora fina
No nível verbal: responsáveis pela 
aprendizagem
de operantes, principalmente: tatos, mandos, 
intraverval. 
 Porque da orientação de pais?
• No nível da interação social: responsáveis pelas 
habilidades sociais
- Amizade
- Regras sociais
• Na preparação escolar
• Aprendizagem da leitura e escrita
• Importância dada aos estudos/escola
• Disciplina: permanência sentado, seguimento de 
regras, tarefas de casa, autonomia.
• Independencia: capacidade de ficar com outras 
pessoas
Porque da orientação de pais
• Na formação de conceitos
• Auto observação
• Auto descrição
• Controle privado do responder
• Auto conceito: quem sou eu (rótulos)
Estratégias utilizadas na orientação à 
pais
• Psicoeducativas
• Técnicas e procedimentos em sessão
• Ensino de técnicas a serem utilizadas em 
casa
• Análise funcional (micro e macroanálise): 
comportamento como aspectos biológicos, 
história de vida, aspecto cultural.
• Explicar conceitos comportamentais (uso de 
história/figuras).
Estratégias utilizadas na orientação à 
pais
• Empatia: não somos juízes (não existem 
culpados nem vitimas);
• Autoconhecimento.
Dificuldades e limitações ao se trabalhar 
na orientação de pais
• Quando não ouvem o terapeuta
- Monopolizam a sessão (falam demais)
- Discordam de tudo: é, mas…
- Fingem entender e aceitar o que é dito: 
continuam fazendo a mesma coisa
Dificuldades e limitações ao se trabalhar 
com orientação de pais
• Quando que emitem tatos distorcidos
- Observação distorcida
- Forte controle para regras rígidas
- Mentira
Dificuldades e limitações ao se trabalhar 
com orientação de pais
• Conflitos conjugais
• Situações econômicas
• Dependência química
• Problemas de saúde, especialmente 
transtornos psiquiátrico: depressão, 
transtornos de humor, … 
Dificuldades e limitações ao se trabalhar 
com orientação de pais
• Pais cuja terapia tem a função de:
-Delegar a responsabilidade pela mudança 
(solução do problema)
- Negligenciar (sem comprometimento)
• Práticas parentais
- Opostas
- Negligentes
- Pais com dificuldades de seguir regras
Vantagens em se trabalhar com pais
• Possibilidade de alterar as contingências 
de reforçamento que mantém o 
comportamento inadequado da criança.
Uso de instrumentos padronizados
• Quando usar?
- Quando se quer sistematizar e padronizar a 
coleta de dados;
- Clientes que falam e se expressem pouco
• Qual a importância?
- Evocação de comportamentos de auto 
observação ou descrição (tatos) de 
comportamentos ou estados corporais sentidos
Uso de instrumentos padronizados
• Qual a importância?
- Identificação de tatos distorcidos
- Descrição de comportamentos e situações 
controladora da vida da pessoa.
- Pode ocorrer modelagem do 
comportamento verbal quando fica sob 
controle das consequências diferenciais do 
terapeuta 
Uso de instrumentos padronizados
• Exemplos:
- Sistema multimídia de habilidades sociais de 
crianças (IMHSC);
- Inventário de habilidades sociais para adolescentes 
(IHSA);
- Teste de desempenho escolar (TDE);
- Escala de transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH).
Ambiente terapêutico infantil
• A sala
- Que possibilite o atendimento da criança e 
dos pais;
- Poucos estímulos para não concorrer com as 
“atividades” e/ou terapeuta;
- Longe de ruídos ou interferências externas;
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
Ambiente terapêutico infantil
• Materiais
1) Jogos 
- Desenvolvimento motor
- Desenvolvimento habilidades acadêmicas
- Desenvolvimento de habilidades sociais
Ambiente terapêutico infantil
• Materiais
2) Livros para usar com as crianças
- Clássicos infantis;
- Toc toc, Plim plim;
- Meu primeiro livro de psicoterapia ;
- Coleções: O que fazer quando…
 Se ligue em você: 1,2 e 3
Ambiente terapêutico infantil
• Materiais
3) Livros para usar com os pais
- Eduque com carinho. Lídia Weber;
- Limites sem trauma. Tania Zagury;
- Compreendendo seu filho. Silvia Canaan;
Roteiro de entrevista clinica inicial
1 Identificação
- Criança: nome, idade, escolaridade
- Pais: Nome, idade, escolaridade, profissão, religião
- Irmãos: idem
2 Histórico da queixa 
- Descrição do problema
- Frequência e intensidade 
Roteiro de entrevista clínica inicial
3 Histórico da saúde
- Parto
- Doenças e tratamentos
- Marcos do desenvolvimento (quando 
engatinhou, andou, falou).
- Comportamento alimentar
Roteiro de entrevista clínica inicial
4 Histórico da vida familiar
- Como é o relacionamento familiar
- Afinidades e preferências
- Características comportamentais dos membros
- Relacionamento da criança com os cuidadores
- Quem tem o papel de estabelecer regras e limites
- Como a criança se comporta diante das regras
- Já morou com outra família
- Hábitos familiares
Roteiro de entrevista clínica inicial
5 Histórico educacional 
- Escola atual e passadas
- No caso de mudanças o que motivou
- Adaptação escolar
- Relação com colegas e professores
- Como é a relação com a escola e os estudos
- Desempenho escolar
- Dificuldades
Roteiro de entrevista inicial
6 Histórico de amizade
- Se tem amigos
- Mantém relacionamentos
- Como se comporta no grupo social
- Aceitação do grupo em relação a criança
Roteiro de entrevista clínica inicial
7 Histórico de lazer
- O que gosta de fazer
- O que costuma fazer
- Como se comporta quando está em 
programa que não gosta
- Como os pais participam do lazer da 
criança
O Que mais devemos investigar?
• Outras queixas – Queixas da criança sobre os 
pais – características das exigências 
parentais.
• Recursos comportamentais do clientes – 
comportamentos que podem ajudar na 
superação do problema.
• Expectativas quanto a terapia
• História de interação dos pais com os avós

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