ROTEIRO MORFO PELE E ANEXOS 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ
MEDICINA
LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL
Instrutores do Laboratório Morfofuncional
Prof. Railson Acioli de Souza
Profa. Ilce Moreira
Prof. Nelson Abrahão da Penha
Prof. Wellington Oliveira
ROTEIRO DE ATIVIDADES
MÓDULO IV – PELE E ANEXOS
2. 2017
2° ETAPA
Pró-Reitoria Acadêmica
Coordenadoria de Graduação
Área de Ciências Ambientais, Biológicas e da Saúde
CURSO DE MEDICINA
MD2- Módulo IV - Problema 01 (2.2017)
OBJETIVOS DO LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL:
Neste roteiro, o aluno deverá realizar a macro análise e microanálise da pele, no que concerne a sua camada epidérmica, com seus respectivos estratos, camada dérmica com as suas subcamadas, bem como, contemplar a morfofisiologia da hipoderme. Para realizar a referida investigação, o aluno deverá fazer uso de recursos didáticos (livros textos e atlas de histologia) banners e peças anatômicas, modelos anatômicos, lâminas histológicas e pesquisas de sites eletrônicos na internet (http://www.sciencephotolibrary.com/; http://www.scielo.br) e responder os seguintes objetivos:
Identificar a morfofisiologia de epiderme, elucidando os aspectos morfofuncionais de seus estratos/camadas: basal, espinhoso (camada espinhosa), granuloso e córneo/lúcido; 
Estrato basal: ou estrato germinativo: 
Constituída por células prismáticas ou cuboides, basófilas, repousando 
As células são pequenas e cúbicas a colunares baixas. Elas tem menos citoplasma do que as células da camada acima dela. Núcleos intimamente espaçados, em combinação ao citoplasma basofílico, conferem basófila ao estrato basal. Suas células contém várias quantidades de melanina. 
O estrato basal é representado por uma única camada de células que repousa sobre a lamina basal. Ele contem células tronco, a partir das quais novas células , os queratinócitos , se originam por divisão mitótica. A partir dssas divisões eles se movem para dentro da camada seguinte, terminando quando a célula se torna uma célula queratinizada madura e é finalmente descamada na superfície da pele.
Estrato espinhoso: tem pelo menos algumas camadas de espessura. Os queratinocitos são maiores que os da camada basal. Eles exibem numerosos prolongamentos citoplasmáticos ou espinhosos citoplasmáticos, os prolongamentos são fixados aos prolongamentos espinhosos da célula vizinha por desmossomos e em conjunto, aparecem como pontes intercelulares. A medida que amadurecem e se movem para a superfície , elas aumentam de tamanho e se tornam achatadas em um plano paralelo a superfície.
Estrato granular: é a camada mais superficial da porção não queratinizada da epiderme. A espessura dessa camada varia de uma a três células. Os queratinocitos nessa camada contem numerosos grânulos de querato-hialina. Esses grânulos contem proteínas ricas em cistina e em histidina , que são as precursoras da proteína filagrina, que agrega os filamentos de queratina presentes dentro das células cornificadas do estrato córneo. Esses grânulos tem formato irregular e tamanho variável e tem intensa coloração basofílica.
Estrato córneo: consiste em células pavimentosas anucleadas em grande parte preenchidas com filamentos de queratina. Suas células são as mais diferenciadas na pele. Elas perdem seus núcleos e as organelas citoplasmáticas e tornam-se quase completamente preenchidas com filamentos de queratina. Sua MP é revestida externamente , por uma camada extracelular de lipídeos que forma a principal barreira hídrica da epiderme.
A espessura dessa camada é a que constitui a maior diferença entre a epiderme da pele grossa e da pele fina.
Estrato lúcido: subdivisão do córneo , bem mais visualizado em pele grossa. Ele sw cora precariamente e contem células eosinofílicas nas quais o processo de queratinização é bem avançado. O núcleo e suas organelas se rompem e desaparecem a medida que a célula gradualmente é preenchida com queratina.
Descrever a morfofisiologia da camada dérmica, evidenciando as diferenças morfológicas de suas subcamadas: derme papilar e derme reticular;
A derme é o tecido conjuntivo onde se apoia a epiderme e une a pele ao tecido celular subcutâneo ou hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo com a região observada, atingindo no máximo 3mm na planta do pé.
DIVIDA EM DUAS CAMADAS:
Camada papilar: é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme a epiderme. 
Camada reticular: é a mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas contem muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em parte éla elasticidade da pele. Alem dos vasos sanguíneos, linfáticos e dos nervos, também são encontradas na derme estruturas derivadas da epiderme como : o folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
 
Caracterizar a principal diferença entre os tecidos conjuntivos predominantes nas camadas da derme reticular e derme papilar;
Camada papilar: é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. São moléculas de colágeno tipo I e II. As fibras elásticas são filiformes e formam uma rede irregular. É a camada mais superficial. 
 Camada reticular: é a mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso.
Situa-se profundamente a camada papilar, caracterizada por feixes grossos e irregulares de fibras de colágeno do tipo I, principalmente, por fibras elásticas mais grossas.Elas foram linhas regulares de tensão na pele denominada linhas de langer.
Identificar a morfofisiologia das células encontradas na camada dérmica da pele: fibroblastos e fibrócitos;
Descrever a morfofisiologia da hipoderme: localização, composição tecidual e importância funcional;
Ela se localiza profundamente a derme e é equivalente a fáscia subcutânea. É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apóia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo, que quando desenvolvida , constitui o panículo adiposo, o qual modela o corpo, serve como reserva de energia e proporciona proteção contra o frio.
Identificar em quais regiões do corpo são encontradas as peles grossa e fina;
A espessura da pele varia na superfície do corpo, de menos de 1 mm a mais de 5mm ,A pele é evidentemente tanto macroscópica quanto histologicamente diferente em duas localizações: as palmas dos pes e as solas dos pes. As quais estão mais sujeitas a abrasão, são desprovidas de pelo e tem uma camada epidérmica muito mais espessa que a da pele em qualquer outro local.
Pele grossa: desprovida de pelos , encontrada na porção superior das costas onde a derme é extraordinariamente grossa. 
Pele fina: epiderme mais delgada, contem folículos pilosos em praticamente todos os locais, exceto alguns. Locais como pálpebras e a parte superior das costas.
07-Após a análise microscópica das lâminas nº106 e nº105:
a)Caracterizar as diferenças histológicas entre a pele fina e a pele espessa;
Pele grossa:
-estrato lucido
-processo de queratinização avançado
-Núcleo e organelas se rompem e desaparecem a medida que a célula é preenchida com queratina;
-Se cora precariamente;
-Aparência refrátil;
-Contém células eosinofílicas;
-Não possui folículos pilosos, músculos eretores do pelo e glândulas sebáceas. Porém, possui glândulas sudoríparas.
Pele fina:
-Possui folículos pilosos, músculos eretores do pelo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
-Tem o estrato córneo delgado e não possui um estrato lúcido e um estrato granuloso bem definidos, apesar de células individuais dessas camadas estarem presentes em seus locais apropriados.
b)Após a análisemicroscópica das lâminas no 106 (pele fina) e nº 105 (pele espessa), identificar e comparar a relação de proporcionalidade de queratina com a espessura da pele.
c)Identificar e caracterizar a morfofisiologia dos estratos (camadas) que compõem a epiderme da pele fina: basal, espinhoso (camada espinhosa), granuloso e córneo (Fotomicrografia 1);
CAMADA BASAL( GERMINATIVA)
-Constituida por células prismáticas ou cuboides, basófilas, repousando sobre a membrana basal, rica em células tronco(stem cells) da epiderme;
-Apresenta intensa atividade mitótica;
-Contém filamentos intermediários de queratina que vão se tornando mais numerosos a medida que a célula avança para a superfície.
CAMADA ESPINHOSA 
-Constituídas por células cuboides, ligeiramente achatadas, núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contem feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos);
-Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantem unidas com as das células vizinhas por meio dos desmossomos;
-Os filamentos de queratina e os desmossomos tem importante papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito;
-Existem células tronco dos queratinócitos, e as mitoses ocorrem na camada basal, e em um menor numero, na camada espinhosa.
CAMADA GRANULOSA
-Contém apenas 3-5 camadas de células poligonais achatadas, com núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos chamados, grânulos de querato-hialina, que são envolvidos por membrana;
-Os grânulos de querato-hialina, contém uma proteína rica em Histidina fosforilada e também proteínas contendo cistina;
-Os numerosos agrupamentos fosfato dessa histidina são responsáveis pela basofilia da querato-hialina;
- Outra caracaterística das células da camada granulosa são os 
- Outra característica delas são os GRÂNULOS LAMELARES que contém DISCOS LAMELARES formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana;
-Obs: esses grânulos se fundem com a membrana celular e expulsam seu conteúdo para o espaço intracelular da camada granulosa onde o material lipídico se deposita, impedindo a desidratação do organismo por contribuir com a formação de uma barreira contra a penetração de substancias e tornando-a permeável a água.
CAMADA CORNEA 
-Espessura muito variável;
-Constituida por células achatadas, mortas e sem núcleo;
-O citoplasma dessa célula, é repleto de queratina de peso molecular maior em relação a células da camada basal.
d)Identificar e descrever a morfofisiologia os estratos que constituem a epiderme da pele espessa: basal, espinhoso (camada espinhosa), granuloso, córneo e lúcido (Fotomicrografia 2); 
e)Identificar as características morfofisiológicas do estrato (camada) espinhosa (Fotomicrografia 4);
f)Identificar e caracterizar as camadas da derme e respectivos tecidos constituintes: derme papilar e derme reticular (Fotomicrografia 3);
g)Identificar histologicamente os fibroblastos e fibrócitos que compõem a derme papilar e reticular (Fotomicrografia 4);
h)Identificar a hipoderme com suas características morfofuncionais (Fotomicrografia 5).
08-Identificar as características histopatológicas das feridas, bem como das fases da cicatrização, com o apoio dos artigos observados nos links abaixo: http://www.scielo.br/pdf/abcd/v20n1/10.pdf;
http://books.scielo.org/id/23wpg/pdf/rodrigues-9788561673680-04.pdf
LER ARTIGO SOBRE CICATRIZAÇÃO
09-Com o auxílio de altas e livros textos de anatomia e histologia, imagens e modelos do lab. Morfofuncional, identificar e caracterizar a inervação da pele; 
A pele é dotada de receptores sensoriais de vários tipos que são terminais periféricos dos nervos sensoriais. Ela também é suprida com terminações nervosas motoras para os vasos sanguíneos , músculos eretores dos pelos e glândulas sudoríparas.
Terminaçoes nervosas livres: As terminações nervosas livres são os receptores neurais mais numerosos na epiderme. Elas na epiderme terminam no estrato granular. Elas tem esse nome pois são desprovidas de um tecido conjuntivo ou de um revestimento de células de schwann. Essas terminações neuronais servem a múltiplas modalidades sensoriais, incluindo o tato fino, calor e frio, sem uma distribuição morfológica aparente para elas. 
Terminaçoes nervosas encapsuladas: as quais estão envolvidas em uma capsula de tecido conjuntivo:
Os corpúsculos de pacini, que detectam alterações de pressão e vibrações aplicadas a superfície cutânea;
Os corpúsculos de meissner, que são responsáveis pela sensibilidade ao tato leve;
Os corpúsculos de ruffini, que são sensíveis ao estiramento e ao torque na pele.
10-Correlacionar os receptores sensoriais com suas respectivas funções, bem como a distribuição dermatomérica como observado nas imagens abaixo.
Corpusculo de pacini: são grandes estruturas ovoides encontradas na derme mais profunda e da hipoderme (especialmente na ponta dos dedos), no tecido conjuntivo em geral e em associação as articulações , periósteo e órgãos internos.
Eles são compostos de uma terminação nervosa mielinizada circundada por uma estrutura capsular. Eles respondem a pressão e a vibração através do deslocamento das lamelas da cápsula. Esse deslocamento causa efetivamente a despolarização do axônio. 
Corpusculo de meissner: estão localizados dentro das papilas dérmicas e servem como receptores de tato. Esses receptores são particularmente responsivos a estímulos de baixa frequência da camada papilar da pele desprovida de pelos (lábios, superfície palmar do dedo dos pes e das mãos). Eles são cilindros afunilados e são orientados perpendicularmente a superfície cutânea. Esse corpúsculo esta presente nas papilas dérmicas imediatamente abaixo da lamina basal epidérmica. 
Corpusculo de ruffini: respondem ao deslocamento mecânico das fibras de colágeno adjacentes. São os mecanorreceptores encapsulados mais simples. Tem formato fusiforme alongado, estruturamente, consistem em uma fina capsula de tecido conjuntivo que envolve um espaço repleto de liquido. Eles pertencem funcionalmente a família dos receptores de adaptação rápida(receptores fasicos) que geram potenciais de ação curtos do inicio e no final de um estimulo. 
Figura 1
Figura 2
Figura 3