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São Paulo 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EIDE CRISTINA SOARES DE ARAUJO 
FÁBIO BRITO GOMES DE OLIVEIRA 
GERCILEY RODRIGUES OLIVEIRA 
JANAÍNA NÁGELA PEREIRA SANTOS 
LUIS GUSTAVO TIDEI 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
CONSULTORIA EMPRESARIAL 
 
São Paulo 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSULTORIA EMPRESARIAL 
 
Produção Textual em Grupo apresentado à Universidade 
Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para 
a obtenção de média semestral. 
 
Orientadores: Professora Carla Patrícia R. Ramos 
 Professora Vanessa Vilela Berber 
 Professor Alcides José da Costa Filho 
 Professor Antonio Ricardo Catanio 
 Professor Valdeci da Silva Araujo. 
 
. 
 
EIDE CRISTINA SOARES DE ARAUJO 
FÁBIO BRITO GOMES DE OLIVEIRA 
GERCILEY RODRIGUES OLIVEIRA 
JANAÍNA NÁGELA PEREIRA SANTOS 
LUIS GUSTAVO TIDEI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
 
2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................................. 4 
 
3 DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................ 8 
 
4 CONTROLADORIA.................................................................................................10 
 
5 AUDITORIA E PERÍCIA........................................................................................14 
 
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................23 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24 
 
 
 
3 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Os investidores Jose Carlos e Robert Wilson pretendem empreender 
e para isso dispõe de um capital para investimento, estimado em R$ 1.000.000,00, 
pretendem investir em uma empresa que atue no ramo de transporte de passageiros 
municipal e interestadual, cujo objetivo principal será a prestação de serviços para 
órgãos públicos, razão pela qual deverão participar de processo licitatório para 
efetivação dos contratos de prestação de serviços de transporte. 
O intuito dos investidores dá-se em decorrência de que os mesmos 
já são detentores de várias empresas do ramo de transporte, e que desde a 
constituição das mesmas o foco foi a prestação de serviços para órgãos públicos, 
sendo que participam de licitações por todo estado em que residem. No que se 
refere a empresa que pretendem investir e sobre a possibilidade de celebração de 
contrato e de rendimento, verificaram que o edital referente ao processo licitatório a 
qual pretendem participar, prevê em uma de suas cláusulas que a remuneração 
máxima para o contrato a ser celebrado será de R$ 420.000,00, e, por conseguinte o 
faturamento mensal da empresa acabará sendo de R$ 420.000,00. 
Através desse trabalho iremos prestar consultoria para empresa 
JCRW, faremos o planejamento tributário com base no direto tributário, analisaremos 
os conceitos envolvidos na controladoria para assegurar a eficácia da empresa por 
meio da otimização de seus resultados e por fim veremos como a auditoria aumenta 
o grau de confiança nas demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
4 
2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
 
O planejamento tributário visa a redução da carga tributária da 
empresa, obedecendo a legislação tributária. Na Lei 6.404 (Lei da S/A), consta o 
planejamento tributário, mas com uma carga tributária considerada como uma das 
maiores do mundo, o Planejamento Tributário no Brasil se tornou questão de 
sobrevivência para as empresas. 
Considerando a grande importância do Planejamento Tributário, 
faremos uma análise de aspectos importantes desde a constituição da empresa e 
desta forma prestaremos todas as informações necessárias aos investidores Sr. 
José Carlos e Robert Wilson que pretendem abrir uma empresa de Transporte 
municipal e interestadual de passageiros. 
A atividade pretendida da empresa está de acordo com os CNAE ´s 
(Código de Atividade Econômica); 4921-3/01- Transporte Rodoviário Coletivo de 
Passageiros, com Itinerário Fixo, Municipal, e 4922-1/02- transporte Rodoviário 
Coletivo de Passageiros, com Itinerário Fixo, Estadual. 
A escolha correta do tipo societário é fundamental quando da 
constituição de qualquer sociedade, pois a forma de organização societária 
escolhida deve se adequar aos propósitos do empreendimento a ser criado e ao 
real interesse dos sócios. Na tabela da Receita Federal, existem cinco categorias de 
Natureza Jurídica, a categoria iniciada com o código 1 é a do tipo jurídico atribuídos 
à administração pública, iniciadas com código 2 entidades empresariais, iniciadas 
com código 3 entidades sem fins lucrativos, iniciadas com código 4- pessoas físicas 
e iniciadas com código 5 são as Instituições extraterritoriais. 
Algumas categorias de natureza jurídica se enquadram na 
Imunidade de Impostos prevista no Artigo 150 da Constituição Federal, um exemplo 
são empresas de natureza jurídica sem fins lucrativos, porém para a maioria das 
empresas com fins lucrativos, a natureza jurídica não causará impacto em sua 
tributação. 
Como a empresa envolvida neste planejamento tributário é uma 
empresa com fins lucrativos, abordaremos sobre alguns tipos de natureza jurídica 
atribuída às ENTIDADES EMPRESARIAIS voltadas às sociedades e às empresas 
individuais, a fim de explanar objetivamente o assunto mais interessante aos 
 
5 
empresários. 
Sociedade Limitada: É composta por dois ou mais sócios com a 
finalidade de explorar atividades voltadas para a produção ou circulação de bens e 
serviços. As Ltda. são regulamentadas por um contrato social que classifica os 
sócios, a forma de operação, tipo de serviço e o capital investido, os bens dos sócios 
não podem ser confundidos com as despesas contraídas pela empresa, os sócios 
respondem de forma limitada. 
Sociedade Anônima: São sociedades empresárias em que o capital 
social não é atribuído a uma pessoa específica como o caso das sociedades 
limitadas. No caso das S/A o capital social é dividido em ações, que podem se 
ordinárias, que permitem voto em assembleias a seus proprietários, ou preferenciais, 
que dão preferência no recebimento de dividendos a seus proprietários. Uma 
empresa constituída sob a forma jurídica das S/A é regida pela Lei 6.404/76. As 
sociedades anônimas sempre serão sociedades empresárias e a razão social 
sempre deverá vir acompanhada das expressões "companhia" - somente no início - 
ou "S/A". Pela sua complexidade, este tipo de sociedade é recomendado para 
grandes empresas. 
Empresária Individual: É todo aquele empresário que exerce 
atividade econômica organizada para a produção e circulação de mercadoria e 
serviço, atividade e individual sem sócio e não depende de profissional 
regulamentado. A empresa individual tem como seu pilar jurídico de representação 
patrimonial a pessoa física que denominamos de Empresário Individual, ou seja, o 
sócio responde pelos débitos da empresa. 
Empresária Individual de Responsabilidade Limitada-EIRELI: A 
EIRELI deve ter um titular, pessoa física maior de 18 anos (ou menor antecipado), 
brasileiro ou estrangeiro, e capital mínimo de 100 vezes o maior salário-mínimo do 
País – totalmente integralizado,sendo a responsabilidade do titular limitada ao valor 
do capital. A titular pessoa física não poderá ter mais de uma EIRELI. A 
administração deve ser exercida por uma ou mais pessoas podendo o administrador 
ser o próprio titular ou não. 
A natureza jurídica mais apropriada para a Transportadora de 
Passageiros é a Sociedade Limitada, pois são dois sócios e devido e os 
patrimônios das pessoas físicas envolvidas não se misturarem com os da empresa. 
As empresas brasileiras têm, garantida por lei, a possibilidade de 
 
6 
estruturar suas atividades da maneira que julgarem mais adequadas para reduzir os 
gastos com impostos. Entre as medidas legais que podem ser adotadas está a 
escolha do regime tributário — um procedimento que acontece anualmente e que, 
com o qual, é possível apurar e pagar impostos de maneira mais eficiente. No Brasil 
temos quatro tipos de regimes tributários, Lucro Real, Lucro Presumido, Simples 
Nacional e Lucro Arbitrado. 
Lucro Real: O Lucro real é o regime tributário obrigatório para 
empresas que faturam acima de R$ 78 milhões, bem como para aquelas definidas 
expressamente por Lei, independentemente do faturamento. Podem optar pelo 
Lucro real, também, as empresas que preferem que seus tributos sejam calculados 
sobre o lucro líquido obtido no período de apuração. 
Lucro Presumido: O Lucro Presumido é uma forma de tributação 
simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda - IRPJ, e 
da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas. No lucro 
presumido é denominado um percentual para definir a base de cálculo do IRPJ e da 
CSLL de acordo com a atividade da empresa; A base de cálculo da CSLL 
corresponde a: 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços 
hospitalares e de transporte e 32% e o IRPJ pode variar os percentuais de 
1,6%,8%,16% e 32%. 
Simples Nacional: É um regime menos complexo, dividido em seis 
anexos que devem ser considerados de acordo com a atividade da empresa. A 
alíquota vária de acordo com o faturamento dos últimos doze meses. É restrito a 
empresas que possuem faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, pois tem como 
finalidade desburocratizar a vida de micro e pequenos empreendedores. Alguns 
tipos de atividades são impeditivas para opção deste regime. 
Lucro Arbitrado: O arbitramento de lucro é uma forma de apuração 
da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo 
contribuinte. 
Com base nas informações fornecidas pelos sócios, faremos uma 
análise dos regimes tributários existente no Brasil e permitido para o ramo de 
atividade da empresa em questão, sendo eles o Lucro Real e Lucro Presumido, pois 
a atividade de transporte de passageiros interestadual é impeditiva para o Simples 
Nacional. 
O valor de R$ 420.000,00 foi informado pelos sócios como receita de 
 
7 
uma possível vitória ao concorrer uma licitação. Os demais valores apresentados 
foram pesquisados com dados da concorrência e do ramo da atividade, pois a 
empresa ainda está sendo constituída e não possui informações próprias para esta 
análise, abaixo os quadros comparativos, o quadro 1-Lucro Real e 2-Lucro 
Presumido, representa a atividade de transporte municipal de passageiros tributado 
pelo ISSQN-, o quadro 3-Lucro Real e o 4-Lucro Presumido, representa a atividade 
de transporte de passageiros interestadual, tributado pelo ICMS. 
Ao observar a última linha de cada quadro que corresponde ao valor 
total dos impostos, fica claro que no momento a melhor tributação para a empresa é 
a do Lucro presumido. Ao longo do ano será necessário um acompanhamento em 
relação as operações da empresa e definir novamente qual o regime tributário terá 
impacto na redução da carga tributária da empresa. 
Observações adicionais; 
-Verificamos que os dois CNAE´s da empresa ainda consta da relação de atividades 
sujeitas a desoneração da folha, porém não é viável para a empresa, levando a 
consideração a aplicação de 2% sobre o faturamento em substituição e os 20% 
sobre a folha de pagamento, devido ao valor da folha o INSS –parte patronal é mais 
vantajosa. 
- Segundo o texto da Lei nº 12.860/2013, tem-se que a alíquota zero do PIS e da 
COFINS para os serviços regulares de transporte coletivo municipal rodoviário, 
metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros, inclusive serviços no território de 
região metropolitana regularmente constituída. Medida Provisória nº 617/2013. 
 
Cenários: Lucro Real x Lucro Presumido 
CNAE: 4921-3/01- Transporte Rodoviário Coletivo de 
Passageiros, com itinerário fixo, municipal. 
 
 
8 
 
Quadro-1 Quadro-2 
 
 
Cenários: Lucro Real x Lucro Presumido 
CNAE: 4922-1/02 – Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, 
com itinerário fixo, interestadual. Início em São Paulo destino à Minas Gerais. 
Receita Bruta – Serviços R$ 420.000,00
ISSQN-Imposto Sobre Serviço de 
Qualquer Natureza 5% R$ 21.000,00
B.C. de Pis e Cofins - 420.0000 - Desp. 
Creditavéis 98.000,00 R$ 322.000,00
PIS de 0,00% R$ 0,00
Cofins de 0,00% R$ 0,00
Receita Líquida R$ 399.000,00
Folha de pagamento R$ 35.000,00
Encargos Sociais e Benefícios R$ 14.500,00
Despesas com atividade R$ 98.000,00
Lucro Líquido R$ 251.500,00
Alíquota da CSLL de 9% R$ 22.635,00
Alíquota do IR de 15% R$ 37.725,00
Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 23.150,00
Total dos Impostos Lucro Real R$ 104.510,00
Base de cálculo do Lucro Real CSLL
Base de cálculo do Lucro Real IR
LUCRO REAL
Receita Bruta – Serviços R$ 420.000,00
ISSQN-Imposto Sobre Serviço de 
Qualquer Natureza 5% R$ 21.000,00
B.C. de Pis e Cofins R$ 420.000,00
PIS de 0,00% R$ 0,00
Cofins de 0,00% R$ 0,00
Folha de pagamento R$ 35.000,00
Encargos Sociais e Benefícios R$ 14.500,00
Despesas com atividades R$ 98.000,00
Base de cálculo do Lucro Presumido 
CSLL 12% R$ 50.400,00
Alíquota da CSLL de 9% R$ 4.536,00
Base de cálculo do Lucro Presumido 
IR 16%
R$ 67.200,00
Alíquota do IR de 15% R$ 10.080,00
Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 4.720,00
Total dos Impostos Lucro Presumido R$ 40.336,00
LUCRO PRESUMIDO
 
9 
 
Quadro-3 Quadro-4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receita Bruta - Serviços R$ 420.000,00
ICMS 12% R$ 50.400,00
B.C de Pis e Cofins - 420.0000 - Desp. 
Creditavéis 98.000,00 R$ 322.000,00
PIS de 1,65% R$ 5.313,00
Cofins de 7,60% R$ 24.472,00
Receita Líquida R$ 339.815,00
Folha de pagamento R$ 35.000,00
Encargos Sociais e Benefícios R$ 14.500,00
Despesas com atividade R$ 98.000,00
Lucro Líquido R$ 192.315,00
Alíquota da CSLL de 9% R$ 17.308,35
Alíquota do IR de 15% R$ 28.847,25
Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 17.231,50
Total dos Impostos Lucro Real R$ 143.572,10
LUCRO REAL
Base de cálculo do Lucro Real CSLL
Base de cálculo do Lucro Real IR
Receita Bruta - Serviços R$ 420.000,00
ICMS 12% R$ 50.400,00
B.C.o de Pis e Cofins R$ 420.000,00
PIS de 0,65% R$ 2.730,00
Cofins de 3% R$ 12.600,00
Folha de pagamento R$ 35.000,00
Encargos Sociais e Benefícios R$ 14.500,00
Despesas com atividades R$ 98.000,00
Base de cálculo do Lucro 
Presumido CSLL 12% R$ 50.400,00
Alíquota da CSLL de 9% R$ 4.536,00
Base de cálculo do Lucro 
Presumido IR 16% R$ 67.200,00
Alíquota do IR de 15% R$ 10.080,00
Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 4.720,00
Total dos Impostos Lucro Presumido R$ 85.066,00
LUCRO PRESUMIDO
 
10
3 DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
Como os investidores pretendem atuar no ramo da prestação de 
serviço municipal e interestadual, sempre haverá durabilidade no recolhimento de 
tributos porque a prestação de transporte de passageiro é realizadoem jurisdições 
diferentes, sendo muito importante os esclarecimentos tributários aos investidores, 
seja em razão da atividade a ser explorada que ensejará a tributação do Imposto 
Sobre Serviço de Qualquer Natureza –ISS de competência tributária municipal, e o 
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS da competência estadual. 
Quando esta futura empresa prestar serviço única e exclusivamente 
de transporte municipal com a Administração Pública, ocasionará a cobrança do ISS, 
conforme artigo 156, inciso III da Constituição Federal, que atribui a competência 
tributária e que tem sua seguinte redação: 
Art.156. Compete aos Municípios instituir imposto sobre: 
(...) 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, 
II, definidos em lei complementar. 
Com a leitura do dispositivo constitucional temos a definição que 
compete aos Municípios a competência sobre o ISS e que sua definição será 
mediante Lei Complementar, que foi instituída e regulamenta o ISS no País, 
trazendo a tabela de atividades passíveis de cobrança deste tributo, ou seja, as 
Administrações Públicas e contribuintes têm embasamento legal para disciplinar as 
regras do ISS.“ 
Ainda sobre o dispositivo constitucional na sua parte final diz que 
sua definição será mediante Lei Complementar, assim o Congresso Nacional 
aprovou a LC 116/2003 que disciplina o ISS. 
A cobrança do ISS da empresa dos futuros investidores, se dará no 
próprio local da prestação do serviço de transporte quando este for municipal, 
atendendo os requisitos do Art. 3º, inciso XIX da LC 116/2003 em sua lista anexa no 
subitem 16.01 que prevê o imposto na execução de transporte de natureza 
municipal. 
Portanto, a nova empresa quando prestar o serviço de âmbito 
municipal ao próprio órgão terá que recolher o Imposto Sobre Serviço a esta mesma 
 
11
Administração Pública, respeitando o local do fato gerador devido o início da 
prestação do serviço tenha iniciado e terminado no mesmo município. 
Como nossos clientes pretendem explorar o serviço de transporte de 
passageiros municipal em contrato com a municipalidade após processo licitatório, 
não seria coerente a própria Administração Pública contratante tributar o serviço e 
onerar ao público em geral o custo do serviço. 
Nesse sentido o ilustre Professor Hugo de Brito Machado em sua 
obra, explana sobre a cobrança do ISS no serviço público: 
“Como se vê, pretende-se que o ISS inicia sobre serviços públicos – 
o que constitui verdadeiro absurdo, pois implica onerar o custo destes, que, por 
serem serviços públicos, devem ser prestados ao usuário final pelo menor preço 
possível, pois se destinam a atender a necessidades essências da população”. 
(2004, p.381). 
Após a leitura da doutrina acima, é patente que tem a previsão legal 
da cobrança do ISS para nosso cliente quando exercer suas atividades, porém as 
Administrações Públicas deveriam ser menos gananciosas e exigir menos 
arrecadação tributária a fim de reverter em benefício aos municípios. 
Nosso cliente pretende exercer sua atividade na cidade de São 
Paulo e esta municipalidade já tem diversas legislações no que diz respeito do ISS, 
sobre sua cobrança, alíquota, fato gerador, isenção, etc. 
A legislação tributária do Município de São Paulo é muito esparsa no 
tocante ao ISS, visto que a atividade de transporte de passageiro, dentro do território 
do município, item 16.01 da tabela anexo da LC 116/2003 esta na instrução 
normativa da Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo SF/SUREM nº 
15/2015 que atribui as empresas que prestem serviço do item 16.01 da Lei 
Complementar do ISS terá uma alíquota de 5%, ou seja, o máximo permitido. No 
entanto, a Lei municipal nº 16.127/2015 no seu artigo 2º é expressa na concessão 
de isenção ao imposto do ISS sobre o serviço de transporte público de passageiros 
realizado pelas empresas que exploram o sistema de transporte público no 
Município de São Paulo desde que sejam concessionárias ou permissionárias da 
própria municipalidade. Portanto, com a redação e leitura da legislação municipal o 
ramo de atividade pretendido pelos nossos empreendedores se enquadra 
perfeitamente na concessão da isenção ao ISS. 
Por outro lado, os empreendedores José Carlos e Robert Wilson 
 
12
também pretendem diversificar sua gama de serviços e projetam explorar a atividade 
de prestação de serviço de transporte de passageiro no campo interestadual, ou 
seja, a prestação de serviço terá início e término em unidades federativas diferentes, 
surgindo dúvidas no que tange o conflito da competência tributária. 
É pacífico o entendimento que o transporte de passageiro 
interestadual enseja a cobrança do ICMS, apesar de que propriamente dito é um 
serviço de transporte, é devido o tributo da Circulação de Mercadoria e Serviço. 
Ocorre que o “S” da abreviação deste imposto adveio com a promulgação de nossa 
Carta Magna no seu artigo 155, inciso II, tem a seguinte redação: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto 
Sobre: 
(...) 
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que 
as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
Visando corroborar sobre a previsibilidade constitucional da 
cobrança do ICMS no transporte interestadual, o professor Hugo de Brito Machado 
nos ensina: 
“Na Constituição de1988 ele está entre os impostos da competência 
dos Estados e do distrito Federal e teve o seu âmbito ampliado, passando a 
abranger, também, as prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação. Com isto a sigla ICM foi substituída por ICMS”. 
(2004, p. 344). 
Com a leitura da nossa Constituição Federal e com embasamento 
doutrinário, aqueles que prestarem serviço de transporte de passageiro interestadual 
acarretarão na cobrança do ICMS, não restando dúvida diante a previsibilidade 
legal. 
Ademais, vale trazer à baila a Lei Complementar nº 87 de 1996 que 
regulamenta o imposto ICMS em nosso País, de competência dos Estados e do 
Distrito Federal no seu artigo 2º, inciso II: “Art. 2º. O Imposto incide sobre: II – 
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, 
de pessoas, bens, mercadorias ou valores;” 
Para efeito de conhecimento, a Lei Complementar nº 87/1996 que 
regulamenta o ICMS também é conhecida como Lei Kandir. 
 
13
No caso em tela, a prestação de serviço no transporte de 
passageiros, o imposto ICMS será devido ao Estado onde se iniciar a prestação do 
serviço. Para tanto, consideram-se locais de início da prestação de serviço de 
transporte de passageiros aqueles onde se iniciarem trechos da viagem indicados 
no bilhete de passagem. 
Em nossa unidade federativa, o Estado de São Paulo, temos o 
regulamento do ICMS – RICMS de 2000, que normatiza o imposto ICMS no Estado. 
Este regulamento é o decreto estadual 45.490/2000 e no seu artigo 54, inciso I, 
atribui a alíquota na prestação de serviços de transporte com início na jurisdição do 
Estado de São Paulo, conforme transcrição do artigo 54 do decreto estadual paulista 
RICMS/2000: 
Art. 54. Aplica-se a alíquota de 12% (doze por cento) nas operações 
ou prestações internas com os produtos e serviços adiante indicados, ainda que se 
tiverem iniciado no exterior (...) 
I – serviços de transporte 
Ainda no campo tributário a empresa poderia em tese fazer jus ao 
benefício fiscal ao ser enquadrada como optante do Simples Nacional, a qual 
recolherá o ISS e/ou ICMS de forma indireta através de alíquotas redutoras em guia 
única. Primeiramente para aderir ao Simples Nacional a empresa deverá 
juridicamente enquadrar-se como ME ou EPP, com faturamento anual de R$ 
360.000,00 e R$ 3.600.000,00, respectivamente, atendendo os requisitos da LC123/2006 e estaria inserida em razão da atividade no anexo III da referida Lei 
Complementar. 
Diante do exposto, não recomendamos a opção da empresa pelo 
Simples Nacional, dado que a expectativa de faturamento anual é de R$ 
5.040.000,00, superando os limites atribuídos em lei, uma vez que a partir do 9º mês 
com a expectativa de faturamento, a empresa de nossos investidores superaria o 
limite permitido por lei e automaticamente seria desenquadrada do Simples 
Nacional, não restando alternativa de adoção a tributação pelo Lucro Presumido ou 
Lucro Real. 
 
 
 
14
4 CONTROLADORIA 
 
 
Segundo informações fornecidas pela empresa JCRW, que tem 
como objetivo a efetivação de contrato onde o faturamento máximo mensal será de 
R$ 420.000,00 com a prestação de serviço Rodoviário terrestre Municipal e 
Interestadual para órgãos públicos por licitação apresentando um plano com maior 
agilidade e economia e o qual apresente garantia de retorno sob patrimônio liquido, 
com condições de liquidar os custos totais mensais e com a obtenção de lucro 
suficiente para que a saúde financeira da empresa não corra qualquer tipo de risco. 
Para alcançar o objetivo de ingressar ao serviço Público segue 
modelo de planejamento a ser adotado para maior eficiência dos serviços prestados. 
Modelo de Gestão: Empresa constituída com dois Sócios, com 
modelo de responsabilidade limitada, tributada pelo lucro “Presumido”, representada 
por 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares 
e de transporte e 32% e o IRPJ podendo variar os percentuais de 1,6%%, 8%%, 
16% e 32%. 
Será necessária a implementação de controle de gastos, controles 
de aquisição e controles de investimentos. 
Para combustível será necessário criar uma planilha de Km origem/ 
destino, para assegurar a eficiência das viagens realizadas, será necessário a 
implementação de GPS de localização garantia que a rota foi realizada conforme 
previsto. Controle de Gastos dos Funcionários, se todos os gastos estão 
devidamente aprovados pelo seu superior imediato e estão dentro da Política de 
Gastos Internos. 
Para Aquisição e controles de investimentos, será necessário um 
levantamento do investimento requerido comprovando a real necessidade da 
aquisição, se está sendo realizada a melhor contratação/ compra (sugerido a 
realização de 3 cotações), qual serão seus impactos nos lucros e qual será a 
modalidade de pagamentos. Sempre visando à menor utilização do Ativo Circulante 
da Empresa visando estar dentro da possibilidade de pagamento da empresa, e 
realizando a provisão dos gastos. Todas as compras de Não comercializáveis, 
Aquisição ou Investimentos devem decorrer conforme as Políticas Internas da 
empresa, para assegurar sempre o melhor negócio e com aprovação de todos os 
 
15
Sócios em comum acordo. E por fim serem apreciadas pela área de Controladoria 
para verificar se de fato transcorreu dentro das Políticas internas. 
Todas as informações da empresa deverão estar disponibilizas 
dentro de um sistema, devidamente capacitado para garantia que as informações 
sejam disponibilizadas assim que solicitadas tanto pela a área de controladoria tanto 
pela área de auditória interna ou externa. Tal sistema deverá armazenar as 
informações das viagens realizadas, quais foram os gastos para que essa viagem 
acontecesse contemplando desde utilização do meio de viagem (ônibus, Van e etc.) 
quanto foi necessário de combustível, pedágio (se existir) e manutenção a serem 
realizados após a viagem, serviços prestados tanto do motorista tanto pelo o 
atendimento ao cliente (DPTO. Pessoal), todos os deverem tributários, enfim deve 
expressar o real gasto das viagens e o real ganho de todas as viagens. Também 
neste sistema deverá contemplar o patrimônio da empresa, todos os ativos tanto 
circulantes ou não. 
Todas as informações disponibilizadas no sistema serão de 
utilização para o acompanhamento e tomadas de decisões dos responsáveis da 
empresa, isto deverá ser utilizado como base de informações. Através destas 
informações será possível desenhar a estratégia a ser adotada pela empresa 
visando o Lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
16
5 AUDITORIA E PERÍCIA 
 
 
A auditoria fiscal é elemento crucial da auditoria contábil, que analisa 
e avalia não apenas os aspectos fiscais, mas todos os itens relativos à gestão 
administrativa de uma empresa. É uma ferramenta imprescindível para os negócios, 
através dela é possível verificar se há acúmulos de contingências fiscais e 
tributárias, para saber se há alguma pendência ou se alguma vantagem fiscal não 
está sendo aproveitada. Assim, todo o procedimento tributário da sua empresa é 
checado e verificado para procurar o que pode ser poupado ou revisto. 
A auditoria fiscal tem por objetivo garantir que todas as obrigações 
tributárias da empresa estão sendo cumpridas de acordo com a legislação, e pode 
ser feita de modo preventivo ou corretivo. Se for feita de forma preventiva, ela evitará 
problemas de falhas e fraudes posteriores. Caso sejam encontrados erros, ela 
também atuará de forma corretiva, indicando onde ocorreu a falha, por qual motivo 
provável ela ocorreu e como deverá ser solucionada. 
A auditoria fiscal possui um lado muito benéfico, para o qual muitos 
gestores acabam não atentando. Isso porque, ao controlar o bom andamento dos 
procedimentos legais, ela também cuida da recuperação de impostos pagos 
indevidamente ou a valor maior. Ela permite, por exemplo, levantar créditos 
tributários ignorados pela Contabilidade que poderiam ser reavidos ou 
compensados. Permite também conferir se a sociedade empresarial evita, de forma 
eficiente, o cálculo de seus tributos sobre eventuais subvenções e incentivos fiscais 
no patrimônio líquido, muitos empresários inexperientes acabam escolhendo 
regimes tributários diferentes do que deveriam. Por exemplo, se uma empresa 
pequena optar por Lucro Presumido e não por Simples Nacional, isso faz com que a 
arrecadação do Estado sobre ela seja maior do que deveria e tributos 
desnecessários acabam atrapalhando o crescimento de qualquer negócio. 
Uma vez que a Receita Federal constate quaisquer irregularidades 
tributárias nos documentos fiscais da organização, ela própria procede a auditoria 
fiscal e, de acordo com as irregularidades, aplica as penalidades cabíveis. De acordo 
com o artigo 142 do Código Tributário Nacional: 
“Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
 
17
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor aplicação da penalidade cabível”. 
A auditoria é realizada por um profissional interno, contratado para 
isso, ou por auditoria externa. Neste caso o mais indicado é um contador, que 
saberá avaliar cada detalhe que precisa ser observado. Ele fará uma análise 
minuciosa, dividida entre as áreas operacionais, focando em encontrar possíveis 
fraudes, falhas ou brechas que possam prejudicar a lisura da empresa. Ele poderá 
indicar também estratégias tributárias para que sua empresa possa trabalhar em um 
planejamento futuro, encontrando formas mais sustentáveis de arcar com essas 
despesas legais. Esse profissional deve agir de forma independente da 
administração central da organização. 
A auditoria fiscal analisa tanto os tributos diretos e indiretos, bem 
como a obrigação principal e as obrigações acessórias. Somente essa averiguação 
ampla, em forma de simulação, pode assegurar a real apuração e o correto 
recolhimento de valores. Através da avaliação dos tributos, ele poderá propor 
soluções e indicar possíveis reformulações para melhorar a estratégia tributáriae 
economizar recursos para a sua empresa. O foco costuma ser em impostos como 
Pis, Cofins, IRPJ, CSSL, IPI, II, IOF, ITR, IRPF, DIPJ, DCTF, Dacon, DITR, ICMS, 
IPVA, Gias, ICMS, Sintegra, ISS, IPTU, TLF. 
Ao final da análise a empresa contará com um planejamento 
tributário bem estruturado, incentivando um crescimento contínuo e sustentável para 
o negócio, sem problemas com pagamentos de impostos e tarifas obrigatórias. 
O auditor da área fiscal deve solicitar à empresa cópias dos 
seguintes documentos referentes ao período a ser analisado, antes de começar o 
trabalho: 
• Balanço patrimonial; 
• Demonstração de resultados; 
• Demonstrações de variações do patrimônio líquido; 
• Balancetes mensais relativos ao mesmo período. 
 
Entre os inúmeros itens que serão analisados com relação ao 
exercício sob-revisão (de um a cinco anos, normalmente), constam: 
Memórias de cálculos e comprovantes de recolhimentos de: 
 
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-Imposto de Renda e Contribuição Social (no caso de tributos diretos); 
-IPI, do ICMS, do ISS, do PIS e da COFINS (no caso de tributos indiretos); 
Escrituração contábil atualizada até o exercício financeiro anterior, 
bem como os demais livros fiscais de apuração dos tributos tais como IPI, ICMS e 
ISS; 
Memórias de cálculos dos valores recolhidos, demonstrativos das 
antecipações recolhidas mediante retenção na fonte, cujos rendimentos estejam 
computados na determinação do lucro real; 
Determinação do Lucro Real e da base de cálculo da Contribuição 
Social sobre o Lucro; 
Obtenção junto aos gestores da empresa, de todos os detalhes 
sobre a natureza dos produtos ou serviços vendidos, benefícios fiscais específicos e 
demais informações pertinentes às vendas, confrontando-as com as apresentadas 
na DIPJ e com as contidas na Demonstração de Resultado do Exercício; 
Constatação de que as compras, os estoques e as apropriações aos 
custos dos produtos estão registrados na Contabilidade pelos valores líquidos de 
ICMS e IPI (Impostos considerados recuperáveis); 
Revisão de gastos não dedutíveis no cálculo do lucro real, como: 
-Comissões sem identificação de causa; 
-Doações irregulares a entidades filantrópicas; 
-Despesas incompatíveis com o mercado na depreciação de imóveis e veículos, 
entre outros itens. 
A etapa final da auditoria fiscal ocorre com a avaliação dos 
resultados obtidos, bem como a revisão adequada das demonstrações contábeis e 
notas explicativas. A esse documento de conclusão elaborado pela consultoria 
externa, de acordo com as normas brasileiras de contabilidade, dá-se o nome de 
Parecer do Auditor. 
 
Documentos necessários para elaboração da auditoria fiscal: 
Para efetuar o trabalho de elaboração da auditoria fiscal, 
obrigatoriamente faz-se necessário ter em mãos documentos que dão suporte ao 
bom andamento do trabalho desenvolvido, antes de iniciar a auditoria, devemos 
solicitar os seguintes documentos, conforme o caso: 
1) Notas Fiscais de Entradas de Fornecedores. 
 
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Aquisição de Insumos; Aquisição de Material Intermediário; Aquisição Material de 
Uso e Consumo; Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado; Aquisição de Material para 
Revenda; Entradas em Devolução; Fatura de Energia Elétrica; Fatura de 
Telecomunicações; Conhecimentos de Transportes Rodoviários e Aéreos; Entradas 
para Conserto; Entradas em Demonstração; Entradas em Consignação; Entradas 
Amostra Grátis; Outras Entradas. 
2) Notas Fiscais de Entradas Emitidas pela empresa. 
3) Notas Fiscais de saídas. 
Notas Fiscais de Venda (produção, revenda); Notas Fiscais de Venda Ambulante; 
Notas Fiscais de Transferência; Notas fiscais de venda de bens do Ativo Imobilizado; 
Notas Fiscais de Remessa para Conserto; Notas Fiscais de Remessa em 
Demonstração; Notas Fiscais de Remessa em Consignação; Notas Fiscais de 
Venda de Mercadoria para Exportação; Notas Fiscais de Devolução; Notas Fiscais 
de Outras Saídas; Notas Fiscais de Prestação de Serviços. 
4) Livros Fiscais. 
Livro Registro de Entradas; Livro Registro de Saídas; Livro Registro de Apuração do 
ICMS; Livro Registro de Apuração do IPI; Livro Registro de Inventário; Livro Registro 
de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências; Livro Registro 
Serviços Prestados; 
5) Guias de ICMS. 
Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA/ICMS; Guia de Informação das 
Operações e Prestações Interestaduais – GI; DFC – declaração Fisco-Contábil; 
GUIA Nacional de Informação e Apuração do ICMS substituição tributária - GIA-ST; 
Guias de Recolhimento do ICMS – GR-PR; Guias de Recolhimento do ISS 
 
Processos de auditoria. 
Planejamento: Para ser eficaz, a auditoria precisa de um bom 
planejamento. O planejamento é um fator indispensável para qualquer trabalho, um 
gestor que queira a eficiência do seu negócio precisa planejar o gerenciamento do 
escopo. É importante, portanto, que seja elaborado um cronograma com todos os 
passos do processo. 
Definição do objeto: A definição do objeto a ser auditado é de 
suma importância, pois é a partir daí que será possível entender a finalidade da 
auditoria, o histórico daquele objeto e o seu processo. 
 
20
Critérios da auditoria: Os critérios da auditoria serão definidos pela 
própria empresa nos casos de auditoria interna. Em se tratando de auditoria externa, 
esses quesitos partem de normas, procedimentos internos e legislação, dentre 
outros, para verificar se o objeto auditado está dentro dos padrões ora estabelecidos 
pela organização e/ou por demais regras específicas. 
Definição do grupo auditor: Para a realização da auditoria, deve 
ser criado um grupo que vai se dedicar ao trabalho. Além disso, é preciso definir 
quem vai liderar a equipe e ocupar o posto de auditor líder, responsável pelo 
gerenciamento de todo o processo de auditoria. 
Definição das atividades: A auditoria precisa especificar as 
atividades já inseridas no cronograma. Quais são os documentos necessários para 
realizar aquela auditoria, como será feita a distribuição de tarefas ou se terá 
necessidade de visitas físicas nas instalações, no caso das auditorias externas, são 
alguns dos exemplos. 
As etapas da auditoria: Toda auditoria é realizada por etapas. É 
preciso ter isso em mente para que o trabalho seja transparente e bem claro para 
todas as partes envolvidas. 
Reunião de abertura: A reunião de abertura é feita para repassar 
aos envolvidos todo o processo já definido, tais como: escopo, objeto e critérios. 
Serão confirmadas, ainda, as datas para cada etapa, para que não haja 
contratempos. 
Visita às instalações: Normalmente, essa visita é indicada para 
auditorias específicas, nas quais é necessário realizar algumas entrevistas, observar 
as atividades desenvolvidas na empresa, verificar as condições de trabalho, etc. 
Essa nem sempre será uma etapa obrigatoriamente realizada em 
todas as auditorias: dependerá da especificidade do objeto. 
Condução da auditoria: O auditor precisa observar e realizar os 
apontamentos necessários. Em auditorias externas, principalmente, é importante 
evitar interferências e sempre solicitar permissão para fazer algo. 
É importante, ainda, que o auditor gerencie o tempo para a 
realização de cada atividade, não desrespeitando o cronograma já definido. 
Reuniões periódicas: Tanto na auditoria interna quanto na externa 
é necessário realizar reuniões periódicas para apresentação de resultados parciais. 
Assim, será possível deixar a direção e o cliente a par das não conformidades 
 
21
encontradas. 
Realizar esses apontamentos é importante para facilitar a 
consolidação das informações na reunião de encerramento. Afinal, entregar um 
aglomerado de informações em um único momento é muito mais complexo do que 
fazer esse reporte por etapas. 
Reunião de encerramento: A reunião será coordenada pelo auditor 
líder. Esse é o momento em que serão apresentados os relatóriosde não 
conformidade, bem como esclarecidas as dúvidas. 
Na reunião de encerramento, todos os parâmetros que foram 
utilizados para alcançar aquele resultado são repassados. 
Entrega do relatório: O relatório vai conter todo o processo 
realizado na auditoria, apresentando as não conformidades encontradas no 
procedimento. 
A partir das irregularidades identificadas o auditor deve propor ações 
corretivas ou preventivas, respectivamente, a serem adotadas. 
A partir desse relatório, a empresa auditada pode identificar a causa 
daquelas não conformidades, elaborar e/ou propor soluções e corrigir os problemas 
identificados. 
Avaliação da efetividade: Após a identificação das ações corretivas 
e preventivas e a implementação das soluções encontradas, é necessário que seja 
realizada a avaliação de efetividade. Essa análise é feita com uma nova auditoria. 
Procedimentos de Auditoria: Os Procedimentos e as Técnicas de 
Auditoria constituem-se em investigações técnicas que, tomadas em conjunto, 
permitem a formação fundamentada da opinião por parte do Auditor. 
Procedimento de auditoria é o conjunto de verificações e 
averiguações previstas num programa de auditoria, que permite obter evidências ou 
provas suficientes e adequadas para analisar as informações necessárias à 
formulação e fundamentação da opinião por parte da atividade de auditoria. 
Trata-se ainda, do mandamento operacional efetivo, sendo ações 
necessárias para atingir os objetivos nas normas de auditoria. Também chamado 
de comando, o Procedimento representa a essência do ato de auditar, definindo o 
ponto de controle sobre o qual se deve atuar. O fundamental é descrever o que se 
deve fazer, ou seja, como deve ser o exame. Esse abrange testes de observância e 
testes substantivos: 
 
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A) testes de observância: visam à obtenção de razoável segurança 
de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão 
em efetivo funcionamento e cumprimento. 
B) testes substantivos: visam à obtenção de evidências quanto à 
suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelos sistemas contábil e 
administrativos da entidade, dividindo-se em testes de transações e saldos e 
procedimentos de revisão analítica. Este exame à situação da empresa é efetuada, 
nomeadamente, através da realização de inspeções físicas dos bens e da 
documentação que suporta as operações e transações efetuadas; da averiguação 
das funções, competências e responsabilidades atribuídas; da recolha de 
documentos internas ou externas necessárias à emissão do parecer pelo auditor; da 
análise dos saldos das contas e dos registros contábeis, com o fim de averiguar a 
credibilidade das informações financeiras; da revisão analítica realizada com base 
nas informações financeiras, destinada a evidenciar a variação entre o exercício a 
auditar e os exercícios anteriores; da verificação dos cálculos aritméticos e dos 
valores declarados; da realização de testes destinados a verificar se os 
procedimentos de controlo interno são adequados e permitem detectar 
irregularidades; e da conciliação dos valores escriturados com informações. 
A diferença de documentação de auditoria e arquivo de auditoria é 
que a fiscalização só pode penetrar um contribuinte se ele tiver provas materiais de 
que o contribuinte praticou o ilícito fiscal. Essas provas são os documentos 
fiscais que oferecem a representação de fatos, enquanto o Arquivo de auditoria 
compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em forma 
física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a documentação de 
trabalho específico. 
 
 
 
 
23
6 CONCLUSÃO 
 
 
Conseguimos prestar consultoria empresarial para empresa JCRW, 
vimos que a natureza jurídica mais apropriada para a transportadora de passageiros 
é a Sociedade Limitada, pois são dois sócios e os patrimônios das pessoas físicas 
envolvidas não se misturam com os da empresa. Ficou claro que no momento a 
melhor tributação para empresa é a do Lucro Presumido. 
No ramo da prestação de serviço municipal e interestadual é muito 
importante os esclarecimentos tributários aos investidores, seja em razão da 
atividade a ser explorada que ensejará a tributação do Imposto Sobre Serviço de 
Qualquer Natureza –ISS de competência tributária municipal, e o Imposto de 
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS da competência estadual 
Para empresa JCRW ingressar no serviço público, vimos através da 
controladoria o modelo de planejamento a ser adotado para maior eficiência dos 
serviços prestados. 
Por fim vimos o papel crucial da auditoria para um planejamento 
tributário bem estruturado, incentivando um crescimento contínuo e sustentável para 
o negócio, sem problemas com pagamentos de impostos e tarifas obrigatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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SÃO PAULO. Decreto lei nº 45.490 de 30/11/2000. Disponível em: 
http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2000/decreto-45490-
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SÃO PAULO (SP). Lei municipal nº 16.127/2015 de 12/03/2015. Disponível em 
http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/financas/legislacao/Lei-16127-
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SÃO PAULO (SP). Secretaria de Finanças. Instrução Normativa SF/SUREM nº 
15/2015 de 18/11/2015. Disponível em 
http://www.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/financas/legislacao/IN-SF-
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MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 24º ed. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2004. 
 
Lei n° 12.860, de 11 de setembro de 2013 – Normas Legais. Disponível em: 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-12860-2013.htm Acesso em 20 maio 
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Tabela de Natureza Jurídica e Qualificação do Representante da Entidade – 
Receita. Fazenda. Disponível em: 
https://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/cnpj/tabelas/NatJurQualificaResp
onsavel.htm Acesso em 20 maio 2017. 
 
Imposto sobre serviços (ISS) – Prefeitura. SP. Disponível em: 
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/fazenda/legislacao/index.php?p=3
166 Acesso em 20 maio 2017.