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Contratos Empresariais

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ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
Trata-se de contrato típico, disciplinado pelo Decreto-Lei 911/69, em que o fiduciante aliena em garantia determinado bem ao fiduciário, que se obriga a devolver-lhe o bem tão logo sejam verificadas as condições previstas no contrato.
Normalmente se dá quanto à bem móvel. Há a transferência de um bem de um empresário à outro em fidúcia (garantia) tendendo o bem a voltar ao patrimônio do fiduciante após o pagamento da dívida – fiduciante (posse direta) → bem alienado em garantia → fiduciário (posse indireta e propriedade resolúvel). Contrato coligado – mútuo + alienação fiduciária em garantia. Se alienação em garantia de bem imóvel há a consolidação do bem, vez que apenas há averbação da alienação no CRI.
Trata-se de contrato típico, disciplinado pelo Decreto-Lei 911/69, em que o fiduciante aliena em garantia determinado bem de sua propriedade ao fiduciário, que se obriga a devolver-lhe o bem tão logo sejam verificadas as condições previstas no contrato.
Entende-se aquele negócio em que uma das partes (fiduciante), proprietário de um bem, aliena-o em confiança para a outra (fiduciário), a qual se obriga a devolver-lhe a propriedade do mesmo bem nas hipóteses delineadas em contrato. Destaca-se a sua natureza instrumental, isto é, alienação fiduciária será sempre um negócio meio, a propiciar a realização de um negócio fim.
A função econômica do contrato, portanto, pode estar relacionada à viabilização da administração do bem alienado, da subsequente transferência de domínio de terceiros ou, em sua modalidade mais usual, à garantia de dívida do fiduciante em favor do fiduciário.
A alienação fiduciária em garantia é espécie do gênero alienação fiduciária. Trata-se de contrato instrumental de um mútuo, em que o devedor, para garantia do cumprimento de suas obrigações, aliena ao credor a propriedade de um bem. Essa alienação se faz em fidúcia, de modo que o *credor tem apenas o domínio resolúvel e posse indireta da coisa alienada, ficando o devedor como depositário e possuidor direto desta.
Com o pagamento da dívida, ou seja, com a devolução do dinheiro emprestado, resolve-se o domínio em favor do fiduciante, que passa a titularizar a plena propriedade do bem dado em garantia.
Embora seja negócio de larga utilização no financiamento de bens de consumo duráveis, nada impede que a alienação fiduciária em garantia tenha por objeto bem já pertencente  ao devedor.
Sumula 28 do STJ: O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do devedor. “É o que chamamos, no jargão do comércio, de refinanciamento, o que é feito geralmente por pessoas que estão em crise financeira momentânea e precisam de recursos imediatos” (RAMOS, 2013, p. 574). 
Quando o contrato tem por objeto bem móvel e é celebrado no âmbito do mercado financeiro ou de capitais ou é destinado a garantir créditos fiscais, a mora ou inadimplemento do fiduciante acarreta a pronta exigibilidade das prestações vincendas (a inadimplência gera o vencimento antecipado das dívidas) e possibilita ao fiduciário requerer em juízo a busca e apreensão do bem móvel objeto do contrato.
Faculta a lei a venda da coisa pelo credor fiduciário independentemente de leilão, avaliação prévia ou interpelação do devedor.
O entendimento do STJ é muito interessante: decidiu-se que, na alienação fiduciária, não se há de reconhecer certeza e liquidez de saldo remanescente apurado com a venda extrajudicial do bem feita à revelia do crivo do Poder Judiciário e sem o consentimento do consumidor, sendo, pois, inaplicável ao caso o art. 5º da DL 911/1969. Isso porque não se pode dizer que, após a venda extrajudicial, poderá o credor preferir a via executiva para obter o saldo devedor remanescente. Ao contrário, tal norma concede ao credor apenas a faculdade de optar pela via executiva ou pela busca e apreensão. Se tiver optado pela última, descabe a via executiva por inexistir título a embasá-la (ver Informativo 382 do STJ). No entanto, cabe ação monitória, conforme disposto na Súmula 384 do STJ: “cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia” (RAMOS, 2013, 576).
Requerida a busca e apreensão do bem móvel alienado fiduciariamente, o fiduciante poderá pagar todo o valor devido em razão do contrato de mútuo garantido (e não somente emendar a mora) e, com isso, receber de novo a posse do bem e passar a titularizá-lo livre de ônus.
Se o bem móvel não for encontrado na posse do fiduciante, a busca e apreensão pode transformar-se, a pedido do fiduciário, em ação de depósito.
A alienação fiduciária de bem móvel só pode ser feita como operação no âmbito do mercado financeiro ou de capitais, ou para garantir créditos fiscais ou previdenciários.
Quando a alienação fiduciária em garantia tem por objeto um imóvel, não é o caso de busca e apreensão ou ação de depósito porque os direitos do credor fiduciário se tornam efetivos por meio apenas da consolidação (porque houve o desmembramento da posse), em seu nome, da propriedade do bem. Essa consolidação decorre da falta de purgação da mora, perante o Registro de Imóveis, pelo devedor regularmente intimado (Lei 9514/97, art.26).
A disciplina legal dessa modalidade contratual, atualmente, não está concentrada num único diploma legislativo. Com efeito, tratando-se de alienação fiduciária de bens imóveis, aplica-se o disposto nos arts. 22 a 33 da Lei 9.514/1997. Em se tratando, por outro lado, de capitais, aplica-se o disposto no art. 66-B da Lei 4.728/1965. Há ainda o Decreto-Lei 911/1969, que regula os aspectos processuais desse contrato, e o Código Civil, que em seus arts. 1.361 a 1.368 cuida da chamada propriedade fiduciária (RAMOS, 2013, p. 573).
Uma vez paga a dívida e seus encargos por parte do devedor-fiduciante, determina o art. 25 da lei em questão que a propriedade fiduciária se resolverá, ou seja, o imóvel passará a ser de propriedade plena do antigo devedor. (...) Em contrapartida, uma vez não paga a dívida pelo devedor-fiduciante, dá-se o inverso, consolidando-se a propriedade em nome do credor-fiduciário (idem, p. 574)
Inadimplemento ação de execução
 Busca e apreensão → venda extrajudicial → ação monitória para saldo remanescente 
MANDATO MERCANTIL
Opera-se quando alguém recebe de outrem poderes para em seu nome, praticar atos ou administrar interesse, sendo a procuração instrumento do mandato (pública ou privada).
Ocorre mandato mercantil quando um empresário (mandante) confia à determinada pessoa (mandatário) a gestão de um ou mais negócios, agindo o mandatário em nome do mandante. 
Mandante (via procuração confia gestão de negócios) → mandatário (age em nome do mandante). Na comissão o comissário age em nome próprio. Mandatário negocia com terceiros e agir com excesso de poderes ou fazer menos de que o mandato determina, ou ainda, agir com fraude? 
→ Obrigações do mandatário
1 – aplicar diligência habitual na execução do mandato: deve fazer o negócio como se estivesse fazendo para si mesmo (honestidade e probidade).
2 – indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem subscreveu, sem autorização, poderes que devia exercer pessoalmente. Regra é de que não tenha que indenizar, salvo se por culpa, dolo ou fraude. Pode substabelecer se a procuração assim o autorizar, sob pena de indenizar o mandante pelo descuido no substabelecimento. 
3 – prestar contas de sua gerência: 
4 – transferir as vantagens provenientes do mandato;
5 – se se fizer substituir na execução do mandato, responsável pelos prejuízos ocorridos na gerência do substituto, embora provenientes de caso fortuito,salvo provando que o caso teria sobrevindo ainda que não tivesse havido substabelecimento (vide art. 399, CC). 
Responsabilidade do mandatário: o mandatário que exceder os poderes do mandato ou incorrer em culpa, dolo e simulação/fraude, causando prejuízo a 3º, responderá o mandante. Limites da responsabilidade: em regra não se responsabiliza pela inexecução do mandato (mandante se responsabiliza perante terceiros), salvo nos 5 casos acima em que o mandatário será responsabilizado. 
→ Obrigações do mandante
1 – satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na conformidade do mandato;
2 – adiantar as despesas necessárias à execução dos negócios, quando solicitado pelo mandatário;
3 – Ressarcir o mandatário das perdas que este sofrer com a execução do mandato, sempre que não resultem de culpa sua ou excesso de poderes;
4 – ainda que o mandatário contrarie as instruções do mandante, se não exceder os limites do mandato ficará o mandante obrigado para com aqueles com quem seu procurador contratou.
Responsabilidade do mandante: será responsável pelos atos praticados pelo mandatário. O mandante poderá ajuizar ação de regresso contra o mandatário, se houver cláusula nesse sentido. 
→ Extinção do mandato
1 – revogação ou renúncia (art. 682, CC): 
2 – morte ou interdição de uma das partes
3 – pelo término do prazo ou na conclusão do negócio
4 – pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes ou o mandatário.
Obs. 1 – O contrato de mandato poderá abarcar todos os negócios do mandante (caráter geral) ou apenas alguns que ele expressamente consignar (caráter específico). Ainda que em caráter geral o mandatário não poderá realizar negócios que exijam a outorga de poderes especiais.
Obs. 2 – se o instrumento do contrato trouxer a previsão do substabelecimento, estará o mandatário autorizado a delegar algumas de suas incumbências. Se não houver essa autorização e, mesmo assim, o mandatário delegar poderes a outra pessoa, responderá perante o mandante pelos atos que o terceiro praticar, ainda que provenientes de caso fortuito, a não ser que prove que, mesmo que não houvesse a outorga a terceiro, ainda assim teriam ocorridos os danos. 
Obs. 3 – a responsabilidade pelos negócios celebrados entre o mandatário e os terceiros é do mandante, pois aquele (mandatário) age em nome deste (mandante), ainda que o mandatário tenha excedido os poderes hipótese em que o mandante terá direito de regresso contra o mandatário pelas perdas e danos sofridos com a infração aos limites da outorga. 
Obs. 4 – se o mandatário celebra contrato mesmo após a revogação do instrumento do mandato, o mandante também responderá perante terceiros de boa-fé com o qual o mandatário celebrou negócio. Trata-se de hipótese baseada na teoria da aparência em que o terceiro não poderia supor que o mandatário não mais possuía poderes para agir em nome do mandante. Nesse caso, o mandante, poderá via ação de regresso reaver do mandatário as perdas e danos pelos prejuízos causados (art. 686, CC).

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