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Resumo - Economia de Livre Mercado

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ECONOMIA DE LIVRE MERCADO
A economia de livre mercado é, por definição, o arranjo econômico cujo sistema social é baseado na divisão social do trabalho e na propriedade privada dos meios de produção. Todos os indivíduos quem compõe uma determinada sociedade estão agindo pelo próprio interesse, mas as ações de cada um procuram satisfazer tanto suas próprias necessidades quanto as necessidades de outros indivíduos. Nesta ação, (o que depois Mises veio a desenvolver sua teoria econômica denominada praxeologia¹) todos servem e, por conseguinte são servidos. Cada um é o um meio e um fim, um fim último em si mesmo e um meio para que outras pessoas possam atingir seus próprios fins.
“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.” (Adam Smith)
O grande motor desse sistema é o mercado, é ele quem comanda e orienta todas as atividades por meios que possibilitam melhor servir as necessidades dos indivíduos. Esse mercado não se caracteriza apenas por um local, mas sim pela cooperação coletiva na troca de bens e serviços. As forças variáveis que determinam a situação do mercado são os julgamentos de valor subjetivo dos indivíduos, e o meio pelas quais tais ações são tomadas é o sistema de preços, isto é, o conjunto de relações de troca estabelecido pela interação daqueles que estão desejados de vender com aqueles que estão desejosos de comprar. Em suma, o sistema de preço nada mais é do que uma transmissão de informações determinado pela oferta e pela demanda. Cada indivíduo participante desse processo ao comprar ou não comprar e ao vender ou não vender dá sua contribuição à formação de preços de mercado, é 
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¹Praxeologia: do grego práxis – ação, hábito, prática – e logia – doutrina, teoria, ciência. É a ciência ou teoria geral da ação humana. Mises definiu como “manifestação da vontade humana”: ação como sendo um “comportamento propositado”. A praxeologia a partir deste conceito apriorístico da categoria ação analisa as implicações plenas de todas as ações. A praxeologia busca conhecimento que seja válido sempre que as condições correspondam exatamente àquelas consideradas na hipótese teórica. Sua afirmação e sua proposição não decorrem da experiência: antecedem qualquer compreensão dos fatos históricos.
através dessa informação que o sistema empresarial decide o que, como e quanto produzir. Nas palavras de Jesus Huerta de Soto:
(...) como consequência de todo ato de empresarialidade (sic), produzem-se três efeitos de extraordinária importância. Em primeiro lugar, a função empresarial cria nova informação que antes não existia. Em segundo lugar, esta informação é transmitida através do mercado. Em terceiro lugar, como consequência do ato empresarial, os agentes econômicos implicados aprendem a atuar cada um em função das necessidades dos demais.
Para Mises, o homem é o grande protagonista de todo esse processo social, é ele quem regula seu comportamento deliberadamente. Toda ação humana é propositada e possui um componente empresarial, ou seja, a capacidade do homem de agir para sair de uma situação desconfortável para atingir uma situação mais confortável. Na economia de mercado isso pode ser entendido como a capacidade de dar-se conta das oportunidades subjetivas de lucros que surgem à sua volta. Esta aptidão empresarial do homem é a chave para entender a tendência coordenadora que surge no mercado de forma espontânea e contínua.
Sendo o homem a fonte de conhecimento e capacidade criativa, qualquer sistema que atente contra a liberdade empreendedora através da coação violenta impedirá o surgimento na mente dos agentes individuais as informações necessárias para a coordenação da sociedade. O cálculo econômico é, portanto, toda a base da economia de mercado. Como crítica ao sistema socialista, que têm como princípio a coletivização dos meios de produção, sendo estas em primeiro momento controladas pelo Estado, Mises atentou para o fato de que sem a propriedade privada dos meios de produção não há como estabelecer qualquer preço de mercado. Se não há mercado, torna-se impossível haver qualquer formação de preço. Se não há formação de preços, não há calculo de lucros e prejuízos e, conseqüentemente, não há como direcionar o uso de bens de capital da maneira mais eficiente. Sem preços livres é impossível haver qualquer racionalidade econômica. Caso seja aplicado, o socialismo resultará invariavelmente em uma irracional alocação de recursos na economia devido ao estabelecimento artificial e arbitrário de preços pela autoridade governamental, resultando em uma escassez generalizada de bens.
 “O cálculo econômico é a base intelectual da economia de mercado. Os objetivos perseguidos pela ação em qualquer sistema baseado na divisão do trabalho não podem ser alcançados sem o cálculo econômico. A economia de mercado calcula em termos de preços e moeda... A economia de mercado é uma realidade porque é capaz de calcular”

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