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Parte 2_1-As principais Escolas de Economia

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AS PRINCIPAIS 
ESCOLAS DE 
ECONOMIA
Prof.: Christian Vonbun
1
As Escolas de Economia
• Os economistas divergem em diversos aspectos. Entre 
os principais aspectos em que eles discordam, podemos 
destacar:
• Metodologia
• Matemática/não matemática
• Tipos de modelos matemáticos
• Priorizar a teoria ou a empiria
• Hipóteses
• Acerca do comportamento dos agentes
• Acerca da informação disponível
• Acerca das expectativas
• Outras
• Conclusões
• Intervencionismo
• Laissez Faire
2
As Escolas de Economia
• Ainda que as divergências entre os economistas possam 
ser mais ou menos abrangentes e mais ou menos 
fundamentais, gerais ou específicas, podemos selecionar 
algumas linhas de pensamento predominantes.
• Muitos aspectos separam essas escolas, mas podemos 
resumir boa parte das divergências simplesmente 
analisando as curvas de oferta pressupostas por cada 
uma dessas escolas.
• Ainda que não contenham toda a informação para 
descrever uma escola, as curvas de oferta fazem um 
resumo de algumas das principais características da 
maioria (mas não de todas) as escolas de economia.
3
AS PRINCIPAIS ESCOLAS 
DE ECONOMIA
Uma breve descrição das desavenças entre os 
economistas
4
A Escola Clássica
• O pensamento econômico clássico, ainda que utilizando um 
ferramental matemático rudimentar partiu do que hoje 
entendemos como fluxo circular da renda.
• Um dos primeiros rudimentos desse fluxo foi apresentado 
pelos Fisiocratas, uma escola francesa, da qual um dos 
expoentes era Quesnay, que apresentou seu Tableau 
Economique.
• Os diversos economistas clássicos, entre eles, Adam Smith, 
David Ricardo, Malthus, Jean Baptiste Say, John Stuart Mill, 
entre outros, tinham suas divergências.
• Mas acreditavam fundamentalmente nas forças de mercado 
(oferta e demanda) chegando a equilíbrios via preços.
5
A Escola Clássica
• Esses equilíbrios levariam a uma alocação ótima dos 
recursos da economia, melhorando o bem estar geral.
• É uma das conclusões de Adam Smith: o mercado teria 
uma “mão invisível” que guiaria os agentes egoístas a se 
comportarem de modo a melhorar o bem estar da 
sociedade, seguindo seus próprios interesses.
Adam Smith
6
A Escola Neoclássica
• O aparecimento de um instrumental matemático mais 
avançado (notadamente o cálculo diferencial), que foi logo 
empregado pela física, permitiu grandes avanços na teoria 
clássica: foi possível matematizar o comportamento dos 
agentes pressuposto pelos clássicos.
• Surgia a Escola Neoclássica, que expressava 
matematicamente as ideias (e as sofisticavam) apresentadas 
pela Escola Clássica, o que ficou conhecido como a 
revolução marginalista.
• Os principais expoentes eram: Carl Menger (da Esc. 
Austríaca); William Jevons; Leon Walras; Alfred Marshall; 
Vilfredo Pareto; Irving Fisher e Knutt Wicksell (Esc. Sueca)
Leon Walras
7
A Escola Neoclássica
• Seus estudos buscavam entender a formação de preços 
e do valor, produção e distribuição de renda.
• Algumas contribuições mais recentes e mais sofisticadas 
foram vitais para a atualização e para a reintrodução dos 
clássicos na fronteira da pesquisa econômica, o que é 
notadamente o caso de Debreu, que provou 
matematicamente a possibilidade de existência do 
equilíbrio geral em diversos mercados.
• As principais hipóteses dos Clássicos e Neoclássicos são 
similares:
• Os agentes buscam maximizar seu bem estar
• Os mercados são competitivos e eficientes, com plena informação;
• Preços são flexíveis
Carl Menger
8
A Escola Neoclássica
• As principais conclusões são:
• O equilíbrio do mercado leva à melhor alocação possível de 
recursos, logo, o interesse individual leva os agentes a se 
comportarem da melhor maneira possível, do ponto de vista 
social. Logo, não é possível melhorar ninguém, sem ter que 
piorar alguém para obter este fim: é o ótimo de Pareto!
• Se o mercado leva à melhor alocação possível sozinho, 
intervenções do governo são desnecessárias: Laissez Faire!
• Os salários reais serão iguais à produtividade marginal do 
trabalho e os lucros econômicos serão zero, com juros e 
taxa de lucro reais igualando a produtividade marginal do 
capital.
William Stanley Jevons
9
A Escola Neoclássica
• A demanda decorre da oferta (Lei de Say: a oferta cria sua 
própria demanda). O crescimento econômico seria uma 
questão de oferta: investir mais para poder produzir mais no 
futuro. Assim, a poupança gera o investimento.
• Os preços equilibram os mercados e indicam as 
oportunidades de investimentos. Elevações da demanda só 
trazem inflação: oferta agregada vertical.
• Não é possível elevar a demanda via política fiscal, pois os 
agentes são racionais e não estocam moeda.
• Apenas a expansão monetária eleva a demanda, mas isto 
apenas gera inflação. A moeda é um véu que encobre a 
economia.
• Produção determinada por variáveis reais: produtividade, 
estoque de K e de L, preferências intertemporais.
Wilfredo Pareto
10
A Escola Keynesiana
• Originária da Grande Depressão iniciada com a Crise de 
1929, reconhece a possibilidade de crises e de 
desemprego, algo não rigorosamente previsto pelos 
(neo)clássicos.
• Minimiza a importância dos preços e se centra na 
hipótese da demanda efetiva:
• Def.: A hipótese da demanda efetiva diz que apenas a 
demanda efetivamente realizada por meio de compras e 
vendas concretizadas que influem na economia (e não 
curvas de demanda, que são relações entre preços e 
quantidades).
• Assim, a saída para as crises seria elevar a demanda.
11
A Escola Keynesiana
• Como os preços não são tão importantes, a oferta da 
economia é horizontal (quando não há variação nos preços), 
e o nível de produção pode ser determinado tão somente 
pelo nível de demanda.
• O principal instrumento de demanda agregada formulado por 
seu principal expoente, John Maynard Keynes era a política 
fiscal (isto é, os gastos públicos).
• À época da Grande Depressão, Keynes chegou a 
diagnosticar que se se contratasse trabalhadores para cavar 
buracos e depois tapá-los, já se teria uma injeção de 
demanda capaz de tirar a economia das crises.
• A economia não seria capaz de se equilibrar sozinha, pois 
dependeria do “espírito animal” dos agentes, necessitando 
de intervenções do Estado.
12
A Escola Keynesiana
• Assim, Keynes “criou” a Macroeconomia, marcada pelo 
divórcio entre a microeconomia e o instrumental utilizado 
para se analisar as flutuações cíclicas das economias 
como um todo.
• Daí apareceram a “esquizofrenia teórica” (a divisão entre 
a macro e a microeconomia) e boa parte das 
divergências entre os economistas.
• O investimento precede a poupança.
• A política fiscal é o instrumento preferido.
• Eleva a demanda efetiva.
• Advogados do câmbio fixo.
John Maynard Keynes
13
A Escola Monetarista
• A disseminação das políticas keynesianas difundiu a 
estagflação: a estagnação econômica acompanhada de alta 
inflação.
• A Escola Monetarista, liderada por Milton Friedman e Edmund 
Phelps introduz um novo conceito que vai revolucionar a 
macroeconomia: as expectativas.
• Friedman, em 1957, mostra que é impossível se obter 
desenvolvimento econômico por meio de políticas de 
demanda. Os agentes vão passar a perceber o aumento da 
inflação e vão reagir a esse aumento de preços elevando os 
seus preços, não sua produção.
• Assim, políticas de demanda seriam inócuas no longo prazo 
para elevar a produção e o emprego.
Edmund Phelps
14
A Escola Monetarista
• Além disso, políticas fiscais seriam inócuas, pois os agentes 
percebem que um aumento de gastos hoje vai implicar 
aumento de impostos amanhã, logo, vai induzir os agentes a 
poupar mais para pagar os impostos, tornando a política fiscal 
inócua mesmo para elevar a demanda, o que ficou conhecido 
como: Equivalência Ricardiana.
• As expectativas sobre os preços teriam um enorme poder 
para tornar as políticas de demanda inócuas, à medida em 
que os agentes incorporariam a inflação em suas expectativas 
sobre os preços, o que os levaria a não elevar a produção.• Somente mudanças permanentes na expansão monetária, 
logo na inflação permitiriam variações na demanda agregada 
(por isso MONETARISTAS).
Anna Schwartz
15
A Escola Monetarista
• As principais conclusões dos monetaristas se 
assemelham às conclusões clássicas: a política fiscal 
é inútil e a monetária inflacionária, sem efeitos reais.
• Apenas no curto prazo que expansões monetárias 
crescentes elevariam o produto: a OA de curto prazo 
seria positivamente inclinada e a de longo vertical.
• Não haveria espaço para a intervenção do Estado na 
Macroeconomia: Laissez Faire.
• Alterar um preço é mais fácil que alterar todos os 
preços da economia. Assim Friedman defendia o 
câmbio flutuante.
16
A Escola Monetarista
• Regra X e BCs independentes:
• Friedman propunha que a desinflação requereria uma política 
monetária contracionista, que teria efeito recessivo no curto 
prazo, mas que seria neutra e reduziria a inflação no longo.
• A moeda deveria crescer a uma taxa fixa X, que reflete o 
crescimento de longo prazo da população e da produtividade, 
sem solavancos e sem surpresas.
• Políticas fiscais expansionistas, geram dívidas, levando à 
necessidade de repagamento, o que pode levar os governos 
a pedir para os bancos centrais monetizarem a dívida, 
gerando inflação. Para evitar isso, sugeriram bancos centrais 
independentes das autoridades políticas.
Milton Friedman
17
A Escola Novo Keynesiana
• O reconhecimento da inflação (também via Curva de 
Phillips) e a necessidade de se reconciliar com a 
microeconomia (fortemente neoclássica) levou à 
necessidade de reestruturação da escola de pensamento 
keynesiana.
• Sua crença na capacidade das políticas de demanda em 
afetar a produção, pelo menos no curto prazo, levou a 
tentativas de embasar suas teorias por meio da 
introdução da rigidez de preços nos modelos 
microeconômicos (e na oferta agregada).
Gregory Mankiw
18
A Escola Novo Keynesiana
• Mais tarde incorporando mesmo os conceitos de 
expectativas racionais e equilíbrio geral (modelos DSGE), 
dependem de hipóteses de rigidez de preços para que se 
gerem os efeitos reais das políticas no curto prazo.
• As rigidezes se devem a (ver aula 6):
• Contratos
• Custos de menu
• Salários Eficiência
• Ilusão Monetária
• Outros
• Como resultado, a curva de oferta agregada seria 
positivamente inclinada no curto prazo (ainda que vertical no 
longo)
David Romer
19
A Escola Novo Clássica
• A idéia de modelar expectativas racionais foi introduzida por 
John F. Muth, em 1961 e ganhou notoriedade quando foi 
usada por Robert E. Lucas Jr., um dos expoentes da Escola 
de Expectativas Racionais (ou Novo Clássica), junto a 
Thomas Sargent.
• A idéia é uma evolução da teoria monetarista, em que os 
agentes usam TODA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL para 
formular as expectativas sobre os preços. Assim, os agentes 
não seriam tão facilmente enganados pelo governo, 
elevando o preço ao invés da produção, não sofrendo de 
ilusão monetária facilmente.
• Oferta agregada vertical. Ela é positivamente inclinada no 
curto prazo se o governo conseguir surpreender os agentes.
20
A Escola Novo Clássica
• A revolução das expectativas racionais implicou que, 
mesmo no curto prazo, a oferta agregada poderia ser 
vertical (ao invés de positivamente inclinada), bastando 
para isso que o governo não surpreendesse os agentes.
• As principais conclusões são coerentes com os 
monetaristas e novos clássicos.
Robert E. Lucas Jr. Thomas Sargent
21
Real Business Cycle
• Partindo de modelos neoclássicos de equilíbrio geral 
dinâmicos, formularam hipóteses específicas para 
explicar as flutuações econômicas de médio prazo.
• As flutuações seriam resultado de mudanças 
tecnológicas (evolução tecnológica e choques negativos 
de oferta).
• O lado monetário da economia seria irrelevante.
• Contudo, ao afetar a taxa de retorno do capital, a política 
fiscal teria efeitos reais, relacionados variações nos juros.
• A economia, contudo, não sairia do pleno emprego.
Edward C. Prescott
22
• É uma escola que crê que os antigos e novos keynesianos interpretaram 
erroneamente os ensinamentos da Teoria Geral de Keynes.
• Buscam recuperar, portanto a interpretação que consideram original, com 
ênfase na incerteza não probabilística acerca das quantidades 
demandadas no futuro, com a demanda efetiva e as expectativas a seu 
respeito tendo papel fundamental na determinação da atividade.
• Não acreditam que o sistema de preços, seja capaz de coordenar os 
mercados, em função da referida incerteza acerca do futuro.
• A teoria seguiu com as contribuições de Hyman Minsky, Joan Robinson, 
Nicholas Kaldor e Paul Davidson, ainda que essas contribuições se 
afastem um pouco da ideia original de Keynes.
• Advogam, entre outros: câmbio fixo, controles de capitais internacionais e 
intervenções nos mercados de crédito, sendo mais intervencionistas que 
os demais keynesianos.
Pós Keynesianos
Hyman Minsky
23
Escola Austríaca
• Dissidência dos neoclássicos que rejeita a matemática, 
mas que parte de hipóteses parecidas e chega a 
conclusões similares aos clássicos.
• As principais diferenças são:
• Heterogeneidade dos setores leva à existência de efeitos 
reais da política monetária.
• O mercado não tem, mas tende ao equilíbrio. É um 
processo de aprendizado, não algo determinístico.
• Formula uma teoria dos ciclos econômicos baseado na 
variação da oferta de moeda.
• Enfatiza as ordens sociais, a liberdade econômica e o 
papel central da acumulação ordenada de capital.
Ludwig Von Mises
24
Escola Austríaca
• Um approach humilde acerca do limitado conhecimento humano
sobre a economia restringe fortemente a capacidade do Estado 
de intervir proveitosamente na economia.
• A Escola Austríaca também tem a característica de ser
multidisciplinar e envolver em seus estudos questões ligadas a 
Ética, ao Direito, a Ciência política e a Filosofia.
• Alguns livros introdutórios:
• Ação, Tempo e Conhecimento: A Escola Austríaca de Economia – Ubiratan 
Jorge Iorio de Souza.
• As Seis Lições – Ludwig Von Mises
• Economia Numa única lição – Henry Hazlitt
• Mais informações e livros para download em: www.mises.org.br
25
F. A. Hayek
Referências “Extras”
• Snowdon, Brian and Howard R. Vane (2005). Modern 
Macroeconomics: Its Origins, Development And Current 
State. Edward Elgar Pub., 807p. ISBN.: 978-1845422080
• Rothbard, Murray N. (2006). An Austrian Perspective on 
the History of Economic Thought (2 Vol. Set). Ludwig Von 
Mises Institute, 1084p.
26

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