Um Senhor Estagiário trabalho Gabi

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O filme conta a história de um senhor de 70 anos, bastante experiente no mercado, mas que ainda não tinha muita fluência e manejo com a tecnologia. Do outro lado, está uma jovem empresária, que acaba de lançar uma empresa no mercado, onde o foco são as vendas de suas peças de roupas pela internet. Um dos primeiros pontos a serem analisados e enfatizados, é a cultura organizacional da empresa. Jules (a dona da empresa), é bastante especifica quanto aos valores, tradições, normas e rituais que devem ser adotados para garantir melhor aproveitamento na produção. 
Ela mesma acompanha o trabalho e posturas de outros setores, e por isso seu tempo está sempre corrido, pois ela tem a preocupação até muitas vezes excessiva em fazer com que algo funcione sempre muito bem, cuidado de cada problema quase que sempre pessoalmente. 
Não é difícil perceber porque a empresa, mesmo com pouco tempo no mercado, vai bem, pois Jules está sempre procurando a melhor forma de solucionar os problemas, indo diretamente em cada setor responsável para possíveis reparos, visando manter a cultura organizacional da empresa, que se baseia no bom tratamento com os clientes, fácil e rápido acesso, dedicação até mesmo na maneira de como as roupas são enviadas. Isso afeta até mesmo na hora de ela dividir o controle da empresa, pois ela tem medo que isso prejudique e modifique a “alma da empresa”, e suas tradições e ideologias sejam perdidas com o passar do tempo. 
Apesar de ser uma empresa predominantemente jovem e moderna, nota-se uma preocupação com as questões sociais, como a inclusão de pessoas aposentadas no mercado de trabalho; Como o projeto de estagiário Senior, para pessoas a cima de 65 anos. Ben, soube do recrutamento e seleção através de um panfleto que informava sobre a vaga para estagiários Idosos da empresa “Sob medida.com” que vende roupas pela internet, o mesmo pedia para a seleção um vídeo de apresentação e que devia ser enviado por e-mail ou descarregado no you tube, linguagem pouco acessível e pouco usual as pessoas a cima dos 60 anos. 
	Percebe-se que como era algo novo para a empresa a mesma não se preparou com uma linguagem adequada, pode-se perceber até mesmo nas perguntas das entrevistas feitas pelos vários departamentos que interrogou o candidato. Vencida todas as etapas. Foi feito o acolhimento dos estagiários, a apresentação da empresa, o tipo de gestão e cultura da empresa e o encaminhamento dos selecionados a seus postos de trabalho. A pesar de toda tecnologia a comunicação é falha, tanto no recrutamento e seleção quanto entre os departamentos, pois a própria secretária não sabia sobre o programa de estagiários mais velhos. 
	Tudo é marcado e conversado através de mensagens e e-mail, uma nova realidade para o “novo” estagiário que é auxiliado por um colega ao lado a teclar e abrir a página inicial no Noot Book; Já que não há divisórias de salas para facilitar a comunicação e interação. As atribuições de seu trabalho ficaram bem a vontade ( não sendo colocado o que ele deveria executar), ele ficou aguardando ser solicitado pela chefe e como inicialmente ela teve resistências, o mesmo teve iniciativa de procurar ser útil a empresa como um todo, o que se tornou o motivo de Jus ter um novo olhar sobre ele. 
	O clima da empresa no geral,parece ser bem agradável apesar de toda a correria do dia a dia, todos os setores trabalham juntos em um único ambiente para propiciar a interação, a maioria das pessoas parecem animadas em seus postos, a chefe é acessível, a empresa disponibiliza até uma massagista e um local específico para isso, mostrando que existe uma preocupação em que as pessoas sintam-se bem, as pequenas vitórias são celebradas com a equipe, outra cena mostra a comemoração de um aniversário dentro da empresa, o que faz as pessoas serem valorizadas. 
	Jus é uma verdadeira líder que trabalha junto e dentro de todos os setores, é motivada e empolgada em fazer o melhor para seus clientes, porém tem uma certa dificuldade de se envolver com seus colaboradores, por ser uma pessoa muito reservada e ocupada, precisaria ter mais gestores que trabalhassem junto a ela auxiliando e dando suporte na resolução dos problemas e das pessoas. (ex. a secretária, trabalhava mais que 8h e se sentia frustrada por achar que não era reconhecida, vários setores estavam sobrecarregados). Um líder não pode ser centralizador; Ninguém faz nada sozinho e nesse mundo empresarial é preciso delegar funções. 
Outro ponto a ser analisado, seria a influência da tecnologia no ambiente de trabalho. Quando o senhor estagiário é contratado, e começa a trabalhar na empresa, ele sente dificuldades nisso, pois em seu tempo, não havia tantos recursos tecnológicos a serem explorados no ambiente de trabalho, e a empresa trabalha com vendas de peças de roupas pela internet, fica bem claro que os funcionários devem estar inseridos e habilitados nesse quesito para efetuarem seu trabalho. Com o tempo, o senhor consegue se adaptar, e realizar seu trabalho sem maiores dificuldades. 
Isso mostra que cada vez mais a tecnologia vem entrado em nossas mesas de trabalho, e cada vez mais teremos que nos atualizar e nos adaptar com esse novo ambiente. O mundo precisa se comunicar, e como a lei da oferta e demanda está vigente no capitalismo, precisamos estar ligados aos novos métodos usados no mercado. Quanto mais fácil a comunicação e a informação são passadas, e o quanto se estende ao maior número de pessoas, mais rápido é a tendência de uma empresa atingir o seu público. 
	Um ponto a ser ressaltado, fazendo uma pequena observação crítica, seria o modo como o senhor é facilmente “dispensado” em algumas funções no trabalho. É claro que uma pessoa que do século atual e de idade mais nova, se adapta e absorve mais informações que um senhor de 70 anos, porém, o que a jovem Jules não consegue ver inicialmente é que, estando a frente de uma empresa, deve-se sempre estar aberto e atendo a ouvir cada idéia e opinião, pois sempre existe algo novo para ser passado, e transferido de uma pessoa a outra. É normal ter um pé atrás, já que o negócio foi criado por ela, e só Jules sabe o quanto foi trabalhoso, porém ela começa a duvidar muito rápido e a “descarta-lo” como um recurso valioso em sua empresa. Isto é um erro, pois sempre se tem alguém que pode ser melhor ou fazer melhor alguma coisa que 
ainda não aprendemos. Como ter ideias inovadoras, e estar sempre próximo para o que a empresa precisar. No filme, Bem (o senhor), ele mostra com perfeição este fato, sendo um estagiário com alto potencial, sempre pontual, sempre dedicado à procura do que precisa ser feito, e estar sempre aprendendo um pouco de cada setor, também muito presente na vida de Jules, tanto profissional quanto pessoal, o que o torna uma pessoa de muita confiança, e incansavelmente disposto a fazer o que ela precisa que ele faça, mesmo sem ela pedir ou mandar.