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DOR TORÁCICA E SCA THAÍSA MORETTI 7º PERÍODO medicina- 2017 CARACTERÍSTICAS GERAIS Sintoma que mais vezes leva o doente ao médico A lista de causas potenciais é longa e diversa Muitas causas são benignas, mas algumas com risco de vida O diagnóstico baseia-se na história clínica, no exame objectivo, em exames complementares, criteriosamente seleccionados PSICOGÊNICA CUTÂNEA VASCULAR PULMONAR PLEURAL CARDÍACA MUSCULAR ABDOME CAUSAS DE DOR TORÁCICA CAUSAS DE DOR TORÁCICA CARDÍACAS Síndromes Coronarianas agudas INFARTO DO MIOCÁRDIO COM E SEM SUPRA DESNÍVEL DE ST. ANGINA INSTÁVEL Angina estável CARDÍACAS Outras causas não isquêmicas Pericardite Dissecção de aorta PAREDE TORÁCICA Contraturas Fibromialgia Neurites Periostites Lesões de pele ABDOMINAIS Esofagites Tumores Patologias Gástricas PLEURAIS Dor aguda no tórax que piora com a respiração Dispnéia Espontâneo primário e secundário Iatrogênico pneumotórax PLEURAIS pleurites Tromboembolismo pulmonar agudo Sintoma: Dor torácica 88% Sinal: Taquipneia 92% Oclusão maior que 25% do leito vascular implicará em pós carga elevada do ventrículo direito . Vaso constrição pulmonar mediada por serotonina e tromboxane A2 . Subdiagnosticado Tromboembolismo pulmonar agudo - Gasometria - Rx de tórax - ECG - Doppler venoso de membros inferiores - Cintilografia de ventilação perfusão pulmonar - Tomografia de tórax - Angiografia AVALIAÇÃO CRITERIOSA ANAMNESE DETALHADA: CARACTERISTICAS DA DOR ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES EXAME FÍSICO : ESTABILIDADE HEMODINÂMICA VALENDO-SE DESTAS INFORMAÇÕES É QUE DECIDIMOS O DESTINO DO PACIENTE Características da Dor Anginosa Sensação de aperto Duração curta (2-10 min) e de intensidade moderada Localização retro-esternal ou precordial (pescoço, maxila inferior, braços, epigastro).Irradiação ombro e braço esquerdo Despertada pelo esforço, emoções, frio, etc. aliviada por repouso ou nitrato em menos de 10 minutos. PASSO 1 : TRIAGEM caracterização da dor: localização, irradiação, fatores desencadeantes, fatores de alívio, duração e sintomas associados. TIPO DE DOR A: DEFINITIVAMENTE ANGINOSA: todas as características da dor anginosa B: PROVAVELMENTE ANGINOSA: tem a maioria, mas não todas as características da dor definitivamente anginosa. C: PROVAVELMENTE NÃO ANGINOSA: tem poucas caracterlsticas da dor definitivamente anginosa. D: NÃO ANGINOSA: nenhuma característica da dor anginosa, mesmo se localizada em região precordial ou retroesternal. PASSO 2 : AVALIAR ECG deve ser obtido para todos os pacientes em ATÉ 10 minutos da chegada IAMCSST IAMSSST • Supra de ST em ao menos duas derivações contiguas ou • BRE novo + dor • Novo infra de ST de pelo menos 1 mm em ao menos duas derivações contiguas ou • Inversões de onda T no paciente • em vigência de dor anginosa Conduta sca AVALIAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA O ECG deve ser realizado em até 10 minutos. Devem ser feitas as 12 derivações convencionais, além de V3R, V4R, V7 e V8 se suspeita de IAM inferior e de acometimento de ventrículo direito e parede posterior. SUPRADESNÍVEL DE ST Elevação do segmento ST (no ponto J) nova ou presumivelmente nova em duas ou mais derivações contíguas: • ≥ 2 mm nas derivações V1 a V6 (precordiais) • ≥ 1 mm nas derivações do plano frontal (periféricas) *Ponto J: junção do fim do QRS e início do segmento ST BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO Complexos QRS >= 120ms com morfologia Qs ou rS em V1 Ausência de q em D1, V5 ou V6 INFRADESNÍVEL DO ST OU INVERSÃO DA ONDA T Desvio negativo do ponto J > 0.5 mm em pelo menos 2 derivações contíguas − Inversão da onda T >2mm simétrica em pelo menos 2 derivações contíguas. LOCALIZAÇÃO DO IAM PASSO 3 : PROBABILIDADE DE DAC BAIXA: 1 FR ( ≠ DM) E IDADE < 60 ANOS INTERMEDIÁRIA: 2 FR (≠ DM) E IDADE <60 ANOS ALTA: >2 FR, DM, IDADE >60 ANOS OU DAC CONHECIDA PASSO 4: DIAGNÓSTICO Fluxograma para abordagem inicial da dor torácica com ecg não diagnóstico isquêmico SE EXCLUÍDA SCA SUSPEITA DE DOENÇA TORÁCICA VASCULAR AGUDA (TEP ou DAA)?? Unidade Coronariana: ECG e MNM seriados Rx Tórax Tomo/ETE SE NÃO TEP OU DAA Analgesia ALTA Fluxograma para abordagem inicial da dor torácica com ecg não diagnóstico isquêmico PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA Conduta para sca TEMPO PORTA- AGULHA = 30MIN TEMPO PORTA- BALÃO= 90MIN ANGIOPLASTIA DE RESGATE= ATÉ 180MIN DO TROMBOLÍTICO Morfina Indicações Dor torácica isquêmica IAM sem hipotensão Edema agudo de pulmão Dose 2 a 4 mg EV Repetir a cada 5’ até obter efeito desejado Precauções Não administrar em pacientes hipotensos Se ocorrer hipotensão, administrar 250 a 500 ml de SF 0,9% AAS Indicações Suspeita de dor torácica isquêmica IAM com elevação do segmento S-T Angioplastia coronária Dose 160 a 325 mg VO, amassada ou mastigada Supositórios de 325 mg se náuseas ou vômitos Precauções e Contra-indicações Úlcera péptica ativa Hipersensibilidade ou alergia Desordens hemorrágicas, doença hepática grave -bloqueadores Indicações Todo paciente com IAM com ou sem supra de st Dor isquêmica contínua ou recorrente Taquiarritmias como FA com alta resposta ventricular Efeitos Consumo de oxigênio miocárdico A mortalidade e o reinfarto não fatal A incidência de FV primária Dose: Metoprolol 5 mg EV de 5/5’ até totalizar 15 mg se PAS > 100 mm Hg e FC > 60 bpm) Seguir com 50 a 100 mg VO de 12/12 horas; ou Atenolol 25 a 50 mg VO de 12/12 horas Precauções Insuficiência moderada de VE DPOC grave, história de asma Contra-indicações FC < 60 bpm PAS < 100 mmHg Insuficiência grave de VE BAV de segundo ou terceiro graus INTERVALO PR>240MS Anticoagulação Indicações Heparina não fracionada (HNF) Adjunto á terapia fibrinolitica com rt-PA Alto risco de embolia sistêmica IAM anterior extenso FA Embolia prévia ou trombo em VE Heparina de baixo peso molecular (HBPM) SCA sem elevação do segmento S-T (angina instável, angina pós infarto, IAM não Q Dose HNF: 80 UI/kg EV em bolo seguido de 18 UI/kg/h EV por 48 horas. Manter KPTT 1,5 a 2 vezes o controle (45 a 70”) HBPM: 1 mg/kg SC de 12/12 horas Contra-indicações Absolutas Vigência de hemorragia, TCE recente, hemorragia recente no SNC, coagulopatia grave Relativas HAS severa, endocardite bacteriana, hemorragia digestiva recente, retinopatia diabética, plaquetopenia (<100.000/mm 3 ) Inibidores da ECA Indicações IAM de parede anterior IAM prévio Insuficiência cardíaca Sinais clínicos de disfunção de VE FE do VE < 40% Contra-indicações Gravidez Angioedema PAS < 100 mm Hg Insuficiência renal clinicamente relevante Estenose de artéria renal bilateral Hipersensibilidade a IECA Dose e administração Não administrar nas primeiras 6 horas do IAM Iniciar após terapia de reperfusão e que o paciente esteja estável sintomática e clinicamente Iniciar com doses baixas (6,25 a 12,5 de 8/8 horas) Ajustar a dose total em 24 a 48 horas Nitratos Indicações Primeiras 24 a 48 horas IAM anterior extenso e ICC Isquemia persistenteou recorrente Hipertensão Mais de 48 horas Angina recorrente Congestão pulmonar persistente Contra-indicações PAS < 90 mmHg infarto de VD Bradicardia ou taquicardia graves USO DE INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE (VIAGRA) NAS ÚLTIMAS 24H Doses IV: Nitroglicerina: 12,5 a 25 g em bolo e infusão de 10 a 20 g /min Mononitrato de isossorbida: 0,8 mg/kg a cada 8 horas em infusão contínua SL: Nitroglicerina: 0,4 mg. Repetir 2 vezes em intervalos de 5/5’ Dinitrato de isossorbida: 5 mg SL. Repetir 2 vezes de 5/5’ Spray: 2 doses SL ou na língua Oxigênio IAM sem complicações Oxigênio a 4 l/min por cateter nasal nas primeiras 2-3 horas Provavelmente sem benefício após 3-6 horas IAM não complicado (congestão pulmonar evidente, SaO2 < 90%) Oxigênio a 4 l/min por cânula nasal; ajuste conforme a necessidade Continuar a terapêutica até que o paciente esteja estável Fibrinolíticos Benefício maior Quando o período entre a chegada do paciente e administração da droga for < 30 minutos Elevação do S-T ou BRE novo ou supostamente novo IAM extenso Pacientes jovens Benefício menor Pacientes com mais de 75 anos Atendimento após 6-12 horas a partir do início da dor • Doses • Rt-PA • Infusão acelerada (1,5 hora) • 15 mg ev em bolo • 0,75 mg/kg em 30’ (máx. 50 mg) • 0,50 mg/kg em 60’ (máx. 35 mg) • Estreptoquinase • 1.500.000 UI em 1 hora de infusão CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP Classificação prognóstica do IAM finalizando Lembrem-se que nenhum algoritmo ou fluxograma substitui o julgamento clínico Algoritmos, fluxogramas e rotinas nos norteiam, são trilhas que nos orientam mas não são trilhos “Mais vale o bom senso que o consenso” Reavaliar sempre “Tempo é músculo”
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