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Curso de Engenharia Elétrica Laboratório de Sistemas de Controle LABORATÓRIO 1 – CARACTERÍSTICAS DE ENTRADA E DE VELOCIDADE DO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA Alunos: Fábio Lúcio de Almeida Sousa Júnior Juliana Damasceno Batista Thalena Cristina dos Santos da Silva Prof: Reuber Regis de Melo Sobral, Setembro de 2017 Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................. 3 2. Objetivos ............................................................................................................................... 5 3. Materiais ............................................................................................................................... 6 4. Procedimento Prático............................................................................................................ 7 5. Conclusão .............................................................................................................................. 9 6. Referências ............................................................................................................................ 9 1. Introdução Os motores elétricos são dispositivos que tem a função de converter energia elétrica em outra forma de energia, a mecânica. O principal objetivo é contribuir com o melhor funcionamento dentro da indústria. Também chamado de atuador elétrico, ele é o mais utilizado, dentre todos os tipos de motores, devido seu baixo custo, a facilidade em ser manuseado e transportado, limpeza e controle do equipamento, como também grande adaptação em cargas distintas. Figura 1: Modelo de um motor elétrico. Os motores que possuem a corrente CC (corrente continua), são conversores eletromecânicos, com características similares aos lineares, com sistemas de primeira ordem e uma linguagem matemática bem simplificada, contribuindo para o manuseio do equipamento e facilitando o controle do torque e das diferentes velocidades produzidas pelo motor. O motor também tem capacidade de fazer a tarefa reversa, ele transforma o movimento mecânico em energia elétrica. Esse processo é realizado pelo gerador, ou por um dínamo, que são aparelhos que transformam corrente continua em energia mecânica. Esse processo acontece através da indução eletromagnética. A composição de um motor CC é principalmente: Rotor (parte móvel), estator (parte fixa), coletor (liga as bobinas à redes elétricas), escovas (fazem os contatos elétricos) e os terminais. Figura 2: Composição de um motor Para que o motor tenha uma força suficiente para começar a rotação e´ preciso superar uma iné rc i a , que e´ resultante do atrito entre os componentes do motor, sendo necessário aplicar uma t ensão nos terminais do motor superior a faixa de tensão morta. Com isso, transportando uma tensão mínima, a velocidade do rotor aumenta proporcional a tensão que é aplicada na sua entrada até o ponto em que atinge o valor máximo em quem o fabricante especifica. Já a velocidade do rotor, é controlada através da corrente que se movimento pelos rolamentos. Como corrente tem uma relação linear à tensão, essa relação é o que faz com que haja o movimento do motor CC. A velocidade do rotor pode ser controlada através da corrente que flui a t ravés dos enrolamentos, pois como podemos ver pela figura 2 a corrente apresenta uma relação linear com a tensão e esta, como mostrado na figura 1, tem influeˆncia direta na rotac¸a˜o do motor CC. 2. Objetivos • Verificar, para diferentes valores da tensão de referência, a variação na saída (velocidade do motor); • Verificar qual o limiar de tensão para o funcionamento do motor; • Obter o gráfico que relacione entrada (Tensão) e saída (Velocidade do motor); • Obter o gráfico que relacione a velocidade no motor pela corrente no mesmo. 3. Materiais • Fonte de tensão contínua; • Servo motor: 12 V, 4,5 W; • Taco gerador (acoplado ao motor): aproximadamente 3Vp-p/4000rpm; • Drive amplificador para o motor; • Potenciômetro de referência; • Amperímetro e Voltímetro; • Tacômetro. 4. Procedimento Prático No guia de prática laboratorial foi solicitado a montagem do circuito mostrado na figura abaixo, foi utilizado o kit de instrumentos do laboratório de controle. Figura 3: Diagrama do sistema de Controle. Logo após a montagem do circuito, as ligações feitas foram verificadas juntamente com o orientador do laboratório. Após as ligações terem sido verificadas o potenciômetro foi ajustado para um ângulo de 180°, seguindo a orientação presente no guia de pratica laboratorial. O circuito foi conectado a uma fonte de tensão continua e observou-se que o motor entrou em movimento quando foi ajustado para 180°, após reduzirmos a tensão de referência. O sistema foi conectado a uma fonte de tensão contínua, foi ligado e observado que o motor entrou adequadamente em movimento. Logo em seguida a tensão de referência foi reduzida, o potenciômetro foi movido no sentido anti-horário, até o motor parar. Neste momento, a tensão verificada no voltímetro foi de 0 V. Em seguida, a tensão foi elevada gradualmente movendo o potenciômetro no sentido anti- horário, e ao aumentar cada valor de tensão (1 V – 10 V) os valores de corrente e velocidade foram anotados. Agora, foi-se elevando vagarosamente a tensão aplicada movendo o potenciômetro no sentido anti-horário, e para cada aumento de tensão (1V, 2V, 3V, ..., 10 V), foi anotado os valores de corrente e velocidade. Na tabela 1, estão expressos esses valores. Esse processo foi repetido duas vezes, e calculado uma média aritmética dos valores. Tabela 1: Valores medidos de corrente e velocidade a partir da tensão no motor CC. Tensão de Entrada (V) Corrente 1 (mA) Velocidade 1 (RPM) Corrente 2 (mA) Velocidade 2 (RPM) Média da Corrente (mA) Média da Velocidade (RPM) 1 61,5 0 62,5 0 62 0 2 123,8 0 125,2 0 124,5 0 3 186 0 187,8 0 186,9 0 4 149,7 800 131 900 140,35 850 5 149 1200 149 1200 149 1200 6 164 1500 163 1500 163,5 1500 7 190 1800 190 1800 190 1800 8 195 2200 199 2200 197 2200 9 222 2400 220 2500 221 2450 10 237 2700 238 2800 237,5 2750 Através do Software MATLAB e utilizando as médias dos valores medidos, foi possível plotar o gráfico da Tensão de Entrada x Velocidade do Motor e o gráfico da Velocidade do Motor x Corrente. Na “Figura 4” e “Figura 5” a seguir estão as curvas representantes destes eixos do experimento. Figura 4: Curva Tensão de Entrada x Velocidade do Motor. Figura 4: Curva Velocidade do Motor x Corrente. 5. Conclusão Na prática foi possível observar que a medida que a tensão de entrada do sistema cresce a velocidade do motor se mantém nula enquanto essa tensão de entrada não atinge a tensão necessária para vencer o atrito entre as escovas, enrolamentos, etc. Essa tensão no experimento foi de 3V e a partir dela o eixo do motor começa a entrar em movimento e sua velocidade cresce linearmente com a tensão de entrada aumenta. Entre 3V e 4V a velocidade do motor vai de 0 a 850 rpm, sendo este crescimento linear. Enquanto a tensão de entrada não atinge a tensão necessária para que o eixo do motor entre em movimento a corrente cresce e decai quando o motor começa a entrar em movimento, isso se dá devido à resistência do motor a entrar em movimento, oque faz a corrente crescer junto com a tensão, quando o motor começa a entrar em movimento, a corrente decai, pois a resistência do motor ao movimento é vencida. A partir daí a corrente cresce a medida que a velocidade do motor cresce. Foi aprendido a utilização de alguns dos módulos presentes no kit, como o U-157 que é um potenciômetro e foi utilizado para regular a tensão de entrada. O U-154 é um circuito amplificador responsável por um ganho de corrente. O U-159 é o medidor de rpm e o U-155 é o taco detector, responsável por essa leitura da velocidade do motor. O U-161 é motor CC. O procedimento prático foi bem-sucedido, uma vez que a corrente e a velocidade do motor se comportaram de forma esperada de acordo com a tensão de entrada. 6. Referências [1] Bim, Edson. Máquinas elétricas e acionamento. Vol. 3. Elsevier, 2012. [2] Motores, C. C. "Motores elétricos." Jaraguá do Sul/SC, Mod 50 (2006): 112006
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