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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Engenharia em Energia Novo Hamburgo Anelise Pittella de Freitas Novo Hamburgo, 17 de outubro de 2017 Tecnologia de Gaseificação 1 Introdução Definição Utilização Processo Desempenho Tipos de Gaseificadores Classificação Funcionamento Vantagens e desvantagens Estequiometria do processo Principais reações Exemplo (artigo) Conclusões Principais referências UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia de Gaseificação Sumário INTRODUÇÃO A gaseificação é uma tecnologia não muito recente e muito promissora que vem se afirmando como uma fonte de energia e matéria-prima para redução das emissões globais de CO2. Mostram-se capaz de suprir as demandas energéticas mundiais, de maneira sustentável e ambientalmente correta, em um futuro não tão distante. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação INTRODUÇÃO A gaseificação pode utilizar qualquer tipo de composto orgânico e seu produto será sempre uma mistura de gases rica em hidrogênio e óxidos de carbono, em especial o monóxido, variando apenas suas respectivas concentrações. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Pode ser definida como a conversão termoquímica de um material sólido ou líquido (que tenha carbono em sua composição) em um produto gasoso combustível (Gás de Síntese). Estes gases combustíveis contem CO2, CO, H2, CH4, H2O, outros hidrocarbetos, gases inertes e diversos contaminantes (ex. particulados e alcatrões). Os sistemas de gaseificação operam de forma a limitar a oxidação completa do hidrogênio para água, e do monóxido de carbono para dióxido de carbono. GASEIFICAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação 5 GASEIFICAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação O gás produzido pode ser utilizado para a geração de energia elétrica, pois o processo de gaseificação pode ser acoplado a turbinas a gás (BIG-GT), motores de combustão interna, motores Stirling (combustão externa) e células a combustível, e para a queima em queimadores de caldeiras para geração de vapor. GASEIFICAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Processos de conversão térmica e os produtos gerados (Belgiorno et al.2003) GASEIFICAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação O gás produzido pode ser utilizado para: UTILIZAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação a geração de energia elétrica, pois o processo de gaseificação pode ser acoplado a turbinas a gás (BIG-GT), motores de combustão interna, motores Stirling (combustão externa) e células a combustível. a queima em queimadores de caldeiras para geração de vapor; secadores para secagem de peças cerâmicas PROCESSO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação DESEMPENHO Os fatores que afetam o desempenho do sistema de gaseificação são: A razão de equivalência (comumente conhecida como fator de ar); O tipo de agente de gaseificação; O tempo de residência, o qual é limitado pela velocidade de fluidização quando o processo é realizado em reatores de leito fluidizado, e para o caso dos reatores de leito fixo, principalmente pelo projeto e pela operação a grelha; As caracteristicas da biomassa em termos físico-químicos e energéticos. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação TIPOS DE GASEIFICADORES O gaseificador é o reator no qual acontece a conversão termoquímica do material carbonáceo tratado. Existem três tipos principais de gaseificadores: gaseificador de leito fixo, gaseificador de leito fluidizado e o de leito de arraste. Ao mesmo tempo, todos eles podem ser aquecidos direto ou indireto. A classificação se baseia na direção relativa do fluxo de biomassa e do agente de gaseificação, e na forma de fornecimento de calor ao reator. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Os reatores de leito vertical são os mais comuns. Os gaseificadores de leito fixo são relativamente fáceis de projetar e de operar. São eficientes trabalhando com combustíveis de alta densidade e granulometria grosseira. São usados em plantas de energia de tamanho pequeno ou médio e para a recuperação energia térmica. TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito fixo UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Estes gaseificadores são subdivididos em: updraft (contracorrente) downdraft (co-corrente) Nos gaseificadores tipo contracorrente o material sólido é alimentado pelo topo e o ar é introduzido pela parte inferior do reator; aqui o material sólido é convertido em gás combustível na medida em que este percorre a trajetória para a parte inferior do reator. A trajetória inicia no topo: Secagem, pirólises, redução e combustão (oxidação). Na zona de combustão é onde se atinge a maior temperatura 1200oC (Belgiorno et al. 2003). TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador updraft UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Gaseificador de leito fixo sua simplicidade alta proporção de carvão a ser queimado, troca interna de calor (fazendo com que as temperaturas dos gases de saída sejam baixas) alta eficiência do equipamento possibilidade de operar com diversos tipos de alimentação. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Granulometria de Biomassa a possibilidade da aparição de canalizações no equipamento necessidade da instalação de grelhas de movimento automático apresentam problemas relacionados com a eliminação dos líquidos condensados, que contem alcatrões resultantes das operações de limpeza do gás. O Gaseificador updraft apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: VANTAGENS DESVANTAGENS TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito fixo TIPOS DE GASEIFICADORES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação A biomassa é alimentado pelo topo e o ar é alimentado pela parte lateral do reator, enquanto o gás combustível é retirado abaixo da grelha. Quatro zonas de reação chamadas, secagem, pirólises, oxidação e redução. A velocidade de secagem depende da área superficial do combustível, da diferença de temperatura entre alimentação e os gases quentes e da velocidade de recirculação, e da umidade relativa dos gases, como também da difusividade interna da umidade no combustível. A temperatura na zona de secagem está na faixa de 70 – 200oC. Gaseificador downdraft Gaseificador de leito fixo possibilidade de produzir um gás livre de alcatrões, apropriado para ser usado em motores. não sofre objeções ambientais como os reatores de contracorrente UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Granulometria de Biomassa o combustível sólido precisa ser briquetado antes de ser alimentado no reator, em particular, os materiais brandos e de baixa densidade ocasionam problemas na circulação e queda de pressão presentam problemas com combustíveis com alto teor de cinzas (formação de escórias) O Gaseificador downdraft apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: VANTAGENS DESVANTAGENS TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito fixo Nos gaseificadores de leito fluidizado, as partículas do combustível são mantidas suspensas em um leito de partículas inertes (areia, cinzas ou alumina) fluidizadas pelo fluxo ascendente de ar, criando condições favoráveis de transferência de calor e homogeneidade da temperatura na câmara da reação (Resende, 2003). Um reator de leito fluidizado pode ser descrito como um leito de partículas que ao se aumentar o fluxo de gás através dele faz com que este passe por fases sucessivas: leito fixo, leito fluidizado incipiente, leito fluidizado borbulhante e finalmente transporte pneumático das partículas. TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito fluidizado UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Desenvolvida para resolver os problemas operacionais dos reatores de leito fixo, como alimentação com alto teor de cinzas e principalmente para incrementar a eficiência. Os principais tipos de gaseificadores de leito fluidizado são: reator de leito borbulhante (bubbling fluidised bed) e reator de leito circulante (circulating fluidised bed) TIPOS DE GASEIFICADORES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação flexibilidade quanto ao material na alimentação, devido ao fácil controle de temperatura pode ser mantido abaixo do ponto de fusão das cinzas e a capacidade de operar com materiais friáveis e de granulometria fina sem a necessidade de serem briquetados. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Granulometria de Biomassa temperaturas de operação limitada alto teor de alcatrões no gás produzido devido às baixas temperaturas de operação (700-900°C) combustão incompleta do carvão. O Gaseificador de leito fluidizado apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: VANTAGENS DESVANTAGENS TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito fluidizado TIPOS DE GASEIFICADORES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Estes equipamentos geralmente utilizam o combustível na forma de gás, pó ou em estado líquido, exigindo a adequação da biomassa a uma granulometria muito fina ou inclusive a estado líquido por meio de uma pirólise prévia. O combustível é usualmente transportado por uma mistura de O2 e vapor de H2O e gaseificado em temperaturas superipres a 1200C e pressão acima de 20bar. O processode gaseificação ocorre durante o transporte pneumatico dos materiais que compóe a mistura, que pode ser tanto em sentido ascendente(combustível fornecido pelos extremos katerias do reator), quanto descendente(combustível fornecido pela topo) Gaseificador de leito de arraste UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificador de leito de arraste UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação TIPOS DE GASEIFICADORES ESTEQUIOMETRIA DO PROCESSO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação A quantidade estequiométrica de ar para a combustão completa de biomassa seca com composição típica CH1,4 O0,6 é aproximadamente 6kg de ar/kg de biomassa. Para a gaseificação existe uma quantidade ideal de ar que produz somente CO e H2, que é ao redor de 20% da estequiométrica, ou seja, 1,2kg de ar/kg de biomassa. A reação química de um processo típico de gaseificação é representada pela seguinte equação: PRINCIPAIS REAÇÕES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação A composição típica do gás produzido na gaseificação é mostrada na tabela a seguir: O poder calorífico desse gás produzido é da ordem de 5.500 kJ/Nm3, considerando o nitrogênio presente no ar. As principais reações químicas que são desenvolvidas em cada etapa são apresentadas nas equações seguintes: PRINCIPAIS REAÇÕES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação Os dados da energia padrão de Gibbs e entalpia padrão foram calculados a 1100oC, empregando o software HSC Chemistry 5.0. PRINCIPAIS REAÇÕES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação EXEMPLO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação EXEMPLO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia da Gaseificação A gaseificação é uma alternativa para a produção de energia através de energias renováveis; O desenvolvimento da tecnologia em países que não possuem outras fontes de energia; Controle de emissões e aproveitamento de carbono; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia de Gaseificação Conclusões BELGIORNO, V. Et alii. Energy from gasification of solid wastes. Wate Managemente, 23, p-15, 2003. LORA, E., ANDRADE, R. Gaseificação e Pirólise para a Combustão da Biomassa em eletricidade e Biocombustíveis. CENBIO - Centro Nacional de Referência em Biomassa. Projeto GASEIBRAS. Relatório Técnico. Dezembro, 2003 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Tecnologia de Gaseificação Principais Referências UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Granulometria de Biomassa Obrigada!
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