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Organização do Estado - Divisão de poderes

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Divisão Espacial do Poder
Organização do Estado
Elementos integrantes do Estado: 
Soberania; 
Finalidade; 
Povo; 
Território.
Definição de Estado: Ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. A noção de poder está implícita na de soberania, que, no entanto, é referida como característica da própria ordem jurídica. A politicidade do Estado é afirmada na referência expressa ao bem comum, com a vinculação deste a um certo povo, e, finalmente, a territorialidade, limitadora da ação jurídica e política do Estado, está presente na menção a determinado território.
Forma de governo: Republica ou Monarquia.
Sistema de Governo: presidencialismo ou parlamentarismo.
Forma de Estado: Unitário ou Federação.
O Brasil adotou a forma Republicana de governo, o sistema presidencialista de governo, e a forma federativa de Estado.
Estado Unitário
Pode ser classificado em três espécies distintas:
Estado Unitário Puro: Esta forma se caracteriza por uma absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o território do Estado, não encontra exemplo histórico, evidentemente, por não ter condições de garantir que o Poder seja exercido de maneira eficiente.
Estado Unitário Descentralizado Administrativamente: Ainda concentra a tomada de decisões políticas nas mãos do Governo Nacional, mas avança descentralizando a execução das decisões já tomadas. Criam-se pessoas para, em nome do governo nacional, como se fossem extensão deste, executar, administrar, as decisões políticas tomadas. 
Estado Unitário Descentralizado administrativa e politicamente: (forma de Estado mais comum hoje em dia). Ocorre não só a descentralização administrativa mas também a política, pois, no momento da execução de decisões já tomadas pelo Governo Central, as “pessoas” passam a ter, também, certa autonomia política para decidir no caso concreto o melhor procedimento a ser empregado na execução daquele comando central.
Estado Federal
A forma Federativa de Estado tem sua origem nos EUA, em 1787. 
Tipologias do Federalismo:
Federalismo por Agregação ou por Desagregação (segregação): Leva em conta a formação histórica, a origem do federalismo em cada Estado. No Federalismo por agregação, os Estados independentes resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para agregar-se entre si e formar um novo Estado, agora, Federativo, passando a ser, entre si, autônomos. O modelo tem em vista a indissolubilidade do vínculo federativo. Ex: EUA, Alemanha e Suíça. No Federalismo por desagregação, a Federação surge a partir de determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se, “em obediência a imperativos políticos e de eficiência”. Ex: Brasil.
Federalismo Dual ou Cooperativo: Essa classificação diz respeito ao modo de separação de atribuições (competências) entre os entes federativos. No federalismo dual, a separação é extremamente rígida, não se fala e cooperação entre eles. No federalismo cooperativo, as atribuições serão exercidas de modo comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto. O modelo brasileiro pode ser classificado como um federalismo cooperativo.
Federalismo Simétrico ou Assimétrico: No Federalismo Simétrico verifica-se homogeneidade de cultura e desenvolvimento, assim como de língua. Ex: EUA. O federalismo assimétrico pode decorrer da diversidade da língua e cultura. Ex: Canadá, que é bilíngue e multicultural. 
Federalismo Orgânico: O Estado deve ser considerado um “organismo”. Busca-se, dessa forma, sustentar a manutenção do “todo” em detrimento da “parte”. Os Estados-Membros aparecem como um simples reflexo do “todo-poderoso poder central”. 
Federalismo por Integração: Em nome da integração nacional, passa a ser verificada a preponderância do Governo central sobre os demais entes, atenuando, assim, as características do modelo federativo. 
Federalismo equilíbrio: traduz a ideia de que os entes federativos devem manter-se em harmonia, reforçando-se as instituições, equilibrando as forças das instituições e reforçando-as.
Federalismo de segundo grau: No Brasil há uma tríplice estrutura do Estado, reconhecida três ordens: (1) União, ordem central. (2) Estados, ordens regionais. (3) Municípios, ordens locais. O poder de auto-organização dos Municípios observa dois graus, quais sejam, a Constituição Federal e a Constituição do Respectivo Estado. Assim, conclui, “a Constituição de 1988 consagra um federalismo de segundo grau”.
Características da Federação
Descentralização política: concede autonomia para os entes.
Repartição de competências: (políticas, administrativas, legislativas, tributárias). Garante a autonomia entre os entes, e assim o equilíbrio da federação. 
Constituição rígida como base jurídica: estabilidade institucional.
Inexistência do direito de secessão: princípio da indissolubilidade do vínculo federativo; não se permite, uma vez criado o pacto federativo, o direito de separação, de retirada. 
Soberania do Estado Federal
Intervenção: surge como instrumento para assegurar o equilíbrio federativo em situações de crise.
Auto-organização dos Estados-Membros: Constituições Estaduais.
Órgão representativo dos Estados-Membros: Senado Federal.
Guardião da Constituição: STF
Repartição de Receitas: assegura o equilíbrio entre os entes federativos.
Composição e sistematização organizacional da República Federativa 
Forma de governo: Republicana;
Forma de Estado: Federação;
Característica do Estado brasileiro: trata-se de Estado de Direito, democratizado, qual seja, Estado Democrático de Direito;
Entes componentes da Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Sistema de Governo: presidencialista.
Fundamentos da República Federativa do Brasil (Art. 1º)
Soberania: fundamento da República Federativa do Brasil e não da União, enquanto ente federativo. A soberania é do conjunto formado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Cidadania;
Dignidade da pessoa humana;
Valores Sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
Pluralismo político.
Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil (Art. 3º)
Os fundamentos são inerentes ao Estado, fazem parte de sua estrutura. Quanto aos objetivos, estes consistem em algo exterior que deve ser perseguido.
Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Garantir o desenvolvimento nacional;
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais (Art.4º)
Independência nacional
Prevalência dos direitos humanos
Autodeterminação dos povos
Não intervenção
Igualdade entre os Estados
Defesa da paz
Solução pacífica dos conflitos
Repúdio ao terrorismo e ao racismo
Cooperação entre os povos para o congresso da humanidade 
Concessão de asilo político.
Idioma oficial e símbolos da República Federativa do Brasil (Art.13)
Art.13 – A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º São Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Vedações constitucionais impostas à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (Art. 19)
Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embarcar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. O Brasil é um país leigo, laico, não confessional, desde o advento da República não adota nenhuma religião oficial.
Recusar fé aos documentos públicos, ou seja, os documentos presumem-se idôneos.
Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si, inegável desdobramento do princípio da isonomia.
UNIÃO FEDERAL 
Umacoisa é a União –unidade federativa-, ordem central, que se forma pela união de partes, através de um pacto federativo. Outra coisa é a República Federativa do Brasil, formada pela reunião da União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. 
A União possui dubla personalidade, pois assume um papel internamente e outro internacionalmente.
 -Internamente, é uma pessoa jurídica de direito público interno, componente da Federação brasileira e autônoma na medida em que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração, configurando, assim, autonomia financeira, administrativa e política. 
 -Internacionalmente, a União representa a República Federativa do Brasil.
Competências da União Federal
-Competência não legislativa
Exclusiva: (art.21, CF)
Comum: (cumulativa, concorrente, administrativa ou paralela) art.23, CF. Trata-se da competência não legislativa comum aos quatro entes federativos, quais sejam, a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios. 
As leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Competência comum/concorrente=todos os entes federativos podem atuar. 
-Competência Legislativa
(elaborar leis)
Privativa: é permitido à União, por lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias previstas no referido art. 22. Referida delegação não poderá ser direcionada a um único Estado determinado.
Concorrente: em relação as matérias do art.24, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Em caso de inércia da união, inexis

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