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DIREITO CIVIL IV CONTRATO Conceito Funções PRINCÍPIOS ELEMENTOS FORMAÇÃO CLASSIFICAÇÃO GARANTIAS ESPÉCIES ATOS ILÍCITOS DECLARAÇÕES UNILATERAIS BIBLIOGRAFIA Venosa Gonçalves Maria Helena Diniz Silvio Rodrigues XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX TRABALHO DA AULA Nº 1 CONTRATO 1 - Conceito – É um acordo de vontades realizado entre credor e devedor, criando-se uma relação jurídica que tem por base uma conduta, na conformidade com a ordem jurídica. É um fato social decorrente da ação humana. Pode ser bilateral ou plurilateral. São criados vínculos jurídicos que se predispõem a criar, modificar, extinguir, transferir, resguardar relações jurídicas. Negócio Jurídico – Manifestação de vontade De acordo com Antonio Augusto Queiroz Teles, em Lições de Obrigações e Contratos, p. 118 – Copola Editora – Campinas – SP “Contrato é o acordo de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto, seguido das formalidades e produzindo efeitos jurídicos sobre os contratantes.” Contrato pode ser reconhecido como negócio jurídico bilateral que se predispõem a criar, modificar, extinguir, transferir, resguardar relações jurídicas. Funções do Contrato 2) Função Social – Tentar garantir o equilíbrio que propicie o desenvolvimento igualitário para a sociedade. Está relacionada ao equilíbrio contratual baseado na boa-fé. Não pode haver cláusulas abusivas que possam causar danos a uma parte em detrimento da outra. 3) Função Econômica – Função contratual que enfatiza a responsabilidade das partes do contrato, estabelecendo segurança jurídica, estabilidade nas relações jurídicas dos promotores da cadeia econômica. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 06/02/2014 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS � Autonomia o Liberdade 421 CC o Função Social � Consensualismo o Formação o Exceções o Solenes o Reais � Obrigatoriedade o “pacta sunt servanda” � Relatividade o Lei entre as partes o Terceiro Beneficiário � Boa-fé o Objetiva o Lealdade Princípio da Autonomia – Pelo princípio da autonomia somos livres para contratar na forma que, modo, com quem bem entendermos. A bandeira da liberdade está assentada numa dimensão que diz que cada um sabe o que faz. As pessoas sendo cuidadosas, cautelosas não farão algo que as prejudique. A liberdade que no primeiro momento seria uma solução, sabe-se que a liberdade escraviza e a lei liberta. A autonomia, a liberdade está presente na interferência do Estado porque ela não cumpre sua função social. O Estado cria uma série de leis que definem um modelo de contrato. O Estado obrigou a economia a convergir ao interesse social. De certa forma a CF assegura a livre iniciativa. O Estado é extremamente intervencionista por conta da preocupação com a função social dos contratos. Dirigismo Estatal – O Estado dirige e define os parâmetros para as situações. A autonomia existe, desde que em consonância com a função social. Só se tem autonomia a partir dos 18 anos. Dos 16 aos 18 anos deverão ser respeitados parâmetros determinados em lei. Tem-se liberdade, mas na exata dimensão da função social. Princípio do Consensualismo - Contrato só existe a partir da fusão de vontades. Nos contratos solenes exige-se uma forma específica. Existe uma escritura pública para a compra de terreno. Contrato de Crédito, existe uma nota promissória. O sistema cria algumas regras que presidem a forma. Se não for seguido o percurso legal não haverá garantia. Deve-se seguir os passos legais e alcançar os efeitos jurídicos desejados. Contratos reais tomam uma outra peculiaridade – Se alguém se propõe a emprestar um livro gera a obrigação de devolver o livro. Sem a entrega não há efeito contratual. O mesmo ocorre com o contrato de depósito. A boa vontade das partes simplesmente não formalizam o contrato, há a necessidade da entrega da coisa. Nos contratos reais, geralmente não se exige papel, mas a tradição, a entrega da coisa. Princípio da Obrigatoriedade – contrato gera obrigações. Consequências por desrespeitar as obrigações assumidas nos contratos. É um princípio marcado nesta dimensão latina “pacta sunt Servanda”, isso quer dizer que estamos obrigados a cumprir com o contratado. O Sistema prevê as condições e cria as penalidades para que as obrigações sejam cumpridas. Teoria da Imprevisão – Se foi contratada a construção de uma casa com tempo determinado para seu término. Só que nos primeiros 6 meses ocorre algo no cenário econômico e dá perda à construtora (uma situação inflacionária inesperada). Um fato com esta magnitude pode estabelecer um reequilíbrio. O contrato tem que estar em curso e tem que ocorrer um fato econômico determinante. Esta é a hipótese para a teoria da imprevisão. Não é teoria da imprevisão quando se contrata um determinado bem e se adoece impedindo o cumprimento do contrato. Não há como revisar contratos quando há problema somente a uma das partes. O Estado só intervém quando o contrato está ofendendo a ordem pública. A obrigatoriedade é impositiva. Só há uma facilitação desta força pela teoria da imprevisão. Princípio da Relatividade – Contrato é lei entre as partes Terceiro Beneficiário – filhos, cônjuges, dependentes, fica estipulado que farão ser observados seus direitos. Descontos ou benefícios para os componentes de uma coletividade ou de uma categoria. Extensão de benefício a determinado grupo de pessoas que não participam do contrato. Contrato em favor, em benefício de terceiros. Não se impõe custos nem obrigações a terceiros. Princípio da Boa-Fé – O princípio da boa-fé cobra uma retidão de ação quando se fala em contrato. Os contraentes devem necessariamente, portanto, se postar de modo honesto, leal a fim de que possam merecer a confiança recíproca durante o período contratual. Exige-se lisura e lealdade para se fazer valer a confiança depositada. O princípio da boa fé objetiva é comportamental. É fundamental para a sociedade. Só vivemos de forma tranqüila porque temos a confiança. Atividade TRABALHO DA AULA Nº 2 Avalie as situações fáticas abaixo e aponte o eventual princípio contratual (ou princípios) que deve ser observado, justificando-o. A) Pedro, através do Plano de Equivalência Salarial, contratou a aquisição da casa própria pelo SFH em 20 (vinte) anos. A prestação que inicialmente lhe consumia 10% de sua renda mensal, em Três anos passou a consumir 60%, diante de que a financeira corrigiu a prestação da casa própria por índices distintos dos que foram aplicados ao salário de Pedro, valendo-se da variação inflacionária. R. Observa-se o princípio da obrigatoriedade, Observa-se também neste caso, uma quebra do princípio da Boa-fé, porque o contrato foi realizado pelo Plano de Equivalência Salarial e a financeira aplicou índices distintos do que foram aplicados ao salário de Pedro, valendo-se da variação inflacionária. Havia um contrato com um trilho e uma direção. Pedro tinha a segurança do PES, e a instituição financeira saiu do trilho contratual. A instituição quebra a `pacta sunt servanda’. O contrato não foi honrado, quebrando assim o princípio da boa-fé. Há, portanto, a quebra da lealdade. B) Pedro, após muita economia, procurou uma concessionária para adquirir um sonhado veículo, eleito, após análise de várias marcas, como o melhor custo-benefício. Antes de fechar o negócio solicitou informações à fábrica e à concessionária quanto a uma possível re-estilização do veículo, eobteve a informação que o pretendido veículo não tinha previsão de mudanças. A compra foi efetuada e, após 02 meses, a montadora lançou no mercado uma versão re-estilizada do veículo. R.: Houve quebra do princípio da boa-fé. Não disseram a Pedro o que estaria premeditadamente a ocorrer. A montadora e a distribuidora se mancomunaram para “desovar”os estoques. Quebra da lealdade contratual. C) A construtora Entrega Certa vendeu, na planta, uma unidade do Edifício Torre Velha ao Sr. Boaventura, que pagou R$ 30.000,00 à vista. Após dois anos de construção a unidade que está preste a ser entregue ao comprador no prazo devido ao grande desenvolvimento da região, está valendo R$ 100.000,00. Por esse fato, a construtora não pretende entregar a unidade sem rever o contrato. R.: Houve quebra do princípio da obrigatoriedade. A construtora esta buscando uma vantagem que não lhe cabe. Observa-se também uma quebra do princípio da boa-fé. O lucro imobiliário não tem a ver com o custo da obra. D) a Foz Leasing, captando dinheiro no exterior, repassou, adquirindo bem nacional que foi arrendado ao Sr. Joaquim, o qual, na qualidade de arrendatário, obrigou-se a uma prestação mensal, em reais, vinculada a variação do câmbio. Devido a uma maxi-desvalorização da moeda nacional, o Sr. Joaquim teve sua prestação, em apenas um dia, duplicada, bem como o valor de seu contrato, levando-o ao inadimplemento. R.: O contrato tinha uma vinculação cambial. O problema da economia refletiu no contrato. É possível a busca de uma revisão. O banco não comprovando vinculação externa, por isso aplica-se a teoria da imprevisão. Deve-se observar que as operações internas não ocorreram vinculadas à alteração cambial. Princípio da Obrigatoriedade revisto pela teoria da imprevisão . E) O Jovem Alberto, com seus 75 anos de idade, firmou um plano de saúde com uma administradora que adota, entre as diversas cláusulas do seu contrato, uma que exclui tratamento de doenças crônicas, terminais ou geriátricas. Após fazer alguns exames cobertos pelo plano precisou iniciar o tratamento para um reumatismo, o que a Administradora se nega a cobrir. R.: Ocorreu uma quebra do princípio da boa-fé objetiva. No ato da contratação a administradora aceitou realizar o contrato com o jovem Alberto, pois quando aceitou o Sr. Alberto criou a obrigação de atendê-lo. Há também aqui o princípio da obrigatoriedade. F) Manoel reside em um apartamento, através de um contrato de locação por 30 meses. Após um ano o proprietário lhe oferece o imóvel para compra, que não é aceito. Mario então compra o apartamento e solicita a imediata desocupação. Manoel afirma que não sai, pois ainda tem direito sobre o imóvel por um ano e meio. R.: Não houve a observância do princípio da Relatividade, uma vez que o contrato de locação é entre Manoel e o antigo proprietário. Já, Mario, o novo proprietário por não ter firmado contrato de locação com Manoel, não está obrigado no cumprimento dos prazos legais relacionados à lei do inquilinato ou equivalentes. G) Matilde ao buscar o seguro que lhe cabia pela perda de seu esposo, junto ao seu Plano de Saúde contratado há cinco anos, é informada que este direito não lhe assiste mais, em vista de que seu contrato migrou pela nova lei. O novo contrato lhe estende novos benefícios, mas não possui mais o seguro. R.: Houve a quebra do princípio da boa-fé ao não querer cumprir um acordo contratual firmado antes, enquanto ainda vivia o esposo de Matilde. Observa-se também a quebra do princípio da obrigatoriedade por não estar sendo cumprido o novo contrato nos termos do contrato anterior, que lhe dava direito ao seguro. H) Clodoaldo foi morar com seu irmão Gilberto, que reside em uma casa alugada através de um contrato escrito. Após dois meses, Gilberto deixa o imóvel. Clodoaldo comunica o fato ao proprietário e passa a pagar o aluguel, tomando recibo em seu nome. No mês seguinte, o proprietário pede a desocupação. R.: Considerando que os contratos só existem a partir da fusão de vontades, e neste caso não há a vontade do proprietário em contratar com Clodoaldo. Tem-se aí o princípio do consensualismo. ELEMENTOS DOS CONTRATOS Art. 421 CC - Capacidade Genérica - Específica - Consentimento Expresso Tácito - Forma Solene / Não Solene - Objeto Contrato / obrigação TRABALHO DA AULA Nº 3 1 – Qual a diferença entre capacidade genérica e capacidade específica? R.: Agente deve ser capaz para realizar um Negócio Jurídico. São elementos específicos: a coisa, o preço e o consentimento. A possibilidade de atuar na vida civil se dá pelo estado etário. Aos 18 anos há a capacidade fato, a capacidade de exercício. Capacidade genérica é a capacidade ligada à capacidade de fato. A capacidade específica está relacionada à capacidade plena, sem a necessidade de representação, como a capacidade técnica, capacidade profissional. A capacidade genérica, capacidade de autogerência de seus interesses é inerente a todos. A capacidade específica é algo a mais que precisa somar-se à capacidade genérica para praticar seus atos. Para se dispor de algo é necessária a capacidade específica, deve-se ser proprietário de algo. Um profissional precisa de capacidade específica para prestar serviços (contador inscrito no CRC, médico inscrito no CRM, advogado inscrito na OAB, etc.). Um marido e sua esposa têm capacidade genérica com relação à propriedade de um imóvel, mas necessitam da capacidade específica (anuência, autorização) para a venda deste imóvel. 2 – Qual a diferença entre consentimento expresso e consentimento tácito? R.: princípio do consensualismo: o contrato é fruto da fusão de vontades. Consentimento expresso é a formação inequívoca do contrato, quando o contrato está selado, as partes devem ter plena convicção disso; encontra-se na possibilidade de ser demonstrado de modo escrito ou de modo verbal, que é o modo mais corriqueiro no nosso dia a dia; É o consentimento que não deixa dúvida. Consentimento tácito ocupa um espaço bastante estreito na seara contratual; tem-se como exemplo a prorrogação tácita de um contrato de locação. Não se pode comprometer em contratos onerosos pela situação tácita. Expresso é inequívoco, não deixa dúvida. A situação tácita é excepcional, circunstancial, há um reconhecimento contratual a partir das circunstâncias. 3 – Qual diferença entre forma solene e forma não solene? R.: Contratos solenes são os que exigem escritura pública. No contrato solene, a ausência de forma, torna-o nulo. O Contrato não solene tem validade com preterição da formalidade. Exemplo de contratos não solenes são os realizados com as lojas virtuais. A solenidade preocupa-se com as garantias reais. A solenidade tenta garantir certa tranqüilidade. A regra é a liberdade para se contratar. Um contrato de empreitada não solene pode ser cercado de cláusulas que garanta a conclusão da obra bem como o pagamento. A forma é requisito contratual quando solene e uma opção quando não solene. 4 – Qual a diferença entre objeto do contrato e objeto da obrigação? R.: O objeto da obrigação é a prestação, uma conduta. O contrato é um conjunto de obrigações, esse conjunto dá feição ao contrato. O objeto do contrato é o conjunto, o feixe, a somatória de obrigações. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS - Negociações preliminares - Proposta (427 CC) Vinculante Relatividade Norma Natureza Circunstâncias (428 CC) Proposta mais aceitação é contrato. Há propostas que exigem a entrega de produtos de época. A proposta feita entre presentes, é pegar ou largar. A proposta tem força vinculante masguarda a relatividade. - Aceitação – elo que fecha a cadeia do contrato. Contraproposta (431 CC) – a contraposta faz com que se passe da condição de proposto a proponente. - Tácita (432 CC) – Adota-se em determinadas situações específicas. - Retratação (433 CC) – (428 CC) – só existe na medida em que uma das partes não tenha ciência. (no caso de ausência). A retratação só é eficaz se o proponente consegue retirar a proposta antes que o aceitante realizar a contratação. O aceitante pode se retratar antes que o proponente tome ciência de sua contratação. Exercício PROPOSTA E ACEITAÇÃO – Explique e justifique as decisões abaixo, sustentando-as nos dispositivos legais aplicáveis. 203313 – CONTRATO – FORMAÇÃO – PROPOSTA – ACEITAÇÃO – Em regra, a proposta de contrato tem a natureza de vinculante, apresentando-se como unilateralmente irrevogável 01. Entretanto, se a proposta já nasce precária, por ocorrer um dos motivos ressalvados no art. 427 caput, do CC, ela deixa de ser vinculativa, não obrigando o proponente 02. A proposta de oferta pública por agente financeiro de imóvel a ser objeto de financiamento imobiliário pelo SFH, embora já contenha os elementos essenciais à formação do contrato 03. Sempre dependerá, por sua natureza, do exame das condições da aceitação de terceiro, não significando, por isso, proposta vinculante 04. Não basta à aceitação que o oblato concorde com os termos da proposta 05. A aceitação deve ser adequada plenamente aos seus termos, visto que não se aceita discordando por mento que seja o dissenso (art. 431 do CC) 06. Qualquer alteração, mesmo acessória, passa a qualificar a aceitação como nova proposta, se reiniciando etapa para o consentimento e a formação do contrato. Proposta não-obrigatória a que adira aceitação com alterações não significa jamais formação de contrato 07. Apelação improvida (TJRS – AC 589.077.106 – 1ª C. Ref. Des. Tupinambá Miguel Castro do Nascimento – J. 06.03.1990) (RJ 153/56) 203316 – LOCAÇÃO – Alienação do imóvel locado. Direito de preferência do locatário à sua aquisição 01. Violação inexistente. Proposta de venda do imóvel por preço à vista realizada pelo locador ao inquilino 02. Aceitação deste não corresponde aos termos da oferta 3. Hipótese em que houve evidente contraproposta por parte do locatário, não sendo o ofertante obrigado a aceitá-la. Indenização não devida. Aplicação do Art. 431 do CC (2º TACSP – AP. 427 427 primeira parte e segunda parte – 431 427 primeira e segunda parte. HERMENÊUTICA CONTRATUAL Lei Contrato Regras Subjetivas Art. 112 CC Objetivas Boa Fé – 113 CC Benéficos – 114 CC Adesão – 423 CC CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Bilaterais Onerosos / gratuitos Consensuais / reais Comutativos / aleatório Nominados / inominados Solenes / Não solenes Principais / Acessórios Instantâneos / duração Individuais / coletivos Civis / Mercantis Paritários / De adesão Interpretar – é importante compreender que os contratos surgem e são extintos de forma ordenada. O tema se torna relevante quando surgem os conflitos que têm por base um substrato contratual. Significa dizer que todo contrato nasce sempre de um consenso que ocorre num momento bastante cooperativo. Surge um conflito quando ocorre a quebra de uma expectativa. Um dos contraentes imagina que tem direito a um comportamento mais amplo do que a outra parte. Nesta dimensão de senso é que se desenvolve uma reflexão para saber quem tem razão. Geralmente chega-se a um dissenso por estarem as partes em desacordo. A hermenêutica contratual se ocupa em dar sentido aos contratos. Com a hermenêutica se estabelece a exata dimensão das obrigações das partes. O contrato cria lei entre as partes. As regras criadas no contrato regem uma realidade. Regras: Subjetivas (Art. 112 CC) – “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem” Roubo é interpretado como perda patrimonial, por isso a seguradora deve ressarcir o proprietário de carro roubado ou furtado. O ideário suplanta a dimensão técnica, esse ideário passa a prevalecer a partir do critério subjetivo. Regras objetivas – estabelecem equilíbrio nos contratos. Contrato benéfico – (Art. 114 CC) “Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam- se estritamente” - pesa apenas para um dos contraentes, o outro se beneficia. Ex. contrato de fiança, se o devedor não paga o fiador assume a responsabilidade. Nos contratos benéficos a interpretação deve ser restritiva. Esse artigo trata de diminuir o impacto dos contratos benéficos. Contratos de Adesão – (Art. 423 CC) “Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente As regras ditas objetivas seguem padrões. As regras subjetivas seguem a vontade das partes. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Marque V para verdadeira e F para falsa, justificando em folha a parte? 1. (V ) – Todo contrato é um negócio jurídico, mas nem todo negócio jurídico é contrato [Todo contrato é negócio jurídico, mas nem todo negócio jurídico é contrato. A força jurídica existe na manifestação de vontade. Por exemplo, o testamento, e as declarações unilaterais de vontade (doações), são negócios jurídicos, mas não são contratos.] 2. ( V ) – Os contratos podem ser tanto bilaterais, quanto unilaterais, em relação aos seus efeitos [Todo contrato em sua formação será bilateral ou plurilateral, ou seja, o consentimento jamais será unilateral na formação do contrato. Logo, somente poder-se-á falar em contratos unilaterais se considerarmos os seus efeitos, portanto, em relação à bilateralidade ou unilateralidade da obrigação (efeitos) contratada e não da formação do contrato. Contratos bilaterais quanto aos efeitos = prestação e contraprestação; Contratos unilaterais quanto aos efeitos = prestação sem a existência de contraprestação.] 3. ( F ) – Os contratos bilaterais, quanto a sua formação denominam-se sinalagmáticos. [nos contratos bilaterais ou sinalagmáticos, as obrigações das partes se encontram numa relação de correspectividade e interdependência, formando um nexo (sinalagma), ou seja, a obrigação de cada uma das partes constitui a razão de ser da outra, somente nos seus efeitos e não na sua formação.] 4. (F) – não seria possível juridicamente existir um contrato, ao mesmo tempo, oneroso e unilateral quanto aos seus efeitos. [Em regra todo contrato oneroso é bilateral e o gratuito unilateral, mas pode haver contratos unilaterais e onerosos como ocorre no mútuo feneratício, onde, além de se restituir a coisa mutuada, deve o mutuário acrescê-la de juros, o Mútuo se tornou oneroso, mas não alterou o efeito.No contrato oneroso procura-se obter uma vantagem; No contrato gratuito não há a busca de vantagem econômica. Ex.: contrato de comodato.] 5. (F) – Os contratos que não envolvem o patrimônio dos contraentes são denominados de gratuitos, como regra geral; [Gratuito é onde não tem fim especulativo. A transferência patrimonial não é uma ausência da gratuidade.] 6. (F) – Os contratos comutativos obrigam os contraentes apenas diante da tradição do objeto. [quando no contrato as obrigações são conhecidas no exato momento da contratação, tem-se contrato comutativo] 7. (F) – Não são válidos os contratos que deixem de apresentar prestações devidamente delimitadas desde a sua formação. [Existem contratos aleatórios (seguro, safra) são juridicamente válidos] 8. (V) – Entende-se por contrato aleatório, aquele em que a Prestação oua contraprestação dependerá de um fato futuro e incerto, alheio a vontade das partes, e que impõem riscos ao contrato. 9. (F) – Os contratos típicos são aqueles peculiares a determinada região e, assim, regidos basicamente pelos costumes. [contratos nominados / contratos típicos – regidos, traçados pelo legislador] 10. (F) – Os contratos inominados, assim se denominam por possuírem princípios contratuais próprios, distintos dos contratos nominados. [ Os inominados servem-se dos cinco princípios, a base é a mesma dos nominados] 11. (F) – Por consensuais entendem-se os contratos que, em regra, são unilaterais e gratuitos. [Todos os contratos são consensuais. Não existe como estabelecer contratação sem a manifestação de vontades] 12. ( F ) – Os contratos solenes, para sua formação exigem apenas a obediência da forma não sendo necessária a fusão da vontade das partes. [Não tem contrato sem fusão de vontades] 13. (V) – A tradição da coisa é um requisito para a formação dos contratos reais. [Sem a entrega da coisa não se produz os efeitos do contrato] 14. (F) – A forma substancial é exigida como regra para todos os contratos, somente se dispensando excepcionalmente. [apenas os solenes que exigem a forma prescrita em lei ... regra é o oposto, 15. (F) – O contrato acessório subsiste diante da nulidade do contrato principal, pois se trata de uma garantias deste. [não subsiste o acessório diante da nulidade do principal] 16. (V) – Os contratos de trato sucessivo não se exaurem pelo cumprimento das obrigações, mas normalmente , por termo ou condição. [paga-se o preço e recebe-se a coisa comprada, extinguindo o contrato, já no contrato de aluguel seu pagamento não o extingue, perdura durante a vigência do contrato] 17. (V) – Os contratos mercantis diferenciam-se dos civis por apresentarem causas e objetos distintos. [O objetivo de que loca para morar é diferente do objetivo de quem loca para abrir uma empresa; as causas e regras do contrato mercantil são diferentes das dos contratos civis] 18. (F) – Os contratos individuais diferenciam-se dos coletivos por apresentarem apenas um integrante em cada pólo. [contrato individual e coletivo se perfaz pela manifestação de vontade dos integrantes (consórcio). Quando o contrato se diz coletivo não há uma vontade individual, mas só a vontade do grupo, contratos que envolvem interesses associativos, as interações contratuais atingem toda a categoria] 19. (V) – Presente um monopólio de direito ou de fato, que causa a preponderância de um dos contraentes, pode-se classificar o contrato como de adesão. [monopólio de direito = direito de distribuir água, energia elétrica por uma determinada empresa; monopólio de fato = marca de um laboratório protegida por um determinado período. Nestes casos há um contrato de adesão. Submete-se às regras do pólo mais forte.] 20. (F) – Nos contratos paritários observa-se excluída a possibilidade da livre convenção das cláusulas contratuais. [Contratos paritários são aqueles em que as partes estão em situação de igualdade no que pertine ao princípio da autonomia de vontade; discutem os termos do ato do negócio e livremente se vinculam fixando cláusulas e condições que regulam as relações contratuais. As cláusulas do contrato podem ser discutidas uma a uma para que se alcance um contrato satisfatório para ambas as partes. Ex. compra de televisor] EXTINÇÃO DOS CONTRATOS EXECUÇÃO RESOLUÇÃO RESILIÇÃO BILATERAL DISTRATO – 472 UNILATERAL 473 REVOGAÇÃO RENÚNCIA RESCISÃO CONTRATOS SINALAGMÁTICOS 474 – CLÁUSULA RESOLUTIVA TÁCITA EXPRESSA 474 – PONTUALIDADE ESCOLHA CUMPRIMENTO RESOLUÇÃO 476 – EXCEÇÃO “EXCEPTIO NON CRITE) ADIMPLET CONTRACTUS 477 – RISCO GARANTIA Extinção dos Contratos Os contratos podem ter vida mais longa ou mais curta que as obrigações que eles geram. Execução Adimplemento – as obrigações foram cumpridas. No contrato de aluguel, o cumprimento da obrigação é uma condição de permanência do contrato, ou seja, ele não é extinto. O contrato de locação tem uma vida maior do que as obrigações que ele gera. Tempo de prescrição de contrato de locação: 3 anos Também o contrato de locação pode ter vida mais curta do que as obrigações que ele gerou, no caso de um locatário que abandona o imóvel deixando de pagar os aluguéis. Sendo este imóvel locado novamente, o contrato anterior fica sem validade, porém as obrigações inerentes a ele ainda perduram. Resolução O inadimplemento é causa de extinção do contrato. (falta do cumprimento da obrigação) É o fato da extinção de um contrato, em que rompe-se a amarra inicial porque um dos contraentes deixa de cumprir, dando margem ao rompimento. Resilição Termo de rompimento prematuro. Distrato – caminho inverso do contrato. Extingue as relações jurídicas. (resilição bilateral) Distrato é consenso, portanto, não é unilateral. Em síntese não há como se impor um contrato. Resilição Unilateral – O exercício da prerrogativa de poder por fim ao contrato é, portanto, exercício válido. Garante nos contratos por tempo indeterminado a possibilidade de se encerrarem pela vontade de uma das partes apenas. Revogação É uma espécie do gênero resilição unilateral. Contrato de mandato – é o contrato de representação outorgado pelo mandante ao mandatário. A possibilidade de revogar é a possibilidade do mandante cassar os poderes do mandatário. Já o mandatário que não deseja mais exercer os poderes outorgados pelo mandante, pode renunciar. Como resultado disso, deixa de existir o contrato de mandato, deixa de existir a representação. Rescisão Para o autor Serpa Lopes, rescisão é um modo de extinção dos contratos Por força da nulidade. Para Orlando Gomes, é medida cabível em caso de lesão (usura real). A rescisão só é cabível não apenas no caso do vício redibitório ou oculto, mas no caso da evicção, pois antes do contrato encontra-se, neste último caso, o motivo da sua desconstituição? O direito preexistente de terceiro. Rompimento contratual por via judicial – sentença rescisória a partir de que exista um vício contratual. A rescisão tem uma idéia específica no direito Civil, mas no âmbito geral tem sentido de quebra contratual. CONTRATOS SINALAGMÁTICOS Prestação e contraprestação – apresenta na sua estrutura a cláusula resolutiva tácita. Se o contrato é cumprido, segue, se não cumpre interrompe o contrato. A cláusula expressa é a que consta claramente no contrato. 476 – Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Exceção – defesa do não cumprimento do contrato. Não observar o rito contratual – cumprir apenas uma extensão, mas que receber a totalidade, isto não é possível. 477 – Surge o risco para quem tem que cumprir primeiro. (se eu cumprir minha parte arrisco não receber) Risco no cumprimento da obrigação, de entrar na filha dos credores que não recebem. O responsável a cumprir primeiro notifica o outro pólo exigindo o pagamento para realizar a entrega ou a entrega de garantia para o cumprimento da obrigação. Caso isso não seja feito o contrato estará extinto. O 476 diz: cumpra-se primeiro para exigir depois/ o 477 diz: exija primeiro para cumprir depois. TRABALHO EXTINÇÕES e EXCEPTIOS CONTRATUAIS – Opte nos negritos e justifique a redação final. 203343 – AÇÃO POSSESSÓRIA – COMPROMISSO DE COMPRA EVENDA – INADIMPLÊNCIA – EXCEPTIO NON (RITE) (----) ADIMPLETI CONTRACTUS – ESBULHO NÃO CONFIGURADO – Se, em contrato de compromisso de compra e venda de imóvel, fica condicionado que o restante do pagamento será feito após providenciada toda documentação para o financiamento do bem, promissário comprador (não) (----) estará na obrigação de efetivar pagamento enquanto o promitente vendedor não cumprir totalmente sua parte. É a exceptio non ( ) ( rite ) adimplenti contratus, garantida para os contratos sinalagmáticos. (----) (não há), pois falar, nestes casos, em inadimplência do comprador. De outro lado, se a posse de uma das partes resulta de contrato, enquanto não rescindido este e durante o tempo em que conservá-la por este título, (não) (---) há esbulho. El improvidos (TJGO – EI 514-5-GO-CDR-Rel. Des. Castro Filho – J. 04.09.1991) (RJ 172/81) [Não há totalidade do cumprimento, o comprador alega que falta parte] 205715 – PROMESSA DE COMPRA E VENDA – INADIMPLEMENTO – RESCISÃO CONTRATUAL – CONTRATO DE ADESÃO – ART. 1.092 DO CÓDIGO CIVIL (476 NCC) – A promessa de compra e venda, não obstante tratar-se de contrato cujas cláusulas foram pré-elaboradas pelo promissário – vendedor, (não) (-----) se enquadra na categoria dos contratos de adesão, pois estes só se caracterizam quando existe um monopólio de fato, ou de direito, de uma das partes que elimina a concorrência para realizar o negócio jurídico. Se a situação (----) (não) se configura desse modo, poderá haver contrato por adesão, jamais a adesão. A inadimplência do promissário-vendedor (não) (----) autoriza a rescisão do negócio jurídico quando o promissário- comprador, deixando de cumprir sua obrigação – o pagamento do preço – (----) (não) se utiliza dos meios de fazer valer o seu direito, como, por exemplo, demanda consignatória, esbarrando, pois, na (------) (proibição) prevista no art. 1.092 do CC (476 NCC), tendo em vista que a ninguém é dado beneficiar-se da própria torpeza. Assim, inadmissível a resilição do contrato, com fulcro na culpa bilateral. (TAMG – AC 245.730-9 – 7º C. Rel. Juiz Quintino do Prado – J. 06.11.12997) (06-69/350) [ 205588 – PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA – INADIMPLEMENTO CONTRATUAL – RESCISÃO DA AVENÇA COM INDENIZAÇÃO – Havendo data certa para a entrega do bem prometido à venda, é (desnecessária) (------) a prévia interpelação para a rescisão contratual, posto que, descumprindo o prazo contratual, (----) (X) prevalece o princípio dies interpellat pro homine. Uma vez feita a prova de que não houve a entrega do bem prometido à venda no prazo previsto no contrato resta (----) ( ) catacterizado o prejuízo decorrente da falta dos frutos civis que esse bem proporcione ao promitente comprador. A lei ( ) (----) faculta à parte lesada, porque a obrigação (não) (-----) foi cumprida no tempo devido, requer a rescisão do contrato com perdas e danos. É a inteligência haurida dos arts. 1.056 e 1.092, parágrafo único, do código civil (474 e 475 do NCC). (TJDF – AC 48.112/98 – (110.826) – 5ª T. – Rel. Des. Romão C. Oliveira – DJU 16.12.1998 – P. 51) 1008518 – LOCAÇÃO, DESPEJO, FALTA DE PAGAMENTO. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. – Agravo de instrumento. Despejo por falta de pagamento. Exceptio non (rite) (---- --) adimplement contratus argüida pela (ré) ( autora). Em princípio, (não) (----) pode eximir-se o locatário do pagamento dos alugueres e demais encargos. Todavia, quando o estado do imóvel é de tal sorte lastimável, sem que o locador, apesar de já ter sido alvo de inúmeras ações, adote medidas adequadas, (----) ( ) se constitui em direito seu a retenção do pagamento do aluguel, até que providências efetivas sejam tomadas, se acaso (verdadeiras) (-- ---) as críticas da ré. Inteligência dos artigos 1092 e 1189, I do CC (476 e 566, I NCC). Perícia deferida. Decisão mantida. Agravo improvido. (TARS – AGI 188.106.256 – 5ª ccIV - Rel. Juiz Ramon Georg Von Berg – J. 28.03.1989) ARRAS - SINAL – 417 PACTO Acessório Real ESPÉCIES Confirmatória Penitencial VÍCIO Redibitório DEFEITO – 441 Oculto REDIBIR BOA –FÉ MÁ-FÉ AÇÕES EDILICIAS - Redibitória - Estimatória PRAZOS – 445 Móveis – 30 dias Imóveis – 1 ano EVICÇÃO – 447 EVICTOR Evicto Alienante EXCLUSÁO INDENIZAÇÃO Total Parcial DENUNCIAÇÃO DA LIDE – 456 ====== Arras Sinal de negócio – Art. 417 CC – possibilidade se estabelecer um marco obrigando as partes a selar a vontade selada. Pacto de Arras – Pequeno ajuste tomado com um caráter acessório do contrato. Este contrato é formalizado com a entrega de um sinal de negócio, reconhecendo nesta entrega a existência do contrato. Comprovado por recibo, documento que comprova a entrega do sinal. O sinal de negócio é um documento que garante às partes a tranqüilidade de que o contrato está fechado. O pacto de arras não exige que seja necessariamente em dinheiro, pode ser entregado qualquer negócio como sinal de negócio. Deve-se observar que a entrega do objeto é uma entrega feita com o simbolismo da garantia do contrato. Este objeto pode retornar ou não quando do pagamento do valor acertado do negócio. A medida que uma parte não deseja cumprir deverá cumprir o disposto no Art. 476, com cláusula resolutiva. As arras com a característica de forçar o reconhecimento contratual, colocam-se dentro da espécie confirmatória, aquela que serve exatamente para confirmar o contrato e nesta espécie tem-se a referência de que o contrato está fechado. As arras penitenciais ocorrem no período de arrependimento, com a perda do sinal por parte de uma das partes. Se o vendedor recebeu o sinal deverá devolver o valor recebido em dobro, encerrando assim o contrato. No lapso temporal das arras pode-se romper o contrato pela via penitencial de forma unilateral. Arras confirmatórias = contrato selado Arras penitenciais = contrato selado, porém com condição de desistência. Vício Redibitório É uma garantia legal porque decorre automaticamente de lei. Para ter esta garantia deve-se estar vinculado ao contrato sinalagmático. O vício redibitório é o defeito oculto que compromete a utilidade da coisa, que deprecie e impeça o uso do bem adquirido. A legislação diz que diz um direito diante do defeito oculto, o direito de redibir, ou seja, devolver a coisa que apresenta o defeito, recebendo o valor pago de volta. É o defeito que está na coisa comprada, na hora da compra, e não foi percebido, que deprecia, danifica o bem adquirido. Não há vício redibitório quando se recebe um bem de presente. A garantia legal é a garantia que ocupa-se dos contratos onerosos. Doação onerosa é a doação com encargos onerosos. Nessas doações há a possibilidade de se estabelecer o vício redibitório. Para que exista a garantia basta que o contrato seja oneroso. Se for optado pela exclusão da garantia de forma expressa no contrato, quando o negócio for entre particulares, essa exclusão é perfeitamente válida. Se o negócio tiver como uma das partes uma empresa que vende a um consumidor, a exclusão não é válida. Código de defesa do consumidor relaciona-se a fornecedor e consumidor. Código Civil relaciona-se a negócio feito entre particulares com garantia. Redibir = devolver e pegar o dinheiro de volta. Boa-fé A situação da má-fé é o fato de que quem vendeu sabia do problema. Quando há prova de má-fe, pode-se exigir o valor pago de volta ou o valor necessário para os reparos necessáriospara o reparo do bem adquirido, mais a indenização decorrente do fato danoso. Ação estimatória faz que se reveja o valor pago mais a indenização por danos oriundos de bem adquirido com problema. Estabelecimento da garantia redibitória – 30 dias para bens móveis e 1 ano para bens imóveis. No CDC – carro é um bem durável No CC – carro é um bem móvel Bens consumíveis no CDC – prazo de 30 dias Bens duráveis no CDC – prazo de 90 dias A garantia do vício redibitório conta a partir do momento em que ocorre o defeito do bem adquirido. O prazo da garantia redibitória é decadencial, prazo para exercício de direito de buscar o ressarcimento, a reparação. Não se exercendo o direito, este fenece. A garantia prevista no CDC está acima da vontade das partes, ou seja, não se pode abrir mão dela. Evicção – Perda de algo por sentença que reconhece que o direito sobre o bem adquirido pertence a outra pessoa. Envolve uma garantia que não está atrelada à coisa, mas a um direito sobre a coisa. Evicto – aquele que sofreu o efeito da evicção, é o réu. Evictor – Aquele que irá impor a evicção Alienante – Aquele que entregou a coisa em venda anterior. Garantia da evicção – direito de recobrar do alienante o bem perdido. Buscar do alienante a responsabilidade pelo prejuízo. Exclusão da Garantia de Evicção Não há necessidade dessa menção, porém se há interesse de excluir a garantia é necessário que conste expressamente, no caso de o comprador resolver assumir o risco de possível evicção. (de perder a coisa adquirida) Indenização – circunstância que deve ser sopesada no exato momento da perda da coisa adquirida. A indenização pode ser total ou parcial seguindo a regra indenizatória do valor no momento em que se perde a coisa. A indenização pode ser recebida do evictor ou do alienante. Denunciação da Lide Questões frente ao texto – justifique legalmente as respostas. Casos para exame 01) André adquire da Pecuária Escolha certa 2.000 (duas mil) frangas poedeiras, aves com cinco dias. A empresa lhe envia 2.000 animais com cinco dias, no entanto, frangos. Sendo imperceptível a diferença entre frangas e frangos nos primeiros dois meses de vida do animal, André recebeu-os, deu quitação, pagando o preço ajustado na entrega e, assim, iniciou a criação, esperançoso quando a produção de ovos. Questões frente ao texto – Justifique legalmente as resposas a) Passados dois meses e, André, verificando a real situação dos animais, haveria algum vício para com o contrato? Ser frango não é defeito, André descobriu que foram integres a ele frango em vez de frangas. Quando o sujeito tem uma falsa percepção da realidade se caracteriza vício do consentimento erro, e se for induzido ocorre o dolo. O vício que existe é no momento em que ele deu quitação ao negócio achando que eram frangas e na verdade eram frangos, teve aqui um vício de consentimento sendo o erro. Aqui não existe vício oculto, pois vício oculto é um defeito da coisa, e a coisa aqui não é defeituosa, ela aqui foi trocada apenas. Defeito do consentimento é diferente de defeito da coisa. Ação rebiditória, existe uma quitação com o reconhecimento da entrega. Ele imaginava que eram frangos, mas na realidade eram frangas. b) Reconhecido algum vício contratual em resposta a letra A, qual a medida jurídica possível e em que prazo? Nota-se aqui a possibilidade de impetrar com uma ação anulatória, no contexto do art. 172 do CC, no prazo de 2 anos, com a indenização do valor gasto e indenização de possíveis perdas. c) Caso a empresa comunicasse o fato da troca dos animais e André aceitasse ficar com estes, qual figura jurídica presente? aqui estamos diante da figura da dação em pagamento, pois foi integre coisa diversa, mas com a quiescência do credor, ele aceita e quita a dívida, diz que mudou de ideia e diz que não vai mais produzir ovos e sim criar frangos para engorda e venda. Foi aceito um bem pelo outro, quitando assim a dívida. d) Na hipótese da empresa ter entregado as 2.000 frangas, e estas, após 04 meses, confirmarem-se inaptas a produção de ovos, seria inadimplemento? Não seria inadimplemento, pois inadimplemento é o não cumprimento da obrigação, e aqui nesse caso foi cumprida a obrigação, só que depois de alguns meses, os frangos apresentaram vício oculto, pois deveriam botar ovos e não fizeram por problemas de má formação, então nesse caso temos caracterizado o vício redibitório. Problema não perceptível na hora da entrega, mas que impediu a obtenção do fim desejado. e) Apontado algum vício jurídico na letra D, qual a pretensão cabível e o seu prazo? Verificou nesse caso uma relação de compra e cria desses animais para venda, relação de produtor com o fornecedor, mas a questão interessante é sobre o prazo descrito no art. 445, § 1º do CC, aqui não temos regra disciplinado a matéria, temos, portanto o prazo de 180 dias. Aqui o prazo se conta a partir do momento que se descobre o defeito e pela pecularidade da situação do objeto aplica-se o art. 445 C.C, tratando-se que não existe uma lei específica que trata essa hipótese, não existindo uso e costumes, portanto na falta será então de 180 dias o prazo decadencial para fazer a reclamação. Aqui a ação é redibitória, ou pode ser chamada de quanti minoris. Podendo o contratante reclamar abatimento no preço, como lhe faculta o art. 442 do CC/02. Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 02) José adquire de Marcelo, após pacto oneroso, uma área de terra rural. Firmam a escritura de compra e venda e José, devidamente transcreve-a no Registro de Imóveis. Quando da compra, José ao vistoriar a área notou a presença de plantações, que imaginou serem da lavra de Marcelo. 10 meses após a compra, José é citado para responder uma ação de usucapião, que lhe move Antonio, que se diz proprietário, por ter exercido a posse da área por mais de 20 anos. Posse esta, que se completou há dois meses atrás, o que é a pura realidade. a) Sendo acionado por Antonio, existe algum direito de José frente a Marcelo? Quando o sujeito comprou o imóvel poderia ter retirado o cidadão da área, poderia ter entrado com uma ação de reintegração de posse e afastado o invasor, mas não fez isso, acabou negligenciado e nessa hipótese não tem o que reclamar do proprietário anterior e a hipóteses aqui é de um fato que consolidou-se apos a venda, se essa hipótese tivesse se consolidado antes da venda ai sim o comprador da área estaria com uma garantia de direito de evicção. E na hipótese construída no fato não há possibilidade de reclamar. Náo há direito de ressarcimento pela evicção já que o fato que maculava a venda. b) Existindo algum direito qual a medida legal cabível e como exercê-la? Não seria possível entrar com o pedido de indenização ou ressarcimento pela evicção. c) Caso o prazo do usucapião já estivesse completo no momento da venda, como ficaria a situação jurídica de José, Marcelo e Antonio? A medida legal é ação de indenização, podendo o evicto (José) entrar com ação solicitando a restituição do valor pago ao alienante (Marcelo), sendo que o evictor (Antônio) teria melhores direitos sobre o bem imóvel. O evicto, ao exercer o seu direito, resultante da evicção, formulará, em face do alienante,uma pretensão tipicamente indenizatória, podendo pleitear, salvo exceções, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou, como por exemplo a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir, a indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção entre outras. Tendo ciência da situação agiu de má-fé. O fato que gera a evicção tem que ser anterior ä venda. 03) José contrata uma assessoria jurídica para orientá-lo no contrato preliminar de compra de um imóvel pertencente a Pedro, onde pretende instalar um posto de combustíveis. O valor do imóvel é R$100.000,00 (cem mil reais). O escritório formaliza o contrato e faz constar o sinal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) como arras penitenciais, sendo que o saldo será pago na escritura definitiva em trinta dias. Com o compromisso em mãos, Jose investe mais R$500.000,00 (quinhentos mil reais) em estruturas para o estabelecimento. Tomando conhecimento do negocio, um concorrente de José, procura Pedro, o dono do imóvel, e lhe paga R$ 150.000,00 a vista pelo imóvel, firmando a devida escritura. a) O negocio firmado pelo concorrente é valido? Justifique. Sim, uma vez que constava no contrato uma clausula de arrependimento, tendo em vista que, as arras penitenciais são aquelas que havendo o arrependimento ou desistência de uma das partes, implicará na perda do sinal dado ou devolução em dobro. Para que se caracterize como arras penitenciais devem constar expressamente no recibo de sinal a possibilidade do arrependimento do negócio por qualquer das partes. Nesta hipótese como o arrependimento foi do vendedor devolverá em dobro o sinal. O contrato criou um direito resilitório. b) Qual o efeito do contrato de José? Justifique. O sujeito não pode discutir seus prejuízos na relação contratual, porque as arras sendo penitenciais, por si só estabelecem esse resultado, e isso aconteceu por falta de cuidados ou seja por negligencia da acessória jurídica. ======================================================================= 13/03/2014 ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO Contrato Art. 436 CC Estipulante Promitente Beneficiário Devolução Inovação FATO DE TERCEIRO Art. 439 – 440 CC Responde – Perdas e Danos PESSOA A DECLARAR Art. 467 Faculdade Prazo Efeito CONTRATOS ALEATÓRIOS “Empetio Spei” Art. 458 CC “Empetio Rei speratae” Art. 459 CC COMPRA E VENDA – Art. 481 CC Efeito Natureza Consensual Sinalagmático Oneroso Comutativo Elementos Sendo um negócio jurídico bilateral o contrato assegura os direitos daqueles que dele participam. O contrato firmado entre o estipulante e o promitente cria uma obrigação com relação a um terceiro beneficiário. (exemplo: o seguro de vida – o segurado é o estipulante, a seguradora é o promitente e os familiares do segurado são os terceiros beneficiários que poderão exigir o pagamento do seguro) Outras figuras onde ocorre esta mesma mecânica: os convênios entre instituições que firmam com o comércio descontos em favor de seus afiliados; a faculdade firmando acordo com editora para conceder descontos aos acadêmicos. Outro aspecto interessante é visto constantemente na figura do transporte público baseado em via licitatória com os poderes públicos para atender as necessidades dos munícipes beneficiários. Pactos que envolver dissolução de patrimônio que estabelecem que fatias do patrimônio serão encaminhadas a terceiros. Pode ser uma transferência de benefícios tanto gratuitos como onerosos. Revogação – é possível cancelar o seguro e não mais manter a apólice com a seguradora. Inovação – pode ser aumentada a vantagem, aumentar desconto, tirar desconto fazer as alterações que melhor aprouver. Tanto o beneficiário como o estipulante podem obrigar o promitente a cumprir com a obrigação. A exigência pode se dar tanto pelo beneficiário como pelo estipulante. FATO DE TERCEIRO Deixar claro que o simples fato de citar um terceiro não implica em responsabiliza-lo. Esclarecer que é possível contratar tendo o fato de terceiro. Ao contratar uma empresa para solenidade de formatura realiza-se um contrato com uma empresa que tem vínculo com terceiros que atenderão os interesses dos formandos (cozinha, Recepção, música, etc.), não há a necessidade de se fazer menção aos terceiros aos quais o evento está vinculado. Caso haja contratempo com relação à contratação quem responde pelo fato não ter sido Alcançado são os terceiros que responderão diretamente por estar contratados por ação direta da empresa organizadora. Se os terceiros forem contratados regularmente mas não cumpriram sua responsabilidade, responderão pela parte que lhes toca. Se houver solidariedade constando no contrato ou em lei, responderão tanto o organizador como terceiros, responderão pela falta em conjunto se assim o contrato prevê. A possibilidade é de se buscar o fato de terceiro pela via contratual. A melhor forma é ter os dois sollidariamente envolvidos no contrato. CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR O contrato é firmado de modo que no espaço em que figuraria uma das partes fica aberta a possibilidade de indicação. Não se trata de procuração ou representação, mas sim alguém que está no interesse de outrem . A faculdade do comprador de indicar quem vai ficar com o efetivo direito do bem adquirido. Esse tipo de contrato é mais comum na compra e venda de imóveis. Não há como se colocar embargo à venda na medida em que o contrato está selado. O único embargo que se pode colocar é se o preço ainda não está pago. O vendedor só pode embargar se algum risco a ele de acordo com o preço se apresentar. O prazo para que isso perdure é de 5 dias quando as partes não estabeleçam prazo maior, pois trata-se de direito privado, de direito disponível. A pessoa do comprador garante esse direito e, portanto, tem que indicar. O prazo é decadencial e vencendo esse prazo a obrigação recai sobre o comprador. Há situação comum de pessoas que não desejam aparecer no contrato. A realiza contrato de compra com A com a faculdade de que um terceiro irá consolidar o negócio. O prazo de cinco dias conta do fechar do contrato. Vencendo este prazo a escritura entrará em nome do terceiro indicado. CONTRATOS ALEATÓRIOS ALEA = SORTE Depender da sorte O contrato é aleatório quando impõe riscos. Ex.: o contrato de seguro de veículo. Aleatórios são os contratos atrelados a eventos futuros. Empitio spei – venda de esperança. Empitio rei speratae – venda de coisa esperada Nessas condições a venda é juridicamente válida. Trabalho: Qual a diferença entre Empitio Spei (Art. 458) e Empitio rei speratea (Art. 459) R.: Art. 458 – Contrato aleatório é aquele oneroso, em que uma das ou ambas as prestações das partes são dependentes de um risco incerto e futuro, como por exemplo venda de colheita futura, assumindo o adquirente o risco de nada ser colhido. Relaciona-se à venda de esperança, ou seja a probabilidade de as coisas ou fatos existirem. Art. 459 – O risco é assumido pelo adquirente quanto à quantidade maior ou menor da coisa, caso em que o alienante tem direito a todo o preço avençado, mesmo que a quantidade seja inferior. A Alea nesse caso refere-se à quantidade da coisa e não à existência da coisa. O vendedor não tem a coisa no momento em que ele vende, por isso vende a esperança. Ex.: laboratório que manipula plantas difíceis de ser encontradas. Assim é estabelecido um contrato em que aquele que se obriga a entregar nem sempre entrega. A Empitio spei está vinculadaà compra de algo que não irá receber. Ex.: contratação de barcos pesqueiros que pesquem peixe raro, o barco sempre receberá, entregue ou não o peixe. Empitio rei speratae – uma indústria de transformação de peixe compra um preço fechado a pesca de um determinado barco, não importando a quantidade; o contrato se mantém sempre que existir quantidade, maior ou menor. Na situação do plantio, compra-se toda plantação de melancia ao ser plantada correndo o risco de comprar a melancia mais cara ou mais barata dependendo da quantidade colhida. Na empitio spei o contrato sempre existirá mesmo que não exista a coisa comprada, assim é mantida a fidelidade de quem pode localizar determinada espécie de mineral, planta ou outro bem de caráter raro. Na empitio rei speratae o contrato será mantido independente da quantidade. 11) Diferença entre “emptio spei” (art. 458) e “emptio rei speratae” (art.459)? Nas duas hipóteses está se vendendo algo que não existe, quem está se comprometendo a entregar não tem a coisa, portanto o código da cobertura a esse tipo de contrato, exatamente porque é possível então vender ou se comprometer a vender algo que ainda não se tem. Existindo a possibilidade que isso venha ocorrer, e nessa hipótese a negociação é firmada sobre um aspecto de risco. Existe o risco de a coisa existir ou não, e na “emptio spei” venda da esperança, já na “emptio rei speratae” é a venda de coisa esperada, aqui a coisa vai existir, só que em maior ou em menor quantidade, a ausência da coisa aqui é questão de nulidade do contrato. A coisa sendo “emptio spei” pode aqui não existir e quem pagou por ela, pode não estar recebendo e nem poderia pedir o dinheiro de volta. Aqui existe uma probabilidade de a coisa existir. Por exemplo, o sujeito compra antecipadamente toda a produção pesqueira de um barco, que serão pescadas no mar, os pescadores vão ficar o dia todo no mar em busca de peixes, e o sujeito paga um valor X (por toda a produção) de peixes que serão pescados e ele nem sabe quanto de peixes irá receber, mas ele trabalha com estimativas e metas, mas pode ser que ele no ato da compra esteja comprando o peixe mais caro ou mais barato. Para o pesqueiro isso é bom, porque ele já sai com a sua partida garantida (assegurada), o fato é que ele vai ter que trazer a produção e entregar a indústria pesqueira. E sendo na “emptio rei speratae” ele barqueiro tem que devolver o dinheiro se o barco voltar vazio, pois não teve peixe nenhum, já na “emptio spei” se a empresa quer apenas uma determinada espécie de peixe, sendo apenas o atum, e nesse dia eles não pegarem nenhum, ele barqueiro não precisa devolver o dinheiro. Na “emptio rei speratae” o risco é apenas na quantidade maior ou menor da coisa esperada. Na “emptio spei” o adquirente compra o risco de as coisas adquiridas virem ou não a existir, e se o risco se verificar, sem dolo ou culpa do vendedor, adquire este o prelo; se não houver, porém, colheita da safra, por exemplo, por culpa ou dolo do alienante, não haverá risco, e o contrato é nulo. ELEMENTOS Preço Coisa Consenso Riscos Tradição Restrições Ascendente / Descendente – Art. 496 CC Isenção – Art. 499 CC VENDA POR AMOSTRAS “AD CORPUS” Art. 500 CC “AD MENSURUM” Cláusulas Espécies Retrovenda – Art. 505 CC Venda a Contento 509 Preempção Art. 513 CC Reserva de Domínio art. 521 CC Sobre documentos art. 529 COMPRA E VENDA É um contrato que goza de característica peculiar. É um contrato extremamente presente no cenário econômico mundial. Guarda a característica mecânica, mas não guarda a mesma característica nos efeitos jurídicos. Contratos que geral direito real = alienação fiduciária, contrato para garantir o setor financeiro ou a venda de veículos (o veículo é do banco até acabar de pagar) Os contratos de compra e venda geram direitos pessoais Sinalagmático: prestação e contraprestação. Elementos que integram a compra e venda - Preço – pode ser fixado pelas partes, por terceiro (vender carro pelo preço da tabela FIP). - Coisa – qualquer coisa que se encontre na disposição de alienação. É algo negociável. - Consenso – fusão de vontades entre comprador e vendedor. Trata-se do agente capaz de exercício, capacidade de fato. Riscos Tradição – no momento da entrega o bem passa a ser do comprador, assim como seus riscos. Restrições Se o ascendente (pai) vende algo ao descendente (filho). Os demais filhos têm que comparecer para se certificar que ali existe uma venda. Se houver uma venda fictícia, mas na verdade está ocorrendo uma doação. Os bens que são doados em vida integra um ajuste na sucessão. Uma forma de retirar do ajuste de sucessão é realizar uma compra e venda fictícia. Aqui existe uma restrição à compra e venda, ela é anulável. A questão da isenção de ânimo – aquele que não tem isenção de ânimo não pode comprar. O leiloeiro não compra do leilão, assim como todos que estão envolvidos no processo do leilão. O que representa não pode adquirir. VENDA POR AMOSTRA compra-se algo com a possibilidade de experimentá-la, porém pode-se comprar uma quantidade significante de alguma coisa pela simples amostra. Analisa-se a amostra que vincula o todo à mesma qualidade da amostra. Se isso não ocorrer há o inadimplemento. Venda Ad corpus – venda que envolve imóveis assim com ao venda ad mensuram Na ad corpus não se discute a diferença de metragem Na ad mensuram paga-se o valor a que se refere a metragem Uma área rural vendida por alqueire é ad mensuram. Se constar ad corpus não há possibilidade de questionamento futuro quanto a eventual diferença de metragem. CLÁUSULAS ESPECIAIS 12) Exercícios sobre Compra e Venda Marque “V” para verdadeira e “F” para falsa, justificando em folha a parte: 1. ( V ) – O contrato de compra e venda não gera direito real; Esse contrato exige apenas direito pessoal, sendo o direito que vincula comprador e devedor, sendo, portanto é um direito obrigacional. 2. ( F ) – A compra e venda é um contrato sinalagmático, oneroso, em regra comutativo e solene; Em regra ele pode ser comutativo e não solene, existe essa exceção. A compra e venda é consensual. Na compra e venda de imóveis a lei exige escritura. 3. ( V ) – Pode ser objeto da compra e venda, tanto coisas materiais como imateriais; compra e venda tem que ser por consenso, preço e coisa apenas. 4. ( F ) – A partir da compra e venda o comprador assume os riscos sobre a coisa adquirida; Tem que haver a entrega da coisa para que o sujeito possa assumir os riscos sobre o objeto. 5. ( F ) – Na venda à vista, o vendedor deve entregar a coisa para poder exigir o preço; No direito do vendedor primeiro se exige o preço, depois se entrega a coisa. 6. ( V ) – O ascendente não pode vender ao descendente sem consentimento dos demais descendentes, no entanto, pode doar sem esta formalidade; Na verdade essa questão está invertida, aqui o ascendente pode vender a coisa, desde que com o consentimento dos demais descendentes. Se doou deve fazer o ajuste. 7. ( F ) – Na venda de coisa indivisível, o condômino terá direito de preferência, ou seja, de escolher o comprador; Essa é uma garantia legal, que decorre de lei, sendo o direito de preferência legal. Art. 504 CC 8. ( F ) - Na venda “ad corpus”, a falta de medida esperada implica na possibilidade de se exigir o complemento da área, resolução contratual ou abatimento no preço; No art. 500, do CC, temos o caso de que na venda de bens móveis, nós podemos ter diferenças reais, na venda “ad corpus” a venda é feita pelo corpo, está se comprando peloconjunto e não pela metragem, onde existe uma situação tal que não se poderá discutir diferenças. Por exemplo, o sujeito compra um sítio de dois alqueires e paga duzentos mil reais, onde se tem toda uma estrutura de lazer, e o sujeito resolve fazer a medida do sítio e verifica que em relação à perspectiva atual de dois alqueires, o sítio tem apenas um alqueire e meio. E se essa diferença se deu “ad corpus” não da para o sujeito discutir ou questionar o preço. Mas se ele comprou dez alqueires pagando quinhentos mil reais, sendo cinquenta mil o alqueire, ele faz uma medição no terreno e percebe que existe apenas nove alqueires, ai a questão é venda “ad mensuram”, pois ele pagou um alqueire e não levou. Na venda “ad corpus” não é permite discutir as diferenças de área, nem pedir abatimento porque a área não era esperada. 9. ( F ) – Presume-se a venda “ad mensuram” se a diferença de área for inferior a 5% (1/20); Art. 500, § 1º do CC, é comum nas escrituras constar “ad corpus”, para evitar questionamentos, então se não há referencia existe uma presunção, se a diferença é menor que 5% presume-se “ad corpus”, agora se ela é superior a 5% presume-se “ad mensuram”. 10. ( V ) – A retrovenda permite a resilição do contrato pelo vendedor, e somente se aplica para imóveis; Art. 505, do CC, A retrovenda é uma cláusula que se coloca na compra e venda que tem um prazo máximo de três anos, o sujeito que vende a coisa pode pegar o dinheiro e depositar para o comprador e pegar de volta a coisa. Para que esse contrato seja inclusivo, tendo vinculação para terceiro ele deve estar de alguma forma ganhando publicidade, sendo por isso que a retrovenda só se aplica para bens imóveis. Ela não se aplica para bens móveis. Porque nos imóveis pode-se registrar a escritura e nela constar à cláusula de retrovenda, que assegura ao vendedor no prazo máximo de três anos recuperar o bem vendido depositando, o preço para o comprador, sendo então uma propriedade resolúvel, porque ela pode ser portanto desconsiderada, resgatada nesse prazo. 11. ( F ) – A venda a contento impõe sempre uma condição suspensiva à compra e venda; Art. 509, do CC, a venda a contento significa a venda que pode ser feita de algo que é colocado para experimentação, degustação, ou para aprovação do comprador, ele pode ter essa coisa como sendo sua por determinado período, e ao terminar esse período resolve não se satisfazer, ou pode ter a coisa apenas emprestada para a sua aprovação, ai entra situação de condição venda com condição suspensiva que suspende o efeito da tradição, ou condição resolutiva caça o efeito da tradição, ou seja, com a entrega do bem a coisa pertence ao comprador, mas se existe essa condição suspensiva ao qual depende da sua aprovação. Por exemplo, 30 dias para experimentar o veiculo, se o sujeito gostar do veiculo o carro é dele, já se o ele não gostar ele devolver e o veiculo e a concessionária devolve a ele o dinheiro pago pelo bem, negócio desfeito. Ou 30 dias para devolver o bem, ele já é seu desde o primeiro momento, sendo condição resolutiva, o bem já foi vendido, mas o sujeito pode devolver. Condição suspensiva o bem foi apenas emprestado e está suspenso o efeito da tradição até que o sujeito diga que gostou e vai ficar com o bem e a situação vai se tornar perfeita. Assegura-se o experimento em um prazo determinado para existir um efeito definitivo pela coisa. 12. ( F ) – A cláusula de preempção somente se aplica para móveis e gera o direito de sequela; Art. 513, do CC, esse aqui é o direito de preferência, é a situação na qual o sujeito que vende o bem, e o comprador se desejar vender a coisa ele terá que respeitar o direito de preferência, vai ter que ofertar para o vendedor originário, essa cláusula deve está descrita no contrato, sendo uma cláusula especial. Por exemplo, o comprador não oferece para o vendedor originário e vende para outro, quebrando a cláusula de preferência, a única solução para o vendedor originário é apenas reclamar perdas e danos. Ele vendedor originário não tem o direito de sequela, direito de poder perseguir a coisa, depois que a mesma foi vendida para terceiro, usando apenas o argumento que ele era preferido em seu direito. Entra com ação para responsabilizar o comprador que não respeitou o direito de preferência. 13. ( F ) – A cláusula de reserva de domínio cria uma propriedade resolúvel e que, para ter validade “erga omnes”, basta que seja firmada por escrito; Na cláusula de reserva de domínio o sujeito fica com a coisa enquanto o outro não pagar, vai ficar com o domínio, o sujeito entrega a coisa, onde o sujeito terá a posse da coisa, e enquanto ele não pagar, esse sujeito não poderá vender a terceiros, sendo uma validade “erga omnes” (perante todos), tem que se levar a efeito essa cláusula por uma via onde se de publicidade. Por exemplo, veiculo alienado pelo banco. Faz-se o contrato de reserva de domínio e dá-se publicidade no cartório de registro de documentos. Nessa questão acima não é criado uma propriedade resolúvel, pois o sujeito em um primeiro momento retém a coisa, ele não transferiu a propriedade, Assevera o art. 522, do CC que para ter validade “erga omnes” não bastar se apenas firmada por escrito, tem que ser levada a registro no cartório de títulos e documentos e junto ao Detran se tratar de veiculo. Sendo uma cláusula especial que traz significativa proteção ao vendedor, quando ele vende de forma parcelada para o recebimento futuro. 14. ( V ) – Na venda sobre documentos, há uma substituição da tradição real pela ficta e, por sua natureza, se aplica apenas para móveis. Venda sobre documentos, hoje em dia é muito comum se comercializar toneladas de grão, os agricultores costumam deixar suas produções armazenadas em grandes silos, e essas empresas emitem um documento, um certificado de depósito. E através desse documento o sujeito usa para transferir a produção, e esse documento faz uma tradição simbólica, onde o sujeito recebe o papel em lugar da coisa. Há um enorme volume de papéis que circulam no mercado. Ato praticado por especuladores que compram papéis e aguardar o preço aumentar. É um modo que se utiliza para facilitar a transferência de coisa que não se teria como se levar a efeito com a tradição por causa da característica do bem, normalmente são grão de soja, milho, etc’s. ================================ 20/03/2014 TROCA – 533 CC - Coisa por coisa – O contrato de troca se perfaz com esta característica: uma coisa por outra coisa (um automóvel por outro automóvel, etc.) Troca de coisa por serviço é um contrato atípico. A troca fomentou o surgimento da compra e venda. Dívida pecuniária é estabelecida em uma quantia de moeda. A troca é muito comum na atualidade. A equivalência guarda uma base dentro do interesse dos indivíduos. O contrato de troca é remetido às regras da compra e venda. As regras da compra e venda O contrato de troca se estabelece dentro da órbita dos contratos sinalagmáticos (prestação e contraprestação). Há os riscos quanto à tradição, a coisa perece para quem é o proprietário. Garantias das trocas: vícios redibitórios, evicção, arras penitenciais. Tradição marca a extinção da responsabilidade transferindo a coisa para o outro. - Compra e venda - Garantias - Riscos DOAÇÃO 535 CC É um contrato que se perfaz pelo interesse liberatório de alguém (doador). Gera obrigação apenas ao doador. Donatário é o que se beneficia. É um contrato unilateral. A doação pode gerar uma situação que vai se consolidar no futuro. Esse contrato é gratuito, não tem fim especulativo. Contrato Unilateral Consensual Gratuito DOADOR DONATÁRIO ACEITAÇÃO Prazo Nascituro – é aqueleque está para nascer, está concebido, tem que nascer com vida para que deixe de ser nascituro. Fato futuro e incerto: nascimento com vida. Condição suspensiva – negócio jurídico que só se concretiza após o nascimento A situação do nascituro é uma situação pecuniar do contrato de doação. Incapaz - O menor, mesmo impúbere, não podendo transformar a órbita jurídica ESPÉCIE Tem-se várias espécies porque se tem vários efeitos que podem surgir daí Pura – Condicional – vinculada a fato futuro e incerto Modal – O doador impõe condição ao donatário. O donatário tem encargos, tem obrigação a atender, fala-se aí de doação onerosa. Remuneratória – visa o doador que quer agraciar alguém que necessariamente teria auxiliado, contribuído no passado, e quer retribuir. É a doação que visa retribuir no aspecto moral. Não é pagamento. A doação é remuneratória até a equivalência dos valores. Mista – Envolve doação remuneratória e doação pura. Em comum – Quando se quer agraciar um casal recém casado, faz-se a doação de um imóvel. Na falta de um deles o outro toma a totalidade. Se o casal tem apenas este imóvel não precisa fazer inventário. Subvenção – Não gera nenhum direito ao donatário. O fato de colaborar mensalmente a alguém, quando não puder mais fazer não terá nenhuma obrigação . Adiantamento da Legítima – Adiantamento do que o filho tinha para receber com o falecimento do pai. As doações feitas em vida implica em antecipar a participação na herança. RESTRIÇÕES Inoficiosa – doação feita a mais, os demais irmãos podem reverter e questionar o valor que ultrapassou. Todos os bens – deve ser respeitada a chamada legítima. Não tendo herdeiros, não podem ser doados todos os bens para que não fique em penúria. A metade do que uma pessoa tem pode dispor da forma que quiser, a outra metade é dos filhos. O pai pode doar para um filho sua parte disponível (50%). Precisa constar na escritura “parte disponível”. Se a doação constar como remuneratória não há acerto e ajuste. Compra e venda não vai para o ajuste Doação vai para ajuste. Fraude – Não são válidas as dações que impliquem em fraude a terceiros. REVOGAÇÃO - Vícios Ingratidão 555 CC - aplica-se apenas à doação pura. Hipóteses de ingratidão 557 CC 1. Inoficiosa é aquela que ofende a legítima. 2. 427 – O que se tem é que a proposta é vinculativa. 3. 432 4. 420, 422, 417 – As arras são confirmatórias 5. 441 – é uma garantia legal. Se quiser excluí-las, precisa estabelecer. 6. Cogente é o oposto de dispositiva, é uma regra impositiva. 7. Princípio do consensualismo 8. Obrigação pura e simples não se estende no tempo, portanto não fica passível da teoria da imprevisão. 9. Proponente e estipulante. 10. Troca é coisa por coisa. Título de crédito é uma obrigação. O preço está sendo pago representado por um documento. 11. Não tem clausula resolutiva na doação. 474, 475, 476. Ninguém pode exigir a contraprestação se não cumpriu sua prestação. 12. Cláusula de preempção. A lei já faculta em algumas situações a preferência. 13. O objeto do contrato é o conjunto de obrigações. 14. Denomina-se modal 15. Está presente na doação em comum e não na doação mista. 16. O contrato não faz direito real, faz apenas direito pessoal. 17. Não exige. 13) Revisão, com exercícios sobre a teoria geral, a Troca e Doação 1. ( F ) - Denomina-se doação inoficiosa aquela feita de descendente para ascendente; Nas doações os descendentes podem doar para o seus ascendentes sem problemas, mas só se extrapolar o limite, ai entra na onificiosidade, podemos perceber que a legítima então é a barreira. 2. ( F ) Afirmar que a proposta não gera o contrato, mas vincula o proponente, é incorreto, pois, o vínculo decorre do contrato que ainda não está gerado. O art. 427 diz exatamente o contrário do que diz essa questão acima, sendo a proposta vinculativa e a injusta retirada dela, obviamente responsabiliza o proponente. 3. ( V ) Como um dos pressupostos do contrato, o consentimento, de modo genérico, poderá ser expresso ou tácito. A formação do contrato pode se dar de forma inequívoca, ou de forma circunstancial, onde percebemos que a questão acima como sendo verdadeira. 4. ( F ) Se as partes nada convencionarem, as arras serão penitenciais. Aqui as arras devem ser confirmatórias, se nada estiver convencionado no contrato. 5. ( F ) Os vícios redibitórios propiciam a devolução da coisa ou o abatimento no preço, quando existir convenção expressa das partes. O vício redibitório é uma garantia legal, que decorre automaticamente de lei, sob a erige do Código Civil ele pode ser afastado, sendo um dispositivo, já sob a erige do Código de Defesa do Consumidor, art. 26 diz que não existe possibilidade de disposição, sendo as regras do Código de Defesa do Consumidor regras congentes, e as regras no Código Civil são dispositivas. 6. ( F) A evicção trata-se de uma regra cogente e que resulta sempre de decisão judicial. A regra cogente é aquela em que o sujeito não pode dispor, sendo como exemplo, o art. 26 do CDC, onde o sujeito não pode estabelecer a ausência da garantia por defeito oculto nas relações de consumo, mas já pode fazer isso no Código Civil. A evicção, portanto não é uma regra cogente, porque pode ser estabelecido a isenção da responsabilidade entre o vendedor, em face do comprador pelo risco da evicção. Sendo a evicção a perda da coisa por uma sentença judicial, que reconheça direito a terceiro. O sujeito compra de quem não era dono, e surge o dono, ele devolve a coisa, ficando no prejuízo na condição de evicto, sobrando apenas os direitos de ressarcimentos, assegurados pela garantia da evicção em face do alienante. Podemos concluir que a evicção não se trata de uma regra cogente, porque pode ser estabelecida a isenção. E em regra vai decorrer de decisão judicial, mas é possível os efeitos da evicção na perda administrativa, na hipótese do sujeito que compra o carro em Curitiba e vem perder ele aqui na fronteira, por que o mesmo era produto de furto, ele poderá apenas voltar na concessionária e reclamar o prejuízo, e a concessionária deverá responder pela perda da coisa. 7. ( F ) Para a formação dos contratos basta o consenso puro e simples – tendo com única exceção os contratos reais. No princípio do consensualismo os contratos têm a forma livre, com exceção dos contratos reais e os contratos solenes. 8. ( F ) A teoria da imprevisão poderá ser levantada perante uma obrigação pura e simples. Essa teoria da imprevisão é aquela que flexibiliza o princípio da “pacta sunt servanda”, questão da obrigatoriedade, sendo em regra que os contratos devem ser honrados, não podendo ser, portanto alterados, e as partes devemos e cruzar diante dos pactos, e nesse caso temos aqui que a imprevisão pode trazer uma flexibilização, mas para se ter uma flexibilização é necessário ter um contrato em andamento, aqui na questão temos a compra e venda como uma obrigação pura e simples, onde nós temos uma situação imediata não existindo nenhum elemento impuro, termo, ou encargo, podemos perceber que essa obrigação não se prorroga. E para se ter a teoria da imprevisão é necessário que o contrato se prorrogue no tempo, se não, não haverá espaço para ter um fato novo. 9. ( F ) Para a formação do vínculo, no contrato de estipulação em favor de terceiro, se exige capacidade do proponente, do beneficiário e do estipulante. Nesse caso o beneficiário não participa, não sendo necessária a sua capacidade, ele inclusive pode ser incapaz, e poderá exercer as suas prerrogativas através de seus representantes. 10. ( F ) - A aquisição de um bem contraprestando um cheque trata-se, em verdade, de um contrato de troca do bem por um título
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