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DIREITO CIVIL IV sobre contratos

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DIREITO CIVIL IV 
CONTRATO 
 Conceito 
 Funções 
PRINCÍPIOS 
ELEMENTOS 
FORMAÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
GARANTIAS 
ESPÉCIES 
ATOS ILÍCITOS 
DECLARAÇÕES UNILATERAIS 
BIBLIOGRAFIA 
 Venosa 
 Gonçalves 
 Maria Helena Diniz 
 Silvio Rodrigues 
 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
TRABALHO DA AULA Nº 1 
CONTRATO 
1 - Conceito – É um acordo de vontades realizado entre credor e devedor, criando-se uma 
relação jurídica que tem por base uma conduta, na conformidade com a ordem jurídica. É um 
fato social decorrente da ação humana. Pode ser bilateral ou plurilateral. São criados vínculos 
jurídicos que se predispõem a criar, modificar, extinguir, transferir, resguardar relações 
jurídicas. 
Negócio Jurídico – Manifestação de vontade 
 
De acordo com Antonio Augusto Queiroz Teles, em Lições de Obrigações e Contratos, p. 118 – 
Copola Editora – Campinas – SP “Contrato é o acordo de duas ou mais pessoas sobre o mesmo 
objeto, seguido das formalidades e produzindo efeitos jurídicos sobre os contratantes.” 
 
Contrato pode ser reconhecido como negócio jurídico bilateral que se predispõem a criar, 
modificar, extinguir, transferir, resguardar relações jurídicas. 
 
Funções do Contrato 
2) Função Social – Tentar garantir o equilíbrio que propicie o desenvolvimento igualitário para 
a sociedade. Está relacionada ao equilíbrio contratual baseado na boa-fé. Não pode haver 
cláusulas abusivas que possam causar danos a uma parte em detrimento da outra. 
3) Função Econômica – Função contratual que enfatiza a responsabilidade das partes do 
contrato, estabelecendo segurança jurídica, estabilidade nas relações jurídicas dos promotores 
da cadeia econômica. 
 
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 
06/02/2014 
 
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
� Autonomia 
o Liberdade 421 CC 
o Função Social 
� Consensualismo 
o Formação 
o Exceções 
o Solenes 
o Reais 
� Obrigatoriedade 
o “pacta sunt servanda” 
� Relatividade 
o Lei entre as partes 
o Terceiro Beneficiário 
� Boa-fé 
o Objetiva 
o Lealdade 
Princípio da Autonomia – Pelo princípio da autonomia somos livres para contratar na forma 
que, modo, com quem bem entendermos. A bandeira da liberdade está assentada numa 
dimensão que diz que cada um sabe o que faz. As pessoas sendo cuidadosas, cautelosas não 
farão algo que as prejudique. 
A liberdade que no primeiro momento seria uma solução, sabe-se que a liberdade escraviza e 
a lei liberta. 
A autonomia, a liberdade está presente na interferência do Estado porque ela não cumpre sua 
função social. 
O Estado cria uma série de leis que definem um modelo de contrato. O Estado obrigou a 
economia a convergir ao interesse social. 
De certa forma a CF assegura a livre iniciativa. 
O Estado é extremamente intervencionista por conta da preocupação com a função social dos 
contratos. 
Dirigismo Estatal – O Estado dirige e define os parâmetros para as situações. 
 
A autonomia existe, desde que em consonância com a função social. 
Só se tem autonomia a partir dos 18 anos. Dos 16 aos 18 anos deverão ser respeitados 
parâmetros determinados em lei. 
Tem-se liberdade, mas na exata dimensão da função social. 
 
Princípio do Consensualismo - Contrato só existe a partir da fusão de vontades. 
Nos contratos solenes exige-se uma forma específica. Existe uma escritura pública para a 
compra de terreno. Contrato de Crédito, existe uma nota promissória. 
O sistema cria algumas regras que presidem a forma. Se não for seguido o percurso legal não 
haverá garantia. Deve-se seguir os passos legais e alcançar os efeitos jurídicos desejados. 
Contratos reais tomam uma outra peculiaridade – Se alguém se propõe a emprestar um livro 
gera a obrigação de devolver o livro. Sem a entrega não há efeito contratual. O mesmo ocorre 
com o contrato de depósito. A boa vontade das partes simplesmente não formalizam o 
contrato, há a necessidade da entrega da coisa. Nos contratos reais, geralmente não se exige 
papel, mas a tradição, a entrega da coisa. 
 
Princípio da Obrigatoriedade – contrato gera obrigações. Consequências por desrespeitar as 
obrigações assumidas nos contratos. É um princípio marcado nesta dimensão latina “pacta 
sunt Servanda”, isso quer dizer que estamos obrigados a cumprir com o contratado. O Sistema 
prevê as condições e cria as penalidades para que as obrigações sejam cumpridas. 
Teoria da Imprevisão – Se foi contratada a construção de uma casa com tempo determinado 
para seu término. Só que nos primeiros 6 meses ocorre algo no cenário econômico e dá perda 
à construtora (uma situação inflacionária inesperada). Um fato com esta magnitude pode 
estabelecer um reequilíbrio. O contrato tem que estar em curso e tem que ocorrer um fato 
econômico determinante. Esta é a hipótese para a teoria da imprevisão. 
Não é teoria da imprevisão quando se contrata um determinado bem e se adoece impedindo o 
cumprimento do contrato. Não há como revisar contratos quando há problema somente a 
uma das partes. 
O Estado só intervém quando o contrato está ofendendo a ordem pública. 
A obrigatoriedade é impositiva. Só há uma facilitação desta força pela teoria da imprevisão. 
Princípio da Relatividade – Contrato é lei entre as partes 
Terceiro Beneficiário – filhos, cônjuges, dependentes, fica estipulado que farão ser observados 
seus direitos. Descontos ou benefícios para os componentes de uma coletividade ou de uma 
categoria. Extensão de benefício a determinado grupo de pessoas que não participam do 
contrato. Contrato em favor, em benefício de terceiros. Não se impõe custos nem obrigações a 
terceiros. 
 
Princípio da Boa-Fé – O princípio da boa-fé cobra uma retidão de ação quando se fala em 
contrato. Os contraentes devem necessariamente, portanto, se postar de modo honesto, leal a 
fim de que possam merecer a confiança recíproca durante o período contratual. Exige-se lisura 
e lealdade para se fazer valer a confiança depositada. 
O princípio da boa fé objetiva é comportamental. É fundamental para a sociedade. Só vivemos 
de forma tranqüila porque temos a confiança. 
Atividade 
TRABALHO DA AULA Nº 2 
Avalie as situações fáticas abaixo e aponte o eventual princípio contratual (ou princípios) que 
deve ser observado, justificando-o. 
A) Pedro, através do Plano de Equivalência Salarial, contratou a aquisição da casa própria 
pelo SFH em 20 (vinte) anos. A prestação que inicialmente lhe consumia 10% de sua 
renda mensal, em Três anos passou a consumir 60%, diante de que a financeira 
corrigiu a prestação da casa própria por índices distintos dos que foram aplicados ao 
salário de Pedro, valendo-se da variação inflacionária. 
R. Observa-se o princípio da obrigatoriedade, Observa-se também neste caso, uma 
quebra do princípio da Boa-fé, porque o contrato foi realizado pelo Plano de 
Equivalência Salarial e a financeira aplicou índices distintos do que foram aplicados ao 
salário de Pedro, valendo-se da variação inflacionária. 
Havia um contrato com um trilho e uma direção. Pedro tinha a segurança do PES, e a 
instituição financeira saiu do trilho contratual. A instituição quebra a 
`pacta sunt servanda’. O contrato não foi honrado, quebrando assim o princípio da 
boa-fé. Há, portanto, a quebra da lealdade. 
B) Pedro, após muita economia, procurou uma concessionária para adquirir um sonhado 
veículo, eleito, após análise de várias marcas, como o melhor custo-benefício. Antes de 
fechar o negócio solicitou informações à fábrica e à concessionária quanto a uma 
possível re-estilização do veículo, eobteve a informação que o pretendido veículo não 
tinha previsão de mudanças. A compra foi efetuada e, após 02 meses, a montadora 
lançou no mercado uma versão re-estilizada do veículo. 
R.: Houve quebra do princípio da boa-fé. Não disseram a Pedro o que estaria 
premeditadamente a ocorrer. A montadora e a distribuidora se mancomunaram para 
“desovar”os estoques. Quebra da lealdade contratual. 
C) A construtora Entrega Certa vendeu, na planta, uma unidade do Edifício Torre Velha ao Sr. 
Boaventura, que pagou R$ 30.000,00 à vista. Após dois anos de construção a unidade que está 
preste a ser entregue ao comprador no prazo devido ao grande desenvolvimento da região, 
está valendo R$ 100.000,00. Por esse fato, a construtora não pretende entregar a unidade sem 
rever o contrato. 
R.: Houve quebra do princípio da obrigatoriedade. A construtora esta buscando uma vantagem 
que não lhe cabe. Observa-se também uma quebra do princípio da boa-fé. O lucro imobiliário 
não tem a ver com o custo da obra. 
D) a Foz Leasing, captando dinheiro no exterior, repassou, adquirindo bem nacional que foi 
arrendado ao Sr. Joaquim, o qual, na qualidade de arrendatário, obrigou-se a uma prestação 
mensal, em reais, vinculada a variação do câmbio. Devido a uma maxi-desvalorização da 
moeda nacional, o Sr. Joaquim teve sua prestação, em apenas um dia, duplicada, bem como o 
valor de seu contrato, levando-o ao inadimplemento. 
R.: O contrato tinha uma vinculação cambial. O problema da economia refletiu no contrato. É 
possível a busca de uma revisão. O banco não comprovando vinculação externa, por isso 
aplica-se a teoria da imprevisão. Deve-se observar que as operações internas não ocorreram 
vinculadas à alteração cambial. Princípio da Obrigatoriedade revisto pela teoria da imprevisão . 
E) O Jovem Alberto, com seus 75 anos de idade, firmou um plano de saúde com uma 
administradora que adota, entre as diversas cláusulas do seu contrato, uma que exclui 
tratamento de doenças crônicas, terminais ou geriátricas. Após fazer alguns exames cobertos 
pelo plano precisou iniciar o tratamento para um reumatismo, o que a Administradora se nega 
a cobrir. 
R.: Ocorreu uma quebra do princípio da boa-fé objetiva. No ato da contratação a 
administradora aceitou realizar o contrato com o jovem Alberto, pois quando aceitou o Sr. 
Alberto criou a obrigação de atendê-lo. Há também aqui o princípio da obrigatoriedade. 
F) Manoel reside em um apartamento, através de um contrato de locação por 30 meses. Após 
um ano o proprietário lhe oferece o imóvel para compra, que não é aceito. Mario então 
compra o apartamento e solicita a imediata desocupação. Manoel afirma que não sai, pois 
ainda tem direito sobre o imóvel por um ano e meio. 
 
R.: Não houve a observância do princípio da Relatividade, uma vez que o contrato de locação é 
entre Manoel e o antigo proprietário. Já, Mario, o novo proprietário por não ter firmado 
contrato de locação com Manoel, não está obrigado no cumprimento dos prazos legais 
relacionados à lei do inquilinato ou equivalentes. 
 
G) Matilde ao buscar o seguro que lhe cabia pela perda de seu esposo, junto ao seu Plano de 
Saúde contratado há cinco anos, é informada que este direito não lhe assiste mais, em vista de 
que seu contrato migrou pela nova lei. O novo contrato lhe estende novos benefícios, mas não 
possui mais o seguro. 
R.: Houve a quebra do princípio da boa-fé ao não querer cumprir um acordo contratual 
firmado antes, enquanto ainda vivia o esposo de Matilde. Observa-se também a quebra do 
princípio da obrigatoriedade por não estar sendo cumprido o novo contrato nos termos do 
contrato anterior, que lhe dava direito ao seguro. 
H) Clodoaldo foi morar com seu irmão Gilberto, que reside em uma casa alugada através de 
um contrato escrito. Após dois meses, Gilberto deixa o imóvel. Clodoaldo comunica o fato ao 
proprietário e passa a pagar o aluguel, tomando recibo em seu nome. No mês seguinte, o 
proprietário pede a desocupação. 
R.: Considerando que os contratos só existem a partir da fusão de vontades, e neste caso não 
há a vontade do proprietário em contratar com Clodoaldo. Tem-se aí o princípio do 
consensualismo. 
 
 
ELEMENTOS DOS CONTRATOS Art. 421 CC 
- Capacidade 
Genérica - 
Específica 
- Consentimento 
Expresso 
Tácito 
- Forma 
Solene / Não Solene 
- Objeto 
Contrato / obrigação 
TRABALHO DA AULA Nº 3 
1 – Qual a diferença entre capacidade genérica e capacidade específica? 
R.: Agente deve ser capaz para realizar um Negócio Jurídico. São elementos específicos: a 
coisa, o preço e o consentimento. A possibilidade de atuar na vida civil se dá pelo estado 
etário. Aos 18 anos há a capacidade fato, a capacidade de exercício. Capacidade genérica é a 
capacidade ligada à capacidade de fato. A capacidade específica está relacionada à capacidade 
plena, sem a necessidade de representação, como a capacidade técnica, capacidade 
profissional. A capacidade genérica, capacidade de autogerência de seus interesses é inerente 
a todos. A capacidade específica é algo a mais que precisa somar-se à capacidade genérica 
para praticar seus atos. Para se dispor de algo é necessária a capacidade específica, deve-se ser 
proprietário de algo. Um profissional precisa de capacidade específica para prestar serviços 
(contador inscrito no CRC, médico inscrito no CRM, advogado inscrito na OAB, etc.). Um 
marido e sua esposa têm capacidade genérica com relação à propriedade de um imóvel, mas 
necessitam da capacidade específica (anuência, autorização) para a venda deste imóvel. 
2 – Qual a diferença entre consentimento expresso e consentimento tácito? 
R.: princípio do consensualismo: o contrato é fruto da fusão de vontades. Consentimento 
expresso é a formação inequívoca do contrato, quando o contrato está selado, as partes 
devem ter plena convicção disso; encontra-se na possibilidade de ser demonstrado de modo 
escrito ou de modo verbal, que é o modo mais corriqueiro no nosso dia a dia; É o 
consentimento que não deixa dúvida. Consentimento tácito ocupa um espaço bastante 
estreito na seara contratual; tem-se como exemplo a prorrogação tácita de um contrato de 
locação. Não se pode comprometer em contratos onerosos pela situação tácita. Expresso é 
inequívoco, não deixa dúvida. A situação tácita é excepcional, circunstancial, há um 
reconhecimento contratual a partir das circunstâncias. 
3 – Qual diferença entre forma solene e forma não solene? 
R.: Contratos solenes são os que exigem escritura pública. No contrato solene, a ausência de 
forma, torna-o nulo. O Contrato não solene tem validade com preterição da formalidade. 
Exemplo de contratos não solenes são os realizados com as lojas virtuais. A solenidade 
preocupa-se com as garantias reais. A solenidade tenta garantir certa tranqüilidade. A regra é a 
liberdade para se contratar. Um contrato de empreitada não solene pode ser cercado de 
cláusulas que garanta a conclusão da obra bem como o pagamento. A forma é requisito 
contratual quando solene e uma opção quando não solene. 
4 – Qual a diferença entre objeto do contrato e objeto da obrigação? 
R.: O objeto da obrigação é a prestação, uma conduta. O contrato é um conjunto de 
obrigações, esse conjunto dá feição ao contrato. O objeto do contrato é o conjunto, o feixe, a 
somatória de obrigações. 
 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
- Negociações preliminares 
- Proposta (427 CC) 
Vinculante 
Relatividade 
 Norma 
 Natureza 
 Circunstâncias (428 CC) 
Proposta mais aceitação é contrato. 
Há propostas que exigem a entrega de produtos de época. 
A proposta feita entre presentes, é pegar ou largar. 
A proposta tem força vinculante masguarda a relatividade. 
 - Aceitação – elo que fecha a cadeia do contrato. 
 Contraproposta (431 CC) – a contraposta faz com que se passe da condição de proposto a 
proponente. 
 - Tácita (432 CC) – Adota-se em determinadas situações específicas. 
 - Retratação (433 CC) – (428 CC) – só existe na medida em que uma das partes não tenha 
ciência. (no caso de ausência). A retratação só é eficaz se o proponente consegue retirar a 
proposta antes que o aceitante realizar a contratação. 
O aceitante pode se retratar antes que o proponente tome ciência de sua contratação. 
 
Exercício 
PROPOSTA E ACEITAÇÃO – Explique e justifique as decisões abaixo, sustentando-as nos 
dispositivos legais aplicáveis. 
203313 – CONTRATO – FORMAÇÃO – PROPOSTA – ACEITAÇÃO – Em regra, a proposta de 
contrato tem a natureza de vinculante, apresentando-se como unilateralmente irrevogável 01. 
Entretanto, se a proposta já nasce precária, por ocorrer um dos motivos ressalvados no art. 
427 caput, do CC, ela deixa de ser vinculativa, não obrigando o proponente 02. A proposta de 
oferta pública por agente financeiro de imóvel a ser objeto de financiamento imobiliário pelo 
SFH, embora já contenha os elementos essenciais à formação do contrato 03. Sempre 
dependerá, por sua natureza, do exame das condições da aceitação de terceiro, não 
significando, por isso, proposta vinculante 04. Não basta à aceitação que o oblato concorde 
com os termos da proposta 05. A aceitação deve ser adequada plenamente aos seus termos, 
visto que não se aceita discordando por mento que seja o dissenso (art. 431 do CC) 06. 
Qualquer alteração, mesmo acessória, passa a qualificar a aceitação como nova proposta, se 
reiniciando etapa para o consentimento e a formação do contrato. Proposta não-obrigatória a 
que adira aceitação com alterações não significa jamais formação de contrato 07. Apelação 
improvida (TJRS – AC 589.077.106 – 1ª C. Ref. Des. Tupinambá Miguel Castro do Nascimento – 
J. 06.03.1990) (RJ 153/56) 
203316 – LOCAÇÃO – Alienação do imóvel locado. Direito de preferência do locatário à sua 
aquisição 01. Violação inexistente. Proposta de venda do imóvel por preço à vista realizada 
pelo locador ao inquilino 02. Aceitação deste não corresponde aos termos da oferta 3. 
Hipótese em que houve evidente contraproposta por parte do locatário, não sendo o ofertante 
obrigado a aceitá-la. Indenização não devida. Aplicação do Art. 431 do CC (2º TACSP – AP. 
 
427 
427 primeira parte e segunda parte – 431 
427 primeira e segunda parte. 
 
 
 
 
HERMENÊUTICA CONTRATUAL 
Lei 
Contrato 
Regras 
 Subjetivas Art. 112 CC 
 Objetivas 
 Boa Fé – 113 CC 
 Benéficos – 114 CC 
 Adesão – 423 CC 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
Bilaterais 
Onerosos / gratuitos 
Consensuais / reais 
Comutativos / aleatório 
Nominados / inominados 
Solenes / Não solenes 
Principais / Acessórios 
Instantâneos / duração 
Individuais / coletivos 
Civis / Mercantis 
Paritários / De adesão 
 
Interpretar – é importante compreender que os contratos surgem e são extintos de forma 
ordenada. 
O tema se torna relevante quando surgem os conflitos que têm por base um substrato 
contratual. Significa dizer que todo contrato nasce sempre de um consenso que ocorre num 
momento bastante cooperativo. Surge um conflito quando ocorre a quebra de uma 
expectativa. Um dos contraentes imagina que tem direito a um comportamento mais amplo 
do que a outra parte. Nesta dimensão de senso é que se desenvolve uma reflexão para saber 
quem tem razão. Geralmente chega-se a um dissenso por estarem as partes em desacordo. 
A hermenêutica contratual se ocupa em dar sentido aos contratos. Com a hermenêutica se 
estabelece a exata dimensão das obrigações das partes. 
O contrato cria lei entre as partes. As regras criadas no contrato regem uma realidade. 
Regras: 
Subjetivas (Art. 112 CC) – “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem” 
Roubo é interpretado como perda patrimonial, por isso a seguradora deve ressarcir o 
proprietário de carro roubado ou furtado. O ideário suplanta a dimensão técnica, esse 
ideário passa a prevalecer a partir do critério subjetivo. 
Regras objetivas – estabelecem equilíbrio nos contratos. 
Contrato benéfico – (Art. 114 CC) “Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-
se estritamente” - pesa apenas para um dos contraentes, o outro se beneficia. Ex. contrato 
de fiança, se o devedor não paga o fiador assume a responsabilidade. 
Nos contratos benéficos a interpretação deve ser restritiva. 
Esse artigo trata de diminuir o impacto dos contratos benéficos. 
Contratos de Adesão – (Art. 423 CC) “Quando houver no contrato de adesão cláusulas 
ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente 
As regras ditas objetivas seguem padrões. 
As regras subjetivas seguem a vontade das partes. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
Marque V para verdadeira e F para falsa, justificando em folha a parte? 
1. (V ) – Todo contrato é um negócio jurídico, mas nem todo negócio jurídico é contrato 
[Todo contrato é negócio jurídico, mas nem todo negócio jurídico é 
contrato. A força jurídica existe na manifestação de vontade. Por 
exemplo, o testamento, e as declarações unilaterais de vontade 
(doações), são negócios jurídicos, mas não são contratos.] 
2. ( V ) – Os contratos podem ser tanto bilaterais, quanto unilaterais, em relação aos 
seus efeitos [Todo contrato em sua formação será bilateral ou plurilateral, 
ou seja, o consentimento jamais será unilateral na formação do contrato. 
Logo, somente poder-se-á falar em contratos unilaterais se 
considerarmos os seus efeitos, portanto, em relação à bilateralidade ou 
unilateralidade da obrigação (efeitos) contratada e não da formação do 
contrato. Contratos bilaterais quanto aos efeitos = prestação e 
contraprestação; Contratos unilaterais quanto aos efeitos = prestação 
sem a existência de contraprestação.] 
3. ( F ) – Os contratos bilaterais, quanto a sua formação denominam-se sinalagmáticos. 
[nos contratos bilaterais ou sinalagmáticos, as obrigações das 
partes se encontram numa relação de correspectividade e 
interdependência, formando um nexo (sinalagma), ou seja, a 
obrigação de cada uma das partes constitui a razão de ser da outra, 
somente nos seus efeitos e não na sua formação.] 
4. (F) – não seria possível juridicamente existir um contrato, ao mesmo tempo, oneroso 
e unilateral quanto aos seus efeitos. [Em regra todo contrato oneroso é 
bilateral e o gratuito unilateral, mas pode haver contratos unilaterais e 
onerosos como ocorre no mútuo feneratício, onde, além de se restituir a 
coisa mutuada, deve o mutuário acrescê-la de juros, o Mútuo se tornou 
oneroso, mas não alterou o efeito.No contrato oneroso procura-se obter 
uma vantagem; No contrato gratuito não há a busca de vantagem 
econômica. Ex.: contrato de comodato.] 
5. (F) – Os contratos que não envolvem o patrimônio dos contraentes são denominados 
de gratuitos, como regra geral; [Gratuito é onde não tem fim especulativo. 
A transferência patrimonial não é uma ausência da gratuidade.] 
6. (F) – Os contratos comutativos obrigam os contraentes apenas diante da tradição do 
objeto. [quando no contrato as obrigações são conhecidas no exato 
momento da contratação, tem-se contrato comutativo] 
7. (F) – Não são válidos os contratos que deixem de apresentar prestações 
devidamente delimitadas desde a sua formação. [Existem contratos aleatórios 
(seguro, safra) são juridicamente válidos] 
8. (V) – Entende-se por contrato aleatório, aquele em que a Prestação oua 
contraprestação dependerá de um fato futuro e incerto, alheio a vontade das partes, 
e que impõem riscos ao contrato. 
9. (F) – Os contratos típicos são aqueles peculiares a determinada região e, assim, 
regidos basicamente pelos costumes. [contratos nominados / contratos típicos – 
regidos, traçados pelo legislador] 
10. (F) – Os contratos inominados, assim se denominam por possuírem princípios 
contratuais próprios, distintos dos contratos nominados. [ Os inominados servem-se 
dos cinco princípios, a base é a mesma dos nominados] 
11. (F) – Por consensuais entendem-se os contratos que, em regra, são unilaterais e 
gratuitos. [Todos os contratos são consensuais. Não existe como estabelecer 
contratação sem a manifestação de vontades] 
12. ( F ) – Os contratos solenes, para sua formação exigem apenas a obediência da forma 
não sendo necessária a fusão da vontade das partes. [Não tem contrato sem fusão 
de vontades] 
13. (V) – A tradição da coisa é um requisito para a formação dos contratos reais. [Sem a 
entrega da coisa não se produz os efeitos do contrato] 
14. (F) – A forma substancial é exigida como regra para todos os contratos, somente se 
dispensando excepcionalmente. [apenas os solenes que exigem a forma prescrita em 
lei ... regra é o oposto, 
15. (F) – O contrato acessório subsiste diante da nulidade do contrato principal, pois se 
trata de uma garantias deste. [não subsiste o acessório diante da nulidade do 
principal] 
16. (V) – Os contratos de trato sucessivo não se exaurem pelo cumprimento das 
obrigações, mas normalmente , por termo ou condição. [paga-se o preço e recebe-se 
a coisa comprada, extinguindo o contrato, já no contrato de aluguel seu pagamento 
não o extingue, perdura durante a vigência do contrato] 
17. (V) – Os contratos mercantis diferenciam-se dos civis por apresentarem causas e 
objetos distintos. [O objetivo de que loca para morar é diferente do objetivo de 
quem loca para abrir uma empresa; as causas e regras do contrato mercantil são 
diferentes das dos contratos civis] 
18. (F) – Os contratos individuais diferenciam-se dos coletivos por apresentarem apenas 
um integrante em cada pólo. [contrato individual e coletivo se perfaz pela 
manifestação de vontade dos integrantes (consórcio). Quando o contrato se diz 
coletivo não há uma vontade individual, mas só a vontade do grupo, contratos que 
envolvem interesses associativos, as interações contratuais atingem toda a 
categoria] 
19. (V) – Presente um monopólio de direito ou de fato, que causa a preponderância de 
um dos contraentes, pode-se classificar o contrato como de adesão. [monopólio de 
direito = direito de distribuir água, energia elétrica por uma determinada empresa; 
monopólio de fato = marca de um laboratório protegida por um determinado 
período. Nestes casos há um contrato de adesão. Submete-se às regras do pólo mais 
forte.] 
20. (F) – Nos contratos paritários observa-se excluída a possibilidade da livre convenção 
das cláusulas contratuais. [Contratos paritários são aqueles em que as 
partes estão em situação de igualdade no que pertine ao princípio da 
autonomia de vontade; discutem os termos do ato do negócio e 
livremente se vinculam fixando cláusulas e condições que regulam as 
relações contratuais. As cláusulas do contrato podem ser discutidas uma 
a uma para que se alcance um contrato satisfatório para ambas as 
partes. Ex. compra de televisor] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 
EXECUÇÃO 
RESOLUÇÃO 
RESILIÇÃO 
 BILATERAL 
DISTRATO – 472 
UNILATERAL 473 
 REVOGAÇÃO 
 RENÚNCIA 
RESCISÃO 
CONTRATOS SINALAGMÁTICOS 
474 – CLÁUSULA RESOLUTIVA 
 TÁCITA 
 EXPRESSA 
474 – PONTUALIDADE 
 ESCOLHA 
 CUMPRIMENTO 
 RESOLUÇÃO 
476 – EXCEÇÃO 
“EXCEPTIO NON CRITE) ADIMPLET CONTRACTUS 
477 – RISCO 
 GARANTIA 
 
Extinção dos Contratos 
Os contratos podem ter vida mais longa ou mais curta que as obrigações que eles geram. 
Execução 
Adimplemento – as obrigações foram cumpridas. 
No contrato de aluguel, o cumprimento da obrigação é uma condição de permanência do 
contrato, ou seja, ele não é extinto. O contrato de locação tem uma vida maior do que as 
obrigações que ele gera. 
Tempo de prescrição de contrato de locação: 3 anos 
 
Também o contrato de locação pode ter vida mais curta do que as obrigações que ele gerou, 
no caso de um locatário que abandona o imóvel deixando de pagar os aluguéis. Sendo este 
imóvel locado novamente, o contrato anterior fica sem validade, porém as obrigações 
inerentes a ele ainda perduram. 
 
Resolução 
O inadimplemento é causa de extinção do contrato. (falta do cumprimento da obrigação) 
É o fato da extinção de um contrato, em que rompe-se a amarra inicial porque um dos 
contraentes deixa de cumprir, dando margem ao rompimento. 
 
Resilição 
Termo de rompimento prematuro. 
Distrato – caminho inverso do contrato. Extingue as relações jurídicas. (resilição bilateral) 
Distrato é consenso, portanto, não é unilateral. Em síntese não há como se impor um contrato. 
Resilição Unilateral – O exercício da prerrogativa de poder por fim ao contrato é, portanto, 
exercício válido. Garante nos contratos por tempo indeterminado a possibilidade de se 
encerrarem pela vontade de uma das partes apenas. 
 
Revogação 
É uma espécie do gênero resilição unilateral. 
Contrato de mandato – é o contrato de representação outorgado pelo mandante ao 
mandatário. 
A possibilidade de revogar é a possibilidade do mandante cassar os poderes do mandatário. 
Já o mandatário que não deseja mais exercer os poderes outorgados pelo mandante, pode 
renunciar. 
Como resultado disso, deixa de existir o contrato de mandato, deixa de existir a representação. 
 
Rescisão 
Para o autor Serpa Lopes, rescisão é um modo de extinção dos contratos Por força da 
nulidade. Para Orlando Gomes, é medida cabível em caso de lesão (usura real). A rescisão só é 
cabível não apenas no caso do vício redibitório ou oculto, mas no caso da evicção, pois antes 
do contrato encontra-se, neste último caso, o motivo da sua desconstituição? O direito 
preexistente de terceiro. 
Rompimento contratual por via judicial – sentença rescisória a partir de que exista um vício 
contratual. A rescisão tem uma idéia específica no direito Civil, mas no âmbito geral tem 
sentido de quebra contratual. 
 
CONTRATOS SINALAGMÁTICOS 
Prestação e contraprestação – apresenta na sua estrutura a cláusula resolutiva tácita. Se o 
contrato é cumprido, segue, se não cumpre interrompe o contrato. 
A cláusula expressa é a que consta claramente no contrato. 
 
476 – Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida sua obrigação, 
pode exigir o implemento da do outro. 
Exceção – defesa do não cumprimento do contrato. 
Não observar o rito contratual – cumprir apenas uma extensão, mas que receber a totalidade, 
isto não é possível. 
 
477 – 
Surge o risco para quem tem que cumprir primeiro. (se eu cumprir minha parte arrisco não 
receber) 
Risco no cumprimento da obrigação, de entrar na filha dos credores que não recebem. 
O responsável a cumprir primeiro notifica o outro pólo exigindo o pagamento para realizar a 
entrega ou a entrega de garantia para o cumprimento da obrigação. Caso isso não seja feito o 
contrato estará extinto. 
 
 
O 476 diz: cumpra-se primeiro para exigir depois/ o 477 diz: exija primeiro para cumprir 
depois. 
 
TRABALHO 
EXTINÇÕES e EXCEPTIOS CONTRATUAIS – Opte nos negritos e justifique a redação final. 
203343 – AÇÃO POSSESSÓRIA – COMPROMISSO DE COMPRA EVENDA – INADIMPLÊNCIA – 
EXCEPTIO NON (RITE) (----) ADIMPLETI CONTRACTUS – ESBULHO NÃO CONFIGURADO – Se, em 
contrato de compromisso de compra e venda de imóvel, fica condicionado que o restante do 
pagamento será feito após providenciada toda documentação para o financiamento do bem, 
promissário comprador (não) (----) estará na obrigação de efetivar pagamento enquanto o 
promitente vendedor não cumprir totalmente sua parte. É a exceptio non ( ) ( rite ) 
adimplenti contratus, garantida para os contratos sinalagmáticos. (----) (não há), pois falar, 
nestes casos, em inadimplência do comprador. De outro lado, se a posse de uma das partes 
resulta de contrato, enquanto não rescindido este e durante o tempo em que conservá-la por 
este título, (não) (---) há esbulho. El improvidos (TJGO – EI 514-5-GO-CDR-Rel. Des. Castro Filho 
– J. 04.09.1991) (RJ 172/81) 
[Não há totalidade do cumprimento, o comprador alega que falta parte] 
205715 – PROMESSA DE COMPRA E VENDA – INADIMPLEMENTO – RESCISÃO CONTRATUAL – 
CONTRATO DE ADESÃO – ART. 1.092 DO CÓDIGO CIVIL (476 NCC) – A promessa de compra e 
venda, não obstante tratar-se de contrato cujas cláusulas foram pré-elaboradas pelo 
promissário – vendedor, (não) (-----) se enquadra na categoria dos contratos de adesão, pois 
estes só se caracterizam quando existe um monopólio de fato, ou de direito, de uma das 
partes que elimina a concorrência para realizar o negócio jurídico. Se a situação (----) (não) se 
configura desse modo, poderá haver contrato por adesão, jamais a adesão. A inadimplência do 
promissário-vendedor (não) (----) autoriza a rescisão do negócio jurídico quando o promissário-
comprador, deixando de cumprir sua obrigação – o pagamento do preço – (----) (não) se utiliza 
dos meios de fazer valer o seu direito, como, por exemplo, demanda consignatória, 
esbarrando, pois, na (------) (proibição) prevista no art. 1.092 do CC (476 NCC), tendo em vista 
que a ninguém é dado beneficiar-se da própria torpeza. Assim, inadmissível a resilição do 
contrato, com fulcro na culpa bilateral. (TAMG – AC 245.730-9 – 7º	C. Rel. Juiz Quintino do 
Prado – J. 06.11.12997) (06-69/350) 
[ 
 
 
 
 
 
205588 – PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA – INADIMPLEMENTO 
CONTRATUAL – RESCISÃO DA AVENÇA COM INDENIZAÇÃO – Havendo data certa para a 
entrega do bem prometido à venda, é (desnecessária) (------) a prévia interpelação para a 
rescisão contratual, posto que, descumprindo o prazo contratual, (----) (X) prevalece o 
princípio dies interpellat pro homine. Uma vez feita a prova de que não houve a entrega do 
bem prometido à venda no prazo previsto no contrato resta (----) ( ) catacterizado o prejuízo 
decorrente da falta dos frutos civis que esse bem proporcione ao promitente comprador. A lei 
( ) (----) faculta à parte lesada, porque a obrigação (não) (-----) foi cumprida no tempo devido, 
requer a rescisão do contrato com perdas e danos. É a inteligência haurida dos arts. 1.056 e 
1.092, parágrafo único, do código civil (474 e 475 do NCC). (TJDF – AC 48.112/98 – (110.826) – 
5ª T. – Rel. Des. Romão C. Oliveira – DJU 16.12.1998 – P. 51) 
 
 
1008518 – LOCAÇÃO, DESPEJO, FALTA DE PAGAMENTO. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO 
CUMPRIDO. – Agravo de instrumento. Despejo por falta de pagamento. Exceptio non (rite) (----
--) adimplement contratus argüida pela (ré) ( autora). Em princípio, (não) (----) pode eximir-se 
o locatário do pagamento dos alugueres e demais encargos. Todavia, quando o estado do 
imóvel é de tal sorte lastimável, sem que o locador, apesar de já ter sido alvo de inúmeras 
ações, adote medidas adequadas, (----) ( ) se constitui em direito seu a retenção do 
pagamento do aluguel, até que providências efetivas sejam tomadas, se acaso (verdadeiras) (--
---) as críticas da ré. Inteligência dos artigos 1092 e 1189, I do CC (476 e 566, I NCC). Perícia 
deferida. Decisão mantida. Agravo improvido. (TARS – AGI 188.106.256 – 5ª ccIV - Rel. Juiz 
Ramon Georg Von Berg – J. 28.03.1989) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARRAS 
- SINAL – 417 
PACTO 
 Acessório 
 Real 
ESPÉCIES 
 Confirmatória 
 Penitencial 
VÍCIO 
 Redibitório 
DEFEITO – 441 
 Oculto 
REDIBIR 
BOA –FÉ 
MÁ-FÉ 
AÇÕES EDILICIAS 
 - Redibitória 
 - Estimatória 
PRAZOS – 445 
 Móveis – 30 dias 
 Imóveis – 1 ano 
EVICÇÃO – 447 
EVICTOR 
 Evicto 
Alienante 
EXCLUSÁO 
INDENIZAÇÃO 
 Total 
 Parcial 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE – 456 
====== 
 
Arras 
Sinal de negócio – Art. 417 CC – possibilidade se estabelecer um marco obrigando as partes a 
selar a vontade selada. 
Pacto de Arras – Pequeno ajuste tomado com um caráter acessório do contrato. Este contrato 
é formalizado com a entrega de um sinal de negócio, reconhecendo nesta entrega a existência 
do contrato. Comprovado por recibo, documento que comprova a entrega do sinal. O sinal de 
negócio é um documento que garante às partes a tranqüilidade de que o contrato está 
fechado. 
O pacto de arras não exige que seja necessariamente em dinheiro, pode ser entregado 
qualquer negócio como sinal de negócio. Deve-se observar que a entrega do objeto é uma 
entrega feita com o simbolismo da garantia do contrato. Este objeto pode retornar ou não 
quando do pagamento do valor acertado do negócio. 
A medida que uma parte não deseja cumprir deverá cumprir o disposto no Art. 476, com 
cláusula resolutiva. 
As arras com a característica de forçar o reconhecimento contratual, colocam-se dentro da 
espécie confirmatória, aquela que serve exatamente para confirmar o contrato e nesta espécie 
tem-se a referência de que o contrato está fechado. 
As arras penitenciais ocorrem no período de arrependimento, com a perda do sinal por parte 
de uma das partes. Se o vendedor recebeu o sinal deverá devolver o valor recebido em dobro, 
encerrando assim o contrato. 
No lapso temporal das arras pode-se romper o contrato pela via penitencial de forma 
unilateral. 
 
Arras confirmatórias = contrato selado 
Arras penitenciais = contrato selado, porém com condição de desistência. 
 
Vício Redibitório 
É uma garantia legal porque decorre automaticamente de lei. Para ter esta garantia deve-se 
estar vinculado ao contrato sinalagmático. 
O vício redibitório é o defeito oculto que compromete a utilidade da coisa, que deprecie e 
impeça o uso do bem adquirido. A legislação diz que diz um direito diante do defeito oculto, o 
direito de redibir, ou seja, devolver a coisa que apresenta o defeito, recebendo o valor pago de 
volta. 
É o defeito que está na coisa comprada, na hora da compra, e não foi percebido, que deprecia, 
danifica o bem adquirido. 
Não há vício redibitório quando se recebe um bem de presente. 
A garantia legal é a garantia que ocupa-se dos contratos onerosos. 
Doação onerosa é a doação com encargos onerosos. Nessas doações há a possibilidade de se 
estabelecer o vício redibitório. 
Para que exista a garantia basta que o contrato seja oneroso. 
Se for optado pela exclusão da garantia de forma expressa no contrato, quando o negócio for 
entre particulares, essa exclusão é perfeitamente válida. Se o negócio tiver como uma das 
partes uma empresa que vende a um consumidor, a exclusão não é válida. 
 
Código de defesa do consumidor relaciona-se a fornecedor e consumidor. 
Código Civil relaciona-se a negócio feito entre particulares com garantia. 
Redibir = devolver e pegar o dinheiro de volta. 
 
Boa-fé 
A situação da má-fé é o fato de que quem vendeu sabia do problema. 
Quando há prova de má-fe, pode-se exigir o valor pago de volta ou o valor necessário para os 
reparos necessáriospara o reparo do bem adquirido, mais a indenização decorrente do fato 
danoso. 
Ação estimatória faz que se reveja o valor pago mais a indenização por danos oriundos de bem 
adquirido com problema. 
Estabelecimento da garantia redibitória – 30 dias para bens móveis e 1 ano para bens imóveis. 
No CDC – carro é um bem durável 
No CC – carro é um bem móvel 
Bens consumíveis no CDC – prazo de 30 dias 
Bens duráveis no CDC – prazo de 90 dias 
 
A garantia do vício redibitório conta a partir do momento em que ocorre o defeito do bem 
adquirido. 
O prazo da garantia redibitória é decadencial, prazo para exercício de direito de buscar o 
ressarcimento, a reparação. Não se exercendo o direito, este fenece. 
 
A garantia prevista no CDC está acima da vontade das partes, ou seja, não se pode abrir mão 
dela. 
 
Evicção – Perda de algo por sentença que reconhece que o direito sobre o bem adquirido 
pertence a outra pessoa. 
Envolve uma garantia que não está atrelada à coisa, mas a um direito sobre a coisa. 
Evicto – aquele que sofreu o efeito da evicção, é o réu. 
Evictor – Aquele que irá impor a evicção 
Alienante – Aquele que entregou a coisa em venda anterior. 
Garantia da evicção – direito de recobrar do alienante o bem perdido. Buscar do alienante a 
responsabilidade pelo prejuízo. 
 
Exclusão da Garantia de Evicção 
Não há necessidade dessa menção, porém se há interesse de excluir a garantia é necessário 
que conste expressamente, no caso de o comprador resolver assumir o risco de possível 
evicção. (de perder a coisa adquirida) 
 
Indenização – circunstância que deve ser sopesada no exato momento da perda da coisa 
adquirida. A indenização pode ser total ou parcial seguindo a regra indenizatória do valor no 
momento em que se perde a coisa. A indenização pode ser recebida do evictor ou do 
alienante. 
 
Denunciação da Lide 
 
 
 
 
Questões frente ao texto – justifique legalmente as respostas. 
Casos para exame 
01) André adquire da Pecuária Escolha certa 2.000 (duas mil) frangas poedeiras, 
aves com cinco dias. A empresa lhe envia 2.000 animais com cinco dias, no 
entanto, frangos. 
Sendo imperceptível a diferença entre frangas e frangos nos primeiros dois meses de 
vida do animal, André recebeu-os, deu quitação, pagando o preço ajustado na entrega 
e, assim, iniciou a criação, esperançoso quando a produção de ovos. 
Questões frente ao texto – Justifique legalmente as resposas 
a) Passados dois meses e, André, verificando a real situação dos animais, 
haveria algum vício para com o contrato? Ser frango não é defeito, André 
descobriu que foram integres a ele frango em vez de frangas. Quando o sujeito tem 
uma falsa percepção da realidade se caracteriza vício do consentimento erro, e se for 
induzido ocorre o dolo. O vício que existe é no momento em que ele deu quitação ao 
negócio achando que eram frangas e na verdade eram frangos, teve aqui um vício de 
consentimento sendo o erro. Aqui não existe vício oculto, pois vício oculto é um defeito 
da coisa, e a coisa aqui não é defeituosa, ela aqui foi trocada apenas. Defeito do 
consentimento é diferente de defeito da coisa. Ação rebiditória, existe uma quitação 
com o reconhecimento da entrega. Ele imaginava que eram frangos, mas na realidade 
eram frangas. 
 
b) Reconhecido algum vício contratual em resposta a letra A, qual a medida 
jurídica possível e em que prazo? Nota-se aqui a possibilidade de impetrar com uma 
ação anulatória, no contexto do art. 172 do CC, no prazo de 2 anos, com a 
indenização do valor gasto e indenização de possíveis perdas. 
 
c) Caso a empresa comunicasse o fato da troca dos animais e André aceitasse 
ficar com estes, qual figura jurídica presente? aqui estamos diante da figura da 
dação em pagamento, pois foi integre coisa diversa, mas com a quiescência do credor, 
ele aceita e quita a dívida, diz que mudou de ideia e diz que não vai mais produzir 
ovos e sim criar frangos para engorda e venda. Foi aceito um bem pelo outro, quitando 
assim a dívida. 
 
d) Na hipótese da empresa ter entregado as 2.000 frangas, e estas, após 04 
meses, confirmarem-se inaptas a produção de ovos, seria inadimplemento? 
 Não seria inadimplemento, pois inadimplemento é o não cumprimento da obrigação, e 
aqui nesse caso foi cumprida a obrigação, só que depois de alguns meses, os frangos 
apresentaram vício oculto, pois deveriam botar ovos e não fizeram por problemas de 
má formação, então nesse caso temos caracterizado o vício redibitório. Problema não 
perceptível na hora da entrega, mas que impediu a obtenção do fim desejado. 
 
e) Apontado algum vício jurídico na letra D, qual a pretensão cabível e o seu 
prazo? Verificou nesse caso uma relação de compra e cria desses animais para 
venda, relação de produtor com o fornecedor, mas a questão interessante é sobre o 
prazo descrito no art. 445, § 1º do CC, aqui não temos regra disciplinado a matéria, 
temos, portanto o prazo de 180 dias. Aqui o prazo se conta a partir do momento que 
se descobre o defeito e pela pecularidade da situação do objeto aplica-se o art. 445 
C.C, tratando-se que não existe uma lei específica que trata essa hipótese, não 
existindo uso e costumes, portanto na falta será então de 180 dias o prazo 
decadencial para fazer a reclamação. Aqui a ação é redibitória, ou pode ser chamada 
de quanti minoris. Podendo o contratante reclamar abatimento no preço, como lhe 
faculta o art. 442 do CC/02. 
 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no 
prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da 
entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à 
metade. 
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo 
contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e 
oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
 
02) José adquire de Marcelo, após pacto oneroso, uma área de terra rural. Firmam a 
escritura de compra e venda e José, devidamente transcreve-a no Registro de 
Imóveis. 
Quando da compra, José ao vistoriar a área notou a presença de plantações, 
que imaginou serem da lavra de Marcelo. 
10 meses após a compra, José é citado para responder uma ação de 
usucapião, que lhe move Antonio, que se diz proprietário, por ter exercido a posse da 
área por mais de 20 anos. Posse esta, que se completou há dois meses atrás, o que é 
a pura realidade. 
 
a) Sendo acionado por Antonio, existe algum direito de José frente a Marcelo? 
Quando o sujeito comprou o imóvel poderia ter retirado o cidadão da área, poderia ter 
entrado com uma ação de reintegração de posse e afastado o invasor, mas não fez 
isso, acabou negligenciado e nessa hipótese não tem o que reclamar do proprietário 
anterior e a hipóteses aqui é de um fato que consolidou-se apos a venda, se essa 
hipótese tivesse se consolidado antes da venda ai sim o comprador da área estaria 
com uma garantia de direito de evicção. E na hipótese construída no fato não há 
possibilidade de reclamar. Náo há direito de ressarcimento pela evicção já que o fato 
que maculava a venda. 
 
b) Existindo algum direito qual a medida legal cabível e como exercê-la? Não 
seria possível entrar com o pedido de indenização ou ressarcimento pela evicção. 
 
c) Caso o prazo do usucapião já estivesse completo no momento da venda, 
como ficaria a situação jurídica de José, Marcelo e Antonio? A medida legal é 
ação de indenização, podendo o evicto (José) entrar com ação solicitando a restituição 
do valor pago ao alienante (Marcelo), sendo que o evictor (Antônio) teria melhores 
direitos sobre o bem imóvel. O evicto, ao exercer o seu direito, resultante da evicção, 
formulará, em face do alienante,uma pretensão tipicamente indenizatória, podendo 
pleitear, salvo exceções, além da restituição integral do preço ou das quantias que 
pagou, como por exemplo a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir, a 
indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente 
resultarem da evicção entre outras. Tendo ciência da situação agiu de má-fé. O fato 
que gera a evicção tem que ser anterior ä venda. 
 
03) José contrata uma assessoria jurídica para orientá-lo no contrato preliminar de 
compra de um imóvel pertencente a Pedro, onde pretende instalar um posto de 
combustíveis. O valor do imóvel é R$100.000,00 (cem mil reais). O escritório formaliza 
o contrato e faz constar o sinal de R$ 10.000,00 (dez mil reais) como arras 
penitenciais, sendo que o saldo será pago na escritura definitiva em trinta dias. 
Com o compromisso em mãos, Jose investe mais R$500.000,00 (quinhentos 
mil reais) em estruturas para o estabelecimento. 
Tomando conhecimento do negocio, um concorrente de José, procura Pedro, o 
dono do imóvel, e lhe paga R$ 150.000,00 a vista pelo imóvel, firmando a devida 
escritura. 
 
a) O negocio firmado pelo concorrente é valido? Justifique. 
Sim, uma vez que constava no contrato uma clausula de arrependimento, tendo em 
vista que, as arras penitenciais são aquelas que havendo o arrependimento ou 
desistência de uma das partes, implicará na perda do sinal dado ou devolução em 
dobro. Para que se caracterize como arras penitenciais devem constar expressamente 
no recibo de sinal a possibilidade do arrependimento do negócio por qualquer das 
partes. Nesta hipótese como o arrependimento foi do vendedor devolverá em dobro o 
sinal. O contrato criou um direito resilitório. 
 
b) Qual o efeito do contrato de José? Justifique. 
O sujeito não pode discutir seus prejuízos na relação contratual, porque as arras 
sendo penitenciais, por si só estabelecem esse resultado, e isso aconteceu por falta 
de cuidados ou seja por negligencia da acessória jurídica. 
 
======================================================================= 
 
13/03/2014 
 
ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO 
Contrato Art. 436 CC 
Estipulante 
Promitente 
Beneficiário 
Devolução 
Inovação 
 
FATO DE TERCEIRO Art. 439 – 440 CC 
Responde – Perdas e Danos 
 
PESSOA A DECLARAR Art. 467 
Faculdade 
Prazo 
Efeito 
 
CONTRATOS ALEATÓRIOS 
“Empetio Spei” Art. 458 CC 
“Empetio Rei speratae” Art. 459 CC 
 
COMPRA E VENDA – Art. 481 CC 
Efeito 
Natureza 
Consensual 
Sinalagmático 
Oneroso 
Comutativo 
 
Elementos 
 
 
Sendo um negócio jurídico bilateral o contrato assegura os direitos daqueles que dele 
participam. 
O contrato firmado entre o estipulante e o promitente cria uma obrigação com relação a um 
terceiro beneficiário. (exemplo: o seguro de vida – o segurado é o estipulante, a seguradora é 
o promitente e os familiares do segurado são os terceiros beneficiários que poderão exigir o 
pagamento do seguro) 
Outras figuras onde ocorre esta mesma mecânica: os convênios entre instituições que firmam 
com o comércio descontos em favor de seus afiliados; a faculdade firmando acordo com 
editora para conceder descontos aos acadêmicos. 
Outro aspecto interessante é visto constantemente na figura do transporte público baseado 
em via licitatória com os poderes públicos para atender as necessidades dos munícipes 
beneficiários. 
Pactos que envolver dissolução de patrimônio que estabelecem que fatias do patrimônio serão 
encaminhadas a terceiros. 
Pode ser uma transferência de benefícios tanto gratuitos como onerosos. 
 
Revogação – é possível cancelar o seguro e não mais manter a apólice com a seguradora. 
Inovação – pode ser aumentada a vantagem, aumentar desconto, tirar desconto fazer as 
alterações que melhor aprouver. 
Tanto o beneficiário como o estipulante podem obrigar o promitente a cumprir com a 
obrigação. A exigência pode se dar tanto pelo beneficiário como pelo estipulante. 
 
FATO DE TERCEIRO 
 
Deixar claro que o simples fato de citar um terceiro não implica em responsabiliza-lo. 
Esclarecer que é possível contratar tendo o fato de terceiro. 
Ao contratar uma empresa para solenidade de formatura realiza-se um contrato com uma 
empresa que tem vínculo com terceiros que atenderão os interesses dos formandos (cozinha, 
Recepção, música, etc.), não há a necessidade de se fazer menção aos terceiros aos quais o 
evento está vinculado. 
Caso haja contratempo com relação à contratação quem responde pelo fato não ter sido 
Alcançado são os terceiros que responderão diretamente por estar contratados por ação 
direta da empresa organizadora. Se os terceiros forem contratados regularmente mas não 
cumpriram sua responsabilidade, responderão pela parte que lhes toca. Se houver 
solidariedade constando no contrato ou em lei, responderão tanto o organizador como 
terceiros, responderão pela falta em conjunto se assim o contrato prevê. 
A possibilidade é de se buscar o fato de terceiro pela via contratual. 
A melhor forma é ter os dois sollidariamente envolvidos no contrato. 
 
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR 
O contrato é firmado de modo que no espaço em que figuraria uma das partes fica aberta a 
possibilidade de indicação. 
Não se trata de procuração ou representação, mas sim alguém que está no interesse de 
outrem . A faculdade do comprador de indicar quem vai ficar com o efetivo direito do bem 
adquirido. Esse tipo de contrato é mais comum na compra e venda de imóveis. 
Não há como se colocar embargo à venda na medida em que o contrato está selado. O único 
embargo que se pode colocar é se o preço ainda não está pago. O vendedor só pode embargar 
se algum risco a ele de acordo com o preço se apresentar. O prazo para que isso perdure é de 
5 dias quando as partes não estabeleçam prazo maior, pois trata-se de direito privado, de 
direito disponível. A pessoa do comprador garante esse direito e, portanto, tem que indicar. O 
prazo é decadencial e vencendo esse prazo a obrigação recai sobre o comprador. 
Há situação comum de pessoas que não desejam aparecer no contrato. 
A realiza contrato de compra com A com a faculdade de que um terceiro irá consolidar o 
negócio. O prazo de cinco dias conta do fechar do contrato. Vencendo este prazo a escritura 
entrará em nome do terceiro indicado. 
 
CONTRATOS ALEATÓRIOS 
ALEA = SORTE 
Depender da sorte 
O contrato é aleatório quando impõe riscos. Ex.: o contrato de seguro de veículo. 
Aleatórios são os contratos atrelados a eventos futuros. 
Empitio spei – venda de esperança. 
Empitio rei speratae – venda de coisa esperada 
Nessas condições a venda é juridicamente válida. 
 
Trabalho: Qual a diferença entre Empitio Spei (Art. 458) e Empitio rei speratea (Art. 459) 
R.: Art. 458 – Contrato aleatório é aquele oneroso, em que uma das ou ambas as prestações 
das partes são dependentes de um risco incerto e futuro, como por exemplo venda de colheita 
futura, assumindo o adquirente o risco de nada ser colhido. Relaciona-se à venda de 
esperança, ou seja a probabilidade de as coisas ou fatos existirem. 
Art. 459 – O risco é assumido pelo adquirente quanto à quantidade maior ou menor da coisa, 
caso em que o alienante tem direito a todo o preço avençado, mesmo que a quantidade seja 
inferior. A Alea nesse caso refere-se à quantidade da coisa e não à existência da coisa. 
 
O vendedor não tem a coisa no momento em que ele vende, por isso vende a esperança. 
Ex.: laboratório que manipula plantas difíceis de ser encontradas. Assim é estabelecido um 
contrato em que aquele que se obriga a entregar nem sempre entrega. A Empitio spei está 
vinculadaà compra de algo que não irá receber. Ex.: contratação de barcos pesqueiros que 
pesquem peixe raro, o barco sempre receberá, entregue ou não o peixe. 
 
Empitio rei speratae – uma indústria de transformação de peixe compra um preço fechado a 
pesca de um determinado barco, não importando a quantidade; o contrato se mantém sempre 
que existir quantidade, maior ou menor. Na situação do plantio, compra-se toda plantação de 
melancia ao ser plantada correndo o risco de comprar a melancia mais cara ou mais barata 
dependendo da quantidade colhida. 
 
Na empitio spei o contrato sempre existirá mesmo que não exista a coisa comprada, assim é 
mantida a fidelidade de quem pode localizar determinada espécie de mineral, planta ou outro 
bem de caráter raro. 
Na empitio rei speratae o contrato será mantido independente da quantidade. 
 
11) Diferença entre “emptio spei” (art. 458) e “emptio rei speratae” (art.459)? 
Nas duas hipóteses está se vendendo algo que não existe, quem está se 
comprometendo a entregar não tem a coisa, portanto o código da cobertura a esse 
tipo de contrato, exatamente porque é possível então vender ou se comprometer a 
vender algo que ainda não se tem. Existindo a possibilidade que isso venha ocorrer, e 
nessa hipótese a negociação é firmada sobre um aspecto de risco. 
Existe o risco de a coisa existir ou não, e na “emptio spei” venda da esperança, já na 
“emptio rei speratae” é a venda de coisa esperada, aqui a coisa vai existir, só que em 
maior ou em menor quantidade, a ausência da coisa aqui é questão de nulidade do 
contrato. 
A coisa sendo “emptio spei” pode aqui não existir e quem pagou por ela, pode 
não estar recebendo e nem poderia pedir o dinheiro de volta. Aqui existe uma 
probabilidade de a coisa existir. Por exemplo, o sujeito compra antecipadamente toda 
a produção pesqueira de um barco, que serão pescadas no mar, os pescadores vão 
ficar o dia todo no mar em busca de peixes, e o sujeito paga um valor X (por toda a 
produção) de peixes que serão pescados e ele nem sabe quanto de peixes irá 
receber, mas ele trabalha com estimativas e metas, mas pode ser que ele no ato da 
compra esteja comprando o peixe mais caro ou mais barato. Para o pesqueiro isso é 
bom, porque ele já sai com a sua partida garantida (assegurada), o fato é que ele vai 
ter que trazer a produção e entregar a indústria pesqueira. 
E sendo na “emptio rei speratae” ele barqueiro tem que devolver o dinheiro se 
o barco voltar vazio, pois não teve peixe nenhum, já na “emptio spei” se a empresa 
quer apenas uma determinada espécie de peixe, sendo apenas o atum, e nesse dia 
eles não pegarem nenhum, ele barqueiro não precisa devolver o dinheiro. 
Na “emptio rei speratae” o risco é apenas na quantidade maior ou menor da 
coisa esperada. 
Na “emptio spei” o adquirente compra o risco de as coisas adquiridas virem ou 
não a existir, e se o risco se verificar, sem dolo ou culpa do vendedor, adquire este o 
prelo; se não houver, porém, colheita da safra, por exemplo, por culpa ou dolo do 
alienante, não haverá risco, e o contrato é nulo. 
 
ELEMENTOS 
Preço 
Coisa 
Consenso 
Riscos 
Tradição 
Restrições 
Ascendente / Descendente – Art. 496 CC 
Isenção – Art. 499 CC 
 
VENDA POR AMOSTRAS 
“AD CORPUS” Art. 500 CC 
“AD MENSURUM” 
Cláusulas 
Espécies 
Retrovenda – Art. 505 CC 
Venda a Contento 509 
Preempção Art. 513 CC 
Reserva de Domínio art. 521 CC 
Sobre documentos art. 529 
 
COMPRA E VENDA 
É um contrato que goza de característica peculiar. É um contrato extremamente 
presente no cenário econômico mundial. Guarda a característica mecânica, mas não 
guarda a mesma característica nos efeitos jurídicos. 
Contratos que geral direito real = alienação fiduciária, contrato para garantir o setor 
financeiro ou a venda de veículos (o veículo é do banco até acabar de pagar) 
Os contratos de compra e venda geram direitos pessoais 
Sinalagmático: prestação e contraprestação. 
 
Elementos que integram a compra e venda 
- Preço – pode ser fixado pelas partes, por terceiro (vender carro pelo preço da tabela 
FIP). 
- Coisa – qualquer coisa que se encontre na disposição de alienação. É algo 
negociável. 
 - Consenso – fusão de vontades entre comprador e vendedor. Trata-se do agente 
capaz de exercício, capacidade de fato. 
 
Riscos 
Tradição – no momento da entrega o bem passa a ser do comprador, assim como 
seus riscos. 
 
Restrições 
Se o ascendente (pai) vende algo ao descendente (filho). Os demais filhos têm que 
comparecer para se certificar que ali existe uma venda. Se houver uma venda fictícia, 
mas na verdade está ocorrendo uma doação. Os bens que são doados em vida 
integra um ajuste na sucessão. Uma forma de retirar do ajuste de sucessão é realizar 
uma compra e venda fictícia. Aqui existe uma restrição à compra e venda, ela é 
anulável. 
A questão da isenção de ânimo – aquele que não tem isenção de ânimo não pode 
comprar. O leiloeiro não compra do leilão, assim como todos que estão envolvidos no 
processo do leilão. O que representa não pode adquirir. 
 
VENDA POR AMOSTRA 
 
compra-se algo com a possibilidade de experimentá-la, porém pode-se comprar uma 
quantidade significante de alguma coisa pela simples amostra. Analisa-se a amostra 
que vincula o todo à mesma qualidade da amostra. Se isso não ocorrer há o 
inadimplemento. 
Venda Ad corpus – venda que envolve imóveis assim com ao venda ad mensuram 
Na ad corpus não se discute a diferença de metragem 
Na ad mensuram paga-se o valor a que se refere a metragem 
Uma área rural vendida por alqueire é ad mensuram. Se constar ad corpus não há 
possibilidade de questionamento futuro quanto a eventual diferença de metragem. 
 
CLÁUSULAS ESPECIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
12) Exercícios sobre Compra e Venda 
Marque “V” para verdadeira e “F” para falsa, justificando em folha a parte: 
 
1. ( V ) – O contrato de compra e venda não gera direito real; 
Esse contrato exige apenas direito pessoal, sendo o direito que vincula comprador e 
devedor, sendo, portanto é um direito obrigacional. 
 
2. ( F ) – A compra e venda é um contrato sinalagmático, oneroso, em regra 
comutativo e solene; Em regra ele pode ser comutativo e não solene, existe essa 
exceção. A compra e venda é consensual. Na compra e venda de imóveis a lei exige 
escritura. 
 
3. ( V ) – Pode ser objeto da compra e venda, tanto coisas materiais como 
imateriais; 
compra e venda tem que ser por consenso, preço e coisa apenas. 
4. ( F ) – A partir da compra e venda o comprador assume os riscos sobre a 
coisa adquirida; Tem que haver a entrega da coisa para que o sujeito possa assumir 
os riscos sobre o objeto. 
 
5. ( F ) – Na venda à vista, o vendedor deve entregar a coisa para poder exigir o 
preço; No direito do vendedor primeiro se exige o preço, depois se entrega a coisa. 
 
6. ( V ) – O ascendente não pode vender ao descendente sem consentimento dos 
demais descendentes, no entanto, pode doar sem esta formalidade; Na verdade 
essa questão está invertida, aqui o ascendente pode vender a coisa, desde que com o 
consentimento dos demais descendentes. Se doou deve fazer o ajuste. 
 
7. ( F ) – Na venda de coisa indivisível, o condômino terá direito de preferência, 
ou seja, de escolher o comprador; Essa é uma garantia legal, que decorre de lei, 
sendo o direito de preferência legal. Art. 504 CC 
 
8. ( F ) - Na venda “ad corpus”, a falta de medida esperada implica na 
possibilidade de se exigir o complemento da área, resolução contratual ou 
abatimento no preço; No art. 500, do CC, temos o caso de que na venda de bens 
móveis, nós podemos ter diferenças reais, na venda “ad corpus” a venda é feita pelo 
corpo, está se comprando peloconjunto e não pela metragem, onde existe uma 
situação tal que não se poderá discutir diferenças. Por exemplo, o sujeito compra um 
sítio de dois alqueires e paga duzentos mil reais, onde se tem toda uma estrutura de 
lazer, e o sujeito resolve fazer a medida do sítio e verifica que em relação à 
perspectiva atual de dois alqueires, o sítio tem apenas um alqueire e meio. E se essa 
diferença se deu “ad corpus” não da para o sujeito discutir ou questionar o preço. Mas 
se ele comprou dez alqueires pagando quinhentos mil reais, sendo cinquenta mil o 
alqueire, ele faz uma medição no terreno e percebe que existe apenas nove alqueires, 
ai a questão é venda “ad mensuram”, pois ele pagou um alqueire e não levou. 
Na venda “ad corpus” não é permite discutir as diferenças de área, nem pedir 
abatimento porque a área não era esperada. 
 
9. ( F ) – Presume-se a venda “ad mensuram” se a diferença de área for inferior a 
5% (1/20); Art. 500, § 1º do CC, é comum nas escrituras constar “ad corpus”, para 
evitar questionamentos, então se não há referencia existe uma presunção, se a 
diferença é menor que 5% presume-se “ad corpus”, agora se ela é superior a 5% 
presume-se “ad mensuram”. 
 
10. ( V ) – A retrovenda permite a resilição do contrato pelo vendedor, e somente 
se aplica para imóveis; Art. 505, do CC, A retrovenda é uma cláusula que se coloca 
na compra e venda que tem um prazo máximo de três anos, o sujeito que vende a 
coisa pode pegar o dinheiro e depositar para o comprador e pegar de volta a coisa. 
Para que esse contrato seja inclusivo, tendo vinculação para terceiro ele deve estar de 
alguma forma ganhando publicidade, sendo por isso que a retrovenda só se aplica 
para bens imóveis. Ela não se aplica para bens móveis. Porque nos imóveis pode-se 
registrar a escritura e nela constar à cláusula de retrovenda, que assegura ao 
vendedor no prazo máximo de três anos recuperar o bem vendido depositando, o 
preço para o comprador, sendo então uma propriedade resolúvel, porque ela pode ser 
portanto desconsiderada, resgatada nesse prazo. 
 
11. ( F ) – A venda a contento impõe sempre uma condição suspensiva à compra 
e venda; Art. 509, do CC, a venda a contento significa a venda que pode ser feita de 
algo que é colocado para experimentação, degustação, ou para aprovação do 
comprador, ele pode ter essa coisa como sendo sua por determinado período, e ao 
terminar esse período resolve não se satisfazer, ou pode ter a coisa apenas 
emprestada para a sua aprovação, ai entra situação de condição venda com condição 
suspensiva que suspende o efeito da tradição, ou condição resolutiva caça o efeito da 
tradição, ou seja, com a entrega do bem a coisa pertence ao comprador, mas se existe 
essa condição suspensiva ao qual depende da sua aprovação. 
 Por exemplo, 30 dias para experimentar o veiculo, se o sujeito gostar do 
veiculo o carro é dele, já se o ele não gostar ele devolver e o veiculo e a 
concessionária devolve a ele o dinheiro pago pelo bem, negócio desfeito. Ou 30 dias 
para devolver o bem, ele já é seu desde o primeiro momento, sendo condição 
resolutiva, o bem já foi vendido, mas o sujeito pode devolver. Condição suspensiva o 
bem foi apenas emprestado e está suspenso o efeito da tradição até que o sujeito diga 
que gostou e vai ficar com o bem e a situação vai se tornar perfeita. 
Assegura-se o experimento em um prazo determinado para existir um efeito 
definitivo pela coisa. 
 
12. ( F ) – A cláusula de preempção somente se aplica para móveis e gera o 
direito de sequela; Art. 513, do CC, esse aqui é o direito de preferência, é a situação 
na qual o sujeito que vende o bem, e o comprador se desejar vender a coisa ele terá 
que respeitar o direito de preferência, vai ter que ofertar para o vendedor originário, 
essa cláusula deve está descrita no contrato, sendo uma cláusula especial. 
Por exemplo, o comprador não oferece para o vendedor originário e vende para 
outro, quebrando a cláusula de preferência, a única solução para o vendedor originário 
é apenas reclamar perdas e danos. Ele vendedor originário não tem o direito de 
sequela, direito de poder perseguir a coisa, depois que a mesma foi vendida para 
terceiro, usando apenas o argumento que ele era preferido em seu direito. 
Entra com ação para responsabilizar o comprador que não respeitou o direito 
de preferência. 
 
13. ( F ) – A cláusula de reserva de domínio cria uma propriedade resolúvel e 
que, para ter validade “erga omnes”, basta que seja firmada por escrito; 
Na cláusula de reserva de domínio o sujeito fica com a coisa enquanto o outro 
não pagar, vai ficar com o domínio, o sujeito entrega a coisa, onde o sujeito terá a 
posse da coisa, e enquanto ele não pagar, esse sujeito não poderá vender a terceiros, 
sendo uma validade “erga omnes” (perante todos), tem que se levar a efeito essa 
cláusula por uma via onde se de publicidade. Por exemplo, veiculo alienado pelo 
banco. 
Faz-se o contrato de reserva de domínio e dá-se publicidade no cartório de 
registro de documentos. 
Nessa questão acima não é criado uma propriedade resolúvel, pois o sujeito 
em um primeiro momento retém a coisa, ele não transferiu a propriedade, Assevera o 
art. 522, do CC que para ter validade “erga omnes” não bastar se apenas firmada por 
escrito, tem que ser levada a registro no cartório de títulos e documentos e junto ao 
Detran se tratar de veiculo. Sendo uma cláusula especial que traz significativa 
proteção ao vendedor, quando ele vende de forma parcelada para o recebimento 
futuro. 
14. ( V ) – Na venda sobre documentos, há uma substituição da tradição real pela 
ficta e, por sua natureza, se aplica apenas para móveis. 
 Venda sobre documentos, hoje em dia é muito comum se comercializar 
toneladas de grão, os agricultores costumam deixar suas produções armazenadas em 
grandes silos, e essas empresas emitem um documento, um certificado de depósito. E 
através desse documento o sujeito usa para transferir a produção, e esse documento 
faz uma tradição simbólica, onde o sujeito recebe o papel em lugar da coisa. 
Há um enorme volume de papéis que circulam no mercado. Ato praticado por 
especuladores que compram papéis e aguardar o preço aumentar. 
É um modo que se utiliza para facilitar a transferência de coisa que não se teria como 
se levar a efeito com a tradição por causa da característica do bem, normalmente são 
grão de soja, milho, etc’s. 
 
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20/03/2014 
TROCA – 533 CC 
- Coisa por coisa – O contrato de troca se perfaz com esta característica: uma coisa 
por outra coisa (um automóvel por outro automóvel, etc.) 
Troca de coisa por serviço é um contrato atípico. 
A troca fomentou o surgimento da compra e venda. 
Dívida pecuniária é estabelecida em uma quantia de moeda. 
A troca é muito comum na atualidade. 
A equivalência guarda uma base dentro do interesse dos indivíduos. 
O contrato de troca é remetido às regras da compra e venda. As regras da compra e 
venda 
O contrato de troca se estabelece dentro da órbita dos contratos sinalagmáticos 
(prestação e contraprestação). 
Há os riscos quanto à tradição, a coisa perece para quem é o proprietário. 
Garantias das trocas: vícios redibitórios, evicção, arras penitenciais. 
Tradição marca a extinção da responsabilidade transferindo a coisa para o outro. 
 
- Compra e venda 
- Garantias 
- Riscos 
 
DOAÇÃO 535 CC 
É um contrato que se perfaz pelo interesse liberatório de alguém (doador). Gera 
obrigação apenas ao doador. Donatário é o que se beneficia. É um contrato unilateral. 
A doação pode gerar uma situação que vai se consolidar no futuro. 
Esse contrato é gratuito, não tem fim especulativo. 
 
Contrato 
 Unilateral 
 Consensual 
 Gratuito 
DOADOR 
DONATÁRIO 
ACEITAÇÃO 
Prazo 
Nascituro – é aqueleque está para nascer, está concebido, tem que nascer com vida 
para que deixe de ser nascituro. Fato futuro e incerto: nascimento com vida. 
Condição suspensiva – negócio jurídico que só se concretiza após o nascimento 
A situação do nascituro é uma situação pecuniar do contrato de doação. 
 
Incapaz - O menor, mesmo impúbere, não podendo transformar a órbita jurídica 
 
ESPÉCIE 
Tem-se várias espécies porque se tem vários efeitos que podem surgir daí 
Pura – 
Condicional – vinculada a fato futuro e incerto 
Modal – O doador impõe condição ao donatário. O donatário tem encargos, tem 
obrigação a atender, fala-se aí de doação onerosa. 
 
Remuneratória – visa o doador que quer agraciar alguém que necessariamente teria 
auxiliado, contribuído no passado, e quer retribuir. É a doação que visa retribuir no 
aspecto moral. Não é pagamento. A doação é remuneratória até a equivalência dos 
valores. 
Mista – Envolve doação remuneratória e doação pura. 
Em comum – Quando se quer agraciar um casal recém casado, faz-se a doação de 
um imóvel. Na falta de um deles o outro toma a totalidade. 
Se o casal tem apenas este imóvel não precisa fazer inventário. 
Subvenção – Não gera nenhum direito ao donatário. O fato de colaborar 
mensalmente a alguém, quando não puder mais fazer não terá nenhuma obrigação . 
Adiantamento da Legítima – Adiantamento do que o filho tinha para receber com o 
falecimento do pai. As doações feitas em vida implica em antecipar a participação na 
herança. 
 
RESTRIÇÕES 
Inoficiosa – doação feita a mais, os demais irmãos podem reverter e questionar o 
valor que ultrapassou. 
Todos os bens – deve ser respeitada a chamada legítima. Não tendo herdeiros, não 
podem ser doados todos os bens para que não fique em penúria. 
A metade do que uma pessoa tem pode dispor da forma que quiser, a outra metade é 
dos filhos. 
O pai pode doar para um filho sua parte disponível (50%). Precisa constar na escritura 
“parte disponível”. 
Se a doação constar como remuneratória não há acerto e ajuste. 
Compra e venda não vai para o ajuste 
Doação vai para ajuste. 
 
Fraude – Não são válidas as dações que impliquem em fraude a terceiros. 
 
REVOGAÇÃO - 
Vícios 
Ingratidão 555 CC - aplica-se apenas à doação pura. 
Hipóteses de ingratidão 557 CC 
 
1. Inoficiosa é aquela que ofende a legítima. 
2. 427 – O que se tem é que a proposta é vinculativa. 
3. 432 
4. 420, 422, 417 – As arras são confirmatórias 
5. 441 – é uma garantia legal. Se quiser excluí-las, precisa estabelecer. 
6. Cogente é o oposto de dispositiva, é uma regra impositiva. 
7. Princípio do consensualismo 
8. Obrigação pura e simples não se estende no tempo, portanto não fica passível 
da teoria da imprevisão. 
9. Proponente e estipulante. 
10. Troca é coisa por coisa. Título de crédito é uma obrigação. O preço está sendo 
pago representado por um documento. 
11. Não tem clausula resolutiva na doação. 474, 475, 476. Ninguém pode exigir a 
contraprestação se não cumpriu sua prestação. 
12. Cláusula de preempção. A lei já faculta em algumas situações a preferência. 
13. O objeto do contrato é o conjunto de obrigações. 
14. Denomina-se modal 
15. Está presente na doação em comum e não na doação mista. 
16. O contrato não faz direito real, faz apenas direito pessoal. 
17. Não exige. 
 
 
 
13) Revisão, com exercícios sobre a teoria geral, a Troca e Doação 
1. ( F ) - Denomina-se doação inoficiosa aquela feita de descendente para 
ascendente; Nas doações os descendentes podem doar para o seus 
ascendentes sem problemas, mas só se extrapolar o limite, ai entra na 
onificiosidade, podemos perceber que a legítima então é a barreira. 
2. ( F ) Afirmar que a proposta não gera o contrato, mas vincula o 
proponente, é incorreto, pois, o vínculo decorre do contrato que ainda 
não está gerado. O art. 427 diz exatamente o contrário do que diz essa 
questão acima, sendo a proposta vinculativa e a injusta retirada dela, 
obviamente responsabiliza o proponente. 
3. ( V ) Como um dos pressupostos do contrato, o consentimento, de 
modo genérico, poderá ser expresso ou tácito. A formação do contrato pode 
se dar de forma inequívoca, ou de forma circunstancial, onde percebemos que 
a questão acima como sendo verdadeira. 
4. ( F ) Se as partes nada convencionarem, as arras serão penitenciais. 
Aqui as arras devem ser confirmatórias, se nada estiver convencionado no 
contrato. 
5. ( F ) Os vícios redibitórios propiciam a devolução da coisa ou o 
abatimento no preço, quando existir convenção expressa das partes. O 
vício redibitório é uma garantia legal, que decorre automaticamente de lei, sob 
a erige do Código Civil ele pode ser afastado, sendo um dispositivo, já sob a 
erige do Código de Defesa do Consumidor, art. 26 diz que não existe 
possibilidade de disposição, sendo as regras do Código de Defesa do 
Consumidor regras congentes, e as regras no Código Civil são dispositivas. 
6. ( F) A evicção trata-se de uma regra cogente e que resulta sempre de 
decisão judicial. A regra cogente é aquela em que o sujeito não pode dispor, 
sendo como exemplo, o art. 26 do CDC, onde o sujeito não pode estabelecer a 
ausência da garantia por defeito oculto nas relações de consumo, mas já pode 
fazer isso no Código Civil. A evicção, portanto não é uma regra cogente, 
porque pode ser estabelecido a isenção da responsabilidade entre o vendedor, 
em face do comprador pelo risco da evicção. Sendo a evicção a perda da coisa 
por uma sentença judicial, que reconheça direito a terceiro. O sujeito compra 
de quem não era dono, e surge o dono, ele devolve a coisa, ficando no prejuízo 
na condição de evicto, sobrando apenas os direitos de ressarcimentos, 
assegurados pela garantia da evicção em face do alienante. Podemos concluir 
que a evicção não se trata de uma regra cogente, porque pode ser 
estabelecida a isenção. E em regra vai decorrer de decisão judicial, mas é 
possível os efeitos da evicção na perda administrativa, na hipótese do sujeito 
que compra o carro em Curitiba e vem perder ele aqui na fronteira, por que o 
mesmo era produto de furto, ele poderá apenas voltar na concessionária e 
reclamar o prejuízo, e a concessionária deverá responder pela perda da coisa. 
7. ( F ) Para a formação dos contratos basta o consenso puro e simples – 
tendo com única exceção os contratos reais. No princípio do 
consensualismo os contratos têm a forma livre, com exceção dos contratos 
reais e os contratos solenes. 
8. ( F ) A teoria da imprevisão poderá ser levantada perante uma 
obrigação pura e simples. Essa teoria da imprevisão é aquela que flexibiliza o 
princípio da “pacta sunt servanda”, questão da obrigatoriedade, sendo em regra 
que os contratos devem ser honrados, não podendo ser, portanto alterados, e 
as partes devemos e cruzar diante dos pactos, e nesse caso temos aqui que a 
imprevisão pode trazer uma flexibilização, mas para se ter uma flexibilização é 
necessário ter um contrato em andamento, aqui na questão temos a compra e 
venda como uma obrigação pura e simples, onde nós temos uma situação 
imediata não existindo nenhum elemento impuro, termo, ou encargo, podemos 
perceber que essa obrigação não se prorroga. E para se ter a teoria da 
imprevisão é necessário que o contrato se prorrogue no tempo, se não, não 
haverá espaço para ter um fato novo. 
9. ( F ) Para a formação do vínculo, no contrato de estipulação em favor 
de terceiro, se exige capacidade do proponente, do beneficiário e do 
estipulante. Nesse caso o beneficiário não participa, não sendo necessária a 
sua capacidade, ele inclusive pode ser incapaz, e poderá exercer as suas 
prerrogativas através de seus representantes. 
10. ( F ) - A aquisição de um bem contraprestando um cheque trata-se, em 
verdade, de um contrato de troca do bem por um título

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