Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Maranhão Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Ciências Fisiológicas Aline Fernanda de Aguiar Taís Lopes Araújo PRÁTICA 02- REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO São Luís 2017 Aglaete de Araújo Pinheiro Antonia Theonny Kesem Moraes Do Carmo Arthur Matheus de Jesus Sousa Ciliana Soares Texeira Danyele Costa e Costa Emanuelle Lima Ribeiro Karen Caroline Cantanhede Chaves Manuella Regina Mendes Gaiozo Vanessa Farias Louseiro PRÁTICA 02- REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO Relatório apresentado junto à disciplina de Bioquímica para obtenção parcial da 1ª nota. Profª. Selma Silva São Luís 2017 PRÁTICA 02- REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO Objetivos: Realizar a hidrólise alcalina dos triglicerídeos presentes no óleo. Introdução As gorduras e os óleos, empregados quase universalmente nos organismos vivos como forma de reserva, são denominados ácidos graxos. Ácidos graxos contêm número par de átomos de carbono em cadeias retas, geralmente saturada, mas que podem conter de uma a seis duplas ligações, quase sempre em ligações cis. A reatividade química dos ácidos graxos reflete a reatividade do grupo carboxílico, de outros grupos funcionais e o grau de instauração de cadeias do ácido graxo. O termo óleo é conferido a um éster de glicerol que seja um líquido. Óleos e gorduras são chamados frequentemente de glicerídeos. A maioria dos glicerídeos naturais é derivada de dois ou três ácidos carboxílicos diferentes. Óleos são glicerídeos relativamente saturados. Os sabões mais comuns são de sais de sódio e de potássio. A extremidade carboxílica de um ânion do sabão, assim como o íon estearato, é altamente polar e por isso tende a se dissolver em água, sendo chamado de hidrofílica. Reação de saponificação Esta reação é utilizada na produção de sabões e na determinação do índice de saponificação que é um parâmetro que estima a massa molar média de uma gordura, pois no processo de saponificação de um óleo quanto maior o consumo de solução de KOH por grama de óleo menor será a massa molar média dos glicerídeos (e consequentemente dos ácidos graxos) de um óleo ou gordura. Reação de saponificação A principal propriedade do sabão é a formação de emulsões, ele é capaz de unir substâncias polares (água) e apolares (óleo) em emulsão estável, esta é a propriedade que faz do sabão um eficiente agente de limpeza desengordurante. Interação sabão - óleo Os sabões são precipitados na presença de sais de cálcio (Ca++) e magnésio (Mg++), por este motivo, formam pouca espuma quando usados em “água dura”. Sabão – precipitação Materiais e reagentes Vidrarias: 4 pipeta de vidro de 5mL 2 pipetas de vidro de 1mL 3 Tubos de ensaio Reagentes: Óleo de soja ou de girassol Solução etanólica de hidróxido de potássio 5% Solução de Cloreto de cálcio 10% Equipamentos: Banho-Maria Acessórios: Estante para tubos de ensaio Pêra de borracha Pipeta pasteur Papel Toalha Descarte para pipetas Frasco com água destilada Procedimento experimental Pipetou-se para um tubo de ensaio rotulado 2 mL de óleo e 5 mL da solução de potassa alcóolica. Aqueceu-se no banho-maria fervente durante cinco minutos. A reação de hidrólise alcalina completou-se quando o tubo de ensaio apresentou uma fase. Pipetou-se para o tubo de ensaio rotulado (tubo 1) 1mL de água e 2 mL da solução de sabão. Agitou-se vigorosamente e observou-se. Pipetou-se para outro tubo de ensaio rotulado (tubo 2) 2 mL da solução de sabão. Adicionou-se 5 gotas da solução de cloreto de cálcio. Agitou-se bem e observouse. Resultados e discussões Do ponto de vista químico, o sabão é um produto obtido a partir de uma hidrólise alcalina (saponificação) de uma gordura de origem vegetal ou animal (gordura cuja função química corresponde a um trialciglicerídeo). É de grande importância a parte do aquecimento do óleo para que possa ser adicionado à solução de hidróxido de sódio. O aquecimento do óleo com a base resulta na reação de hidrólise, denominada saponificação (BARBOSA; 2011). A principal característica química do sabão é a formação de micelas (em meio aquoso), que são aglomerados esféricos de ânions carboxilatos que estão dispersos por toda a fase aquosa. As cadeias de alquila permanecem em meio apolar, no interior da micela, enquanto que os grupos de carboxilato permanecem no lado de fora da micela, em um ambiente polar (fase aquosa). Dessa forma, a parte apolar da molécula de sabão é responsável por remover a sujeira gordurosa, enquanto que a parte apolar se mistura com a água, dispersando a molécula de sabão junto com a sujeira no meio aquoso. A solução aquosa de sabão é solúvel no cloreto de cálcio, por isso, forma uma solução com precipitado branco. Resultados obtidos: Tubo 1: Formação de espuma indicou a presença de sais de ácidos graxos Tubo 2: Formação de precipitado indicou a presença de sabões de cálcio que não formam espuma. Imagem 1. Tubo 1-Formação de espuma Imagem 2- Formação de precipitado branco nas paredes do tubo Conclusão Este experimento teve como fundamentos teóricos as interações intermoleculares: van der Waals e pontes de hidrogênio. O método de preparação do sabão é um processo simples que apresenta a reação explicada por mecanismos de reações que mostram mais detalhadamente a formação do sabão e do subproduto, glicerina. Dessa forma compreende-se as características das moléculas que constituem o sabão e entende-se o motivo do seu funcionamento como agente de limpeza. Existem várias receitas de sabão diferentes, e é possível ainda modificar ligeiramente as receitas originais acrescentando-se óleos e essências a fim de se obter um aroma mais agradável. Na engenharia química, muitos produtos podem ser obtidos a partir das reações de saponificação. Embora o processo o seja industrial, em essência, é o mesmo que foi realizado em laboratório. Referências ALLINGER, N. L.; CAVA, M. P.; JONGH, D. C. et al. Química Orgânica. ed, Rio de Janeiro: LTC, 2011. BARBOSA, L. C. de A. Introdução à química orgânica. 2. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. NETO; O. G. Z. ; PINO, J. C. D. Trabalhando a química dos sabões e detergentes. Rio Grande do Sul: UFRGS, 1995.
Compartilhar