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Bioquímica Experimental

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RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA 
EXPERIMENTAL 
 
EXPERIMENTO 8 - REAÇÕES DE CARACTERIZAÇÃO 
DE LIPÍDEOS 
 
 
 
 
 
DOCENTE:​ PROF. DR. ARTHUR H.C. DE OLIVEIRA 
 
GRUPO 2: 
FERNANDA CHIACCHIO GUARESCHI MARTINS 9787637 
RAPHAEL FIGUEIRA 9846855 
 
 
RIBEIRÃO PRETO - SP 
2021 
1- Objetivos 
 
O objetivo do experimento foi realizar a caracterização de um óleo vegetal 
por meio da reação de saponificação, verificação da emulsão desse óleo, separação 
dos ácidos graxos e redissolução deles para formar sabão; verificou a solubilidade 
dos sabões e a formação de sabões insolúveis. Assim como realizou a 
determinação do índice de saponificação de um óleo vegetal e determinou o seu 
índice de acidez. 
 
2- Resultados e discussão 
 
a) Saponificação 
 
Foi colocado em um tubo de ensaio 20 gotas de um óleo vegetal, 2 mL de 
KOH (solução alcoólica a 10%), em seguida aqueceu por 8 minutos e 
adicionou 10 mL de água quente seguido de agitação e banho quente. 
 
● Justificar o resultado com auxílio de equação química. 
 
A reação de saponificação tem como termos gerais, a reação de um éster em 
solução aquosa de base inorgânica tem como produto final um sal orgânico e álcool. 
 
A reação pode também ser chamada de hidrólise alcalina, onde a mistura do éster 
(ácido graxo), uma base (hidróxido de potássio neste caso) se origina como produto 
final sabão (sal orgânico). 
 
Podemos por meio da foto identificar a formação de sabão pois na parte superior do 
tubo temos a formação de bolhas características do sabão, assim como sua 
coloração amarelada. 
 
 
Figura 1: reação de hidrólise alcalina de um triglicerídeo 
 
b) Formação de emulsão 
 
Para isso, utilizou-se 2 tubos de ensaio numerados, adicionando 5 gotas dum 
óleo vegetal. Adicionou 5 mL de água ao tubo 1 e 5 mL de uma solução de Na2CO3 
2% ao tubo 2. Agitou fortemente e observou o tempo de duração da emulsão em 
cada tubo de ensaio. 
 
● Verificar o tempo de duração da mesma em cada um dos tubos. 
 
Denomina-se emulsão a mistura física entre líquidos que apresentam certo 
grau de imiscibilidade. Tal sistema é composto por uma fase apolar, geralmente 
composta por hidrocarbonetos - também chamada de “óleo” ou fase oleosa - e uma 
fase polar, geralmente composta por água - chamada de fase aquosa. Existem dois 
principais tipos de emulsões: as chamadas óleo-em-água (o/w), em que a fase 
apolar encontra-se dispersa na fase aquosa; e as chamadas água-em-óleo (w/o), 
em que a fase aquosa encontra-se dispersa na fase apolar. Os sistemas 
emulsionados não são obtidos espontaneamente e, portanto, necessitam de algum 
processo mecânico que dê energia suficiente ao sistema para fragmentar uma fase 
na outra, aumentando a área interfacial entre elas. 
 
 
Figura 2: Esquema de formação/quebra de emulsão. 
 
Com dados da aula teórica, temos que a emulsão do tubo 1 (óleo e água) 
durou cerca de 10 segundos, enquanto a emulsão do tubo 2 (óleo e Na​2​CO​3​) durou 
mais de 2 minutos. Isso acontece devido ao Na​2​CO​3​), por ser um sal é uma 
partícula coloidal, atua na estabilidade da emulsão (TAMBE e CHARMA, 1993), 
enquanto no tubo 1 não há uma formação de emulsão estável, sendo que os itens 
ali dentro possuem polaridades opostas, fazendo com que eles se separem 
rapidamente. 
 
 
c) Separação dos ácidos graxos 
 
Para isso, transferiu-se metade do conteúdo do tubo do ensaio A para outro 
tubo de ensaio. Adicionou-se gotas de HCL concentrado e mediu o pH com papel 
indicador até viragem. Após verificar a separação da mistura em 2 fases, deixou em 
banho fervente até a fusão da camada superior. 
 
 
● Justificar a separação em duas fases, com o auxílio de uma equação 
química. Qual é o componente orgânico presente na camada aquosa? 
 
A adição de ácido clorídrico (HCl) à solução aquosa de sabão formado em 
experimentos anteriores, precipita o ácido graxo (sal de potássio), que possui uma 
baixa solubilidade em água, tendendo a formar dímeros através das ligações de 
hidrogênio envolvidas. 
Portanto, a adição do ácido clorídrico é o responsável por precipitar os ácidos 
carboxílicos formados na hidrólise alcalina: 
 
 
Figura 3: precipitação de ácidos carboxílicos a partir de sais de potássios e 
triacilgliceróis 
 
E o que observamos na foto do experimento, é justamente a precipitação do 
ácido graxo de potássio de coloração branca que permanece no fundo do tubo de 
ensaio. 
 
d) Solubilidade dos sabões 
 
Adicionar 5 mL de solução saturada de cloreto de sódio ao tubo A. Observar 
e explicar o que acontece. 
 
Após a adição de uma quantidade maior de sal, podemos perceber uma 
saturação de sal e água, o que impede o sabão de interagir com as moléculas de 
água presentes no tubo, visualizando uma separação de duas fases. O sal também 
aumentou a polaridade da água, ocorrendo um aumento da tensão superficial que 
ocasiona a formação de floculação de sais de ácidos graxos, visualizados no tubo 
de ensaio em sua parte superior. A flutuação ocorre devido às diferenças de 
densidade. 
 
 
Figura 4: reação de solubilidade dos sabões 
 
e) Formação de sabões por redissolução dos ácidos graxos 
 
Para esse experimento, transferiu 3 gotas dos ácidos graxos obtidos no 
ensaio C para um tubo com 5 mL de água quente. Agitou o tubo e verificou a 
formação de espumas. 
 
A adição de hidróxido de sódio (NaOH) a solução aquosa aquecida contendo ácido 
graxo provoca a resaponificação do mesmo , reconhecida formação de espuma. 
Reação do processo abaixo: 
 
 
 
Figura 5: formação de sabão por redissolução de ácido graxo 
 
f) Formação de sabões insolúveis 
 
Para essa parte, dividiu o conteúdo do tubo preparado no ensaio acima (item 
e) em duas alíquotas. Dobrou o volume de cada uma por adição de água. Ao 
primeiro tubo,adicionou 4 gotas de cloreto de cálcio a 5% e, ao segundo, 4 gotas de 
acetato de chumbo a 1% e agitou. 
 
Ao colocar o cloreto de cálcio (CaCl​2​) no tubo de ensaio contendo sabão, 
ocorre a formação de um precipitado de sabões de cálcio, como mostrado na 
reação abaixo: 
 
 
Figura 6: reação de formação de sabão insolúvel. 
 
Já quando trabalhamos com o Acetato de Chumbo, a disposição de íons Pb​2+ 
interfere na dureza da água, o que impede a formação de espumas, assim como 
também a ação do detergente em soluções de sabão, o que apresenta assim como 
observado na figura, a formação de um precipitado de sal pouco solúvel devido a 
combinação de cátions e ânions em solução. Essa espuma que observamos na 
segunda imagem é uma espuma esbranquiçada e insolúvel, localizada no fundo do 
tubo de ensaio. 
 
g) Determinação do índice de saponificação (I.S.) de um óleo 
 
Para essa parte, pesou-se cerca de 1g de óleo vegetal, anotando a massa 
exata, em um erlenmeyer de 250 mL rigorosamente limpo e seco. Em seguida, 
adicionou-se 25mL da solução alcoólica de KOH 0,50 mol/L e levou o sistema para 
o banho maria durante 30 minutos. Aqueceu um béquer de 50mL de água também e 
adicionou esse conteúdo no erlen depois. Titulou ainda quente com HCL 0,50 mol/L 
usando 2 gotas de fenolftaleína. 
 
Dados obtidos: 
Va= 11,8 mL 
Vb= 18 mL 
M​HCl​= 0,50 mol/L 
m = 1,01 g 
 
 
. S. (V b a) HCl 6, ) /mI = ( − V * M * 5 1 
 
. S. 172, 8 I = 1 
 
 
Tabela 1: índice de saponificação dos óleos tabelados 
 
O índice de saponificação é umaindicação da quantidade relativa de ácidos 
graxos de alto e baixo peso molecular. Os ésteres de baixo peso molecular 
requerem mais álcali para a saponificação, portanto o índice de saponificação é 
inversamente proporcional ao peso molecular dos ácidos graxos presentes nos 
triacilgliceróis. 
De acordo com a tabela com os índices de saponificação disponibilizadas 
para nós, podemos perceber que possivelmente houve erro experimental no 
momento de realizar a titulação, já que o resultado de I.S. obtido não está dentro de 
nenhum I.S. tabelado. Mas, pelo valor mais baixo, podemos supor que o óleo 
apresenta alto peso molecular dos ácidos graxos. 
 
h) Determinação do índice de acidez (I.A.) de um óleo 
 
Pesou de 5 a 10 g de óleo vegetal diretamente em um erlenmeyer de 125mL, 
anotando a massa exata. Adicionou 25mL de uma mistura de éter e etanol (1:1) e 3 
gotas de fenolftaleína. Titulou com NaOH 0,01 mol/L. Repetiu o processo com um 
experimento controle sem amostra de óleo (branco). 
 
A decomposição de gordura através da lipase é acelerada por luz e calor, 
com a formação de ácidos graxos livres que causam sabor e odor desagradável. 
Dessa forma a determinação da acidez pode fornecer um dado importante na 
avaliação do estado de conservação do óleo. 
 
Dados: 
m (amostra)g = 6,02g 
Va = 2,2 mL 
Vb = 0,8 mL 
 
. A. ((V a b). V NaOH NaOH] 282)/ m 0I = − V * [ * * 1 
 
 mg KOH/g.A. 0, 4I = 1 
 
Com o valor obtido a partir da análise, podemos concluir que o óleo utilizado 
possui um baixo índice de acidez, sendo esse um óleo pouco degradado, ou seja, 
com poucos ácidos graxos livres. 
 
 
3- Conclusão 
 
A partir do óleo vegetal nós conseguimos fazer sabão com a reação de 
saponificação e analisar sua emulsão em água e em uma solução de Na2CO3, 
sendo que em solução de carbonato de sódio a emulsão foi mais persistente. A 
partir do sabão formado, foi adicionado HCL, que foi o responsável por precipitar os 
ácidos carboxílicos formados na hidrólise alcalina. Verificou também a solubilidade 
do sabão inicial em uma solução de NaCl, onde foi possível observar a separação 
de fases. A partir da separação dos ácidos graxos, foi possível realizar a reação de 
saponificação e formar sabão novamente. Com a adição de cloreto de cálcio em 
uma alíquota e acetato de chumbo em outra alíquota de sabão formado por 
redissolução de ácidos graxos, ocorre a formação de sabão insolúvel facilmente 
observado. Para terminar a caracterização do óleo vegetal, foi determinado o índice 
de saponificação (I.S.) e índice de acidez (I.A.). A partir do I.S. não foi possível 
identificar o óleo vegetal, já que, provavelmente por conta de erros experimentais de 
titulação, os volumes obtidos ficaram fora dos valores de referência. Já a partir do 
I.A. do sabão, conseguimos avaliar que o óleo vegetal utilizado tem baixa 
deterioração, ou seja, tem baixos índices de ácidos graxos livres, já que o valor para 
o I.A. foi baixo (0,14 mg KOH/g). 
 
4- Referências 
 
TAMBE, D.E.; SHARMA, M.M. “Factors Controlling the Stability of ColloidStabilized 
Emulsions I. An experimental investigation”. Journal of Colloid and Interface 
Science, v. 157, pp. 244-253, 199 
 
 
De Almeida, M., L., 2019. ESTABILIDADE DE EMULSÕES DE ÁGUA-EM-ÓLEO 
SOB AÇÕES ELETROCISALHANTES E CAMPOS ELÉTRICO E CENTRÍFUGO 
Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação de Engenharia Química, 
COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
 
 
De Almeida, D., S. 2015. Caracterização de óleos vegetais através da radiação 
espalhada e análise multivariada. Dissertação de mestrado apresentada ao 
programa de pós graduação em engenharia nuclear COPPE, da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro.

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