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AULA 03. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL e LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

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MATERIAL DE AULA – EXECUÇÃO CIVIL – ANO 2016. 
MATERIAL CONSULTADO: 
GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Novo Curso de Direito processual Civil. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
TÍTULO EXECUTIVO
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
É a sujeição do patrimônio de determinada pessoa ao cumprimento de uma obrigação. Pode o Estado invadir o patrimônio e à força, retirar os bens que bastem para a satisfação do crédito.
Regra: só o devedor inadimplente responde com seu patrimônio pela satisfação do credor. 
Exceções: sócios que respondem pelas dívidas de sua empresa, fiadores que respondem pelo pagamento através de contrato de fiança.
Bens sujeitos à execução: art. 789 do CPC: bens presentes e futuros: aqueles que já existiam quando contraída a execução e os que vierem a existir posteriormente.
Jurisprudência diz que é possível a penhora de cotas de sociedade limitada.
Bens NÃO sujeitos à execução: art. 833 CPC
Observação: inciso X: caderneta de poupança: havendo várias delas, a impenhorabilidade se limita a soma de todas elas, no total de 40 salários mínimos. O que passar disso pode ser penhorado;
§2º: se o credor recebe mensalmente valores que ultrapassam 50 salários mínimos, o excedente poderá ser penhorado, ainda que não se trate de dívidas de alimento.
Impenhorabilidade do bem de família: lei 8009/90, exceção no art 3º da Lei.: 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;           (Revogado pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III -- pelo credor de pensão alimentícia;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida;        (Redação dada pela Lei nº 13.144 de 2015)
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
 
Bens subsidiariamente penhoráveis: art. 834 do CPC: podem sofrer constrição na falta de outros bens
Responsabilidade patrimonial de terceiros: art. 790 do CPC: os terceiros não são devedores da obrigação, mas respondem pelo cumprimento da obrigação.
Art. 790, I: Sucessor é aquele que adquiriu bens do devedor, quando este já era litigioso. Ver art. 109, caput CPC. O o credor pode buscar a coisa litigiosa das mãos do adquirente.
II. Bens dos sócios: a responsabilidade é subsidiária, pois, antes tenho que esgotar os bens da pessoa jurídica. (a responsabilidade subsidiária é limitada ou ilimitada a varir de acordo com o tipo de sociedade).
IV – do cônjuge ou companheiro: 
Se a dívida é contraída só por um deles: deve-se analisar no caso concreto se a dívida beneficiou o casal ou a família (presunção relativa). Se sim o patrimônio de ambos responde. 
V – fraude à execução: é instituto processual, ato atentatório à dignidade da justiça. 
	FRAUDE CONTRA CREDORES
	FRAUDE À EXECUÇÃO
	FRAUDE CONTRA CREDORES (art. 158 a 165)
Dano (eventos damini)+ consilium fraudis(propósito malicioso de evitar a cobrança de credores)
	O devedor aliena o bem depois da citação na ação de cobrança
	Já existe um crédito mas ainda não há ação de cobrança; a alienação é feita ANTES da citação
	SÚMULA 375 DO STJ: "O reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente".
	Exige-se o conluio. A ineficácia da alienação não pode ser declarada no processo de execução, somente em ação pauliana, proposta contra o adquirente.
	
VII: desconsideração da personalidade jurídica: o credor deve comprovar que a empresa foi utilizada de forma fraudulenta. Assim, o juiz desconsiderará a personalidade jurídica e estenderá a responsabilidade aos sócios, permitindo que a penhora recaia sobre seus bens pessoais (art. 133 e ss do CPC). Não extinção ou dissolução da empresa. 
CC: art 50;
CDC: art. 28.
É cabível em qualquer fase do processo seja de conhecimento, execução ou cumprimento de sentença. Pode ser requerida pela parte ou MP.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
(arts. 509 a 512 CPC)
OBS: Não existe liquidação de título extrajudicial.
Função: solucionar uma incerteza em relação ao “quantum” – montante do débito.
Da decisão que declara o débito cabe agravo de instrumento, pois, se trata de decisão interlocutória.
Há DUAS formas de liquidação no CPC: 
Por arbitramento;
Por procedimento comum.
Art. 509: Qualquer delas pode ser requerida tanto pelo credor, como pelo devedor. 
 - Intimação para a liquidação: arts. 510 e 511 do CPC. salvo as exceções de processo autônomo para título executivo extrajudicial.
se a, parte contrária for revel: art. 346 do CPC.
LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA: art. 512 do CPC: pode ocorrer ainda que o recurso tenha sido recebido com efeito suspensivo. É apenas liquidação e não execução provisória. Se o recurso for provido, a liquidação fica sem efeito.
VEDAÇÃO DE SENTENÇA ILÍQUIDA: art. 491 do CPC.
 - Art. 509, §1º CPC: sentença parte líquida, parte ilíquida.
 - LIQUIDAÇÃO POR ABRITRAMENTO: ocorrerá com a apresentação de pareceres, documentos e se necessário, com nomeação de perito. 
Nomeado perito: ambas as partes pode nomear assistentes e efetuar quesitos. Após o laudo: 15 dias para manifestação.
Obs: entendimento: não cabe condenação em honorários advocatícios na liquidação de sentença. 
 - LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM: É aquela em que há necessidade de alegação e comprovação de um fato novo, ligado ao quantum debeatur. 
art. 509, II do CPC.
fato novo: pode ser o que ocorreu depois da sentença, ou o que não foi objeto da decisão, mas esteja relacionado ao débito. Ex.: vítima de danos decorrentes de erro médico. Será necessária a apuração de todos os danos com o tratamento, pois, no início da ação, não foi possível identificar todas as consequências do ato do médico.
OBS: Todos os meios de provas são admitidos na liquidação pelo procedimento comum, dada a comprovação de fatos novos. 
 - LIQUIDAÇÕES NO CURSO DA FASE DE EXECUÇÃO: Pode ser que ocorra a necessidade de liquidação incidente, quando já instaurada a execução. Ex: execução específica de coisa infungível, obrigação de fazer ou não fazer, ou obrigação de entrega de coisa. Se o devedor não cumprir a obrigação, ela se converte em perdas e danos, convertida a execução em execução por quantia. Pode-se instaurar nova fase de liquidação. 
Profa.: BEATRIZ SALLES FERREIRA LEITE