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Ação Penal Resumo

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Ação Penal
Conceito: é o direito subjetivo público autônomo e abstrato de invocar a tutela jurisdicional do Estado para que este resolva conflitos provenientes da prática de condutas definidas em lei como crime.
Natureza Jurídica: direito de ação.
Condições da Ação Penal
·	Possibilidade Jurídica do Pedido: o pedido será possível juridicamente se a conduta praticada for típica, formal ou materialmente (art. 395 CPP);
·	Interesse de agir: é a necessidade e utilidade de ingressar com a ação penal;
·	Legitimidade das partes: o autor da ação será possuidor de tal legitimidade se for o titular do direito no qual a ação está em defesa e sendo o réu o autor da lesão de tal direito do autor;
·	Justa causa: a materialidade e indícios (suportes mínimos probatórios) de autoria do crime em questão (art. 395, III CPP).
Ação Penal de Iniciativa Pública (sempre ingressada pelo Ministério Público)
·	Incondicionada (PPI): abrange a maior parte das condutas tipificadas no Código Penal. Na PPI, não é preciso a autorização ou representação de ninguém. O promotor de Justiça não tem um querer, mas um dever de promover a denúncia;
·	Condicionada à Representação (PPC): dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo (art. 24 CPP). Estará disposta em lei.
Princípios Norteadores:
A.	Obrigatoriedade: o MP é obrigado a ingressar com a Ação Penal, desde que estejam presentes as condições da ação. Princípio relativizado pelo art. 24 CPP ;
B.	Oficialidade: quem tem a legitimidade para propor e prosseguir com a Ação Penal é o MP;
C.	Indisponibilidade: o MP não poderá desistir da Ação Penal (art. 42 CPP) e nem do Recurso que interposto (art. 576 CPP);
D.	Indivisibilidade: esse princípio só se aplica em crimes nos quais a Ação Penal é de Iniciativa Privada. Consiste na necessidade de o querelante oferecer queixa contra todos os autores do fato, sob pena de extinção de punibilidade se houver renúncia com relação a algum deles.
Ação Penal do Crime Complexo
O crime complexo é aquele que agrega, em seus elementos constitutivos ou circunstâncias, fatos que, isoladamente considerados, por si só, já são crimes.
Art. 101 CP: "Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público."
Ação Penal de Iniciativa Privada (disposta no CP sempre com "mediante queixa")
Espécies
·	Iniciativa Privada Propriamente Dita: a queixa deverá ser realizada também de acordo com a conveniência e oportunidade da parte autora, transmitindo-se a persecução penal ao particular. Este deverá conduzir o processo, sendo devidamente representado por seu advogado (art. 30 CPP);
·	Iniciativa Privada Subsidiária da Pública: ocorrerá quando o Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo estipulado por lei (5 dias após receber o inquérito policial, se o réu estiver preso e 15 dias após receber o inquérito policial, se o réu estiver solto), podendo o ofendido propor ele mesmo a ação. Neste caso, a vítima não oferecerá denúncia, mas sim queixa substitutiva;
·	Iniciativa Privada Personalíssima: o único legitimado para prestar a queixa crime é o ofendido, não cabendo substituição processual (representante legal), nem sucessão processual (por morte ou ausência).
Princípios Norteadores da Ação Penal Privativa:
·	Disponibilidade: o ofendido pode desistir da Ação Penal;
·	Iniciativa da parte: caberá ao ofendido dar prosseguimento aos atos processuais;
·	Oportunidade: 
Características da Ação Penal Privada:
·	Decadência: é a perda do direito de ingressar com a queixa crime com a Ação Penal Privada e a perda de apresentar ao MP. O prazo decadencial (na maioria dos casos, 6 meses) não ocorre com o MP;
·	Renúncia: art. 49 CPP: "A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá." A renúncia pode ocorrer de maneira expressa, quando o autor decide não ingressar com a Ação Penal e de maneira tácita, quando exerce qualquer ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa.
·	Perdão do ofendido: Art. 105 CP: "O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação."
Art. 106 CP: "O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: 
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;
III - se o querelado o recusa, não produz efeito.
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória."
·	Perempção: é a extinção da Ação Penal.
Art. 60 CPP: "Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

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