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DST's Femininas: Candidíase, Tricomoníase e Vaginose Bacteriana

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Faculdade Estácio de Sá
DST´S – Candisíase,Tricomoníase,Vaginose Bacteriana
Campo Grande – MS
2017
Faculdade Estácio de Sá
DST´S – Candisíase,Tricomoníase,Vaginose Bacteriana
Acadêmicos: Brenda Benites Barbosa
Helena
Wânia Oliveira
Professora: Tailma
Campo Grande – MS
2017
Introdução
Com este trabalho pretendemos saber mais sobre a candidíase, a tricomoníase e a vaginose bacteriana. Nomeadamente suas causas, sintomas e formas de tratamento.
A candidíase é uma infecção causada por leveduras do gênero Candida. Essas leveduras causas lesões que podem ser diagnosticadas de formas branda, aguda ou crônica. Com aspectos clínicos variáveis. O principal agente da candidíase é a Candida Albicans. A tricomaníose é uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do útero, na vagina e/ou na uretra. A vaginose bacteriana Também conhecida como vaginite não específica, é a mais comum das vaginites
Candidíase
A candidíase é uma doença sexualmente transmissível. Micose causada pelo fungo Candida Albicans. A candidíase assume particular importância clínica em infecções.
Sendo a Candida, é um fungo que existe naturalmente na nossa flora biológica, estando presente na boca e no sistema digestivo de até 50 a 80% das pessoas, dependendo da população estudada. Em situações normais, o nosso sistema imunológico e a presença dos outros microrganismos da nossa flora natural impedem que a Candida se multiplique exageradamente, mantendo sua população sob controle. Portanto, estar colonizado pelo fungo Candida não é sinônimo de ter uma infecção por Candida. A Candida é apenas um ente os milhões de germes que fazem parte da nossa flora natural de microrganismos.
Isso significa que a Candida é um germe oportunista, ou seja, um micróbio que pode viver inocentemente em nosso corpo sem causar doenças, mas que, ao menor sinal de fraqueza do nosso sistema imunológico ou distúrbio na nossa flora natural de germes, pode multiplicar-se e passar a provocar infecções.
A Candida albicans provoca um quadro de inflamação na vagina e na vulva (parte exterior da vagina), motivo pelo qual ela também é conhecida como vulvovaginite por Candida. A inflação genital da candidíase caracteriza-se pelos sinais e sintomas de vermelhidão local, intensa coceira e corrimento vaginal.
Causas E Como Se Adquire
Entre 20 a 50% das mulheres têm a sua vagina colonizada pelo fungo Candida sem que isso, porém, signifique haver uma infecção pela Candida. Essas mulheres são completamente assintomáticas, pois o pH ácido da vagina, o sistema imunológico e a presença da flora bacteriana vaginal impedem que a Candida consiga se multiplicar. A vulvovaginite por Candida só surge se houver algum distúrbio em pelo menos um desses três fatores de proteção citados.
Habitualmente, a Candida albicans que coloniza no órgão genital tem sua origem na região perianal. A Candida que existe no trato gastrointestinal e coloniza a região perianal pode migrar pelo períneo, alcançar a vagina e se estabelecer nessa nova região. Uma forma comum disso ocorrer é através da limpeza incorreta do ânus após a evacuação. Se a mulher se limpa de trás para a frente, ela acaba trazendo germes da região perianal em duração à vagina. Isso favorece não só a colonização vaginal pela Candida, como também a ocorrência de infecção urinária por bactérias do trato gastrointestinal.
Eventualmente, a Candida albicans pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Como a boca e trato gastrointestinal são os habitats mais comuns da Candida no nosso organismo, o sexo oral e o sexo anal são possíveis fontes de transmissão. O sexo vaginal também pode ser uma forma de transmissão, caso o pênis do parceiro ou a vagina da parceira estejam colonizados.
Cabe aqui uma ressalva, a transmissão da Candida por via sexual não necessariamente indica que a mulher irá desenvolver candidíase. A Candida recém adquirida vai ter de enfrentar os mesmos fatores de defesa que uma Candida do próprio organismo precisa enfrentar. Como já vimos, ter o fungo Candida albicans não é sinônimo de ter infecção pelo fungo Candida albicans.
Portanto, apesar da Candida poder ser transmitida pela via sexual, a monilíase vaginal em si não é considerada uma doença sexualmente transmissível, pois a grande maioria dos casos de vulvovaginite por Candida não tem relação com o ato sexual. O número de parceiros que uma mulher tem na vida não interfere no risco dela desenvolver candidíase, e mulheres que praticam o celibato podem desenvolver vulvovaginite pela Candida albicans.
Fatores De Risco
Em geral, a Candida albicans prolifera-se nas seguintes situações: redução da acidez vaginal (aumento do pH vaginal), alterações na flora microbiana da vagina, alterações hormonais ou fraqueza do sistema imunológico.
Vários fatores de risco para candidíase vulvovaginal já são bem conhecidos, sendo os mais importantes:
Diabetes Mellitus – mulheres diabéticas, principalmente aquelas com glicemia cronicamente mal controlada, são indivíduos particularmente propensos a desenvolver vulvovaginite por Candida 
Alterações hormonais – níveis muito elevados ou muito baixos de estrogênio interferem no meio vaginal e aumentam o risco de candidíase. Isso explica porque situações como gravidez, reposição hormonal, menopausa, uso de anticoncepcionais hormonais e até o período ovulatório podem facilitar o aparecimento da vulvovaginite por Candida.
Imunossupressão – mulheres imunossuprimidas, seja por doenças, como o HIV, ou por uso de drogas imunossupressoras, apresentam maior risco de desenvolverem candidíase.
Situações de risco ainda não comprovadas
Os fatores de risco listados acima são aqueles que comprovadamente influenciam no risco da mulher desenvolver uma candidíase. Há muitos outros, mas estes não apresentam resultados consistentes nos estudos clínicos realizados. Portanto, é possível, mas não é definitivamente correto que afirmar que os seguintes fatores aumentam o risco de candidíase:
Roupas apertadas.
Biquíni molhado
Métodos anticoncepcionais intravaginais, tais como DIU, diafragma ou esponja vaginal 
Ducha vaginal.
Absorvente interno.
Como esses possíveis fatores de risco, apesar de não serem comprovados, podem ser evitados, faz sentido que as mulheres que apresentam candidíase recorrente tentem se resguardar. No entanto, quem nunca teve candidíase vulvovaginal ou teve somente um ou dois episódios ao longo de vários anos não precisa se preocupar com esses possíveis fatores de risco, pois eles não são assim tão relevantes.
Cerca de 5% das mulheres têm candidíase vaginal recorrente, que se caracteriza pela ocorrência de mais de 4 episódios de candidíase por ano. As recorrência habitualmente ocorrem pela falta de eficácia no tratamento de uma infecção anterior, o que permite que a mesma cepa de candidíase volte a crescer após algum tempo. Raramente, a recorrência da candidíase se dá por uma nova infecção, provocada por uma cepa diferente de Candida albicans.
Sintomas Da Candidíase Vaginal
Prurido vulvar (coceira vaginal) é o sintoma mais importante da candidíase. Ardência ou dor na região vaginal também são comuns e podem ser acompanhadas por disúria (dor ao urinar) ou dispareunia (dor durante o ato sexual).
Outros sinais frequentes são a vermelhidão na região da vulva e o corrimento vaginal. O corrimento da candidíase vaginal é habitualmente leitoso, ou tipo queijo cottage, e sem odor.
Os sintomas da monilíase vaginal podem se agravar nos dias que antecedem a descida da menstruação.
Tratamento Da Candidíase
Os casos mais simples de candidíase vulvovaginal podem ser tratados com cremes de aplicação vaginal, entre eles o clotrimazol, nistatina e miconazol. Outra opção é o fluconazol comprimido de 150 mg em dose única. Ambas formas de tratamento têm taxas de sucesso acima de 90%, mas a posologia por via oral é mais confortávelpor ser simples e curta, sendo atualmente a forma mais utilizada.
Nos casos de candidíase recorrente, o tratamento é habitualmente feito com fluconazol por via oral por até 6 semanas. A monilíase vaginal pode ser facilmente tratada com mendicamentos antifúngicos, mas algumas mulheres que têm episódios recorrentes de vulvovaginite podem precisar de tratamento prolongado para conseguirem se livrar da infecção.
Tricomoníase
Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar no colo do útero, na vagina e/ou na uretra.
Sinais e Sintomas
Muitas mulheres infectadas pelo Tricomonas podem não sentir nenhuma alteração ou reação. Quando os sintomas surgem, esses são, principalmente, corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Na mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre, consiste em uma irritação na ponta do pênis.
Formas de contágio
O contágio se dá através de secreções, durante contato sexual desprotegido com parceiro contaminado.
Prevenção
Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais ou anais.
Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos e quimioterápicos. Parceiros sexuais devem ser tratados ao mesmo tempo. Pessoas em tratamento devem suspender relações sexuais até que o tratamento esteja completo e os sintomas tenham desaparecido.
Em homens, os sintomas podem desaparecer dentro de algumas semanas, mesmo sem o tratamento. No entanto, mesmo sem nunca ter apresentado sintomas, pode continuar infectando seus parceiros, até que seja tratado.
Como outras DST, caso não seja tratada, a tricomoníase aumenta a probabilidade de uma pessoa ser infectada ou infectar a outros com o vírus da aids, o HIV. Pode também gerar complicações durante a gravidez, ocasionando ruptura da bolsa antes da hora, parto prematuro e nascimento de bebê com peso baixo.
Vaginite Bacteriana
Também conhecida como vaginite não específica, é a mais comum das vaginites. É causada por uma alteração na flora vaginal normal, com diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de uma espécie de bactérias sobre outras, principalmente a Gardnerella vaginalis. Por ter uma causa orgânica, não é considerada uma DST.
Sinais E Sintomas
Corrimento vaginal, geralmente de cor amarela, branca ou cinza, que apresenta odor desagradável. Algumas mulheres o descrevem como “um odor forte com cheiro de peixe” que aparece, principalmente, após uma relação sexual e durante o período da menstruação. Pode gerar ardência ao urinar e/ou coceira no exterior da vagina porém, algumas mulheres podem não apresentar sintoma algum.
Formas De Contágio
Está associado a um desequilíbrio do nível de bactérias normalmente presente na vagina, causado pela diminuição das bactérias protetoras daquele ambiente. Desenvolve-se quando uma mudança no ambiente da vagina causa o aumento do nível de bactérias prejudiciais – como bactérias do intestino, por exemplo.
Pode ser transmitida entre parcerias femininas.
Tratamento
Alguns cuidados básicos podem ajudar a reduzir o risco de desequilíbrio da natureza da vagina e evitar o desenvolvimento da vaginose bacteriana:
– Usar camisinha durante as relações sexuais
– Evitar o uso de duchinhas
– Evitar produtos químicos que podem causar irritação e desconforto na região genital
Tratamento
Em geral, feito com Metronidazol. Fazer o tratamento completo, mesmo que os sintomas desapareçam antes do fim. Normalmente, os parceiros (de ambos os sexos) não precisam fazer o tratamento de vaginose bacteriana.
Vaginose Não Tratada
Na maioria dos casos a vaginose bacteriana não causa grandes complicações. Mas existem algumas implicações sérias:
– Parto prematuro ou recém-nascido com peso abaixo da média;
– As bactérias que causam a vaginose bacteriana podem infectar o útero e as trompas de falópio. Esta inflamação é conhecida como doença inflamatória pélvica (DIP). A vaginose bacteriana pode aumentar a probabilidade de infecção por DST/aids em casos de exposição ao vírus;
– Pode aumentar a probabilidade de uma mulher ser infectada por outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorréia.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÁLVARES, Cassiana Aparecida et al. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. Disponível Acessado em: 2017.
HOLANDA, Antônio Arildo Reginaldo de et al. Candidíase vulvovaginal: sintomatologia, fatores de risco e colonização anal concomitante. Disponível em: . Acessado em: 2017.
ONTÁRIO, Yuri. Imagem de Candida albicans, crescimento em ágar Sbouraud. Disponível em: Acessado em: 29 de Nov. 2015. PEIXOTO, Juliana Vieira et al. Candidíase: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research-BJSCR. Minas Gerais.
RODRIGUES, Marcio Tavares et al. Associação entre cultura de secreção vaginal, características sociodemográficas e manifestações clínicas de pacientes com diagnóstico de candidíase vulvovaginal. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Minas Gerais, v. 35, n. 12, p. 554-61, 2017
HUNG, Albert tricomoníase: fatores e riscos. Disponível em 15 de agos de 2017
PASSOS, Dr. Sergio Ramos. Guia saúde da mulher; tricomoníase. Disponível em httpp//.guisaudedamulher.com.br/doenças/tricomoniase-sinais-sintomas-tratamento-prevencao-doenca-sexualmente-transmissivel.html.Disponível em 15 de agost de 2017.

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