Curva de Phillips - 1204

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Macroeconomia
Curva de Phillips
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Curva de Phillips
Em 1958, A. W. Phillips (Alban William Phillips) publicou um artigo chamado The Relation Between Unemployment and the Rate of Change of Money Wage Rates in the United Kingdom, 1861 – 1957 (Economica, 1958) onde apresentou uma relacão estatística negativa entre taxa de desemprego e taxa de crescimento dos salários nominais no Reino Unido no período 1861 - 1957. Quanto maior a taxa de crescimento dos salários nominais menor a taxa de desemprego. 
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Curva de Phillips
Como a taxa de crescimento dos salários nominais é bem correlacionada com a taxa de crescimento dos preços, Phillips apresentou uma relação inversa entre taxa de inflação e taxa de desemprego.
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Em 1960, Robert Solow e Paul Samuelson replicaram o experimento de Phillips utilizando dados de inflação e desemprego nos EUA, de 1900 até 1960, e encontraram a mesma relação inversa entre as variáveis. 
A relação foi batizada por eles de curva de Phillips. 
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Curva de Phillips
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Curva de Phillips
Para Phillips, a relação negativa entre taxa de desemprego e taxa de crescimento dos salários nominais era explicada pelo fato de que, em épocas onde a taxa de desemprego era baixa, havia maior competição entre as firmas para contratar trabalhadores e, consequentemente, a taxa de crescimento dos salários era maior (os salários cresciam mais rapidamente). 
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Curva de Phillips
Embora tenha sido batizada por Robert Solow e Paul Samuelson de curva de Phillips, a relação estatística negativa entre inflação e taxa de desemprego já havia sido encontrada por Irving Fisher muito tempo antes. 
Fisher publicou o artigo “A Statistical Relation Between Unemployment and Price Changes” em 1926, na International Labor Review, apresentando uma relação estatística negativa entre as variáveis, a partir de dados da economia americana do início do século.
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Curva de Phillips
O artigo de Fisher foi republicado no Journal of Political Economy em 1973, após autorização da International Labor Review, com o título “Lost and Found – I Discovered the Phillips Curve”. 
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Curva de Phillips
Um aspecto interessante do artigo de Irving Fisher é que a relação inversa entre inflação e desemprego é explicada através da rigidez de salários e aluguéis. 
De acordo com Fisher, essa rigidez faz com que, em épocas de inflação alta, as receitas das empresas cresçam mais rapidamente que suas despesas, gerando um aumento dos lucros e um incentivo para a produção e contratação de trabalhadores.
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Curva de Phillips
Na década de 1960, depois da repercussão do artigo de Phillips, a relação inversa entre inflação e desemprego foi encontrada em outros países, e a evidência sugeriu para muitos policy makers que existia um trade-off permanente entre as duas variáveis. Ou seja, era possível escolher uma taxa de desemprego baixa, desde que as pessoas aceitassem uma taxa de inflação mais alta. 
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Curva de Phillips
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Curva de Phillips
Em outras palavras, a evidência sugeriu que os formuladores de política monetária poderiam escolher algum ponto na curva, por exemplo, uma taxa de desemprego baixa com uma taxa de inflação mais alta por um tempo indeterminado. Os dados apontavam para uma relação estável entre desemprego e inflação.
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Curva de Phillips
Nas décadas seguintes, muitos países procuraram utilizar a política monetária para estimular a economia, mas o resultado foi apenas crescimento da inflação. O trade-off entre inflação e desemprego desapareceu. Como resultado de expansões monetárias, a economia observou apenas aumento nas taxas de inflação, com nenhum ganho em termos de redução do desemprego ou aumento do produto.
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Milton Friedman já havia antecipado esse resultado. O trade-off entre inflação e desemprego, segundo ele, desapareceria se os formuladores de política econômica tentasem explorá-lo.
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Curva de Phillips - Mutações
Inflação versus desemprego nos Estados Unidos, 1970-2000
A partir de 1970, a relação entre a taxa de desemprego e a taxa de inflação desapareceu nos Estados Unidos.
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Curva de Phillips – versão aceleracionista
Variação da inflação versus desemprego nos Estados Unidos, 1970-2000
Desde 1970, há uma relação negativa entre a taxa de desemprego e a variação da taxa de inflação nos Estados Unidos.
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