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Caso concreto aula 7 Prática simulada I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BAHIA.
 	PAULO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, Ceará, Fortaleza, CEP:, vem, por seu advogado abaixo assinado, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, através do procedimento comum, propor a presente 
AÇÃO REINVINDICATÓRIA 
 		em face de ANDERSON, nacionalidade, casado, profissão, portador da carteira de identidade n°, inscrito sob o n° de CPF, e de MIRIAM, nacionalidade, casada, profissão, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob nº, ambos residentes e domiciliados na Rua nº, bairro, Salvador, Bahia, pelos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 	Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
	
	Na forma do Artigo 319 do novo código de Processo Civil, o AUTOR manifesta interesse em audiência de conciliação ou mediação a ser determinado por este Juízo.
DOS FATOS 
 	O AUTOR, adquiriu um imóvel a título oneroso dos RÉUS, imóvel este localizado em Salvador, Bahia, pelo valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) pagos integralmente no ato da lavratura da escritura, há sete meses, com devido registro junto ao cartório de registro de imóveis.
O Contrato de compra e venda compreendia em seu teor clausula específica que previa a permanência dos RÉUS no imóvel pelo prazo de 6 (seis) meses contar da data da assinatura do contrato, e era sabido pelos RÉUS que ao findo deste prazo deveriam entregar o imóvel ao AUTOR, novo proprietário.
Todavia, ao término do prazo estipulado em contrato, os RÉUS não desocuparam o imóvel, também não atenderam a notificação enviada pelo AUTOR há 5(cinco) dias, avisando do descumprimento da obrigação pactuada no ato da celebração do negócio jurídico.
DOS FUNDAMENTOS
A ação reivindicatória não tem caráter de ação possessória, uma vez que o AUTOR nunca teve de fato a posse do imóvel, sendo até o momento o possuidor indireto.
Porém é direito elementar do proprietário reivindicar a posse direta do imóvel, objeto de negócio jurídico perfeito, atendendo todos os requisitos do artigo 104 do código civil. 
O direito do AUTOR é um direito real, coforme artigo 1225, I e encontra-se amparado fundamentalmente no art. 1.228 do Código Civil Brasileiro, segundo o qual o proprietário tem o direito de reaver a coisa de quem a possua injustamente. No momento em que acabou o prazo de permanência dos RÉUS no imóvel, esta posse passou a ser de má fé, uma posse injusta, cabendo ao AUTOR sua reivindicação. 
No caso em tela ainda restou claro que os RÉUS afrontaram o disposto no artigo 481 do código civil vigente, onde este estabelece que pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. O Autor cumpriu a sua parte no acordo, enquanto que o RÉUS não fizeram o mesmo.
Ainda que os RÉUS venham alegar que lhes era permitido a permanência no imóvel, faz-se necessário lembrar que o AUTOR , permitiu sim a permanência por prazo estipulado, já que a Lei não veta a estipulação de clausulas especiais nos contratos, se de comum acordo e não contrários a Legislação.
Cabe ressaltar que a ação reivindicatória compete ao proprietário não possuidor   contra o possuidor não proprietário. A prova do direito de propriedade sobre bem imóvel é feita através do registro imobiliário, o qual o AUTOR, atendendo o disposto no artigo 1.227, que prevê que os direitos reais sobre imóveis são adquiridos através do registro em cartório. 
Corroborando com o exposto acima o Artigo 1.231 afirma que "A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário."
		
DOS PEDIDOS
Sendo assim, a AUTOR vem requerer a Vossa Excelência:
que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial; 
que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação da RÉ para comparecer a audiência, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar na forma da Lei,
que seja julgado procedente o pedido da ação reivindicatória, visto que os RÉUS são possuidores de má fé ;
a condenação dos RÉUS em custas processuais e honorários advocatícios.
DA PROVAS
 
			Protesta, ainda, pela produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da RÉ, sob pena de confissão. 
Rol de Testemunhas (se tiver):
1 – nome
 endereço completo
2 – nome
 endereço completo.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a presente causa o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais)
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local e data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/RJ N°

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