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Caso concreto aula 13 Prática simulada I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEI DA COMARCA DE CAPITAL DE SÃO PAULO
Processo n.º 
 		MARCELO, brasileiro,solteiro, engenheiro, residente e domiciliado à rua, bairro, São Paulo, SP, CEP, vem, por seu advogado abaixo assinado, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO
 										à AÇÃO DE COBRANÇAS DE COTAS CONDOMINIAIS que é movida pelo EDIFÍCIO BANDEIRANTES, já qualificada nos autos em epígrafe, pelo procedimento comum, pelas razões de fato e de direito que passa a expor a seguir:
DAS PRELIMINARES
I- Da conexão
				 
				Vem à presença de V. Exª requerer desde já o envio do processo à 10ª Vara Cível desta Comarca na forma do artigo 55 caput e parágrafo primeiro do NCPC, tendo em vista que já tramita a Ação de Consignação em Pagamento que fora proposta pelo atual proprietário do imóvel em tela (Társio) em face do Condomínio do Edifício Bandeirantes. O referido artigo do NCPC preconiza que havendo duas ou mais ações em que lhes forem comum o pedido ou a causa de pedir, estas reptam-se conexas e serão reunidas para decisão conjunta.
				Cabe ressaltar no caso em tela que a reunião das ações propostas em separado, far-se-á no juízo provento, onde serão decididas simultaneamente, conforme artigo 58 do NCPC. Diante do exposto, requer a RÉ que seja arguida a presente preliminar com base nos artigo 337,VIII do NCPC;		 		
II - Da ausência de legitimidade Passiva
				
				Requer a RÉ a extinção do processo sem resolução do mérito na forma do artigo 337, XI, c/c com art. 485,VI, ambos do NCPC, pelo fato do RÉU não ser legitimado para compor o polo passivo da relação jurídica, visto que esta demanda versa sobre dívida condominial referente aos meses de agosto de 2012 a junho de 2013, sendo que o imóvel que originou tal dívida foi alienado pelo RÉU em julho de 2012, portanto este não deve responder por tal obrigação e sim Társio, atual proprietário e possuidor do imóvel. 
DO MÉRITO
				O objeto da presente demanda trata-se de dívidas condominiais, ou seja, obrigações Propter Rem. As obrigações Propter Rem são obrigações que acompanham a coisa, são inerentes a coisa, nesse caso específico o imóvel vendido em julho de 2012, ou seja, período anterior ao início da dívida, conforme documentos comprovadores acostados a esta Contestação. Portanto, em consonância com o artigo 1345 do Código Civil, quem deverá responder pela presente ação será o adquirente, Társio, atual possuidor e proprietário do imóvel. 
				Cabe ressaltar ainda que em julho de 2012, o síndico do condomínio estava ciente da alienação do imóvel. 
				Corroborando com o exposto acima, pode-se citar a seguinte Jurisprudência quanto a ilegitimidade passiva: "AGRAVO DE INSTRUMENTO - COBRANÇA DE DESPESAS DE CONDOMÍNIO - AÇÃO AJUIZADA EM FACE DOS ANTIGOS PROPRIETÁRIOS ILEGITIMIDADE PASSIVA RECONHECIDA PELO AUTOR - SUCUMBÊNCIA MANTIDA - RECURSO IMPROVIDO. Tendo o condomínio conhecimento da existência de adquirente em decorrência de promessa de compra e venda, não tem o vendedor legitimidade para responder a ação de cobrança das cotas condominiais". (TJ-SP - AG: 2244301820128260000 SP 0224430-18.2012.8.26.0000, Relator: Renato Sartorelli. Data de Julgamento: 19/12/2012, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 08/01/2013).
				
DOS PEDIDOS
 			Sendo assim, a RÉ vem requerer à Vossa Excelência:
 Seja acolhido o pedido de conexão, remetendo-se os autos para a 10ª vara cível desta Comarca, uma vez que existe processo proposto pelo novo proprietário do imóvel de Ação de consignação de pagamento em nome do AUTOR da ação de cobrança das cotas condominiais, com base no artigo 55, caput e parágrafo primeiro c/c com o artigo 58 ambos do NCPC;
o acolhimento da preliminar de Ilegitimidade Passiva com extinção do processo sem resolução do mérito nas bases do artigo 337, XI, c/c com art. 485,VI, ambos do NCPC, posto que o RÉU não possui legitimidade para figurar no polo passivo uma vez que não é mais o proprietário do imóvel. Trata-se de cotas condominiais que são obrigações Propter Rem e se tratando de obrigação Propter Rem, esta obrigação recai sobre o novo proprietário;
não acolhida as preliminares, que seja acolhido o mérito, julgando improcedente o pedido formulado pelo AUTOR no instrumento da demanda, na medida em que não são verídicos os fatos narrados não encontrando fundamento no ordenamento jurídico brasileiro ;
a condenação do AUTOR em custas processuais e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
 
		Protesta, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da AUTOR, sob pena de preclusão. 
Rol de Testemunhas (se tiver):
1 – nome
 endereço completo
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local, Data
NOME DO ADVOGADO
OAB/RJ N°

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