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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE SALVADOR ESTADO DA BAHIA
DANIEL AFONSO DO NASCIMENTO SOUZA, brasileiro, estudante universitário, solteiro, portador do RG nº 10.042.807, inscrito no CPF/MF sob nº 059.758.665-96, residente e domiciliado na Rua São José da colina, Nº 15, bairro: Cavaleiro, Cidade: Jaboatão dos Guararapes, CEP: 54.250-600 e-mail: daniel_ans16@hotmail.com, Telefone(s): (81) 3249-3017 / (74) 99120-3721, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAS E MORAIS c/c PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA
Em face da BANCO ITAUCARD S.A., pessoa jurídica de direito privado, instituição financeira inscrita no CNPJ/MF sob nº 17.192.451/0001-70, localizada na Alameda Pedro Calil,43, Vila das Acácias, POA/SP, CEP: 08.557-105 pelos motivos de fato e direito a seguir delineados: 
Gratuidade de justiça:
DOS FATOS:
A parte autora é um dedicado estudando universitário que a 4 (quatro) anos se deslocou da cidade de Juazeiro da Bahia para ingressar na sua tão sonhada vida acadêmica aqui na cidade do recife. Desde o inicio, com muita dedicação e esforço, vem passando diariamente por cima das dificuldades impostas onde qualquer pessoa longe dos seus familiares, almejando assim um sucesso acadêmico e futuramente profissional, poderia passar. Excelentíssimo(a), o autor não trabalhar, sobrevive por meio de uma bolsa - auxilio de estagio da qual presa com maior atenção e cuidado. Diariamente tem uma rotina dividida entre acordar cedo, se organizar com a finalidade de chegar ao seu estagio, posteriormente para sua faculdade, e finalizando o dia com o desgastante transporte publico do qual usufrui para se deslocar em seus trajetos.
 No dia 03/07/2017, o autor ao verificar o saldo da sua conta bancaria, foi surpreendido com um desconto no valor R$ 79,90 (setenta e nove reais e noventa centavos). Imediatamente se descolorou a sua agência bancaria para saber sobre o tal desconto, e novamente foi surpreendido com a informação que o desconto efetuado em sua conta se tratava de um contrato referente a SKY TV. Também foi passada a informação que a realização de débitos junto a conta do autor seria realizado mensalmente devido a um contrato vigente. No mesmo momento foi solicitado junto ao banco que fosse cancelado qualquer tipo de procedimento de débitos em relação a sua conta bancaria, com relação a SKY ou a qualquer tipo de empresa que estivesse realizando tal procedimento. Para sua indignação, foi informado que tal procedimento e juntamente reembolso dos valores descontados, DEVERIAM SER REQUERIDOS JUNTO A SKY TV POR MOTIVO DE SUPOSTO CONTRATO REALIZADO ENTRE AS PARTES. Essa informação causou revolta na parte autora, pois o mesmo nunca realizou contrato ou ate mesmo alguma solicitação de serviço junto a empresa Ré. 
 Chegando na sua residência, imediatamente já foi iniciada as diversas tentativas de contato com a empresa Ré. Excelentíssimo, ao longo de vários dias foi feitas diversas ligações a empresa ré com o intuito de solucionar o problema vigente. Ligações para o SAC, OUVIDORIA, CENTRAL DE VENDAS, CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CO CLIENTE, onde a informação passada a parte autora era sempre a mesma [...] “iremos direcionar sua ligação ao setor responsável. AGUARDE!”. Meritíssimo, realmente houve o aguardo na linha telefônica. Aguardo de 8 (oito) minutos, Posteriormente 10 (dez) minutos, chegando até o tempo superior a 17 (dezessete) minutos por ligação. Não aconteceu se quer um retorno da empresa Ré acerca das indagações apresentadas. E foram feitas diversas ligações!. 
 	 No dia 19/07/2017, ou seja, no mesmo mês do primeiro desconto notado pelo o autor, foi verificado junto a sua conta bancaria, que estava programado um novo desconto agora no valor absurdo de R$ 363,61 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta e um centavos) para ser realizado no dia 10 de agosto do referente ano. M.M. Juiz, o autor não têm a mínima condição de se sustentar durante o mês se caso esse desconto venha a ser realizado. Não existe se quer o respeito em relação a parte Ré de informar a parte autora o porque desses descontos realizados em sua conta, nem mesmo a informação do que se trata esse contrato do qual foi informado na sua agencia bancaria. A única solução encontrada como saída desse transtorno,foi a busca da Justiça, acreditando fielmente em sua índole para que seja solucionado e devidamente reparado o seu dano que se encontra hoje causando incomodo e aborrecimentos por motivos que o mesmo em nenhum momento veio a requerer.
 
 Para agravar a situação, como não resta saldo positivo na conta do autor, tanto o primeiro desconto, como o segundo desconto que já está programado para o dia 10 desse mês de agosto, foram automaticamente lançados no credito especial da conta do autor, causando assim juros por encargo, além de saldo negativo junto a sua conta, coisa que jamais antes veio a acontecer por motivo algum. Realmente uma falta de respeito a uma pessoa da qual luta diariamente para vencer na vida.
 
	Ano da cobrança
	Mês do desconto
	valor
	Total
	2017
	julho
	R$ 79,90
	R$ 79,90 
	2017
	 Agosto (a realizar)
	R$ 363,61
	 A ser realizado Dddia
- DO DIREITO
No que concerne à temática supramencionada, faz-se indispensável a análises dos dispositivos constitucionais:
A Constituição Federal de 1988 assim dispõe:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Corroborando com o explicitado pela Constituição Federal, o art. 186 do Código Civil Brasileiro estabelece que aquele o conceito de ato ilícito:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
E a conseqüência de cometer ato ilícito está estipulada no art. 927 do Código Civil brasileiro:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Ora, Excelência, os docs. anexos demonstram, com clareza, que o autor está sendo cobrado injustificadamente por débitos provenientes de suposta contração de serviço de telecomunicação do qual nunca veio a solicitar
É patente o direito do Autor, quer seja no tocante a inexistência do débito impugnado e dever da ré de lhe restituir o quanto foi usurpado, quer seja em virtude do clarividente dano moral sofrido.
O art. 6º do CDC nos ensina que são direitos básicos dos consumidores, entre outros, a efetiva reparação de danos sofridos, quer sejam materiais, quer sejam morais, bem como o acesso aos órgãos judiciários com o objetivo de resguardar os danos mencionados:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
- o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados.
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral”.
A inversão do ônus da prova, também é direito do consumidor:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quandofor ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”;
É latente o direito no qual se fundamenta o pedido do Autor, que deverá ser ressarcido por todo dano material, dissabores sofridos e os anseios amargados, que representam a essência do conceito de dano moral, que não deverá jamais ser esquecido pelo aplicador da lei, e sim concedido, sem esquecer a sua quantificação.
Nas palavras do Professor Arnoldo Wald (Curso de Direito Civil Brasileiro, Editora Revista dos Tribunais, SP, 1989, p. 407):
"Dano é a lesão sofrida por uma pessoa no seu patrimônio ou na sua integridade física, constituindo, pois, uma lesão causada a um bem jurídico, que pode ser material ou imaterial. O dano moral é o causado a alguém num dos seus direitos de personalidade, sendo possível à cumulação da responsabilidade pelo dano material e pelo dano moral".
Diante de todo exposto e por realmente configurar um lídimo direito do Autor, é que se requer a procedência total do presente petitório, para que ocorra o devido ressarcimento material e moral, conforme demonstrado, principalmente por toda a dor sofrida e os anseios amargados pelo mesmo. Além disso, deverá a ré se abster de cobrar do Autor um valor correspondente a um suposto serviço de TV FECHADA, da qual jamais veio a solicitar e nem se quer tem a condição de pagar.
No presente, o dano moral deve ser quantificado com a precisão peculiar aos grandes Julgadores, tendo em vista que o mesmo possui um duplo condão, ou seja, o de ressarcimento do promovente e o de punição do promovido, de modo que este se sinta coibido de incorrer novamente em prática iguais ou semelhantes a ora debatida, o que evidentemente se transformará em uma garantia para toda a sociedade.
DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO
A cobrança indevida enseja a devolução em dobro da quantia usurpada do consumidor, é quanto determina o art. 42 do CDC:
“Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável”.
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já pacificou o entendimento acerca da repetição do indébito, senão veja-se:
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. TARIFA DE ESGOTO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRAZO PRESCRICIONAL. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. O acórdão
cobrança da tarifa era indevida por não existir
 
qualquer
prestação do serviço de esgoto sanitário no 
 
Condomínio
Edifício
Residencial
Pedra
Branca.
Obrigatoriedade
de
devolução em dobro do valor indevidamente cobrado.recorrido, com base nas provas dos autos, decidiu que a
Agravo regimental desprovido. (STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL AgRg no AREsp
307178 SP 2013/0059712-5 (STJ) Data de publicação: 31/03/2014”
Como no caso dos autos, no qual o dolo e a má-fé restaram patentes, o consumidor foi lesado, cobrado indevidamente da quantia de R$ 79,90 (setenta e nove reais e noventa sentavos) e com a data já prevista no dia 10/08/2017 a ser lesado novamente agora na quantia absurda de R$ 363,61 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta e um centavos), da qual caso não seja tomada alguma providencia com urgência, vai causar um dano incalculável na vida deste estudante, da qual não tem a mínima condição de arcar com este custo
III- DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
M.M. Juiz, a demora na prestação jurisdicional pode causar ainda mais transtornos ao postulante, vez que valores de seus proventos são um dos seus bens necessários para sobrevivência e os descontos indevidos estão gerando sérios danos morais ao postulante uma vez que seu dinheiro está sendo reduzido indevidamente, causando também danos de ordem material. Conforme Artigo 300 do NCPC).
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
A probabilidade do direito alegado e o perigo de dano restaram patentes diante de todos os fatos narrados e por todas as provas carreadas aos autos, dentre elas os extratos bancários anexados comprovando as cobranças indevidas, bem como pelo registros de reclamação.
O risco ao resultado útil do processo é nítido, pois a cobrança irá persistir no presente mês de agosto deste ano. Aguardar o final da demanda para que se cancele as cobranças indevidas, seria majorar os danos materiais, o sofrimento e contribuir para sua condição precária do autor.
O Requerente preenche todos os requisitos para a concessão da tutela de urgência alvitrada, merecendo, portanto, que seus direitos sejam agasalhados por este D. juízo.
Por todos os fatos narrados e por todas as provas carreadas aos autos, bem como pelo receio de dano irreparável ou de difícil reparação, requer o Autor, por meio da presente medida liminar, que seja a ré obrigada, sob pena de imposição de multa diária a ser fixada por este MM. Juízo, a se abster de cobra-lo indevidamente de qualquer valor referente ao serviço prestado pela SKY TV não contratado e que deu causa à presente, sob pena de majorar os prejuízos já sofridos pela parte autora.
IV- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, considerando que a pretensão do Autor encontra arrimo nas disposições legais já mencionadas, requer a Vossa Excelência:
Que seja deferida a Tutela de Urgência Antecipada, para que, nos termos dos arts. 300 e 301 do NCPC, se abstenham a Ré de cobrar do Autor qualquer valor a título de serviço prestado pela SKY TV, em razão da sua não contratação pelo autor, sob pena de imposição por este MM. Juízo de multa diária no importe de R$200,00 (duzentos reais), para a hipótese de seu descumprimento.
Que seja determinada a citação da Ré, com as comunicações de estilo, para comparecerem a Audiência a ser designada por este Juízo, bem como para apresentarem CONTESTAÇÃO aos fatos, sob pena de ser decretada a revelia, tendo assim por verdadeiros todos os fatos narrados na presente exordial;
Que seja concedida a inversão do ônus da prova, conforme preconiza o Código de Defesa do Consumidor;
D) Ao final, que seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, nos seguintes moldes:
Declarando a inexistência do débito de que trata o presente feito, do Autor para com a promovida, confirmando os termos da medida liminar requerida, para que se abstenham de cobrar da Autora qualquer quantia relativa a prestação de seguro não contratado
Condenando a promovida ao pagamento de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais), a título de Danos Morais, por todo sofrimento ocasionado à Autora, seja pela insistente cobrança indevida, bem como pelo absoluto descaso com que foi tratada nas diversas reclamações que fez junto à ouvidoria da Ré;
d.4) Condenando a Ré a restituir em dobro o valor indevidamente usurpado da Autora a título de cobrança manifestamente indevida, que já se encontra na quantia de R$ 79,90 (setenta e nove reais e noventa centavos) e com data já prevista para novo desconto no dia 10/08/2017 no valor de R$ 363,61 (trezentos e sessenta e três reais e sessenta e um centavos) Conforme preconiza o art. 42 do CDC;
Protesta provar por todos os meios probatórios em direito admitidos.
Atribui-se à presente causa o valor de R$ 21.352,34 (vinte e um mil trezentos e cinquenta e dois reais e trinta e quatro centavos).
Termos em que,
Pede e espera deferimento, 
Recife – PE, 01 de agosto de 2017 
DANIEL AFONSO DO NASCIMENTO SOUZA
CPF: 059.758.665-96

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