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SUMÁRIO
41	INTRODUÇÃO	�
52	BREVE HISTÓRICO DA EMPRESA VITOR ALIMENTOS LTDA	�
2.1	PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS DOS SETORES DA EMPRESA	.......................5
2.2 EVITANDO RISCOS E PERDAS FINANCEIRAS 	................................8
3 CONCLUSÃO........................................................................................	.................11
�REFERÊNCIAS..........................................................................................................12
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é descrever, sucintamente, a trajetória da empresa comercial do ramo alimentício Vitor Alimentos Ltda. Ao descrever o funcionamento dos setores da empresa buscará identificar riscos comercias que a empresa passa e perdas financeiras decorrentes de possíveis erros da política de crédito comercial. 
Pretende, ainda, apresentar sugestão ao gestor do negócio a partir da análise dos setores para que possa reduzir ou minimizar o máximo o risco de perdas financeiras, buscando, com isso, intensificar e consolidar a empresa como referência na cidade. 
 
 BREVE HISTÓRICO DA empresa VITOR ALIMENTOS LTDA.
	A empresa familiar Vitor Alimentos Ltda está atuando há 26 anos no mercado, num municipio que tem 70 mil habitantes e é cercada por outras dez pequenas cidades. Essas cidades perfazem um raio de 40 km fazendo com que a Vitor Alimentos seja conhecida e procurada pelos seus serviços em toda a região. O principal serviço é revender produtos alimentícios para pequenos comerciantes e consumidores. 
	Como toda empresa familiar, ela começou pequena, cresceu e agora voltou a ser pequena. A família proprietária é composta por cinco membros e estão todos envolvidos no negócio, embora sendo dois diretamente. O gestor foi quem fundou a empresa e continua com o mesmo cargo até hoje, e é sua esposa que controla o setor financeiro. Mesmo tendo profissionais formados, como contador e advogados, trabalhando para empresa, não foi possível parar as quedas nas vendas. Nos últimos cinco anos, a empresa diminuiu drasticamente suas vendas, resultando no enxugamento de funcionários. Atualmente, conta com dois funcionários internos e dois vendedores externos.
	Os setores da empresa são divididos em Comercial (compra e venda interna), Financeiro (bancos, pagamentos fornecedores e outros) e Vendas (vendas externas e entrega das mercadorias aos clientes pelos vendedores). Os setores se comunicam entre si, diariamente, objetivando o fechamento das operações ocorridas no dia e planejando o dia seguinte da empresa. 
	A empresa compra produtos de vários fornecedores, geralmente os que vendem mais em conta e com maior prazo para pagamento e repassa esses produtos aos clientes já com os devidos custos fixos e variáveis. Algumas práticas administrativas são descritas a seguir para se conhecer melhor a empresa.
Práticas administrativas dos setores da empresa.
	Cada setor da empresa Vitor Alimentos tem sua tarefa e sua responsabilidade. Durante esses anos de atuação no ramo de alimentos, a empresa foi adquirindo experiência e fortalecendo sua prática administrativa. Utiliza-se o termo setor, mas pode ser também departamento, como define Martins, ”um setor/departamento é uma unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades homogêneas”, (Martins 2003, p. 65). A representação dessa unidade é feita por uma pessoa nessa empresa, como em muitas, a definição é cabível. Cada setor executa sua função com participação e interação dos outros setores (comercial, financeiro e vendas). 
	O gestor da empresa é o próprio dono. Ele criou e atua no ramo desde cedo. Conhece bem o negócio. Gerencia todos os setores através do diálogo constante e na base da confiança. Não tem formação específica, apesar disso, é muito competente no que faz. 
	O setor/departamento comercial da empresa focado na compra de produtos dos fornecedores é feito por um funcionário experiente. Em termos práticos, ele acompanha o estoque, as vendas e os pedidos dos clientes. Assim que o estoque baixa, é passada a lista dos produtos faltantes para o setor financeiro efetivar a compra junto aos fornecedores. O controle do estoque é acompanhado com a ajuda de um sistema que, automaticamente, vai dando baixa no estoque. Além disso, o responsável do setor anota pedidos dos clientes que buscam produtos diferenciados ou em grande quantidade. Pedidos esses que chegam por meio dos vendedores externos. Segundo Viana (2000), estoques “ajudam a maximizar o atendimento aos clientes protegendo a empresa de qualquer surpresa que possa ocorrer em meio aos processos de vendas”. Sendo assim, o cliente pode precisar de algo urgente e, se a empresa tem um estoque abastecido, fideliza esse cliente. No ramo alimentício o estoque torna-se vantajoso, diferente do da indústria. Quando não há estoque, a empresa solicita ao cliente um prazo maior para entrega. Nesse caso trata-se de uma venda certa. A mercadoria fica no estoque um ou dois dias, no máximo, até a entrega. O gestor trabalha sempre com estoque baixo. A loja tem espaço para armazenar, porém, a gestão não deixa mercadorias acumularem no estoque. É uma medida cautelosa do gestor. 
	As vendas internas são também de responsabilidade desse funcionário no mesmo setor. Os consumidores procuram a loja em busca de produtos com menor preço. É possível fazer menor preço de alguns produtos, não de todos, competindo com os supermercados próximos. Como não tem frete para o consumidor, o preço é mais em conta. Diferente do comerciante que tem a despesa do frete acrescido no produto e mais outros custos. O atendimento aos clientes que vêm até a loja é ótimo para o negócio, pois eles compram e pagam à vista. A liquidez é imediata, porque, geralmente, pagam com cartão ou dinheiro, fazendo com que a empresa tenha sempre dinheiro em caixa. O mesmo funcionário vende, empacota e cobra do cliente. Os clientes que vão até a loja são, relativamente, poucos, por isso ele consegue atender tais clientes sem problema. Não é um mercado e sim uma distribuidora de alimentos, um miniatacado. 
	o setor financeiro é gerido pela esposa do proprietário, a qual executa as seguintes funções: controla o fluxo de caixa, realiza pagamentos a fornecedores e de faturas de despesas fixas; confere o fechamento do caixa, faz depósitos diários, controla inadimplência e acompanha o lucro da empresa. Tarefas que são realizadas com ajuda de um profissional externo, o contador da empresa. Segundo Gitman, o planejamento financeiro “é um aspecto importante das operações das empresas, porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para atingir seus objetivos” (Gitman 210, p. 105). Ou seja, mais do que fazer tarefas, o responsável financeiro deve planejar a gestão financeira da empresa. 
	A comunicação do financeiro com o Setor comercial é diária, pois o financeiro precisa saber quais pedidos foram feitos aos fornecedores e quando será quitada a compra desses produtos. O volume de duplicatas mensal não é grande, bem como as operações financeiras de pagamentos e recebimentos. O financeiro não usa sistema para realizar suas tarefas, mas acompanha relatório de estoques e vendas que o setor comercial faz quando solicitado. Esses dois setores e o gestor trocam muitas ideias e há diálogo constante sobre como são efetivadas as vendas e a capacidade de aumentar o estoque. O custo unitário das mercadorias é bem gerenciado porque a partir dele é que vai ser gerado o preço de venda. O setor financeiro sabe que jamais o preço de venda pode ser menor do que o custo unitário. Dependendo da demanda do produto, podem ser repassados 40, 60, 80 por centro de custos somado ao preço unitário. Dessa forma, a empresa consegue ser competitivacom mercados em alguns produtos. Em se tratando de venda direta ao consumidor, esse valor é mais baixo porque não são somados ao produto alguns custos. Portanto, quanto mais a empresa conseguir vender maior a possibilidade de baixar o preço desses produtos. Todas as informações vindas dos setores são essenciais para que depois o gestor da empresa possa tomar decisões importantes na precificação e gerenciamento do estoque. 
	o setor de vendas externas é o setor que trabalha com clientes externos. Os vendedores visitam os clientes de pequenos comércios e fazem vendas de produtos que estão na loja ou que tenham interesse. A entrega dos pedidos aos clientes acontece entre um ou dois dias no máximo. Um dos vendedores também é o gestor da empresa, o qual tem paixão por venda e adora o que faz. Suas funções são o carro chefe do negócio, que, basicamente, é vender, entregar o pedido, fazer mais pedidos e conquistar clientes cada vez mais. A comunicação com o setor comercial e financeiro é feita diariamente, no final do dia, quando os vendedores retornam da visita aos clientes. Outras vezes pela manhã na loja. Os pedidos são passados ao setor comercial e este realiza a compra dos produtos, caso não tenha suficiente no estoque. No dia seguinte, os vendedores ajudam a carregar o pedido dos clientes, confere o que fora solicitado e à tarde é feita a entrega dos produtos. Quando o valor é baixo, a cobrança é feita na hora da entrega. Quando o valor é alto, geralmente, é dado um prazo para ser pago. A política de crédito comercial adotada é o cheque para 30, 60 e 90 dias. Os vendedores levam a nota fiscal e os próprios vendedores recebem os cheques. Quando o pagamento é à vista, eles também recebem valores em dinheiro. Parcelar no cartão também é possível, porém na própria loja. A empresa não trabalha com boletos. 
	Os setores da Vitor Alimentos são poucos e com funções bem definidas, como foi observado. A comunicação entre eles acontece diariamente. A unidade e colaboração são características de uma empresa familiar. 
A seguir, a partir da descrição das funções dos setores, serão dadas sugestões de melhorias na gestão para aperfeiçoar o trabalho de cada setor.
 Evitando riscos e perdas financeiras.
	 Os riscos são inerentes às empresas que trabalham com consumidores diversificados e sofrem com qualquer mudança econômica, política e social no país. 
	Como primeira sugestão de mudança na empresa Vitor Alimentos, inclui-se a aquisição de um sistema de gestão para a empresa. No site www.guiaemprededor.com, encontra-se a definição de sistema de gestão “como um programa de computador que ajuda a cuidar das atividades de sua empresa”. Ele é um software inteligente e que tem como objetivo facilitar as atividades do dia a dia, automatizando o máximo de processos quanto for possível. Os resultados vão além do financeiro, trazendo benefícios representados por meio de indicadores se forem abastecidos os dados. Com esse sistema, todos os Setores irão usufruir e unificar tarefas num só ambiente. Nada muito sofisticado, mas que os dados sejam criados e possam ser analisados e partilhados facilmente com os outros setores através de relatórios, estatísticas e previsões. Um sistema que tenha fluxo de caixa, por exemplo. Os gestores financeiros consideram essa ferramenta muito importante, seja em pequena ou grande empresa. Através dessa ferramenta, é possível demonstrar todas as operações financeiras realizadas num período. Possibilita ao gestor tomar decisão baseada em números reais e pode aplicar os recursos disponíveis na empresa com eficiência. Os autores Iudícibus e Marion afirmam que “a DFC demonstra a origem e a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado desse fluxo, sendo que o termo caixa engloba todo o disponível da empresa”, (Iudícibus e Marion, 202, p. 220). O Fluxo de caixa já é feito, porém, manualmente. Se for implantado um sistema que contenha essa ferramenta, terá mais solidez e confiança ao que acontece de fato com o dinheiro da empresa.
	Outra dica importante para esse setor é fazer um planejamento orçamentário mensal. A empresa tem um volume de compras e vendas muito bom, tanto que as compras são feitas mediante pedidos e baixa em estoques. Fazendo um orçamento mensal das operações, a empresa poderá perceber se pode aumentar o estoque e ganhar com a venda à vista dos clientes. O local de armazenamento das mercadorias é amplo e vem sendo ocupado somente 60% com armazenagem. Com o orçamento mensal, poderá vir a gerar lucro se for plenamente ocupado com estoque. 
	Dica sobre a política de crédito comercial feita pela empresa. Atualmente, se aceita cheques dos clientes, cartão ou dinheiro como forma de pagamento. O risco de alguns cheques perderem a liquidez é grande e pode demorar a rever tal valor e acabar em prejuízos financeiros. Por outro lado, é uma forma de atrair novos clientes e manter vínculos. Sugere-se que se exija, quando o cliente estiver comprando pela primeira vez, uma parte do pagamento em dinheiro ou parcelar em cartão e só uma parte em cheque. Outra medida restritiva é que, sendo cliente novo, ter um limite de compra a prazo se for em cheque. Assim, caso haja calote, o prejuízo não será grande. Por fim, com ajuda do sistema, iniciar geração de boletos para clientes já cadastrados, com possibilidade de protesto. E, como última sugestão, a de capacitar o responsável financeiro, fazendo cursos rápidos na área. Hoje, há várias ofertas de cursos online eficientes e de baixo custo. 
	Cabe agora sugerir algumas interferências no setor comercial, responsável pelas vendas internas e pelos pedidos aos fornecedores. O bom desse setor é que existe um sistema para cadastrar as mercadorias com o devido preço de venda ao consumidor. O sistema trabalha com código de barras, somando as compras e dando soma total ao cliente. O sistema atual carece de relatórios. Se tivesse mais relatórios, tanto o setor comercial como financeiro poderiam ganhar tempo, sobrando horas para planejamento do trabalho seguinte. Também, cabe um sistema de gestão que faça o que a empresa necessita para lidar com os dados de forma unificada e precisa. A aquisição desse sistema, que inclua o movimento do caixa, venda e baixa de estoque, irá facilitar esse setor e, evidentemente, o setor financeiro. 
	O setor de venda externa é o que movimenta a empresa. Se não vender, a empresa não tem crescimento, não tem lucro, podendo ficar endividada. A partir das vendas prospectadas é que tudo começa. Esse setor mostra-se competente no que faz com apenas dois vendedores externos, sendo que no passado já tiveram oito. Ao setor, sugere-se diminuir o tempo gasto com visitas pessoalmente a clientes antigos utilizando meios eletrônicos, como e-mail e aplicativos de comunicação instantânea. Uma ferramenta simples de utilizar e confiável, como o e-mail. O e-mail pode ser lido e respondido pelo setor comercial, ficando apenas a entrega a ser feita pelos vendedores. Utilizando essa ferramenta sobraria mais tempo para conquistar novos clientes na região. Outra sugestão é buscar formação na área de vendas. Nunca é demais fazer curso na área e atualizar o que já se sabe. Seriam essas as sugestões, pois os dois vendedores são muito experientes e sabem conquistar e manter a clientela. 
3 CONCLUSÃO
	Com esse trabalho, conclui-se que a empresa familiar Vitor Alimentos Ltda tem possibilidade de crescimento no ramo, já que está há 26 anos atuando no mercado. A partir da análise dos setores, verificou-se que a empresa pode melhorar a forma de administrar. É possível minimizar riscos e perdas financeiras como foi sugerido no trabalho a cada setor. Tudo vai depender do gestor, porque ele será a peça chave para que a empresa volte a crescer como antes, fazendo as mudanças necessárias. 
	Uma empresa familiar tem a vantagem de estar tudo em família. Porém, para progredir ela precisa de muito planejamento e pessoas capacitadas para administrar. A sugestão de um Sistema de gestão pode ajudara empresa em seu todo. O uso da tecnologia e da internet pode contribuir muito para que essa empresa venha novamente crescer, mesmo tendo uma economia desfavorável no momento. 
REFERÊNCIAS
CLICO. O que é um sistema de gestão? Sine loco: 19 jun. 2016. Disponível em: http://www.guiaempreendedor.com/clico-responde-o-que-e-sistema-de-gestao/. Acesso em 29 julho 2017.
GITMAN, Lawrence j. Princípios da administração financeira. 10 ed. São Paulo: Pearson, 2003.
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, J.C. Contabilidade comercial. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PROENÇA, Fábio Rogerio; SANTOS, Joenice Leandro Diniz dos. Custos e formação de preço. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014.176 p.
RIBEIRO, Flávio. Estoques: conceitos básicos e objetivos simples. Sine loco: 25.maio. 2012. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/estoques-conceitos-basicos-e-objetivos-simples/63732/. Acesso em 15 julho 2017.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000. 448 p.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Superior de Tecnologia em GESTÃO FINANCEIRA
aLGUMAS PRáTICAS PARA EVITAR
RISCOS E PERDAS FINANCEIRAs
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aLGUMAS PRáTICAS PARA EVITAR
RISCOS E PERDAS FINANCEIRAS
Trabalho de portfólio do Curso de Gestão Financeira da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial de média semestral nas disciplinas de Contabilidade de Custos e Formação de Preço, Análise de Crédito, Cobrança e Risco, Auditoria e Controladoria, Administração Financeira e Orçamentária.
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