Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacognosia I Professora: Jessica Hellen 1 AULA 4 CARBOIDRATOS Carboidrato significa “hidrato de carbono” e deriva da fórmula Cn(H2O)m Glicose C6H12O6 ou C6(H2O)6 Sacarose C12H22O11 ou C12(H2O)11 INTRODUÇÃO 2 INTRODUÇÃO 3 Atuam como reserva de energia química (glicose, amido e glicogênio); São componentes das estruturas de sustentação nas plantas (celulose), nas conchas dos crustáceos (quitina) e nos tecidos conectivos nos animais (polissacarídeos ácidos); São componentes essenciais dos ácidos nucleicos (D-ribose e 2-desoxi- D-ribose); São os compostos orgânicos mais abundantes na natureza, principalmente no reino vegetal. INTRODUÇÃO 4 Constituem aproximadamente ¾ do peso seco das plantas enquanto que os animais (incluindo os humanos) obtêm os seus carboidratos comendo plantas, armazenando não muito além do que comem, tendo os carboidratos como menos de 1% do seu peso corporal. COMPONENTE ESTRUTURAL DE PAREDE CELULAR 5 LIGAÇÃO GLICOSÍDICA 6 REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 7 FOTOSSÍNTESE D-gliceraldeído-3-P D-glicose-6-P Ciclo de Calvin D-ribose-5-P D-xilulose-5-P D-ribulose-5-P 8 1) Mutação - reposicionamento de grupo fosfato; 2) Epimerização – mudança estereoquímica em um dos centros quirais; 3) Interconversão aldose-cetose; 4) Transferência de unidades C2 e C3; 5) Reações de oxirredução (NAD/NADP); 6) Reações de transaminação. REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 9 1) Mutação Ocorre reposicionamento de grupo fosfato via um intermediário difosfatado. D-glicose-6-P D-glicose -1,6- di P D-glicose-1-P REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 10 2) Epimerização Ocorre mudança estereoquímica em um dos centros quirais do monossacarídeo, normalmente através de tautomeria ceto-enólica. D-ribulose-5-P Tautomerismo ceto-enólico Tautomerismo ceto-enólico D-xilulose-5-P 3 3 3 REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 11 3) Interconversão aldose-cetose Ocorre também através da formação de um intermediário enol. D-glicose-6-P Tautomerismo ceto-enólico Tautomerismo ceto-enólico D-frutose-6-P REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 12 4) Transferência de unidades C2 a C3 A transferência dessas unidades de carbono ocorre por intermédio de ação catalítica enzimática, transcetolase e transaldolase, C2 - via TPP e C3 - via base de Schiff. REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS Ânion TPP TPP Tiamina difosfato 13 4) Transferência de unidades C2 D-frutose-6-P Transcetolase D-eritrose-4-P REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 14 4) Transferência de unidades C3 D-sedoheptulose-7-P Ligação enzimática da carbonila com o resíduo lisina da enzima via formação de base de Schiff D-eritrose-4-P enamina REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS CARBOIDRATOS 15 5) Reações de oxirredução A oxidação podo ocorrer em C-1 e em C-6 por intermédio de NAD+ e NADP+ . A redução ocorre por intermádio de NADH. D-glicose-6-P Ácido D- glicônico-6-P D-gliconolactona-6-P 16 5) Reações de oxirredução UDPglicose-6-P Ácido UDP- glicurônico REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 17 5) Reações de oxirredução D-glicose D-sorbitol D-frutose D-manose D-manitol REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 18 6) Reações de transaminação Ocorre através da introdução de grupos amino na estrutura dos açúcares. D-glicose D-glicosamina REAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA OBTENÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS 19 Glicose • Restaurador após cirurgias, como nutriente e na escleroterapia; • Utilizada no tratamento de intoxicação por clorofórmio, e também como aditivo farmacêutico e nas manipulações de xaropes. USOS FARMACÊUTICOS DE MONOSSACARÍDEOS 20 Frutose É mais hidrossolúvel e também mais doce que a glicose. É utilizada em adoçante diet e também na nutrição parenteral. USOS FARMACÊUTICOS DE MONOSSACARÍDEOS D-glicose-6-P D-frutose-6-P 21 Sacarose É utilizado nas preparações de xaropes e fórmulas pediátricas. Também utilizada em adoçantes. Lactose É utilizada como diluente e aglutinante em comprimidos. USOS FARMACÊUTICOS DE DISSACARÍDEOS 22 Maltose É obtida por fermentação e pela hidrólise do amido, e é utilizada em xaropes e cervejas. Nos meios de cultura são usados também como uma fonte de energia por bactérias para diferenciar os gêneros e identificar as espécies. USOS FARMACÊUTICOS DE DISSACARÍDEOS 23 Amido São empregados como emoliente, desagregantes nas formulações de comprimidos e para a obtenção das dextrinas e dos polióis (álcoois de açúcar, xilol, manitol, sorbitol etc). USOS FARMACÊUTICOS DE POLISSACARÍDEOS 24 Pré-bióticos São frutooligossacarídeos (FOS), contendo de 3 a 10 monossacarídeos de frutose. Usualmente são encontrados ligados a uma molécula inicial de glicose. Ex.: Inulina USOS FARMACÊUTICOS DE POLISSACARÍDEOS 25 Pré-bióticos Como as fibras, não são digeríveis, podendo ser utilizados para supressão do apetite, pois retarda o esvaziamento gástrico. A ingestão de pré-bióticos estimula o aumento e o crescimento das bifidobactérias, que é um gênero de bactérias anaeróbicas presente no organismo e um dos maiores grupos de bactérias que compõem a flora intestinal. USOS FARMACÊUTICOS DE POLISSACARÍDEOS 26 Gomas São carboidratos complexos, produzidos por algumas plantas. Após sua hidrólise, são encontrados diversos açúcares, como galactose, glicose, arabinose, xilose, ramnose e ácidos urônicos, na forma de sais de cálcio, magnésio e outros cátions. São considerados produtos patológicos resultantes de uma ação física sofrida pelos tecidos (picadas de insetos, contusões, feridas etc.), pela ação de microrganismos que parasitam as plantas ou devido a condições desfavoráveis, tais como seca, pela quebra das paredes celulares. São bastante utilizadas por apresentarem propriedades espessante e geleificante. Ex.: goma ghatti, goma arábica, goma karaya e goma adraganta. USOS FARMACÊUTICOS DE POLISSACARÍDEOS 27 Mucilagens Estão amplamente distribuídos nos vegetais e apresentam natureza mista constituída por heteropolissacarídeos ácidos e/ou neutros, substâncias fenólicas e proteínas; É uma substância rígida quando está seca e se torna pegajosa quando está úmida; Apresentam propriedade de se inchar em presença da água, aumentando o seu volume. A atividade laxativa das mucilagens é atribuída a essa propriedade. Durante o seu trajeto pelo tubo digestivo, elas vão se inchando, aumentando a motilidade intestinal. USOS FARMACÊUTICOS DE POLISSACARÍDEOS 28 Plantago Plantago ovata Forssk. e Plantago indica L. (sin. Plantago psyllium L.)PLANTAGINACEAE Parte utilizada: sementes DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES Sementes de Plantago ovata, conhecidas como Psyllium 29 Plantago Plantago ovata Forssk. e Plantago indica L. (sin. Plantago psyllium L.) PLANTAGINACEAE Monografias farmacopeicas: USP/ Ph. Eur. Dados químicos: O tegumento das sementes é particularmente rico em polissacarídeos (10 a 30%) do tipo xilano, constituídos por ácidos galacutônico, galactose, arabinose e ramnose. A mucilagem pode ser separada em polímeros neutros e ácidos. Dados farmacológicos: As sementes são laxativas, confirmado por ensaios clínicos, baseando-se no aumento do volume das fezes por absorção de água, estimulando o peristaltismo. Contraindicações: Em casos de obstrução intestinal e quando houver dificuldades de ajuste da administração de insulina. Pode diminuir a absorção de alguns minerais, inclusive sais de lítio, vit. B12, glicosídeos cardíacos, derivados de cumarinas e carbamazepina. DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES 30 Malva Malva sylvestris L. MALVACEAE Parte utilizada: flores e folhas DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES 31 Malva Malva sylvestris L. MALVACEAE Monografias farmacopeicas: Ph. Eur. e FB.5 Utiliza-se preparações das flores e folhas dessecadas, especialmente na forma de infusos, são empregadas na redução e/ou alívio do estímulo do catarro das vias respiratórias superiores e em estados inflamatórios das mucosas bucal e faríngea. Dados químicos: Polissacarídeos em concentração de 5 a 10%, com predomínio de arabino-galactanos e galacturono-ramnanos. Dados farmacológicos: Não há avaliações específicas com infusos. DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES 32 Linhaça ou linho Linum usitatissimum L. LINEACEAE Parte utilizada: sementes íntegras Monografias farmacopeicas: Ph. Eur. DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES 33 Linhaça ou linho Linum usitatissimum L. LINEACEAE Indicadas para uso interno em constipação crônica, irritação do cólon e diverticulite e, para uso externo, como cataplasma, em estados inflamatórios locais. Dados químicos: 6 a 10% de mucilagem constituída de um arabnoxilano muito ramificado, composto de ácido D-galacturônico, D-galactose, L-ramnose, D- xilose e L-arabinose. Dados farmacológicos: Embora as indicações principais sejam baseadas em estudos etnofarmacológicos, os principais ensaios clínicos avaliam efeito anticarcinogênico, redução do risco de aterosclerose associado à hiperlipidemia e à propriedades nutricionais. DROGAS VEGETAIS MAIS IMPORTANTES 34 FIM
Compartilhar