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TEORIA DE POLISSACARÍDEOS

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POLISSACARÍDEOS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1. PHILIPS, G.O. & de WILLIAMS, P.A. Handbook of hydrocolloids CRC Press; 2000.
2. SOLOMONS, T.W.G. Química Orgânica, Vol 1, 9ª Ed., LTC Editora, 2009.
3. CHANG, R. Físico-Química Para as Ciências Químicas e Biológicas, Vol. 2, 3ª Ed., McGraw-Hill Ed., 2010.
4. LEHNINGER, A.L. Princípios da Bioquímica, 4ª Ed., São Paulo: Sarvier, 2006.
Curso de Graduação em Farmácia
I- DEFINIÇÕES GERAIS
• Polissacarídeos
São macromoléculas orgânicas produzidas por quase todos os organismos
vivos onde exercem várias funções, muitas das quais ainda não estão bem
esclarecidas. O termo sacarídeo é derivado do grego sakcharon que significa
açúcar. Estes polímeros, formados pela condensação de monossacarídeos
unidos por ligações glicosídicas, são moléculas de alta massa molecular, o que
proporciona diferentes propriedades físico-químicas. Os polissacarídeos
podem ser encontrados como cadeias lineares ou ramificadas, com diferentes
espécies de monossacarídeos, formando diferentes configurações, entretanto,
raramente são encontrados sob forma de cadeias cíclicas. (Fonte: Bikales &
Menges, Bobio & Bobio, 1995)
• Hidrocolóides
Esse termo refere-se a uma faixa de polissacarídeos e
proteínas que são largamente usados em vários segmentos
industriais com diferentes funções ou desempenhos tais
como: espessante, gelificante, estabilizante, emulsificante,
dispersante, inibidores da formação de cristal (gelo e
açúcar), controle na liberação de ‘flavour’ ou drogas, entre
outros. (Fonte: Philips & Williams, 2000)
• Goma
Esse termo é originário do grego kúmmi e do latim
gummi, a palavra tem sua origem no Egito, onde começou a
ser usada para denominar originalmente os exsudatos
vegetais, que são produzidos por qualquer tipo de corte ou
ferimento no tecido vegetal com a finalidade de proteger a
planta do ataque direto de insetos ou microorganismos. Há
quatro mil anos, os egípcios denominaram kammi, a goma
arábica que era utilizada como estabilizante de pigmentos
minerais em tintas.
• Biopolímeros
Incluem todas moléculas poliméricas que ocorrem
naturalmente, como por exemplo: polipeptídeos e proteínas,
ácidos nucleicos ou polinucleotídeos e polissacarídeos.
Biopolímeros industriais são obtidos através da
polimerização por condensação. O termo biopolímero
também é aplicado a polímeros sintéticos preparados com o
mesmo monômero ou um monômero similar ao usado nos
polímeros naturais.
I- CARBOIDRATOS
Os carboidratos são as moléculas orgânicas mais abundantes da natureza.
Constituem ¾ da massa seca de todas as plantas (grãos, verduras, hortaliças).
São produzidos pelas plantas verdes na fotossíntese a partir da H2O, CO2 e
luz solar. A energia é armazenada nas suas ligações químicas. Os carboidratos
obtidos na natureza são normalmente a celulose e a sacarose, e com maior
frequência o amido. Dos quais por hidrólise são obtidas a glicose e a frutose.
As moléculas dos carboidratos são constituídas por C, H e O, na seguinte
fórmula geral: Cn(H2O)m. São classificados em monossacarídeos,
oligossacarídeos (dissacarídeos) e polissacarídeos.
• Monossacarídeos
São carboidratos simples, possuem cadeia não
ramificada, e não podem ser hidrolisados. A fórmula geral
dos monossacarídeos: Cn(H2O)m (onde n=m). São
chamados de polihidroxialdeídos (aldoses), ou
polihidroxicetonas (cetoses) conforme o grupo funcional
que apresentam (aldeído: O=C-H, cetona: C=O) e são
classificados de acordo com o número de átomos de
carbono que contém. Os monossacarídeos presentes nos
alimentos apresentam normalmente 6 carbonos.
Na realidade, a carbonila dos monossacarídeos não é
encontrada livre como mostrado nas figuras anteriores
(estruturas abertas), mas sim combinada com uma das
hidroxilas da mesma molécula em uma ligação
hemiacetálica, formando os anéis representados por
estruturas cíclicas. Portanto, a ligação hemiacetálica é uma
ligação intramolecular que ocorre entre o carbono da
carbonila (carbono anomérico) com uma das hidroxilas nos
monossacarídeos, formando uma estrutura cíclica
(principais: anel furanosídico e anel piranosídico).
• Dissacarídeos
São dois monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas.
Ex: sacarose (glicose + frutose), maltose (glicose + glicose),
lactose (glicose + galactose). A Ligação glicosídica é formada
entre o grupo hidroxila (anomérico ou redutor) de um átomo de
carbono anomérico com um grupo hidroxila de outra molécula,
com eliminação de uma molécula de água (H2O). As ligações
glicosídicas são, portanto, ligações intermoleculares (ocorre entre
duas moléculas diferentes). O produto resultante da ligação
glicosídica é um glicosídeo. Quando o glicosídeo é formado por
2 monossacarídeos temos os dissacarídeos.
• Oligossacarídeos
São glicosídeos que contêm de 3 a 10 unidades de
monossacarídeos, unidos por ligações glicosídicas (alguns autores
consideram os dissacarídeos como oligossacarídeos). Os
oligossacarídeos são considerados alimentos prebióticos, ou
seja, são alimentos não digeríveis, como as fibras, que beneficiam
o estímulo seletivo, crescimento e a atividade das bactérias do
cólon intestinal. A ingestão de prebióticos estimula o aumento
(crescimento) das bifidobactérias presentes no organismo.
Exemplos de oligossacarídeos: frutoligossacarídeos e inulina.
• Polissacarídeos
Os polissacarídeos (ou glicanos) são formados por longas
cadeias de unidades de monossacarídeos unidas entre si por
ligações glicosídicas. São, portanto, substâncias de alto peso
molecular que podem chegar (em alguns casos) a milhões.
Podem ser de cadeia linear ou ramificada, raramente cíclica.
Polissacarídeos podem ser hidrolizados parcial ou totalmente
por ácidos ou enzimas, resultando em oligossacarídeos e
monossacarídeos. A análise desses resíduos formados na
hidrólise proporciona informações sobre a sequência e posição
dos monossacarídeos, bem como, o tipo de ligações entre eles.
Polissacarídeos de menor peso molecular são na sua maioria
solúveis em água, e a solubilidade diminui com o aumento do
peso molecular e com a maior ou menor facilidade com que as
moléculas desses compostos se associam à outras. A maior
solubilidade se deve a maior facilidade de hidratação. Os
polissacarídeos mais insolúveis são aqueles encontrados nas
paredes celulares e que desempenham função estrutural.
Os polissacarídeos se encontram amplamente distribuídos na
natureza e possuem grande importância por desempenharem
funções como:
• Materiais estruturais (nos vegetais: celulose, hemicelulose e 
pectina; nos animais: quitina)
• Substâncias de reserva (nos vegetais: principalmente o amido; 
nos animais: glicogênio)
• Substâncias capazes de reter água (nos vegetais: ágar, pectinas 
e alginatos)
Os polissacarídeos são classificados como:
• Homopolissacarídeos (homoglicanos): contêm apenas um tipo de 
monossacarídeo. Ex: amido, celulose e glicogênio.
• Heteropolissacarídeos (heteroglicanos): formados por dois ou mais tipos 
de diferentes de monossacarídeos. Ex: ácido hialurônico, heparina.
AMIDO
O amido é a fonte de reserva mais importante nos vegetais e pode
ser encontrado em raízes, sementes e tubérculos. São fontes de amido:
milho, arroz, batata, mandioca, feijão, trigo e outras.
Os diferentes amidos apresentam diferentes funções e são utilizados
na indústria de alimentos com diferentes propósitos, como: nutricional,
tecnológico, funcional, sensorial e estético.
O amido é um homopolissacrídeo depositado nos cloroplastos das
células. O amido ocorre na forma de grânulos, de formato arredondado
e irregular, variando bastante em tamanho (2 a 100m).
A forma e o tamanho dos grânulos são característicos de cada 
espécie de planta e são úteis para identificar a origem de um amido 
ou de uma farinha.
O amido é constituído por uma mistura de dois polissacarídeos, a amilose e a 
amilopectina, em proporções que variam com a espécie e o grau de maturação.
No grânulo de amido, a mistura de moléculas lineares (amilose) e ramificadas 
(amilopectina) estão associadas emparalelo, ou seja, as cadeias lineares e ramificadas 
são mantidas juntas por ligações de hidrogênio, resultando em regiões cristalinas e 
amorfas (micelas).
CELULOSE
É a substância orgânica mais abundante na natureza, e
assim como os outros materiais fibrosos, é resistente às
enzimas digestivas humanas, não sendo digerida. Um de seus
papéis é ajudar no bom funcionamento do intestino, formando
o bolo fecal. É encontrada exclusivamente nas plantas e
compreende a parte estrutural das folhas, caules, raízes,
sementes e cascas de frutas.
DIFERENÇA ENTRE AMIDO E CELULOSE
FONTES DE POLISSACARÍDEOS
CLASSIFICAÇÃO DOS POLISSACARÍDEOS
NUCLEOTÍDEOS/POLINUCLEOTÍDEOS
Ácidos nucleicos são 
polinucleotídeos, ou seja, 
polímeros de condensação de 
monômeros nucleotídeos. O 
nucleotídeo é formado por um 
sistema de três componentes, 
isto é, uma combinação de 
açúcar, fosfato e base 
nitrogenada.
Um exemplo de nucleotídeo de alta importância biológica é o ATP (Trifosfato de 
adenina), pois é o portador primário de energia da célula. Esta molécula tem um papel 
chave no metabolismo da energia, pois a maioria das reações metabólicas que requerem 
energia está acoplada a hidrólise desse nucleotídeo.
Muitos polinucleotídeos são sintetizados de maneira microbiológica ou enzimática, 
porem a síntese química também é possível. São exemplos de polinucleotídeos: RNA e 
DNA.
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS AÇÚCARES EM 
ALIMENTOS
1) Ligação com água
É uma das principais propriedades dos carboidratos e ocorre
pelo fato destes possuírem grande quantidade de hidroxilas
capazes de formar pontes de hidrogênio com a água. A
capacidade dos açúcares se ligarem com a água varia em função
da estrutura do carboidrato. Monossacarídeos possuem maior
capacidade de ligar com água.
2) Higroscopicidade
Os carboidratos (em especial os monossacarídeos) são
higroscópicos, ou seja, em função do fato de serem capazes de
ligar com a água através de suas hidroxilas, absorvem água do ar
atmosférico. A frutose é o monossacarídeo mais higroscópico.
O fato da frutose absorver mais água do ambiente do que a
glicose, apesar de ambos possuírem o mesmo número de
hidroxilas, é atribuído à maior disponibilidade das hidroxilas da
frutose. A higroscopicidade da frutose é responsável pela
característica de pegajosidade em alimentos ricos nesse açúcar.
3) Umectância
Como os carboidratos se ligam com a água do alimento,
eles são capazes de controlar a atividade de água (aw) do
mesmo. A habilidade de ligar água no alimento é denominada
umectância. Dependo do produto alimentício, pode ser
desejável limitar a entrada e/ou saída de água do alimento,
como no caso das geleias e doces. O uso de altas
concentrações de açúcar nestes produtos reduz a atividade de
água e aumenta a vida de prateleira.
4) Texturização
Os carboidratos também apresentam a propriedade de
alterar a textura dos alimentos e por isso, são considerados
texturizantes. Essa propriedade decorre da elevada solubilidade
dos açúcares em água. Os efeitos estruturais dos açúcares nos
alimentos dependem do seu estado físico, de suas interações
com a água, bem como, da concentração de açúcar empregada.
Os açúcares quando adicionados em altas concentrações
podem conferir aos alimentos consistência de sólido e
transparência ou podem cristalizar.
5) Doçura – Poder edulcorante
A doçura de alguns monossacarídeos e dissacarídeos é uma
de suas propriedades funcionais mais reconhecidas, mais
agradáveis e de grande importância nos alimentos. A
intensidade de sabor doce de um alimento varia com os
açúcares presentes, assim como, com suas concentrações. A
doçura dos carboidratos é conhecida como poder edulcorante.
O açúcar considerado como padrão de doçura é a sacarose, ao
qual se atribui o valor de doçura relativo a 100.
MERCADO BRASILEIRO
O incremento de 2003 para 2007 foi de 45% para a exportação, contra 69% da importação. O preço médio 
do produto importado em 2007 foi 4,1 US$/kg e do exportado 2,3 US$/kg. Em 2008, as importações de 
polissacarídeos cresceram e chegaram a 142 mi US$, mas as exportações diminuíram (68 mi US$). O país 
importa cada vez mais polissacarídeos do que exporta e a um custo médio superior.
A quantidade de amido importada foi de 
13 mil ton/5 anos, maior do que a 
quantidade de todos os outros 
polissacarídeos, exceto metil-, etil-, propil-
celulose, e CMC e seus sais. O relativo 
baixo preço do amido é responsável por 
esse comportamento. Comportamento 
semelhante é o da goma guar, embora em 
menor proporção. No sentido inverso 
estão a pectina e os polissacarídeos de 
algas, cujo preço deve ser superior ao da 
média dos demais.
Os polissacarídeos foram agrupados por 
origem para facilitar a análise da evolução 
no período, e escolhidos aqueles com 
maior contribuição para a pauta de 
importação do segmento. Os grupos 
foram os seguintes: grupo de algas (ácido 
algínico, carragenana e ágar), grupo de 
gomas de sementes e exsudadas 
(alfarroba, guar, goma arábica e outros 
vegetais), grupo de origem 
microbiológica (dextrana e xantana) e de 
CMC e seus sais. Heparina - por ser a 
única de origem animal, e o metil-, etil-, 
propil- celulose - pela sua grande 
contribuição, foram tratados 
individualmente.
A exportação de pectina destaca-se de 2001 
a 2008, tendo sido a que mais cresceu de 
2007 a 2008. As exportações de celulose e de 
CMC, que vinham em tendência crescente, 
ficaram mantidas em 2008. A exportação de 
polissacarídeos de algas é irrisória ao longo 
do período. Amido e, especialmente, metil-, 
etil-, propil- celulose, foram menos 
exportados em 2008, tendo sido 
responsáveis pelo maior déficit do segmento 
em 2008. Heparina, que não vinha 
apresentando grandes variações ao longo da 
década, foi mais exportada no último ano.
MERCADO MUNDIAL
Os preços dos produtos exportados são 
diferentes dos praticados na importação. O 
destaque é para a heparina, cujo preço de 
exportação, tanto em 2007 como em 2008, 
foi muito superior ao de importação. Na 
mesma tendência estão os polissacarídeos 
de algas e CMC. O preço do amido 
depende da origem. O Brasil exporta, 
fundamentalmente, amido de milho e 
importa tanto amido de milho, como de 
trigo.
FENOMENOS FISICO-QUÍMICOS
1. GELATINIZAÇÃO
As suspensões de amido, quando são aquecidas na sua faixa de temperatura de
gelatinização, ou acima desta, perdem a orientação da molécula devido à quebra
da estrutura cristalina do grânulo, esse fenômeno é denominado gelatinização.
Durante o fenômeno de gelatinização, o grânulo de amido se rompe,
liberando as cadeias curtas de amilose, gerando espaços vazios dentro do grânulo
que passam a ser ocupados pela água, resultando em um sistema formado por
uma fase rica em amilose (dispersa na solução) e grânulos inchados e parcialmente
desintegrados de amido, constituídos principalmente de cadeias de amilopectina.
A gelatinização pode ser caracterizada por um evento endotérmica obtida através de 
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), pela perda da birrefringência, observada 
usando-se microscopia de luz polarizada (perda da cruz de malta) e pelo desaparecimento da 
cristalinidade evidenciada pela difração de raio X.
A temperatura de gelatinização depende do cereal de origem do amido e pode ser 
influenciada por diversos fatores: teor de agua presente no meio (↑quantidade de água, 
↓temperatura); pH do meio (na faixa de 5-7, sem alterações significativas); presença de 
sais (dependente da concentração) e de ácidos graxos (reprimem o inchaço do granulo)
2. GELIFICAÇÃO
A gelificação tem origem na formação de uma rede cristalina
tridimensional (crosslink – reticulação), isto é, na criação de uma
estrutura sólida contínua num meio solvente, onde as macromoléculas
são interligadas por zonas limitadas, chamadas zonas de junção. A solidez
das zonas de junção e também o seu numero são responsáveis pela
rigidez do gel e determinam o seu caráter reversível ou não. Em geral, a
transição do estado sol agel é encarada como resultante da associação de
segmentos da cadeia polimérica em regiões de junção, formando uma
rede tridimensional, dentro da qual estão as moléculas do solvente,
usualmente em grande excesso, em torno de 95%.
3. RETROGRADAÇÃO
A retrogradação do amido é um fenómeno que deve ser minimizado
por se tratar da reconstrução de uma estrutura mais rígida devido às
cadeias de amilose ficarem mais disponíveis para se rearranjarem,
resultando em maior perda de água do sistema e endurecimento do
produto final. Com o arrefecimento, algumas moléculas de amido
começam a reassociar-se, formando um precipitado ou gel aumentando a
opacidade da pasta, retrogradação. Se a dispersão de amido for diluída, a
retrogradação resulta na formação de um precipitado branco insolúvel,
enquanto se a dispersão de amido for suficientemente concentrada resulta
na formação de uma matriz tridimensional e num gel elástico.
Existem vantagens e desvantagens associadas ao fenómeno de 
retrogradação. A vantagem mais óbvia da retrogradação é a formação 
de um gel. Alguns exemplos de desvantagens associados à 
retrogradação são: o desenvolvimento de opacidade, o 
desenvolvimento de uma “capa” presente nas pastas aquecidas e a 
separação de água. Os géis de amido resultantes da retrogradação são 
usados, por exemplo, na indústria da confeitaria para fornecerem 
estrutura a pães, bolos e pudins devido as suas características únicas.
PROCESSOS DE OBTENÇÃO DOS POLISSACARÍDEOS
APLICAÇÕES DOS POLISSACARÍDEOS
Polissacarídeos possuem uma ampla gama de aplicações, es-
pecialmente nas áreas de alimentos, biomédicas, farmacêutica e 
de cosméticos. Na indústria alimentícia, eles são empregados em 
grandes quantidades. A grande maioria é utilizada como 
estabilizante e espessante. Os polissacarídeos de algas são 
empregados, também, como agentes geleificantes. Gomas de 
sementes e de exsudatos, além de carboximetilcelulose (CMC) e 
metilcelulose, são utilizadas como retentor de umidade. Goma 
arábica serve, também, para encapsular aromas na indústria 
alimentícia.
Na área biológica eles são aplicados em engenharia de tecidos, 
imobilização de enzimas, biossensores, como veículo de liberação de 
fármaco etc. Rinaudo publicou recentemente uma revisão sobre as 
principais propriedades e aplicações de polissacarídeos em biomateriais.
Além dessas propriedades podem-se destacar outros usos importantes 
de alguns polissacarídeos. Dextrana é muito utilizada em sistemas de 
separação e purificação de substâncias na forma de resina e como 
substituto do plasma no sangue. Xantana além das aplicações 
alimentícias e de fronteiras também é utilizada na indústria petrolífera 
como lubrificante de sondas de perfuração e na preparação de produtos 
oftálmicos.
Várias revisões bibliográficas estão disponíveis relatando o grande 
potencial de quitina e quitosana na preparação de novos materiais 
na área biomédica e farmacêuticas.
Quitina e quitosana também possuem grande afinidade por 
pigmentos, íons metálicos, moléculas quirais e biomacromoléculas
e são utilizadas como materiais adsorventes dessas substanciais.
Atividades biológicas como: antivirais, antitumorais, antio-
xidantes, anticoagulantes e antitrombóticas também vêm sendo 
investigadas para polissacarídeos extraídos de diversas fontes. Os 
polissacarídeos presentes nos cogumelos têm sido reportados 
como estimuladores do sistema imunológico, atuando como 
antivirais, antioxidantes, e antitumorais.
Heparina é um conhecido e muito utilizado anticoagulante. 
Polissacarídeos sulfatados de algas e animais invertebrados têm 
sido investigados como agentes anticoagulantes e 
antitrombóticos, devido à similaridade estrutural com a heparina.
Leucócitos são grupos de carboidratos da superfície, chamados de 
ácidos sialila de Lewis. Quando ocorre um ferimento, as células no 
sítio do trauma apresentam proteínas chamadas seletinas, que 
indicam o sítio da ferida e ligam aos ácidos sialila de Lewis. As 
ligações entre seletinas e os ácidos sialila de Lewis nos leucócitos 
provocam a adesão dos leucócitos à área afetada.
Reconhecimento do Carboidrato na Cura e na Doença
O recrutamento dos leucócitos, deste modo, é um passo importante na 
sequencia inflamatória. Tanto é um parte necessária no processo de 
cura, como na defesa natural contra a infecção. 
1) No entanto, algumas doenças que resultam de um superativo
recrutamento de leucócitos. A artrite reumatóide, derrames e ferimentos
relacionados à perfuração durante cirurgia e transplante de órgãos são
alguns exemplos.
2) Nessas condições, o corpo percebe que certas células estão sob pressão,
e reage de acordo para iniciar a cascata inflamatória. Infelizmente, sob
essas circunstâncias, na realidade a cascata inflamatória causa mais dano
do que bem.
3) Solução: Bloqueio dos sítios de ligação da seletina com os ácidos sialila
de Lewis. Químicos sintetizaram espécies poliméricas que ocupam
múltiplos sítios ligantes do ácido sialila de Lewis. Esforços para gerar
agentes moleculares bem afinados são típicos da pesquisa na descoberta e
projeção de novas drogas.
Adoçantes Artificiais
1) O adoçante artificial mais bem sucedido e mais amplamente usado
é o aspartame, um éster metílico de uma dipeptida (resultante da
fenilalanina e do ácido aspártico).
2) O aspartame é cerca de 100 vezes mais doce que a sacarose.
Entretanto, em solução, ele sofre hidrólise lenta, o que limita sua vida
útil em produtos como as bebidas não-alcoólicas. Nem pode ser
usado para assar em forno pois se decompõe com o calor. E nem
usado em pessoas portadoras da condição genética conhecida como
fenilcetonúria podem usar aspartame pois seu metabolismo acumula
ácido fenilpirúvico (derivado do aspartame) e o acúmulo desse ácido
é nocivo à crianças.
3) O alitame é um composto relacionado ao aspartame, mas com
propriedades melhoradas. Ele é mais estável do que o aspartame e cerca
de 2000 vezes mais doce que a sacarose.
4) O ciclamato e a sacarina (usado com seus sais de sódio ou cálcio) já foram
adoçantes populares há algum tempo. Uma formulação comum envolvia uma mistura
de 10:1 do ciclamato e da sacarina (a mistura é mais doce que um desses compostos
individualmente).
5) Testes mostraram, contudo, que esta mistura produzia tumores em animais, tendo
sida banida pela FDA. Entretanto, certas exceções à regulamentação permitem a
continuação do uso da sacarina em alguns produtos.
ciclamato sacarina
6) Grande parte da pesquisa dos adoçantes é a sondagem da estrutura dos sítios
receptores da doçura. Um modelo proposto para o receptor de doçura incorpora
oito interações interligadas que envolvem a ligação do hidrogênio, assim como as
forças de van der Waals. O ácido sacrônico é um composto sintético desenhado na
base desse modelo. Diz-se que o ácido sacrônico é 200.000 vezes mais doce que a
sacarose.
“Cobaias Ambulantes”
Artigo escrito pela Dra Mancy Marckle sobre Aspartame (USA)
1) Aspartame conhecido como Nutrasweet, Equal, Zerocal, Finn e
Spoonful, quando a temperatura do aspartame excede a 30ºC, o álcool
contido nele se converte em formaldeído e daí para ácido fórmico que
provoca acidose metabólica, a toxicidade do metanol imita a Esclerose
Múltipla.
2) No caso do Lúpus Sistêmico é quase tão grave quanto a Esclerose
Múltipla, especialmente em usuários de Diet Coke e Diet Pepsi por
razão da toxicidade do metanol (as vítimas geralmente bebem de 3 a 4
latas desses refrigerantes por dia, ou mais).
3) Sistomas como fibromialgia, espasmos, dores, formigamento nas pernas,
câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores
articulares, depressão, ataques de ansiedade, visão borrada ou perda de
memória – você é provavelmente tem a Doença do Aspartame.
4) Dr. Russel Blavlock, neurocirurgião, diz o ácido aspártico e a fenilalanina
causam deterioração nos neurônios.
Carboidratos Antibióticos
1) Uma das descobertas importantes na química do carboidrato foi o
isolamento (em 1994) do carboidrato chamado estreptomicina.A
estreptomicina é constituída de três subunidades.
2) Todos os três componentes são incomuns: o aminoaçúcar é baseado
na L-glicose; a estreptose é um monossacarídeo com cadeia ramificada e
a estreptidina nem é um açúcar, mas um derivado de cicloexano
chamado aminociclitol.
3) Outros membros dessa família são os antibióticos chamados
canamicinas, neomicinas e gentamicinas (aminoglicosídeos). Todas
baseadas em um aminociclitol ligado a um ou mais aminoaçúcares. A
ligação glicosídica é quase sempre alfa. Esses antibióticos ao
especialmente úteis contra bactérias que são resistentes à penicilina.
Vacinas Polissacarídicas
1) As vacinas de polissacarídeos bacterianos mais conhecidos são:
Haemophulus influenzae tibo b, Neisseria meningococci pertencentes aos
sorogrupos A, C e Y e uma vacina multivalente de Streptococcus
pneumoniae. Essas bactérias são as principais causadoras de doenças em
bebês. Porém, há um problema relacionado ao uso de tais vacinas, visto
que é pouco eficiente em crianças com menos de 2 anos.
2) Vacinas mais eficazes podem ser obtidas quando os polissacarídeos
são acoplados à proteínas. Outras modificações químicas estão sendo
realizadas para aperfeiçoar a antigenicidade do polissacarídeo.
3) A produção de vacinas é compreendida por distintos processos,
como o cultivo do microrganismos em biorreatores, denominado de
produção e posterior inativação do mesmo; seguido de purificação. No
caso particular das vacinas conjugadas, a etapa final corresponde ao
processo de conjugação acompanhado de segunda purificação.
2) O método tradicional de purificação de polissacarídeo é caracterizado
por várias etapas de precipitação com etanol e etapas de
centrifugação/ultracentrifugação.
Fenol foi substituído por 
tratamentos enzimáticos 
(endonuclease e proteases) 
e final adiciona-se 
detergente DOC e EDTA, 
responsáveis por quebrar as 
regiões hidrofóbicas dos 
lipopolissacarídeos, 
auxiliando na sua remoção.
(Fluxograma reduzido)

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