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Analise da Crise dos Mísseis

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ANÁLISE DA CRISE DOS MISSÉIS
ANA KAROLINA
De todo o período da Guerra Fria, a Crise dos Misseis foi um dos mais delicados e dramáticos, no que se refere a questões de segurança internacional e nacional. O mundo se viu ainda mais perto de um confronto nuclear real, a ideia de atacar e ser atacado eram constantes entre os Estados Unidos e União Soviética. Era então, “um período de hostilidade intensa sem uma guerra de verdade. A hostilidade foi tão intensa que muitos esperavam um conflito armado entre as superpotências” (NYE, 2009, p. 141). Em 1 de janeiro de 1959, um movimento armado de guerrilha liderado por Fidel Castro, derruba o ditador cubano Fugêncio Batista, esse evento foi a Revolução Cubana. Este movimento de caráter nacional democrático, voltado para os interesses da população, uma vez que o ditador se preocupava apenas com os interesses das elites. A revolução visava à retirada desse ditador e a exclusão da dominação imperialista americana. Por ter caráter de guerrilha esse movimento permitiu algumas vitórias decisivas, ao trazer o apoio popular, incluindo o sentimento de nacionalismo e anti-imperialista. Inicialmente a Revolução Cubana não tinha a bandeira socialista, tem evidencia mais tarde a partir dos seus ideais de “homem revolucionário” preocupados com o bem comum, a liberdade e igualdade. Tendo bases fundamentais de Che Guevara. 
A Crise dos Mísseis se deu por um conflito interno e à incorporação internacional de Cuba, que até 1959 ninguém dava importância, só quando Cuba se torna um símbolo de liberdade, um país pequeno e até então sem apoio que consegue barrar os Estados Unidos, no ataque a Baia dos Porcos que veremos mais a frente, que é quando a elite revolucionária Cubana luta para garantir seu regime atual. “Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos oscilaram entre uma política expansiva de conter o comunismo e uma política mais limitada de conter a União Soviética” (NYE, 2009, p. 143). Numa tentativa de derrubar o governo cubano revolucionário, os EUA invadem a Baia dos Porcos em 1961, com o intuito de desestabilizar o governo de Fidel Castro, na investida de assegurar os interesses financeiros americanos em Cuba. Esse esforço frustrado acabou criando uma aproximação entre Cuba e URSS, uma vez que a União Soviética tinha interesse em criar alianças com Fidel Castro, pois não podiam permitir que Cuba tivesse aproximação com a China, visto que não seria benéfico. Além disso, nos anos 70 a China estava liderando o “movimento não alinhado”, ao questionar a bipolaridade entre as duas potências. Essa união gerou uma ameaça ao poder americano em extensão mundial, bem como ao modelo imperialista e hegemônico estadunidense. Os cubanos adotaram o plano econômico dos Soviéticos, seu modelo de produção a partir da dominação do Partido Comunista Cubano. Deixam oficialmente de ser uma “colônia americana” e passam a ser esfera soviética. Essa aproximação resultou num projeto de implantação de mais 40 mísseis soviéticos nas ilhas cubanas, com caráter “defensivo”. É notável que a URSS estivesse demonstrando de forma prática seu poder militar aos Estados Unidos, gerando uma política de intimidação e contenção. Pode-se dizer sem medo de errar que “a Guerra Fria oferece uma perspectiva exclusiva sobre as relações internacionais e esclarece a dinâmica de duas escolhas de política externa que foram feitas: a escolha de intimidar e a escolha de conter” (NYE, 2009, p. 142)
 	No filme “13 dias que abalaram o mundo” mostra bem toda essa Crise, a partir de fotos tiradas por aviões da força aérea americana. Principalmente os mísseis que são de curto e médio alcance, em destaque o tempo em que um míssil levaria para destruir uma cidade americana, em média 5 minutos. Toda essa demonstração soviética juntamente com o apoio do governo cubano elevara o prestígio comunista nos demais países, além de ganhos estratégicos e políticos com a instalação desses mísseis. Diversas reuniões aconteciam nos EUA para culminar ações governamentais diante dessa ameaça. Em declaração, o presidente dos EUA Kennedy, havia alertado a Kruschev URSS e Cuba sobre os mísseis, não admitiria que essas armas fossem abastecidas para fins ofensivos. Em seus discursos se posicionava a favor de preservar a paz e reduzir ao máximo as ameaças. Em 18 de outubro foi assegurado pelo chanceler soviético que tais armas eram apenas de cunho defensivo, o que mais tarde foi descoberto o contrário pelos EUA. Em reação a essa descoberta o governo americano deveria tomar soluções imediatas. A zona militar americana estava o tempo todo optando por invadir a ilha e destruir os mísseis, na visão que esta seria a única estratégia. Por outro lado, havia uma medida de natureza diplomática que consistiria numa política de quarentena, que seria um bloqueio naval a todos os navios que se aproximassem de Cuba, a marinha americana faria inspeções para verificar o material transportado e caso fosse armamentos de procedência ofensiva, deveriam recuar ou sofreriam retaliação. Os Estados Unidos preocupados com sua imagem internacional procuravam tornar publico suas decisões, apresentadas como racionais para proteger toda a humanidade. Era gigante a comoção das pessoas diante dessa ameaça, que até hoje nunca em outro momento um confronto nuclear chegou tão perto de acontecer.
Com as crescentes negociações, foi enviado duas propostas do primeiro ministro da URSS para o presidente. A primeira sugeria a remoção dos misseis de Cuba e em troca os Estados Unidos não tentariam mais invadir Cuba. A segunda foi um pouco mais ousada, e alteraria todas as negociações, enviada um dia após a primeira, e pronunciava seria possível à retirada dos mísseis com comprometimento da ONU, se os EUA retirassem da Turquia os “materiais ofensivos similares”. Kennedy cedeu as propostas com alguns termos mais esclarecidos e envia uma carta a Kruschev, barganhando o mantimento da quarentena e dar segurança em invasão a Cuba. Resolvida a Crise dos Mísseis, a Guerra Fria entra em instabilidade, percebeu-se que não podiam ter conflitos e tensões tão pesadas, proposta de neutralidade. As relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a União Soviética se fragilizaram, ainda assim, no Tratado de Não- Proliferação de Armas Nucleares, em 1968, ambos assinaram. Este Tratado visava, sobretudo, a limitação da Corrida armamentista. No que tange as relações entre Cuba e URSS, houve instabilidades depois da retirada dos misseis, já que Fidel Castro culpou os russos de desprezar a revolução cubana, fugindo dos americanos. Os países europeus, que estavam aliados aos EUA, ficaram insatisfeitos, visto que as decisões tomadas pelo governo norte-americano excluiu-os das negociações, alegando o grau de perigo em que todo o mundo estava.
Referências 
ANDRADE, Everaldo de Oliveira. O Debate sobre a Construção do Estado Socialista. In: COGGIOLA, Osvaldo (org.). Revolução Cubana: História e Problemas
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914:1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
NYE, Joseph S. Cooperação e conflito nas relações internacionais. São Paulo: Editora Gente, 2009.
Anotações da aula.
Filme: 13 dias que abalaram o mundo

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