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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Joana Comin
PESQUISA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA O 
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO:
REVITALIZAÇÃO DO MOINHO DE ESPUMOSO
Passo Fundo
2013
Joana Comin
PESQUISA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA O 
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO:
REVITALIZAÇÃO DO MOINHO DE ESPUMOSO
Pesquisa de fundamentação apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Engenharia e Arquitetura, da Universidade de Passo Fundo, como requisito parcial pra a obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista, sob a orientação do Prof. Juan José Mascaró.
Passo Fundo
2013
RESUMO
O seguinte trabalho caracteriza-se por um projeto na área da Arquitetura e Urbanismo, como tema uma Escola de Gastronomia e Pub/Micro Cervejaria como intervenção no antigo Moinho na cidade de Espumoso/ RS. O edifício foi escolhido devido a sua importância para a história do município Ele se encontra atualmente em estado precário de manutenção. O projeto de intervenção propõe que o edifício seja restaurado para que seja mais valorizado pela população.\ Observou-se com estudos no entorno imediato, levantamento fotográfico, usos e ocupação do solo, mapas da área, que a área de intervenção comporta perfeitamente o uso que lhe é proposto. Serão apresentados estudos de caso sobre o tema, com os quais obtém-se uma pesquisa sobre intervenção arquitetônica, forma, estrutura, função, materiais que serão base para realização do projeto futuramente.
Palavras chave: gastronomia, intervenção arquitetônica, revitalização, pesquisa orientada.
ÍNDICE DE IMAGENS
Figura 1 - Corticeira do banhado.	12
Figura 2 - Papiro brasileiro.	13
Figura 3 - Xaxim.	13
Figura 4 - Jerivá.	14
Figura 5 - Capim Vetiver.	15
Figura 6 - Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM). Fonte:	16
Figura 7 - Croqui de estudos	17
Figura 8 – Plantas baixas do pavimento térreo e superior.	19
Figura 9 – Cortes longitudinal e transversal e fachada norte.	19
Figura 10 - Imagem de satélite (implantação do Hotel São Carlos).	20
Figura 11 – Interior do laboratório de confeitaria e padaria.	21
Figura 12 - Face voltada para o poente protegido por marquise.	21
Figura 13 - pequena praça e paralelismo da escola em relação às edificações existentes.	21
Figura 14 - Croqui mostrando o antigo e o novo.	23
Figura 15 – Implantação	24
Figura 16 - Planta baixa pavimento térreo e mezanino	24
Figura 17 - Cortes prédio antigo e novo	25
Figura 18 - Croqui explicativo da insolação parede curva e reta com vegetação.	26
Figura 19 - Croqui explicativo da contrução da forma do novo prédio.	26
Figura 20 - Perspectiva noturna da escola.	27
Figura 21 - Localização do Município de Espumoso, RS	28
Figura 22 - Antiga balsa no rio Jacuí	30
Figura 23 - Construção do Moinho.	30
Figura 24 - Mapa Rota das Terras	31
Figura 25 - Passo da Laje e Natal Esperança.	31
Figura 26 - Natal Esperança	32
Figura 27 - Mapa da área de intervenção. Fonte: Joana Comin.	34
Figura 28 - Mapa de acessos e ruas principais.	35
Figura 29 - Cheios e Vazios	36
Figura 30 - Fluxos das vias	36
Figura 31 - Mapa de uso do solo	37
Figura 32 – Foto panorâmica da área de intervenção. Fonte: Joana Comin.	37
Figura 33 – Estudo de condicionantes da área de intervenção.	38
Figura 34 - Estudos de volumetria.	40
Figura 35 - Estudo de Implantação.	40
Figura 36 - Fachada final edificação nova.	41
Figura 37 - Fachada final Moinho Espumoso.	41
Figura 38 - Implantação Final.	41
SUMÁRIO
RESUMO	3
1.1.Tema	8
1.2.Objetivo Geral	8
1.2.1.	Objetivo Específico	8
1.3.Definição dos usuários	9
1.4.Estrutura do trabalho	9
2.	FUNDAMENTAÇÃO TEORICA SOBRE O TEMA	10
3.	PESQUISAS	12
3.1. Vegetação	12
3.1.1. Corticeira do banhado	12
3.1.2. Papiros brasileiro	13
3.1.3. Xaxim	13
3.1.4. Jerivá	14
3.2. Materiais	15
3.2.1. Aço patinável	15
4.	ESTUDOS DE CASO	16
4.1. Escola de Gastronomia do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).	16
4.2. Centro Cultural Tacaruna (Projeto de Intervenção em prédio histórico).	22
4.3. Escola de Artes Culinárias San Diego	26
5.	ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DO ENTORNO	27
5.1. Região, município e cidade de Espumoso	28
5.2. Dados gerais sobre o município	28
5.3. Aspectos relevantes da evolução urbana da cidade	28
5.4. Situação atual de Espumoso	30
5.5. Legislação urbanística	32
5.5.1. Código de Obras	32
5.5.2. Código Florestal	33
5.6. Área de Intervenção	34
5.6.2. Análise de cheios e vazios	35
5.6.3. Análise de fluxos	36
5.6.4. Análise do uso do solo	36
5.7. Análise da área de intervenção	37
6.	DIRETRIZES CONCEITUAIS DA PROPOSTA	38
6.1. Programa de Necessidades	38
1. INTRODUÇÃO
	
	Pretende-se com este trabalho a ampliação do repertório para realização da Pesquisa de Fundamentação em Arquitetura e Urbanismo. Tem-se como objetivo geral criar um espaço de lazer um ponto de encontro com a maior diversidade de público possível através do projeto de uma Escola de Gastronomia e uma PUB/Micro Cervejaria junto ao edifício do Moinho na cidade de Espumoso/RS.
Tema
	Trata-se de um projeto de intervenção em um edifício de valor histórico para evolução do munícipio de Espumoso, o Moinho que hoje ainda funciona como Moinho e uma edificação anexa que hoje serve como depósito de materiais de construção, mas encontra-se em estado precário de conservação.
	A proposta implantar na edificação a Micro cervejaria em conjunto com um PUB e restaurante que funcionem separadamente, e próximo ao moinho uma nova edificação onde ficará alocada a Escola de Gastronomia que contara também com pesquisas na área da cerveja, juntamente com uma área externa que possa fazer com que a comunidade utilize como ponto de encontro para lazer e aprendizado com cursos rápidos e também de longa duração.
 Objetivo Geral
	Elaboração de um projeto arquitetônico de uma Escola de Gastronomia e PUB/Micro cervejaria no município de Espumoso, juntamente com a revitalização de uma área degrada onde se encontra o antigo Moinho Espumoso.
Objetivo Específico
Revitalizar uma área degradada através de uma infraestrutura adequada com espaços de convivência para a comunidade;
Fortalecer o turismo na região;
Manter a edificação existente e resgatar a história do município.
Definição dos usuários
	Os usuários da Escola de Gastronomia serão homens e mulheres, ou que busquem aperfeiçoamento no trabalho, ou que procuram uma opção de emprego futuro, ou apenas gostem da érea e desejam aprender mais, já o Pub/Micro cervejaria atenderá apenas homens e mulheres acima de 18 anos, e o restaurante atenderá homens e mulheres de todas as idades, a parte externa servirá como ponto de encontro, lazer e contemplação de toda a comunidade e visitantes passageiros no município.
 Estrutura do trabalho
	O capítulo de introdução mostra ao leitor o que será visto mais adiante, e o conduz durante o tema. Consta também uma explicação do tema escolhido, objetivos e definição de usuários.
	No segundo capítulo apresenta-se a fundamentação teórica onde será mostrado um embasamento teórico sobre os conceitos utilizados no projeto.
	O terceiro é formado pela apresentação dos estudos de caso realizados que irão ajudar na formulação do futuro projeto.
	No quarto capítulo é apresentado estudos sobre o município de espumoso e análises na área de intervenção e entorno.
	E no quinto capítulo traz os estudos e propostas projetuais para a área de intervenção que foi estuda anteriormente.
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA SOBRE O TEMA
2.1. Conceito
	A forma do novo prédio foi inspirada nas curvas do Rio Jacuí, pois, representa grande parte da história do município de Espumoso, que tem seu nome devido aos comes de espuma.
	Além da forma do também foi projetada uma máscara em aço patinável que lembra a cor do rio, com recortes que lembram a espuma, essamáscara é constituída por placas que estão colocadas ao longo da fachada principal do prédio no mesmo movimento da água do rio.
2.2. Conceito de Gastronomia
	A palavra gastronomia vem do grego antigo, e é um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e todos ostipos de cultura a ela associados.
	O poeta francês Joseph Berchoux foi o inventor do termo Gastronomia.
	Desde seu surgimento ela passou a ser um objeto de interesse das pessoas mais diversas, desde chefes de cozinha a donas de casa.
2.3. Surgimento dos Restaurantes
	O termo restaurante (do francês restaurant) surgiu no século XVI, com o significado de “comida restauradora”, e se referia especificamente a uma sopa. O uso moderno da palavra surgiu por volta de 1765 quando um parisiense conhecido por Boulanger (sobrenome comum, mas que significa padeiro em francês) abriu seu estabelecimento.
	O primeiro restaurante como o conhecemos (com clientes escolhendo porções individuais em um cardápio, aguardando em suas mesas, com horários fixos ou não) foi o “Grand Taverne of London”, fundado em 1782 por Antoine Beauvilliers, na rua de Richelieu, em Paris, que permaneceu 20 anos sem concorrência.
	Apesar das pousadas e tavernas serem conhecidas desde a antigüidade, estes estabelecimentos eram voltados a viajantes e, em geral, o povo das suas cidades raramente o frequentavam. O restaurante se firmou na França após a Revolução Francesa destituir a aristocracia, deixando um contingente de serviçais hábeis no trato com os alimentos, ao mesmo tempo em que muitos provincianos chegavam à cidade sem pessoas para cozinhar para elas. O encontro desses dois públicos deu origem ao hábito de se fazer refeições fora de casa. Neste período, o chef Marie-Antoine Carême, segundo muitos o fundador da moderna culinária francesa, prosperou, se tornando conhecido como o “cozinheiro dos reis e o rei dos cozinheiros”.
	Os restaurantes proliferaram rapidamente nos Estados Unidos, com a abertura do primeiro Jullien’s Restaurator em Boston, em 1794, e espalharam-se posteriormente. Contudo, muitos continuaram com a abordagem habitual do “serviço à francesa”, providenciando uma refeição partilhada na mesa onde os clientes serviam-se eles próprios, o que os encorajava a comer com rapidez. O estilo moderno formal de jantar, onde os clientes são servidos com a comida já preparada num prato, é conhecido como Service à la russe, pois consta ter sido introduzido em França pelo princípe russo Kurakin cerca de 1810, de onde se espalhou para Inglaterra e outros países.
2.4. Patrimônio Histórico
2.4.1. Definição
	Patrimônio Histórico pode ser definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Estes patrimônios foram construídos ou produzidos pelas sociedades passadas, por isso representam uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.
2.4.2. Preservação e proteção
	Há uma preocupação mundial em preservar os patrimônios históricos da humanidade, através de leis de proteção e restaurações que possibilitam a manutenção das características originais.
	Mundialmente, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação) é o órgão responsável pela definição de regras e proteção do patrimônio histórico e cultural da humanidade. 
	No Brasil, existe o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Este órgão atua, no Brasil, na gestão, proteção e preservação do patrimônio histórico e artístico no Brasil. 
	Quando um imóvel é tombado por algum órgão do patrimônio histórico, ele não pode ser demolido, nem mesmo reformado. Pode apenas passar por processo de restauração, seguindo normas específicas, para preservar as características originais da época em que foi construído.
PESQUISAS
3.1. Vegetação
3.1.1. Corticeira do banhado
Nome Científico: Erythrina crista-galli
Nomes Populares: Mulungu, Corticeira, Corticeira-do-banhado, Crista-de-galo, Flor-de-coral, Samauveiro, sananduva, Seibo, SuinãFigura 1 - Corticeira do banhado.
Fonte: O Jardineiro
Família: Fabaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, 
Plantas Aquáticas, Plantas Palustres
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul
Altura: 6.0 a 9.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
	O mulungu é uma árvore largamente utilizada no paisagismo urbano. Suas folhas são compostas, trifolioladas com folíolos glabros, de coloração verde levemente acinzentado. As flores são vermelhas na superfície e rosadas na face inferior. Ela perde as folhas durante a floração. Os frutos são do tipo vagem.
	Não é uma árvore muito alta atingindo de 6 a 10 metros de altura. Com espessura de cerca de 50 cm, seu tronco é tortuoso e bonito, além de útil: sua madeira tem muitas aplicações. A floração ocorre de setembro a dezembro. É a árvore símbolo da Argentina.
	Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo fértil, apreciando os lugares úmidos, como próximos a córregos e lagos. Tolerante ao frio. 
3.1.2. Papiros brasileiro
Nome Científico: Cyperus giganteus
Nomes Populares: Papiro-brasileiro, PapiroFigura 2 - Papiro brasileiro. 
Fonte O Jardineiro.
Família: Cyperaceae
Categoria: Plantas Aquáticas, Plantas Palustres
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 2.4 a 3.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
3.1.3. Xaxim
Nome Científico: Dicksonia sellowiana
Nomes Populares: Xaxim, Feto-arborescente, Samambaiaçu, Samambaiaçu-imperial
Família: DicksoniaceaeFigura 3 - Xaxim. 
Fonte: O Jardineiro.
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais,  
Plantas Esculturais
Clima: Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros,
 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros
Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
Ciclo de Vida: Perene
	O xaxim ou samambaiaçu é uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco. É resistente  ao frio e apresenta crescimento muito lento, no entanto, é uma planta grande, que chega a 4 metros de altura. Além de sua beleza singular, serve de suporte e substrato para as mais diversas plantas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias.
  No jardim, deve ser cultivado sempre à meia sombra ou sombra, gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido úmido. Devido ao risco de sua extinção, deve ser utilizada racionalmente e suas mudas devem sempre ser originárias de plantas cultivadas e não das extraídas do ambiente natural. Aprecia o clima ameno. Multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com um parte do caule.
3.1.4. Jerivá
Nome Científico: Syagrus romanzoffiana
Sinonímia: Arecastrum romanzoffianum, Cocos romanzoffiana, Cocus plumosa, Cocos acrocomoides, Cocos arechavaletana, Cocos australis, Cocos datil, Cocos romanzoffiana, Cocos martianaFigura 4 - Jerivá.
 Fonte: O Jardineiro.
Nomes Populares: Jerivá, Baba-de-boi, 
Coco-de-babão, Coco-de-cachorro, 
Coco-de-catarro, Coqueiro, Coqueiro-gerivá, 
Coquinho, Coquinho-de-cachorro, Gerivá, Jeribá, 
Jerivá, Palmeira-jerivá
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Bolívia, Brasil
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
3.1.5. Capim Vitiver
	Vetiver (Vetiveria zizanioides (L.) Nash) recentemente reclassificado como ("Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty") é uma planta da Família das gramíneas, herbácea, perene, cespitosa que chega a atingir cerca de 2 m de altura e com raízes que podem penetrar até 6 m de profundidade.
	Algumas das características do vetiver fazem desta planta um excelente meio de controlar a erosão, nos climas mais quentes. Ao contrário das outras ervas, o vetiver não ganha raízes horizontais,crescendo estas, quase exclusivamente na direção vertical, usada para taludes.
Figura 5 - Capim Vetiver.
3.2. Materiais
3.2.1. Aço patinável
	Também conhecido por Corten, Cor-Ten, Cosacor ou Niocor é um tipo de aço que contem elementos que melhoram suas propriedades anticorrosivas, apresenta em média 3 vezes mais resistência à corrosão que o aço comum.
	Uma de suas principais características é a camada de óxido de cor avermelhada que se forma quando ocorre a exposição do aço aos agentes corrosivos do ambiente.
	Há mais de 100 anos que pequenas quantidades de elementos como o cobre e o fósforo enriquecem o aço, beneficiando-o na redução da corrosão, quando são expostos ao ar e a diversos outros tipos de atmosfera. Foi no início da década de 1930, que a companhia norte-americana United States Steel Corporation estimulou o uso de aços enriquecidos com esses elementos, que são os chamados aços de baixa liga, desenvolvendo então um aço cujo nome comercial era Corten.
	Desenvolvido originalmente para a indústria ferroviária, a grande virtude do aço Corten era permitir a construção de vagões mais leves. Porém, o fator resistência à corrosão era até então desconhecido.
	Somente a partir de 1958 que o aço patinável começou a ser utilizado em inúmeras obras de arquitetura, devido às suas características anti-corrosivas.
	Os engenheiros seguiram os passos dos arquitetos e as aplicações dos aços de alta resistência e baixa liga, foram se expandindo.
	Os aços patináveis são utilizados no mundo todo na construção de edifícios de múltiplos andares, passarelas, pontes, defensas, viadutos, torres de transmissão, telhas, edifícios industriais, entre outros.
	Um exemplo da sua utilização é a estrutura da Catedral de Brasília e do edifício-sede da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM), em São Paulo, dentre inúmeras pontes e viadutos espalhados por todo o país.
Figura 6 - Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM). Fonte:
ESTUDOS DE CASO
4.1. Escola de Gastronomia do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
Ficha Técnica:
Local: Águas de São Pedro/SP
Projeto: 2001
Conclusão da obra: 2002
Área do terreno do complexo: 293000 m²
Área construída: 1176 m²
Arquitetura: M/PA Pedreira de Freitas 
Arquitetos: Paulo Augusto Pedreira de Freitas e Mônica Pedreira de Freitas
Figura 7 - Croqui de estudos 
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html. Último acesso em agosto de 2013.
	O projeto apropria-se de elementos presentes em edifícios vizinhos que fazem parte do complexo do hotel.
	A necessidade de um espaço adequado para o ensino de gastronomia e hotelaria levou o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial ) a construir o edifício. A demolição de uma garagem permitiu a implantação do prédio, que mantém o paralelismo com os blocos vizinhos, desenhados por diferentes arquitetos em períodos distintos. 
	Seu principal volume, o Grande Hotel São Pedro, foi projetado por Luiz Camerlingo e Dácio de Moraes na década de 1940, em estilo art déco.
	O desnível transversal do terreno foi aproveitado para acomodar dois pisos sem ligação interna entre si, de modo que a escola se comporta como se fosse dois edifícios sobrepostos.
	No pavimento inferior, que possui largura menor do que o outro, estão o vestiário, duas salas de aulas, sala de professores, depósito de equipamentos e restaurante pedagógico. Este é frequentado pela população local, que consome, a preços reduzidos, o resultado das aulas práticas ministradas no andar superior.
	No pavimento superior estão os três laboratórios - dois de cozinha, destinados a aulas de culinária, e um de padaria e confeitaria. Ali também ficam três câmaras frias. O layout dos laboratórios foi criado pelo SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que deu ênfase à exaustão, realizada através de grandes coifas, cujos dutos são encaminhados para a chaminé situada sobre as câmaras.
	As circulações são externas, interligadas por escadas laterais protegidas por empenas de concreto. Na extremidade norte, uma pequena praça é utilizada como ponto de encontro.
	O edifício tomou emprestado dos volumes lindeiros uma série de elementos, como o revestimento de pedra do tipo canjiquinha, os brises e as escadas externas das extremidades, entre outros.
Análise do Partido
Base Geométrica: Edificação em formato linear, paralela às outras edificações, enquanto o hotel é organizado de forma aglomerada.
Implantação: A edificação está implantada junto à edificações pré-existentes do Grande Hotel São Pedro (ver figura 2).
Relação interior x exterior: As esquadrias são de altura menor e peitoril mais alto para que não haja interação das pessoas que ocupam o interior das salas com as pessoas passantes pelos corredores por se tratar basicamente de salas de aula. 
Relação interior x interior: Quase não existe relação entre os espaços internos, basicamente todas as salas têm entradas individuais diretas, algumas apenas têm ligações internas.
Circulação: A circulação vertical do novo prédio é feita nas duas extremidades protegidas por empenas de concreto, e a circulação horizontal é feita de forma linear periférica, as plantas não tem nenhum tipo de ritmo ou simetria, o ritmo no caso só é marcado pelas coifas das bancadas dentro das salas de aula.
Figura 8 – Plantas baixas do pavimento térreo e superior.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html. Último acesso em agosto de 2013.
Legendas:Térreo:
1. Depósito 
2. Sanitário/vestiário 
3. Sala de aula
4. Enologia 
5. Sala de professores 
6. Controle 
7. Equipamentos 
8. Restaurante 
9. Praça 	
10. Galeria técnica
Superior:
1. Confeitaria/padaria
2. Cozinha
3. Câmara fria
4. Circulação
 
Análise Formal da Proposta
Análise Concreta: forma assimétrica, linear, horizontal. Predominância de materiais já existentes no seu entorno, com pequenas aberturas envidraçadas.
Figura 9 – Cortes longitudinal e transversal e fachada norte.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html. Último acesso em agosto de 2013.
Figura 10 - Imagem de satélite (implantação do Hotel São Carlos).
Fonte: Google Earth. Último acesso em agosto de 2013.
Análise tecnológica
Fechamentos Opacos: Os fechamentos externos foram argamassados e pintados com pintura branca, também é utilizado pedra tipo canjiquinha copiado das edificações do entorno, assim como as escadas externas e os seus brises, essa colagem tem a intenção de integrar e harmonizar o conjunto (ver figura 4).
Fechamentos Transparentes: As esquadrias são todas tratadas igualmente através de pequenos rasgos mais altos para que não haja muita comunicação com o exterior (ver figura 4).
Cobertura: Telhado aparentemente metálico, inclinado minimamente com platibanda (ver figura 5).
Análise Bioclimática e de Sustentabilidade: Climatização e Iluminação Natural
Controle de radiação solar: É feito através brises e marquises.
Tratamento dos espaços exteriores: Em uma das extremidades existe uma pequena praça de convívio.
Tratamentos dos espaços interiores: Ventilação e iluminação natural em todos espaços.
Estratégias de sustentabilidade: não foram especificados cuidados em relação à sustentabilidade.
Figura 11 – Interior do laboratório de confeitaria e padaria.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html. Último acesso em agosto de 2013.
Figura 12 - Face voltada para o poente protegido por marquise.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html. 
Último acesso em agosto de 2013.
 
Figura 13 - pequena praça e paralelismo da escola em relação às edificações existentes.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/pa-pedreira-de-freitas-arquitetos-escola-de-17-10-2003.html.Último acesso em agosto de 2013.
4.2. Centro Cultural Tacaruna (Projeto de Intervenção em prédio histórico).
4.2.1. Ficha Técnica:
Equipe: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz, Albert Sugai, Anderson Freitas, Bruno Levy, Cícero Cruz, Gabriel Grinspum, Giancarlo Latorraca, Pedro Barros.
Data de início do projeto: 2002
Programa: restauração e adequação da antiga fábrica Tacaruna para abrigar centro de formação e documentação e o centro de exposições e interpretação
Área: Prédio Novo 10.500m², Prédio Velho 5.000m².
Local: Recife, PE
	
	Localizada entre as cidades de Recife e Olinda, as instalações da indústria Tacaruna, desde a sua inauguração em 1896, constituem um marco na transformação industrial do Nordeste açucareiro, às vésperas da Republica. O edifício impressiona pelo porte, pela regularidade das aberturas e pela falta de simetria de seus três corpos bem definidos. Abandonado pelas máquinas, o prédio com seus anexos e sua área de entorno foram objeto de um concurso de idéias para que, revitalizados como partes de um conjunto, pudessem abrigar equipamentos de uso público voltado ao lazer e à cultura, além de um centro de convenções e um centro comercial.
	A fábrica define um dos lados de uma grande praça /esplanada, liberada com a demolição de anexos e galpões, ligando-se através de uma marquise coberta de concreto ao segundo edifício do conjunto, o contraponto contemporâneo do conjunto que delimita o outro lado da grande praça. O elemento mais marcante do novo edifício é um muro de 13 m de altura e 200 m de comprimento, interrompido na sua extensão apenas para abraçar uma pequena chaminé remanescente do conjunto industrial e receber a marquise.
	Construído em concreto ciclópico bruto, irregular, ele é cultivado nas suas reentrâncias, recebendo musgos, samambaias, orquídeas. Delimitando a grande esplanada foram locados ainda uma concha acústica, ao Norte, e um bloco vertical para abrigar o hotel, ao Sul. No seu interior a praça mantém área de mangue e massas de arvoredos pré-existentes. Entre a vegetação variada e contrastante, estão dois importantes marcos culturais do conjunto: o Memorial de Integração das Artes - composição com 30 paus-mastro, cada um pintado por um artista brasileiro, representando a tradição das festas populares nordestinas e brasileiras.
Figura 14 - Croqui mostrando o antigo e o novo.
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81.
Último acesso em agosto de 2013.
4.2.2. Análise do Partido
Base Geométrica: A nova edificação tem forma de “ameba”, porém paralela à edificação existente (ver figura 9).
Implantação: A edificação está implantada junto à uma edificação pré-existente, as instalações da indústria Tacaruna. 
Relação interior x exterior: A parede curva cega com abertura superior e outra parede reta com vegetação.
Relação interior x interior: Não existe relação.
Figura 15 – Implantação
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81. Último acesso em agosto de 2013.
4.2.3. Análise Formal da Proposta:
Análise Concreta: forma assimétrica, linear, horizontal, a organização interna também acontece de maneira aglomerada.
Figura 16 - Planta baixa pavimento térreo e mezanino
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81. Último acesso em agosto de 2013.
Figura 17 - Cortes prédio antigo e novo
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81. Último acesso em agosto de 2013.
4.2.4. Análise tecnológica:
Fechamentos Opacos: Os fechamentos externos são pensados de maneira que não haja interação interior/exterior, uma parede reta coberta de vegetação e outra com formas arredondadas sem nenhuma tipo de abertura.
Fechamentos Transparentes: Apenas abertura entre cobertura e parede para entrada de iluminação através de reflexão.
Cobertura: Telhado aparentemente será uma laje plana de concreto.
4.2.5. Análise Bioclimática e de Sustentabilidade - Climatização e Iluminação Natural
Controle de radiação solar: É feito através da abertura entre cobertura e parede com aletas reflexivas (ver figura 11).
Tratamento dos espaços exteriores: Em uma das extremidades existe uma pequena praça de convívio.
Tratamentos dos espaços interiores: Não foi encontrado nenhum material sobre a ventilação.
Sustentabilidade: Não foram especificados cuidados em relação à sustentabilidade.
Figura 18 - Croqui explicativo da insolação parede curva e reta com vegetação.
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81. Último acesso em agosto de 2013.
Figura 19 - Croqui explicativo da contrução da forma do novo prédio.
Fonte: http://www.brasilarquitetura.com/projetos.php?mn=10&img=001&bg=img&mn2=81. Último acesso em agosto de 2013.
4.3. Escola de Artes Culinárias San Diego
4.3.1. Ficha Técnica
Local: San Diego/USA
Arquitetos: Kyle Duvernay, Ian Patzke, Siah Afrasiabi
Figura 20 - Perspectiva noturna da escola.
Fonte: http://www.evolo.us/architecture/san-diego-culinary-arts-school/ Último acesso em agosto de 2013.
	A Escola de Artes Culinárias de San Diego tem como objetivo tirar proveito dos recursos existentes com novos projetos e programas. A missão da escola é mostrar como a indústria culinária é toda sobre eficiência e circulação. A fita contínua que se transforma de pele dupla para as paredes, pisos e fachadas representa essa ideia. Esta escola vai se tornar um ícone que emana design verde, utilizando vigas existentes para a estrutura útil longa, crescendo ervas no último piso e usando uma pele dupla para controlar as condições de iluminação. Ideologia positiva da escola de culinária vai andar de mãos dadas com a identidade da vila de San Diego, que tem como objetivo conectar a comunidade por meio da educação e envolvimento.
	Ao criar transparência em toda a escola entre o uso público e privado, cada pessoa que anda pela estrutura deve tirar um aprendizado de arquitetura e culinária, relacionando escala humana à escala do projeto estrutural de aço. Estes elementos vão promover a aprendizagem nas interações do dia-a-dia, enquanto as pessoas esperam na nova parada de ônibus, a pé, ou de carro devem interagir com o restaurante do piso térreo ou entrar na praça da comunidade.
ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DO ENTORNO
5.1. Região, município e cidade de Espumoso
 
Figura 21 - Localização do Município de Espumoso, RS
Fonte: Google Maps. Último acesso em agosto de 2013.
5.2. Dados gerais sobre o município 
Mesorregião: Noroeste Rio-grandense 
Microrregião : Cruz Alta 
População 2010: 15.240 habitantes 
Área da unidade Territorial (km²) 783,069 
Densidade Demográfica (hab./km²) 19,46 
PIB per capita A PREÇOS CORRENTES: 18,226,32 reais. 
Natalidade 2010: 198 nascidos vivos 
Urbanização 2010: 73,04% 
Índice de Desenvolvimento Humano – IDH: 0,787 
Distância até capital Porto Alegre: 262 km 
Economia: Agricultura é o fator predominante, projetada dentro do estado e no cenário nacional, sendo a soja, o trigo, o milho, citros e bacia leiteira. Também muito significativos na economia a pecuária, sendo as espécies de ovinos, suínos, aves e equinos.
Saúde: Um hospital - Hospital São Sebastião (Notre Dame),e onze postos de saúde espalhados no município. 
COREDE: Alto da Serra do Botucaraí; 
Significado do nome: originou-se devido aos cones de espuma de 30 cm de altura, formados por uma queda d’agua no rio Jacuí, fenômeno único.
5.3. Aspectos relevantes da evolução urbana da cidade
 
	A evolução histórica do município de Espumoso inicia-se com a criação do município de Rio Pardo, por provisão de 27/04/1809, este abrangia mais da metade do território do Estado do Rio Grande do Sul. 
	Em 1819, foi criado o município de Cachoeira do Sul, que desmembrado de Rio Pardo, passaria a ser o maior da então Capitania. 
	Em 1834, desmembrando-se de Cachoeira do Sul seria criado o município de Cruz Alta.
	Em 1857, Cruz Alta perderiavasta extensão territorial, com a criação do município de Passo Fundo.
	Em 1875 de Passo Fundo seria desmembrado o município de Soledade, do qual, finalmente, em 1954, seria desmembrado Passo Espumoso. 
	A origem do nome Passo Espumoso, assim chamado na época, motivo pelo qual havia o poço onde se montavam as balsas para o transporte de madeiras, Rio Jacuí . Mais tarde surge o nome "ESPUMOSO", ocasionado pelo fenômeno, original e único de abundante espuma que, descia de diversas cachoeiras, e na revessa, perto do moinho, se punham a girar com águas, pelo lado esquerdo formando belos castelos cônicos de até 30 centímetros de altura que circundavam dia e noite no remanso do rio margeado por lindas e frondosas árvores nativas, formando uma paisagem que encantava os viajantes que lá passavam. 
	Na época das cheias, a travessia demandava uma grande espera, originando-se ali, portanto, um pequeno núcleo de construções. Esse núcleo ficava na confluência de dois caminhos. No sentido Oeste-leste, ligava Carazinho a Soledade e Porto Alegre; no sentido Sul, ligava Cacheira do Sul a Sobradinho. Na época, a região Norte era rica em pinheirais, os quais eram derrubados e embalsados em Espumoso com destino, via fluvial, a Cachoeira do Sul e outros centros de comercialização.
	Com a chegada de agricultores que povoavam o interior, surgiram estabelecimentos comerciais e ocorreu, consequentemente, a expansão do primeiro núcleo. Estes agricultores eram provenientes, em maior parte, dos antigos núcleos de colonização italiana e alemã, não mais capazes de absorver os descendentes dos pioneiros, devido as suas reduzidas e parceladas extensões territoriais. 
	A agricultura estava regularmente iniciada. O primeiro produto era então o milho, seguido pela mandioca e pelo trigo. Com o decorrer dos anos passou o trigo a constituir-se no principal produto agrícola do distrito. A partir de 1970 a soja tornou-se a principal fonte de renda.
	A partir de 1950 cresce o movimento e, após plebiscito, em 18 de dezembro de 1954, seria criado o município de Espumoso em 28 de fevereiro de 1955.
Figura 22 - Antiga balsa no rio Jacuí
Fonte: http://www.espumoso.rs.gov.br/municipio/origem-do-nome/. Último acesso em agosto de 2013.
Figura 23 - Construção do Moinho.
5.4. Situação atual de Espumoso 
	Espumoso, possui uma agricultura forte, caracterizada pelos minifúndios e baseada na produção de grãos. Conhecido regionalmente pelo Natal Esperança, evento realizado nas proximidades natal, o que ajuda a impulsionar a economia da cidade.
	O município, pertence a Rota das Terras, Programa Cultural que engloba diversos municípios da região em um roteiro turístico, onde cada cidade oferece atrações diversificadas, pertencem a Rota de Espumoso, os seguintes lugares:
Parque de Exposições Armídio Bertami: onde acontecem os Rodeios organizados pelas entidades GAN Sepé Tiarajú e CTG Sinuelo das Coxilhas;
Passo da Lage: que fica localizado no rio Butiá com ampla área de lazer e camping, cascata de águas límpidas e paredões de pedras que margeiam o rio; 
Praça Borges de Medeiros; 
Pesque-pague Sítio da Natureza: com área de lazer, mata nativa, espaço para camping e dois açudes;
Flor da Mata: com área de camping, quadras de esporte e muita vegetação.
Figura 24 - Mapa Rota das Terras
http://www.rotaseroteiros.com.br/rotas/terras/MAPA_ROTA1.jpg. Último acesso em novembro de 2013.
 
Figura 25 - Passo da Laje e Natal Esperança.
Fonte: Espumoso.net
Figura 26 - Natal Esperança
Fonte: http/:www.espumoso.net. Ultimo acesso em novembro de 2013.
5.5. Legislação urbanística
	O Plano diretor do munícipio encontra-se em andamento, por isso foi analisado o código de obras da cidade e também o código florestal por se tratar das proximidades de um rio muito importante no estado.
5.5.1. Código de Obras
Edificações não residenciais:
Art. 131 - As edificações não residenciais deverão ter:
Pé-direito mínimo de 2,60m no pavimento térreo;
Estrutura e entrepisos resistentes ao fogo;
Quando com mais de uma unidade autônoma e acesso comum:
Vestiário com local para chuveiro, vaso sanitário e lavatório;
Caixa receptora de correspondência de acordo com as normas da EBCT, localizada no pavimento de acesso.
Depósito para guarda de lixo ensacado, conforme anexo 03, localizado no pavimento térreo.
Escolas:
Art. 139 - As edificações destinadas à Escolas, deverão:
Ter instalações sanitárias obedecendo às seguintes proporções:
Masculino:
		- Um vaso sanitário e um lavatório para cada 50 alunos;
		- Um mictório para cada 25 alunos;
Feminino:
		- Um vaso sanitário para cada 20 alunas;
		- Um lavatório para cada 50 alunas;
Funcionários e Professores:
		- Um conjunto de lavatório, vaso sanitário e local para chuveiro para cada grupo de 20 pessoas.
Garantir fácil acesso para portadores de deficiência física às dependências de uso coletivo, administração e a 2% das salas de aula e sanitários, devendo haver, no mínimo, um por sexo.
Art. 142 - As salas de aula deverão satisfazer as seguintes condições:
Pé-direito mínimo de 3,00m;
Nas Escolas de 1º e 2º Graus:
Comprimento máximo de 8,00m,
Largura não excedente à 2,5 vezes a distância do piso a verga das janelas principais;
Área calculada à razão de 1,20m² no mínimo, por aluno.
Deverão ter ventilação cruzada, ou seja, com janelas situadas em faces opostas, proporcionando a necessária troca de ar.
5.5.2. Código Florestal
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente
Art. 4o  Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:      (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
	Foi considerado os 50 metros pois onde foi medido o leito do rio tem 47 metros de largura.
5.6. Área de Intervenção
	A área encontra-se junto ao rio Jacuí que fica próximo à área central da cidade e da ponte de onde pode ser avistado o Moinho onde será realizado a intervenção juntamente com a criação de uma nova edificação.
	O objetivo de fazer uma intervenção no moinho é que tragam mais usuários ao local que hoje se encontra praticamente abandonado, tanto o moinho que está degradado e o seu entorno.
	As duas edificações deverão ser a mesma coisa, mas os usuários devem perceber o que é o novo e o antigo.
Figura 27 - Mapa da área de intervenção. Fonte: Joana Comin.
	5.6.1. Análise do sistema viário, de transporte, fluxos e acessibilidade 
	A área de intervenção fica bem situada no centro da cidade, na figura abaixo podem ser verificado os acessos ao munícipio bem como ao terreno que esta marcado em laranja, por ser um centro, nos finais de semana, principalmente no verão, a Av. Duque de Caxias fica bem movimentada por jovens.
 Área de intervenção
Figura 28 - Mapa de acessos e ruas principais.
Fonte: Joana Comin
5.6.2. Análise de cheios e vazios 
	No entorno da área existe uma predominância de cheios por se tartar de uma zona central da cidade, uma parte mais antiga.
Figura 29 - Cheios e Vazios
Fonte: Joana Comin
5.6.3. Análise de fluxos
		A Avenida Duque de Caxias recebe um grande fluxo de automóveis e pedestres nos finais de semana durante o verãoe em épocas de festas na cidade, pois hoje se caracteriza como ponto de encontro na cidade, a Av. Duque de Caxias se tornou um novo centro, antes a rua que recebia o movimento era a Av. Ângelo Macalos.
Figura 30 - Fluxos das vias
Fonte: Joana Comin
5.6.4. Análise do uso do solo
	O entorno e bem diversificado quanto ao uso, porem há uma maior predominância pelo comercio por se tratar do centro da cidade, existem bastante bares e restaurantes na proximidade da área, o que traz bastante movimento de pessoas.
Figura 31 - Mapa de uso do solo
Fonte: Joana Comin
5.7. Análise da área de intervenção
	O moinho fica junto com um depósito que é mais ou menos da mesma época de construção, e para construção da nova edificação foi incluído alguns lotes que ficam na frente do moinho, no qual existem três residências que serão realocadas.
	O terreno esta localizado entre a Avenida Ângelo Macalós e a Rua Monsenhor Augusto Rizzi junto com o Rio Jacuí, na área central da cidade. 
	Hoje a área encontra-se em estado precário de conservação com bastante vegetação que cresce sem a devida atenção e cuidado., com área total de 10.430,00m².
Figura 32 – Foto panorâmica da área de intervenção. Fonte: Joana Comin.
Figura 33 – Estudo de condicionantes da área de intervenção. 
Fonte: Joana Comin
DIRETRIZES CONCEITUAIS DA PROPOSTA
6.1. Programa de Necessidades
	Microcervejaria, PUB e Restaurante
	Salão de festas
	Banheiros
	 - Feminino
	 - Masculino
	Bar
	Palco
	Sala de refeições
	Cozinha
	Lixo
	Gás
	Banheiros
	 - Feminino
	 - Masculino
	Local para cilindros de cerveja
	Depósito
	Escola
	Salas de aula
	Aula teórica
	Cozinha didática
	Padaria e confeitaria
	Enologia
	Laboratório para pesquisa de cerveja
	Laboratório de informática
	Auditório
	Câmara fria
	Depósito de alimentos
	Depósito de equipamentos
	Depósito de materiais de limpeza
	Lixo
	Gás
	Vestiários e banheiros
	- Feminino
	- Masculino
	- 1 PNE em cada
	Administração
	Recepção
	Sala de Professores
	Banheiros
		- Feminino
		- Masculino
		- 1 PNE em cada
ESTUDOS
	Para realização do projeto foram feitos alguns estudos de volumetria e implantações até resultar em uma implantação e volumetria finais, tanto a volumetria da novoa edificação como a máscara da fachada foram pensadas inspiradas no Rio Jacuí que também representa a história da cidade.
Figura 34 - Estudos de volumetria.
Figura 35 - Estudo de Implantação.
Figura 36 - Fachada final edificação nova.
Figura 37 - Fachada final Moinho Espumoso.
Figura 38 - Implantação Final.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Buscou-se apresentar no desenvolvimento do presente trabalho, informações importantes para a elaboração do projeto de Revitalização de um patrimônio histórico e cultural, bem como a Escola de Gastronomia, PUB e Microcervejaria.
	O prédio escolhido para implantação do projeto tem seu valor histórico como parte do desenvolvimento da cidade de Espumoso.
	A preocupação com o local onde se encontra o Moinho dará uma nova funcionalidade à área, preservando a história de um povo e uma cidade.

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