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73415 Direito Administrativo Aula 1 23012015 (1)

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Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
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Sumário 
 
1. Considerações iniciais ................................................................................................. 3 
1.1 Bibliografia indicada .............................................................................................. 3 
2. Organização da Administração Pública ...................................................................... 3 
2.1 Função Administrativa .......................................................................................... 3 
2.1.1 Prestação de Serviços Públicos ...................................................................... 4 
2.1.2 Poder de Polícia .............................................................................................. 4 
2.1.3 Fomento ......................................................................................................... 4 
2.1.4. Intervenção na Economia .............................................................................. 4 
2.1.5 Atividade Regulatória ..................................................................................... 6 
2.2 Características da Função Administrativa ............................................................. 6 
2.2.1 Execução da Lei de Ofício ............................................................................... 6 
2.2.2 Função Subsidiária .......................................................................................... 6 
2.3 Conceitos da Administração Pública ..................................................................... 7 
2.3.1 Conceito Subjetivo ou Orgânico ou Formal da Administração Pública .......... 7 
2.3.2 Conceito Objetivo ou Funcional ou Material da Administração Pública ....... 7 
3. Ato Administrativo ...................................................................................................... 7 
3.1 Ato administrativo x Fato administrativo ............................................................. 7 
3.2 Conceito ................................................................................................................ 8 
3.2 Atos da Administração Pública que não são atos administrativo ......................... 9 
3.3 Características ou atributos do ato administrativo .............................................. 9 
3.3.1 Presunção de legalidade ................................................................................ 9 
3.3.2 Imperatividade ............................................................................................. 10 
3.3.3 Autoexecutoriedade ..................................................................................... 10 
3.3.4 Tipicidade ..................................................................................................... 11 
3.4 Requisitos de validade do ato administrativo..................................................... 11 
3.4.1 Competência................................................................................................. 11 
Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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3.4.2 Finalidade ..................................................................................................... 12 
3.4.3 Forma............................................................................................................ 12 
3.4.4 Motivo .......................................................................................................... 13 
3.4.5 Objeto/Conteúdo ......................................................................................... 13 
3.5 Classificação dos atos administrativos ................................................................ 14 
3.5.1 Quanto aos destinatários ............................................................................. 14 
3.5.1.1 Destinatário individual .......................................................................... 14 
3.5.1.2 Destinatário geral ................................................................................. 14 
3.5.2 Quanto ao conteúdo .................................................................................... 14 
3.5.2.1 Concreto ............................................................................................... 14 
3.5.2.2 Abstrato ................................................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Considerações iniciais 
A disciplina de Direito Administrativo será ministrada pelo professor Julian Barros. 
 Seguem os contatos do professor: 
E-mail: professorjulianbarros@gmail.com 
 
1.1 Bibliografia indicada 
Maria Sylvia Zanella di Pietro – Manual de Direito Administrativo – Editora Atlas. 
José dos Santos Carvalho Filho – Manual de Direito Administrativo – Editora Atlas. 
Professores Marcelo Alexandrino e Vicente de Paulo - Direito Administrativo 
Descomplicado - Grupo Editorial Gen. 
Fernanda Marinela - Manual de Direito Administrativo – Editora Impetus. 
Sinopse de Direito Administrativo - Editora Saraiva – Volumes 19 e 20. 
 
Atenção₁: É indispensável à leitura da legislação indicada no edital da prova. 
 
Atenção₂: Leis recomendadas para a leitura e estudo são as leis nº 8.112/90 (essa lei 
é muito utilizada nos concursos federais), lei nº 8.666/93, lei nº 10.520/2002, lei nº 
8.429/92, lei nº 8.987/95, lei nº 11.079/04, lei nº 12.016/09 (Mandado de Segurança), lei nº 
4.717/65 (Ação Popular). 
 
2. Organização da Administração Pública 
2.1 Função Administrativa 
Quem exerce a função administrativa é a Administração Pública. 
São cinco as funções administrativas: prestação de serviços públicos; exercício do 
poder de polícia; ato de fomentar; intervenção na economia e atividade regulatória. 
Estas são atividades fim do Estado que não se confundem com as atividades meio do 
Estado, qual seja: fazer gestão, coordenação de bens de interesses da coletividade. 
 
Atenção₁: Não confundir atos políticos com função administrativa. Atos políticos do 
governo não estão inseridos na função administrativa, apesar de ser função típica do Poder 
Executivo. Função política e função administrativa não são a mesma coisa. Função política é 
Direito Administrativo 
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de direcionamento do governo (diretriz do governo, têm base na Constituição Federal de 
1988, etc). O Presidente, na elaboração de projeto, sancionando projeto, está fazendo ato 
político e não exercendo função administrativa. 
 
Atenção₂: Medidas provisórias também não são atos de função administrativa. Não 
pertencem à Administração Pública, possuindo força de lei. E se têm força de lei é ato atípico 
do Poder Executivo. 
 
2.1.1 Prestação de Serviços Públicos 
É quando a AdministraçãoPública fornece um bem ao particular para ele usufruir 
materialmente. 
2.1.2 Poder de Polícia 
A Administração Pública exerce o poder de polícia quando limita bens, direitos, 
atividades do particular. 
 
2.1.3 Fomento 
Fomentar é incentivar. A nossa Constituição é considerada pós-social e, na 
perspectiva de Estado pós-social, este trouxe para si várias funções, várias atividades, só que 
esse Estado social foi muito utilizado no pós-guerra e gerou um grande problema de 
endividamento dos países que adotaram essa política, principalmente na Europa e no 
Ocidente, e por uma filosofia de prestações de funções, de novas constituições, verificou-se 
que era necessário delegar para o setor privado certas atividades, e aonde este setor não 
conseguisse alcançar certos objetivos, agiria o Estado e este é o Estado pós-social. Uma das 
principais funções deste é fomentar a atividade privada para que consiga alcançar os 
principais objetivos do Estado como, por exemplo: educação, saúde, transportes, e o Estado 
age de forma subsidiária. 
 
2.1.4. Intervenção na Economia 
A Constituição Brasileira tem um capítulo Da Ordem Econômica que se inicia no 
artigo 170 da CRFB, e no Brasil quem explora a atividade econômica é a livre iniciativa, mas o 
Estado também pode explorar a atividade econômica intervindo nesta, quando existir 
relevante interesse coletivo e imperativo de segurança nacional, podendo criar duas 
entidades: empresa pública e sociedade de economia mista, artigo 173 da CRFB, então esta 
é uma situação de fundamento do Estado de exploração da atividade econômica. 
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: 
I - soberania nacional; 
II - propriedade privada; 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
VIII - busca do pleno emprego; 
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 6, de 1995) 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia 
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
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§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. 
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, 
estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua 
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a 
economia popular. 
 
2.1.5 Atividade Regulatória 
A atividade regulatória tem ligação com agencia reguladora, essa é uma nova 
atividade do Estado. 
 
2.2 Características da Função Administrativa 
2.2.1 Execução da Lei de Ofício 
Diferencia-se da atividade jurisdicional, que de forma geral é definida como resolução 
de conflitos, mas há jurisdição apenas administrativa, sem resolução de conflitos. 
Atualmente se entende que jurisdição seria a aplicação da lei em casos concretos de 
situação em crise jurídica. 
Porém a jurisdição é inerte, é uma atividade que necessita de provocação, o que 
difere da atividade/função administrativa que executa a lei de ofício, sem necessidade de 
provocação para prestar serviços públicos, para exercer poder de polícia, fomento, 
intervenção na economia e atividade regulatória. 
 
2.2.2 Função Subsidiária 
A Administração Pública tem função subsidiária porque tudo aquilo que não for 
possível inserir na função legislativa ou na função jurisdicional, será inserido na função 
administrativa. 
Por esta razão a máquina da Administração Pública, do Poder Executivo, que realiza 
função administrativa típica é muito maior e extensa do que as máquinas do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário. 
 
 Atividade política ou de Governo é função administrativa? 
 
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Atenção: A atividade de governo política não está inserida no conceito estrito de 
Administração Pública. Atividade de Governo é realizar diretrizes políticas, atos totalmente 
direcionados aos princípios da própria Constituição, já a função administrativa é execução de 
lei para prestar serviço público, não tem haver com atos políticos como: assinar tratados 
internacionais, declarar guerra, paz, autorizar PACs, realizar nomeação de ministros, propor 
iniciativa de lei, editar medida provisória, entre outros. 
Como no Brasil o sistema de governo é presidencialista, a concentração de atos 
políticos está no chefe do Poder Executivo, que não podem se confundir com atos da 
Administração Pública, portanto órgão de governo não integra a Administração Pública. 
 
Observação: Quandoo chefe do Poder Executivo edita uma medida provisória, este 
ato de governo é, inclusive, função atípica porque medida provisória tem força de lei. 
2.3 Conceitos da Administração Pública 
2.3.1 Conceito Subjetivo ou Orgânico ou Formal da Administração Pública 
É o órgão/agente/entidade que realiza a função administrativa, ou seja, se observa 
quem realiza a função. 
A função administrativa é típica do Poder Executivo, mas o sistema de separação de 
poderes adotado no Brasil não é absoluto, portanto há função administrativa exercida nos 
Poderes Legislativo e Judiciário, nos órgãos independentes, porém são atípicas, mas não 
deixam de representar a Administração Pública. 
 
2.3.2 Conceito Objetivo ou Funcional ou Material da Administração Pública 
É a própria função, atividade, objeto, matéria administrativa, é o que se realiza 
(prestação de serviços públicos; exercício do poder de polícia; ato de fomentar; intervenção 
na economia e atividade regulatória). 
 
3. Ato Administrativo 
3.1 Ato administrativo x Fato administrativo 
Ato Administrativo é diferente de fato administrativo. Fato é um evento ou qualquer 
acontecimento. O fato não necessariamente decorre de um ato. É um acontecimento que 
decorre de uma atividade material da Administração Pública. 
Exemplo₁: Atender um telefone na repartição pública. É um fato administrativo. 
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Exemplo₂: Mas, atender ao telefone é um ato administrativo? Não, porque atender 
ao telefone não produz efeito jurídico. 
Por sua vez, todo administrativo produz um fato administrativo, mas o contrário não 
é verdadeiro, porque o fato não precisa produzir efeito jurídico. 
 
3.2 Conceito 
O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico qualificado. É uma manifestação 
de vontade da administração pública, bem como, de particulares com funções públicas, que 
produz efeitos jurídicos com base na lei. 
 
Observação₁: Esse ato administrativo pode ser realizado também pelo setor privado, 
porque o privado também celebra e assina documentos, escritura pública, registrar contrato 
de compra e venda. Tudo isso é ato administrado, então, o ato administrativo também pode 
ser realizado pelo setor privado. 
 
Observação₂: Manifestação unilateral de vontade. O Código Civil de 1916 adotava a 
teoria do direito francês, que diferenciava o ato jurídico de contrato. Ato era uma 
manifestação unilateral de vontade e manifestação bilateral era contrato. Hoje, não se faz 
mais essa distinção. A discussão que se tem hoje é sobre o ato jurídico e o negócio jurídico. 
No negócio jurídico, as partes podem acordar, inclusive, sobre os efeitos. No ato jurídico, 
não. A parte manifesta a vontade, apenas. Assim, ato (manifestação unilateral) e contrato 
(bilateral). Cuidado quando definir o ato como uma manifestação de vontade bilateral, que 
estará errado. 
 
Observação₃: O ato administrativo possui um fim imediato e mediato. O fim imediato 
é a produção de efeitos jurídicos. Por isso o Código de 1916 falava que manifestação 
unilateral de vontade era para declarar, extinguir, etc, alguma relação jurídica. Resguardar, 
transferir, modificar, declarar, extinguir alguma relação jurídica é produzir efeitos jurídicos. 
Todo ato administrativo têm que produzir efeitos jurídicos para, imediatamente, para 
a satisfação de interesse público (fim mediato). Assim, fim imediato é irradiar efeitos 
jurídicos enquanto que o fim mediato é a satisfação do interesse público. 
 
Observação₄: Dois princípios são muito utilizados. O primeiro, princípio da legalidade, 
afirma que deverá ser observada a lei. Esse princípio viabiliza o princípio do controle judicial. 
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É muito comum afirmar que o ato administrativo está sujeito ao controle de legalidade pelo 
Poder Judiciário. Em nosso país, o Poder Judiciário poderá fazer o controle repressivo e 
preventivo de ato administrativo. 
 
3.2 Atos da Administração Pública que não são atos administrativo 
- Atos materiais: não é ato administrativo atender telefone, enfim, atos da 
administração que não são administrativos. 
- Ato privado: nem sempre é ato administrativo. 
Exemplo: Compra de ações na bolsa de valores. 
- Atos de governo: a base desse ato é política. O ato de governo, não está relacionada 
na função administrativa (não é pra executar serviços ou exercício d polícia), por isso, está 
relacionado a direito constitucional, a organização do Estado, não tendo nada a ver com o 
Direito Administrativo. 
 
3.3 Características ou atributos do ato administrativo 
3.3.1 Presunção de legalidade 
Presume-se que o ato administrativo se realizou de acordo com a lei, pois se vive no 
Estado Democrático de Direito. Não se pode presumir o contrário, isto é, que o Estado está 
violando a lei. Trata-se de presunção juris tantum (relativa), cabendo prova em sentido 
contrário. Mas essa presunção relativa acarreta em outra presunção: presunção de 
veracidade. Presume-se que os motivos que determinaram a prática do ato, existiram. 
Geralmente se trabalha a legalidade e legitimidade como sinônimos. Mas a 
veracidade não. 
Consequências dessas presunções 
- Inversão do ônus da prova: compete ao particular prejudicado a prova da 
legalidade do ato (na esfera administrativa). Cuidado, pois, geralmente se confunde com a 
inversão do ônus da prova realizada na esfera judicial. Aqui, não é em juízo, mas na esfera 
administrativa. 
- Impossibilidade do Poder Judiciário declarar, de ofício, a ilegalidade do ato: é 
preciso haver provocação dos interessados. 
- Ato jurídico administrativo ilegal produz efeitos, até o reconhecimento de sua 
ilegalidade, em razão da presunção de legalidade e legitimidade. 
 
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Observação: Essas presunções estão sempre presentes em TODO E QUALQUER ato 
administrativo/manifestação do Poder Público. Não se pode presumir o contrário. 
 
3.3.2 Imperatividade 
O Poder Público está em um poder de império, ou seja, não é necessário intervenção 
de vontade do particular, na manifestação do Poder Público. É a possibilidade do Poder 
Público impor obrigações ou restringir direitos do particular, unilateralmente. 
É uma obrigação imperativa. Não está sempre presente, existem atos sem 
imperatividade. Alguns vão conceder direitos. Existem alguns atos que nem alcançam a 
esfera do particular, que são atos internos. 
Exemplo: Ordem de superior hierárquico. Não é imperativa, pois decorre do poder 
hierárquico. 
 
3.3.3 Autoexecutoriedade 
O ato é executado direto e imediatamente, sendo prescindível o ingresso de uma 
ação no Poder Judiciário. Ou seja, a administração pública executar direta e imediatamente 
seus atos, sem necessidade de intervenção judicial. A regra é que a administração tem a 
possibilidade de executar imediatamente. 
Exemplo₁: Construir sem licença. A possibilidade para demolição da obra é auto-
executável, sem necessidadede intervenção judicial. 
Exemplo₂:Dirigir sem carteira de habilitação, a ordem para recolher o carro é auto-
executável. 
 
Atenção: esse conceito precisa ser analisado sob dois aspectos, qual seja a 
exigibilidade e executoriedade. Precisa ter os dois para haver autoexecutoriedade. 
A exigibilidade é a possibilidade de exigir a obrigação. E a executoriedade é a 
possibilidade de executar imediatamente o que foi exigido. 
 
Exemplo₃ de ato que não possui autoexecutoriedade: multa de Poder de Polícia. 
Exemplo₄ de ato que possui autoexecutoriedade: Infração disciplinar, a 
Administração Pública aplicou a suspensão. A suspensão pode ser por meio de multa, ou 
seja, essa é autoexecutável, mas nem sempre TODAS as multas serão. 
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Exemplo₅: Imissão de posse e desapropriação precisa de uma decisão judicial, não 
são, portanto, autoexecutáveis, salvo se a administração agir de forma legal, como no caso 
de esbulho. 
Exemplo⁶: Interceptação telefônica, invasão de domicílio, quebra de sigilo bancário: 
precisa de decisão judicial, mas no caos dessa ultima, tem divergência. 
Assim, nem sempre atos da administração pública são atos executáveis. 
 
3.3.4 Tipicidade 
O ato administrativo tem que estar adequado a uma norma legal. A tipicidade se 
parece com o princípio da legalidade, e, por isso alguns autores tratam como sinônimos 
 
3.4 Requisitos de validade do ato administrativo 
Os requisitos de validade, também são denominados como elementos de informação 
por alguns autores. Os requisitos são: 
3.4.1 Competência 
O agente precisa, além de ser capaz, ter competência (atribuição legal). 
As características da competência são: irrenunciabilidade (art. 11, Lei nº 9.784/99), 
intransferibilidade (pode delegar, mas a competência continua sendo da Administração 
Pública, logo, pode delegar, quando a lei autorizar, mas não se pode transferir, daí porque 
intransferível), improrrogabilidade (não pode prorrogar essa competência por vontade 
própria, mas é possível avocação – chamar para si, quando a lei autorizar), inderrogabilidade 
indeclinabilidade (não pode decidir declinar, isto é, decidir instaurar ou não o procedimento, 
é obrigatório instaurar), imprescritibilidade. 
 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi 
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
 
Atenção: a teoria da aparência era muito utilizada no passado para invalidação de 
ato administrativo. Se não cumpre com os requisitos de validade, é um ato ilegal. Mas, às 
vezes, o agente que realizou o ato, sem competência acaba que esses atos vão produzir 
efeitos em relação à terceiro de boa-fé. Agiu como se fosse agente público, aparentemente é 
agente público e, precisa em determinado momento, ter condições para proteger esse 
terceiro de boa-fé. Tem varias soluções. Uma delas é a teoria do fato consumado; o fato 
produziu efeito, se consumou não se invalida o ato. Outras soluções são a teoria da 
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aparência e a teoria da convalidação, para conseguir proteger o terceiro de boa-fé, por uma 
questão de proporcionalidade, razoabilidade e segurança jurídica. 
A Teoria da Aparência é aplicada para manutenção de ato realizado por agente 
incompetente, de acordo com os seguintes pressupostos: 1º) Situação fática indicativa de 
competência, ou seja, induz que o sujeito tinha competência; 2º) Boa-fé do particular: o 
particular está totalmente de boa-fé, não está induzindo e nem com dolo; 3º) Não prejudicar 
terceiros e 4º) Competência não exclusiva. Preenchidos esses pressupostos, deverá ser feita 
a manutenção pela teoria da aparência. 
 
3.4.2 Finalidade 
A finalidade é o fim mediato (satisfação do interesse público). Todo ato 
administrativo possui como finalidade a satisfação do interesse público. 
É o que o agente com a prática do ato, isto é, intenção do agente. É importante para 
verificação do desvio de finalidade. E, naturalmente, ato de desvio de finalidade é ato ilegal. 
 
3.4.3 Forma 
A regra é que o ato seja solene/formal. Assim, em regra, o ato é escrito; mas pode ser 
verbal, através de placas, sons, etc. 
Atenção₁: O silêncio também é forma de manifestação de vontade da Administração 
Pública, quando a lei determinar. 
Exemplo: Se o sujeito não viu o nome dele na lista de concurso público, significa dizer 
que ele não foi aprovado e cabe recurso. 
Atenção₂: Omissão é uma conduta ilegal e abusiva. O Estado têm o dever de agir e 
responder solicitações e requerimentos, por conta do direito de petição do cidadão e o 
dever de publicidade. 
Atenção₃: Cuidado com o processo administrativo, que prevalece o princípio da 
informalidade. Processo é um instrumento que o Estado utiliza para alcançar diversos fins. E 
o procedimento é composto por vários atos. Esse procedimento nada mais vai ser que a 
reunião concatenada de atos, de forma objetiva e preclusiva até alcançar o fim. O mais 
objetivo é alcançar o fim ou a burocracia do procedimento? Alcançar o fim, senão o 
procedimento vira a finalidade em si mesmo. 
 
Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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3.4.4 Motivo 
Trata-se do pressuposto fático-jurídico, que determina a prática do ato. O 
pressuposto fático é de fato e o pressuposto jurídico é de direito. Todo ato administrativo 
fático têm uma razão fática de ter realizado e, também há um pressuposto jurídico. 
Exemplo: Aposentadoria compulsória. O pressuposto fático é completar 70 anos de 
idade e o pressuposto jurídico é a Constituição Federal de 1988 e as legislações sobre isso, 
que determinam tal disposição. 
 
Atenção: Não confundir motivo com motivação. A motivação é princípio implícito na 
Constituição Federal de 1988. Motivar é justificar e fundamentar. É a fundamentação e 
justificativa do ato. Trata-se de princípio importante no Estado Democrático de Direito. 
Motivar é importante, porque a motivação instrumentaliza a publicidade e viabiliza o 
controle dos órgãos públicos, judiciais, internos, dos interessados. Inclusive, para evitar atos 
abusivos. Esse princípio não pode ser confundido com motivo. É óbvio que para motivar é 
preciso indicar motivos, isto é, os pressupostos fáticos e jurídicos. Tecnicamente, motivar é 
indicar os motivos, portanto, indicar os pressupostos fáticos e jurídicos que determinaram a 
prática do ato. 
 
Ler e estudar o artigo 50 da Lei 9.784 (Lei de Processo Administrativo Federal). Há um 
rol de atos que precisam ser motivados nesse artigo. 
 
3.4.5 Objeto/Conteúdo 
O objeto deve ser possível, lícito e determinável. 
Exemplo: Licença. O objeto é o efeito jurídico que o ato produz. 
O efeito imediato é a satisfação do interesse público. Só que cuidado que os 
requisitos dos atos administrativos é diferente dos requisitos de validade do ato jurídico. 
Lembre-se que, o ato jurídico, no Direito Civil, têm elementos de formação: partes(capazes), 
consentimento (livre), objeto e forma. Os requisitos de validade do ato jurídico é partes 
capazes, forma livre e não proibida, objeto lícito, possível e determinado e consentimento 
livre. No ato administrativo se colocam mais requisitos de validade: partes com 
competência, forma na lei, finalidade na satisfação do interesse público, objeto lícito, 
possível e determinado. 
 
Direito Administrativo 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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3.5 Classificação dos atos administrativos 
3.5.1 Quanto aos destinatários 
O destinatário pode ser individual ou geral. 
3.5.1.1 Destinatário individual 
O destinatário individual é determinado e pode ser singular ou coletivo. 
Exemplo: Nomear 50 servidores públicos. 
3.5.1.2 Destinatário geral 
Por sua vez, o destinatário geral é indeterminável. 
 
3.5.2 Quanto ao conteúdo 
3.5.2.1 Concreto 
É para uma situação individualizada e específica no mundo dos fatos. 
3.5.2.2 Abstrato 
É aplicável para situações infindáveis. 
 
 
	1. Considerações iniciais
	1.1 Bibliografia indicada
	2. Organização da Administração Pública
	2.1 Função Administrativa
	2.1.1 Prestação de Serviços Públicos
	2.1.2 Poder de Polícia
	2.1.3 Fomento
	2.1.4. Intervenção na Economia
	2.1.5 Atividade Regulatória
	2.2 Características da Função Administrativa
	2.2.1 Execução da Lei de Ofício
	2.2.2 Função Subsidiária
	2.3 Conceitos da Administração Pública
	2.3.1 Conceito Subjetivo ou Orgânico ou Formal da Administração Pública
	2.3.2 Conceito Objetivo ou Funcional ou Material da Administração Pública
	3. Ato Administrativo
	3.1 Ato administrativo x Fato administrativo
	3.2 Conceito
	3.2 Atos da Administração Pública que não são atos administrativo
	3.3 Características ou atributos do ato administrativo
	3.3.1 Presunção de legalidade
	3.3.2 Imperatividade
	3.3.3 Autoexecutoriedade
	3.3.4 Tipicidade
	3.4 Requisitos de validade do ato administrativo
	3.4.1 Competência
	3.4.2 Finalidade
	3.4.3 Forma
	3.4.4 Motivo
	3.4.5 Objeto/Conteúdo
	3.5 Classificação dos atos administrativos
	3.5.1 Quanto aos destinatários
	3.5.1.1 Destinatário individual
	3.5.1.2 Destinatário geral
	3.5.2 Quanto ao conteúdo
	3.5.2.1 Concreto
	3.5.2.2 Abstrato

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