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Prof.ª Luana Limoeiro Ferrão Universidade Estácio de Sá DEFINIÇÃO Produto da secreção mamária de mamíferos fêmeas Caracterizado por ser uma dispersão coloidal de proteínas em emulsão com gorduras Presença ainda de vitaminas e minerais VALOR NUTRICIONAL 52% Lactose 36% Proteínas 10,3% Minerais e ácidos 1,7% Vitaminas e enzimas VALOR NUTRICIONAL Proteínas: caseína e outras proteínas do soro Carboidratos: lactose Lipídios: gorduras saturadas Vitaminas: vitamina A e do complexo B Minerais: cálcio e fósforo Variável com espécie do animal, alimentação do mesmo, estação do ano e época de lactação CARBOIDRATOS Galactose Lactose Glicose LACTASE CARBOIDRATOS Lactose: Menor solubilidade quando comparada à sacarose Forma cristais quando submetida ao calor Confere textura à preparações (ex.: doce de leite) CARBOIDRATOS LIPÍDIOS Formado principalmente por triacilgliceróis: ácidos graxos saturadas e insaturados Fosfolipídios (lecitina) Esteróis (colesterol) Leite in natura Leite in natura após 1h Leite homogeneizado Imagem: University of Guelph LIPÍDIOS PRODUTO TEMPO DE CONSERVAÇÃO CUIDADOS NA AQUISIÇÃO CUIDADOS NA CONSERVAÇÃO Leite pasteurizado 24 horas • Verificar data de fabricação e validade • Estar em local refrigerado • Ferver e conservar em geladeira • Consumir até validade Leite em pó 12 meses • Verificar data de fabricação e validade • Lata limpa, sem vazamentos, amassados ou ferrugem • Guardar em local fresco, sem umidade • Ao abrir a lata, não deixar tampa virada para baixo • Fechar bem e limpar excesso de leite Leite longa vida 3 meses • Verificar data de fabricação e validade • Embalagem limpa, sem vazamentos • Antes de abrir não precisa de geladeira • Depois de aberto consumir em 48h TIPO DE LEITE PROCESSAMENTO Leites in natura Leite pasteurizado (A, B, C) Leite UHT PROCESSAMENTO Pasteurização: Combinação de temperatura e tempo Objetivo: destruir Microrganismos patogênicos e reduzir número total de bactérias Ultra-Pasteurização (UHT): Aquecimento e resfriamento imediato Objetivo: destruir totalmente os Microrganismos PROCESSAMENTO Processamento térmico: Pasteurização 72 a 76C por 15 a 20 segundos Ultra-pasteurização (UHT) 130 a 150C por 2 a 4 segundos HOMOGENEIZAÇÃO PROCESSAMENTO LEITE PASTEURIZADO Tipo A: leite pasteurizado integral, elevada qualidade microbiológica, alto teor de gordura. Tipo B: leite pasteurizado integral, extraído por ordenha mecânica, média qualidade microbiológica, mantém todo teor de gordura. Tipo C: leite pasteurizado de baixa qualidade microbiológica, devendo ter no mínimo 3% de gordura → uso em manteiga, queijos, requeijões CLASSIFICAÇÃO TEOR DE GORDURA Integral: teor de gordura acima de 3,5% Semi-desnatado: teor de gordura acima de 1,6% Desnatado: teor de gordura acima de máximo de 0,3% SUBPRODUTOS Leite evaporado: leite integal tratado termicamente com retirada parcial de água, sem adição de açúcar Uso culinário Leite condensado: leite integral pasteurizado, desidratado parcialmente tendo adição de açúcar Versão desnatada, sem lactose, diet MODIFICAÇÕES Calor: Formação de nata (película na superfície) com aquecimento à 60-65C Evaporação de água gera concentração das proteínas do leite Uso de tampa no recipiente evita esta formação Albumina desnatura e precipita com calor Uso de banho-maria Modificação do sabor recuperado com agitação mecânica depois de frio Pode levar à caramelização da lactose Ácidos: Formação de ácidos por bactérias (ácido láctico) leva a precipitação de caseína •Formação de coalho Coagulação também com adição de vinagre, frutas cítricas e hortaliças (tomate) Cocção + ácidos: leite coalha tendo aparência de coalhada adicionando gomas Reação de lactose com proteínas = melanoidinas MODIFICAÇÕES ÁCIDOS CASEÍNA COÁGULOPrecipitação e sabor amargo MODIFICAÇÕES Taninos e sais: Taninos de hortaliças (aspargos, ervilhas, repolho) provocam precipitação do leite Coccionar o leite com amiláceo, uma vez que amido evita união de proteínas Sal: precipita proteínas = adição aos poucos de leite frio em alimentos salgados, ex. bacalhau MODIFICAÇÕES USO NA TÉCNICA DIETÉTICA Sabor Cor Maciez Umidade Cremosidade - Preparações não ácidas (cereais): arroz doce, mingau - Hortaliças: sopas e cremes - Ingrediente para: bolos, purê, suflê, molho branco, massas - Bebidas diretas: leite com chocolate, vitaminas, com sorvete RECONSTITUIÇÃO Leite em pó integral Para cada 100 ml de leite reconstituído: 14 g de leite em pó (1 colher de sopa cheia) Leite em pó desnatado Para cada 100 ml de leite reconstituído: 11 g de leite em pó (1 colher de sopa cheia) Leite condensado Acrescentar 2 vezes seu volume em água Possui característica de leite fresco + 13% de açúcar QUEIJO DEFINIÇÃO Produto fresco ou maturado, sólido ou cremoso, obtido pela coagulação do leite pasteurizado pela ação isolada ou combinada de: Coalho Fermento lácteo Calor Drenagem do soro QUEIJO CLASSIFICAÇÃO Queijo fresco: pode ser consumido logo após fabricação Queijo maturado: submetido à cura – manutenção do produto em câmaras com temperatura e umidade controlada Cor Sabor Consistência Queijos moles: requeijão e queijo cremoso, brie, camembert Queijos semi-mole: mussarela, roquefort Queijos duros: edam, cheddar, gruyere, caracterizados pelos buracos Queijo muito duros: parmesão QUEIJO CLASSIFICAÇÃO QUEIJO CLASSIFICAÇÃO QUEIJO CONSERVAÇÃO Queijos moles: sob refrigeração Queijos semi-mole: sob refrigeração Queijos duros: sob refrigeração Queijo muito duros: podem ser mantidos fora da refrigeração dependendo do tempo e da concentração de água QUEIJO APLICAÇÕES CULINÁRIAS TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Prato Sanduiche, recheios de tortas e massas Queijo-minas Sanduiches, massas, pães de queijo e recheios Ricota Acompanhamento de doces, geleéias, ingredientes de sanduiches, tortas e massas Requeijão Pão, torradas, biscoitos, recheios, preparações doces Catupiry Pão e torrada, acompanahmento de doces e geléias, preparações, pizzas TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Parmesão Ralado em molhos, saladas, sopas e massas Mussarela Pizza, lasanha, risoto, sanduiche Provolone Ralado ou picado em cremes, tortas, suflês, aperitivo, milanesa Gorgonzola Canapés, molhos e pizzas Gouda Gratinar massas e suflês QUEIJO APLICAÇÕES CULINÁRIAS TIPO DE QUEIJO APLICAÇÃO Estepe Acompanhamento de aperitivos e suflês Brie Tábua de queijos Camembert Canapés Emmental Base para fondue, sopas e suflês Gruyere Preparações no forno, frnago e camarão, fondue Cottage Puro, tortas, sanduiches, massas, saladas Cheddar Fatiado em sanduiches, pastoso em pizzas e recheios Roquefort (ovelha) Molhos e recheios de massa QUEIJO APLICAÇÕES CULINÁRIAS QUEIJOS USO NA TÉCNICA DIETÉTICA Usar temperaturas baixas Deixar em temperatura ambiente antes de utiliza-los Tábua de queijos para acompanhar vinhos Podem acompanhar: massas, tortas, saladas, suflês, cremes, sopas, gratinados, omeletes, batatas, legumes no forno, pizza, bolos, pudins, doces IOGURTE Produto da fermentação, natural ou artificial, do leite utilizando fermentos lácteos Incubação à 45C Uso isolado em refeições rápidas, lanches Natural ou saborizado Obtido pela separação da gordura da superfície do leite Após processo de agitação (homogeneização), osglóbulos de gordura se unem e dão origem ao creme de leite Existem 2 tipos : Creme de leite homogeneizado Características: mais espesso, uniforme e ligeiramente amarelo Creme de leite fresco Características: menos espesso (líquido) e branco CREME DE LEITE CHANTILY E MANTEIGA Chantily- Creme de leite batido Incorporação de ar: fração protéica Favorecida no creme de leite fresco Manteiga - Obtida pela batedura contínua do creme de leite Pode ser encontrada com ou sem sal Quando exposta à luz, ao calor e à umidade: cheiro e sabor de ranço Aquecimento forma acroleína REQUEIJÃO É um produto tipicamente brasileiro, é a massa da coalhada acrescido de creme de leite, água e sal Pode ser: Cheddar, Mussarela Tradicional ou Light Característica Apresenta coloração que vai do branco ao creme Sabor caraterístico Casca: carbonato de cálcio, cor em função da raça e linhagem do animal. Deve ser lavado no momento da utilização Clara: mistura de proteínas e água. Principais proteínas são ovoalbumina, conoalbumina, ovomucóide, lisozima, ovomucina, avidina, ovoglobulina Gema: dispersão de fosfoproteína e lipoproteínas, que dão efeito emulsificante da gema. Contém vitaminas lipossolúveis e carotenóides COMPOSIÇÃO ESTRUTURA Proteínas da clara: Ovoalbumina: representa 50% do total de proteínas -Desnatura por agitação e coagula com calor Conoalbumina: - Coagula com temperaturas de 60°C Ovomucóide: -Glicoproteína que desnatura com calor e básicos PROTEÍNAS DO OVO Proteínas da clara: Ovomucina: - Resistente ao calor, de consistência semelhante à geleia, dá espessamento à clara do ovo Ovoglobulina: -Responsável pela estabilidade da espuma PROTEÍNAS DO OVO Proteínas da clara: Avidina: - Se liga à biotina (vitamina) impedindo sua absorção e utilização, quando ovo cru Lisozima: -Ação bactericida, protege o ovo quanto contaminação PROTEÍNAS DO OVO Valor Nutritivo - Rico em proteína - Vitamina A, D e do complexo B - Gema contém em média 34% de gordura, sendo que destes 5% é colesterol Consumo de 2 a 3 ovos por semana COMPOSIÇÃO Refrigeração: 0 a 4C Ovo fresco: gema centralizada, clara espessa Ácido pela presença de CO2: perda por difusão leva à alcalinidade Formação de substâncias derivadas do enxofre: ovo “choco” ARMAZENAMENTO TESTE DE FRESCOR CLASSIFICAÇÃO TIPO PESO MÉDIO (g) Industrial < 42 Pequeno 43 – 49 Médio 50 – 54 Grande 55 – 62 Extra 63 – 72 Jumbo > 73 Alimento largamente utilizado na culinária Omeletes, ovo frito, ovo pochê, ovo cozido Dourar superfícies de tortas Ingrediente indispensável no preparo de massa, pães e bolos Possui três propriedades básicas: Coagulação Viscosidade Emulsificação APLICAÇÃO EM TÉCNICA DIETÉTICA PROPRIEDADE DE COAGULAÇÃO DO OVO A clara e a gema coagulam pelo calor Por isso, o ovo é usado como espessante A coagulação dos ovos tem início aos 60ºC atingindo seu ponto máximo aos 70ºC – 10 minutos Clara = 60ºC e Gema = 65ºC A presença de outros ingredientes na mistura afetam a temperatura de coagulação Açúcar, leite e farinhas aumentam a temperatura de coagulação do ovo Sal e ácidos (limão ou vinagre) diminuem a temperatura de coagulação do ovo Produz coágulos mais espessos As preparações à base de ovos sempre devem ser feitas em fogo brando, para não formar grumos Cocção excessiva do ovo acarreta a formação de halo esverdeado na gema, perda de minerais Deve parar a cocção pouco antes da preparação atingir o ponto desejado Pois o espessamento continua após a retirada do fogo Um ovo espessa a mesma quantidade de líquido que uma colher de sopa de farinha de trigo PROPRIEDADE DE COAGULAÇÃO DO OVO Ao adicionar uma gema ou ovo inteiro ao mingau ou molho: Despejar a preparação quente sobre o ovo desfeito O calor coagulará o ovo Forma uma preparação homogênea PROPRIEDADE DE COAGULAÇÃO DO OVO É também utilizado como elemento de união do alimento EX: empanados (bife à milanesa) Usado para manter a forma que se desejou dar ao alimento EX: croquete ou biscoito PROPRIEDADE DE COAGULAÇÃO DO OVO PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO A viscosidade da albumina presente na clara permite a sua utilização para formação de clara em neve Devido a propriedade de retenção do ar, ou seja, a proteína circunda o ar e o retém A clara batida dá leveza e esponjosidade à preparação Existem 3 tipos de batidos de clara: Batido ligeiro: a clara se mantém transparente, espumosa, fluida e com grandes bolhas de ar Batido médio: a clara apresenta-se menos fluida, esbranquiçada e com bolhas de tamanho mediano PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO Batido em neve: ocorre uma considerável inclusão de ar e a clara se torna um corpo esponjoso, firme, branco, opaco e com aparência de espuma. Invertendo-se a posição vasilhame, ela não se desloca PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO A finalidade do batido é a formação de um corpo poroso com a estrutura de rede Quando a clara em neve é submetida ao calor, o ar incorporado se expande e as preparações aumentam de volume apresentando aspecto leve É necessário distribuir a clara em neve leve e uniformemente para impedir que se perca o efeito do batido pela eliminação do ar Como agente de crescimento, um ovo equivale a 1/2 colher de chá de fermento PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO Fatores que influenciam na incorporação de ar: Clara em temperatura ambiente Idade do ovo - novo Acréscimo de substâncias (limão, sal, fermento em pó e o cremor de tártaro), dão à clara em neve mais firmeza e elasticidade Óleos e gorduras retardam e impedem a formação de espuma PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO PROPRIEDADE DE VISCOSIDADE DO OVO PROPRIEDADE DE EMULSÃO DO OVO É atribuída a gema Permite a mistura de 2 líquidos que não se misturam facilmente Uma gema pode reter até uma xícara de óleo Maionese é uma emulsão É realizada a partir da agitação de azeite, ácido e gema É recomendado o preparo com ovo pasteurizado devido a salmonelose Essa agitação pode ser manual ou mecanizada O meio ácido facilita a emulsão Por isso deve ser o primeiro ingrediente a ser adicionado á gema A gema de ovo, principalmente por seu conteúdo protéico, permite a incorporação de um conglomerado maior de corpúsculos de gordura na formação de molho maionese ou holandês PROPRIEDADE DE EMULSÃO DO OVO PROPRIEDADE DE EMULSÃO DO OVO OVO COMO INGREDIENTE NAS PREPARAÇÕES Creme, mingau, sopa, molho Espessar Pão-de-ló Crescer e aerar Bife à milanesa Cobrir Bolo, pudim, flan Unir Superfície de pães e tortas Conferir cor, brilho e sabor Maionese, molho e sorvete Emulsificar Recheios Conferir liga Ovo inteiro, picado ou ralado Decorar OUTRAS CARACTERÍSTICAS CULINÁRIAS DO OVO A gema contém pigmentos (xantofila, caroteno e criptoxantina) cuja concentração depende da qualidade do ovo (alimentação da galinha) Além de conferir valor nutricional, tais pigmentos fornecem colorido às preparações Ex:cor à superfície de assados (empadão, pães), cor à própria preparação (quindim) ORIENTAÇÕES PRÁTICAS SOBRE OVOS Utilizar ovos à temperatura ambiente, melhora o rendimento e evita rachaduras durante a cocção Esfriar rapidamente após a cocção: evita a formação do sulfeto de ferro (camada escurecida ou halo esverdeado ao redor da gema) Utilizar somente a clara em preparações a milanesa, desta forma a cobertura fica mais crocante e o óleo espirra menos durante a fritura Verificaros ovos, um a um, antes de acrescentá- los à preparação, uma vez que podem estar alterados e comprometer a receita Nunca quebrar ovos sobre os outros ingredientes Cortar os ovos cozidos em rodelas fica mais fácil se a faca for antes mergulhada em água quente, isso impedirá que o ovo esfarele-se ORIENTAÇÕES PRÁTICAS SOBRE OVOS Acompanhamento de preparações: Bife à cavalo Bife à camões APLICAÇÃO EM TÉCNICA DIETÉTICA APLICAÇÃO EM TÉCNICA DIETÉTICA Ovo Quente Ovo Cozido APLICAÇÃO EM TÉCNICA DIETÉTICA Ovo Poché Ovo Frito APLICAÇÃO EM TÉCNICA DIETÉTICA Omelete Miniovos Escoceses CURIOSIDADE
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