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1 Introdução ao Estudo do Direito – Paulo Dourado de Gusmão Páginas 291 a 339 157. Evolução do Direito Positivo 1- Tradição Sagrada: Sacerdotes foram os primeiros juízes; 2- Transmissão Oral: Inexistiam códigos; 3- Direito Conhecimento Secreto; 4- As decisões repetidas se tornaram costumeiras / Da Sentença, o costume / Das Sentenças, a lei; 5- A principal fonte do direito é o costume decorrente das sentenças. 6- A pluralização das sociedades e a complexidade das relações sociais tornaram incertos os costumes, sendo então compilados por sacerdotes ou por determinação real; 7- O direito primitivo era respeitado religiosamente: 1) Sanções draconianas e desumanas 2) Ira das divindades 8- Religiosidade: confusão entre o ilícito e o pecado; 9- Noção de culpabilidade: difusa, não havia a idéia de individualização da pena; 10- Julgamentos de Deus: ordálio; 11- Antes do Ordálio: justiça privada (Lei de Talião); 12- As pessoas não tinham direitos, eles pertenciam ao grupo; 13- Direitos individuais e contratos: Egito e Mesopotâmia; 14- Romanos: autonomia do direito em relação à religião e à moral. 158. Formalismo do Direito Arcaico 1- Predomínio do formalismo, até Roma; 2- Formalismo = atos e palavras 3- As palavras eram sagradas, deveriam ser repetidas corretamente para que produzissem os efeitos jurídicos desejados; 159. Direito Egípcio 1- Teocracia: influência da religião; 2- Papiros: suporte material de atos e decisões jurídicas; 3- Papiro mais Antigo: Papiro de Berlin VI Dinastia (2.420 – 2.294); 4- Destaques: 4.1- Terras do proprietário do Rei (Faraó); 4.2- Tributos pelo uso da terra; 4.3- Obrigações mediante juramento (Faraó); 4.4- Crença na Continuidade da vida: contratos previam oferendas aos túmulos; 4.5- Contratos equiparados às “donationes pro anima” medievais (compromisso de celebrar missas); 2 4.6- Formas de transmissão da propriedade; 4.7- Doação de imóveis “inter-vivos”; 4.8- Documento Duplo: original lacrado; 4.9- Tribunais julgavam em nome do Faraó; 4.10- Penas cruéis e draconianas; 4.11- Direito Internacional. Tratado de aliança e paz celebrado por Ramsés II (1.297 – 1.231) com o rei Hitita, Hattusibis III. 160. Código de Hamurabi (Babilônico) 1- Código gravado em bloco cilíndrico de pedra negra, de 2,25m de altura, com 2,00m de circunferência, encontrado na cidade persa de Susa, em 1.902. 2- Hamurabi teria recebido as normas do deus sol Shamash. 3- Não é o mais antigo, mas é o mais famoso. Antes dele: 3.1- Tabuinhas de Istambul 3.2- Código de Ur-Namu (Mesopotâmia) 4- Ordenamento jurídico da cidade: 282 Arts. 5- Não tem ordem sistemática. 6- Coletânea de julgados. As normas apresentam um caso concreto e sua solução jurídica 7- Lei de Talião: “Olho por olho e dente por dente.” 8- Algumas normas. Gusmão, paginas 296/297. 161. Lei Hebraica 1- Expressão da vontade de Deus transmitida diretamente ao povo hebreu (povo eleito) 2- A lei está escrita no Pentateuco: 2.1- Gênese 2.2- Êxodo 2.3- Levítico 2.4- Números 2.5- Deuteronômio 3- Não contém exclusivamente matéria jurídica: prescreve preceitos morais, religião e rituais 4- Os livros estão sob a forma de sentença, salmos, provérbios, etc. 5- Deuteronômio: resumo da lei, repetição da lei, síntese; 6- Objetivo da lei: proteger o povo eleito; 7- Os dez mandamentos: 7.1- Êxodo 20 7.2- Deuteronômio 5: 6 a 21 8- Lei de Talião: 8.1- Êxodo 21: 12, 23 a 25 8.2- Levítico 24: 19 a 21 3 8.3- Deuteronômio 19: 21 9- A ideia de uma estrutura judicial: 9.1- Êxodo 18: 25 a 26 9.2 – Deuteronômio 1: 13 a 18. 10- A menção à lei de talião e a sua nova interpretação: 10.1- Mateus 5: 38 a 44. 163. Direito Grego Clássico 1- Não era considerado como expressão da vontade da divindade da Cidade-Estado, como no Egito e Mesopotâmia. 2- Na origem: Era do conhecimento exclusivo aristocratas – juízes 3- Século VI a.C.: passou a ser democrático. 4- Novo Direito: 1) Drácon: (600 a.C.) – Compila a lei de forma radical 2) Sólon: (500 a.C.) – Abrange as leis de Drácon 5- Marilena Chauí: os gregos inventaram a política: ● forma de compartilhamento do poder; ● segundo uma de vontades 6- Ponto forte: Direito Público: 1) Privado da lei; 2) Bases da democracia; 3) A idéia de república; 4) Constituição. 7- Aristóteles: “A política”. 8- Platão: “A República” e “Apologia de Sócrates”. 9- Apologia de Sócrates: Defesa de Sócrates no Tribunal de Atenas. 164. Direito Romano 1- Vocação jurídica: distinguiu o direito da moral e da religião; 2- Supremacia no campo do direito em relação aos demais códigos do passado: “Criou uma ciência e uma arte do direito.”; 3- Se afastou do direito de outros povos: foi consuetudinário e jurisprudência; 4- Duas legislações importantes do ponto de vista histórico: 4.1- Lei das XII tábuas – 462 a.C. 4.2- Corpus Iuris Civilis – 530 a.C.: ● Código de Justiniano; ● Pandectas de Justiniano (Compilação) ● Digesto de Justiniano (Ordenação de Matéria) 5- Princípio da territorialidade: 5.1- Iuris Civilis (Romanos); 5.2- Iuris Gentium (Estrangeiros). 4 6- O cristianismo passou a ser religião oficial do Império Romano em 391 d.C., por Teodósio I 7- Aplicação do direito Romano: 7.1- Até 1900, na Alemanha; 7.2- Até 1804, no sul da França; 7.3- No Brasil até 1916 (Código Civil): 1ª Ordenações: Afonsinas (Don Afonso) Manoelinas (Don Manoel) Filipinas (Don Felipe) 8- Evolução no direito Privado 165. Direito na Idade Média 1- Pluralismo de ordens jurídicas: 1.1- Direito Romano vulgar (sul da França, Itália, etc.) 1.2- Direito Consuetudinário (Inglaterra) 1.3- Direito dos Senhores feudais 1.4- Direito das corporações de mercadores e de ofícios 1.5- Direito das Cidades 1.6- Direito Canônico (Igreja). 2- Pluralismo Jurídico: vários tribunais conforme as ordens jurídicas. 3- O direito canônico e os tribunais de inquisição. O direito canônico foi compilado no século XII, por GRACIANO (1140). 4- A formação do direito germânico (pagina 305). 5- O direito romano vulgar (pagina 305). 6- O direito dos mercadores (compilado em Gênova, em 1056): 6.1- Artigo 186 e 187, do Código Civil. 7- O direito dos senhores feudais: direito consuetudinário baseado no direito romano vulgar 8- A volta do direito romano clássico ou cientifico: Escola dos Comentadores, adaptando-se à sociedade medieval cristianizada ● Corrente de Pensamento: Interpretação do Código de Justiniano 9- Principais Comentadores ou Glosadores: 9.1- ACURSIUS (1184 – 1263) 9.2- BARTOLO (1313 – 1557) 10- A partir da Idade Moderna o direito Romano se torna direito comum em quase toda a Europa, até o século XIX. 174. História do Direito no Brasil 1- Influências: 1.1- Direito Português; 1.2- Direito Espanhol; 1.3- Direito Romano; 1.4- Direito Germânico; 1.5- Canônico. 2- Fases: 5 2.1- Época Colonial (1500 – 1822) mais Português do que Brasileiro; 2.2- Época Imperial (1822 – 1889) Transição; 2.3- Republicana (1889 – até hoje) Brasileira. 3- Em todas as fases está presente o direito Português contido nas Ordenações Reais (complicação de leis atos e costumes). 4- Ordenações: Ordem jurídica Portuguesa que se encontrava nos FORAIS (denominação arcaica de língua portuguesa), foi codificada nas ordenações do reino. 5- As ordenações do Reino Compreendiam: 5.1- Ordenações Afonsinas (1.500 – 1.514); 5.2- Ordenações Manoelinas (1.514 – 1.603); 5.3- Ordenações Filipinas (1.603 – 1.916). 6- Lei da Boa Razão (1.789): mandava aplicar o direito Romano no caso de lacuna. 7-D. João VI no Brasil (1807 – 1821) {Família Rela no Brasil}: Carta de Lei: transforma o Brasil em Reino. 8- Depois da Independência: (1824) Primeira Constituição outorgada por D. Pedro I = Inspiração na Constituição Federal norte-americana 8.1- Poder Executivo; 8.2- Poder Legislativo; 8.3- Poder Judiciário; 8.4- Poder Moderador. 9- (11/Agosto/1.827) Dia do Advogado: Criação dos Cursos jurídicos no Brasil: 9.1- São Paulo (Largo de São Francisco – Mosteiro de São Bento); 9.2- Olinda / Recife. 10- Constituição Federal de 1.891 – Republicana. * Regime do Padroado = Submissão da Igreja à Ordem Jurídica [ nasce com a Constituição Federal de (1.824) e é extinto com a Constituição Federal de (1.891)]. 6
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